Lembro-me de seu sorriso doce e alegre, o qual me proporcionava os mais lindos sonhos, o qual fazia-me sorrir apenas de lembrar.
Cada ponta de seu sorriso era como um instrumento, e a melodia que apenas eu podia escutar ficava cada vez mais harmoniosa, a cada sorriso seu, mais aberto ou mais acanhado.
As vezes me pegava encarando-o com a boca entreaberta, mas parecia que ele não me via. O dono do sorriso mais lindo que eu já havia visto, nunca nem olhara em minha direção. Mas eu não o culpava. Eu apenas o observava à distância.
Também nunca havia o visto em companhia de alguém mais especial, e isso aquecia meu peito. Um ato de egoísmo, mas era o que eu era, afinal. Queria tornar aqueles sorrisos meus, e apenas meus. Sua pequena cicatriz no lábio inferior me chamava a atenção, morria de curiosidade de perguntar o porquê de aquele pequeno corte marcar o sorriso mais encantador que já se viu, mas minha falta de coragem me impedia de chegar perto, imagine então, perguntar algo.
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Eu estava, novamente, parado de pé, à alguns metros do pequeno sorridente, com um copo de café fresco e ainda quente na mão. Bebericava a bebida doce calmamente, enquanto o observava conversar com um amigo à uma distância segura, mas perto o suficiente para poder reparar em cada traço de seu rosto, quando senti um esbarrão e meu café foi ao chão, molhando parte de minha calça, proporcionando-me uma bela de uma queimadura e um pequeno grito de dor.
Me abaixei para catar o copo do chão e aproveitei para dar alguns tapinhas na perna dolorida, como se fosse ajudar em algo.
Eu ainda estava abaixado, murmurando algumas palavras de baixo calão contra a pessoa que esbarrara em mim, quando ouvi uma voz melódica se dirigir à mim.
— O senhor está bem?
Levantei-me assustado ao ver a imagem do pequeno sorridente alí, olhando fixamente para minha perna. Isso me deixou corado.
— Percebi que me observava à um momento atrás, eu sou LuHan.
— O-oh Sehun. – respondi, provavelmente, corando violentamente.
— Prazer, Sehun. Você está bem?
— E-eu... Estou sim. É... Eu, na verdade, estou atrasado. Foi um prazer, LuHan. – virei as costas e saí andando em passos apressados.
E foi assim que eu nunca mais fui observar o pequeno sorridente, chamado LuHan.
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