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História O Pêndulo - Prólogo


Escrita por: DanteParis

Capítulo 1 - Prólogo


P   R   Ó   L   O   G   O
Denys acendeu um cigarro Camel entre os lábios e devolveu o isqueiro zippo para o bolso do peito da sua camisa. A paisagem a sua frente era exuberante, ele tinha que admitir. Era o terceiro quadro que pintava em duas semanas, e de longe o mais bonito. E o que o mais atraía naquele quadro era o Pêndulo bem no centro. Um pêndulo dourado sobre uma montanha de cadáveres humanos. Todos mortos de diferentes maneiras, mas todos tinham algo em comum: o saco preto no rosto com os furos nos olhos. 

Denys era um pintor pouco conhecido geralmente, mas na cidade onde vivia era um verdadeiro artista. Era conhecido não pelo nome de Denys, mas pelo Pintor do Pêndulo. Todas as suas três peças de pintura a óleo existia um pêndulo dourado simetricamente no centro. Denys não fazia ideia de porque pintava o Pêndulo, mas sabia da energia dele nas pinturas.

 A primeira pintura do pêndulo era chamada de Destruição, a segunda Reconstrução, e a última e recém terminada Renovação. Nem mesmo Denys sabia o porquê da sua obsessão pelo Pêndulo Dourado, mas ele sempre estivera ali, e não havia sequer um dia em que ele escapasse do pensamento do pêndulo. Indo de um lado para outro, repercutindo a harmonia. Mas não entendia o porquê do macabro nas obras. Em Destruição havia um castelo medieval sendo carbonizado em chamas vermelhas. Pessoas sendo queimadas vivas com a pele derretendo gritando de dor e agonia. Em Reconstrução o castelo havia sido substituído por uma batalha sanguinolenta de cavaleiros, sendo brutalmente assassinados uns pelos outros com sacos pretos no rosto. E em Renovação uma pilha enorme de cadáveres dava altura para alcançar o sagrado Pêndulo, onde em todas as obras estivera ali.

Ele se sentou em uma poltrona e contemplou a pintura. Entre uma tragada e outra do cigarro suspirou. Lembrou de sua esposa Ligia que tinha ido em uma viagem de auto conhecimento pelo mundo, o deixando sozinho sem nem mesmo dizendo o dia em que iria voltar. Isso se fosse voltar. Mas ele iria esperar, iria mostrar os quadros para ela e ele sabia que ela iria se orgulhar, lhe beijar a boca de dizer ''eu te amo'' antes de terem uma noite de sexo muito boa.

Já passava das duas e meia da manhã e ele tomou alguns comprimidos de calmante para dormir. Ele deitou na cama e mais uma noite estaria sozinho, absorvido em seus pensamentos e lembrando das curvas dela. E nada mais além disso. Mas ele sabia que em seus sonhos ela estaria lá, vestida com panos de seda transparentes e nada mais além disso, o esperando em uma cama espaçosa demais para uma pessoa só. Ele fechou os olhos e adormeceu.

Assim que abriu as pálpebras seus olhos arderam. Ele não estava na sua casa de cidade pequena do interior. Estava em um campo aberto do lado de uma fogueira apagada, sob um pinheiro alto, vestido com armaduras de placa de aço e um martelo de guerra preso as costas. Ao seu lado havia um garanhão preto com as rédeas amarradas ao pinheiro relinchando. E bem ao longe no horizonte, um castelo de pedra com diversas torres que tocavam as nuvens.
 


Notas Finais


Prometo um Deus Ex Machina interessante no fim dessa novela.


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