1. Spirit Fanfics >
  2. O perseguidor sem rosto >
  3. Ele não tinha rosto? O terrível pesadelo.

História O perseguidor sem rosto - Ele não tinha rosto? O terrível pesadelo.


Escrita por: GraveYell e JeffTheKiller-

Notas do Autor


Espero que gostem.

Capítulo 2 - Ele não tinha rosto? O terrível pesadelo.


Fanfic / Fanfiction O perseguidor sem rosto - Ele não tinha rosto? O terrível pesadelo.

Chay dirige o carro e liga para o detetive Ron, deixando no viva-voz.

-Encontrei o garoto. Estamos indo.

-Certo, vou dar as boas notícias para a mãe. –Ron desliga.

-Policial... Chay, né? –Eddie fala.

-Sim, garoto?

-Sobre o que eu estava falando lá na caverna...

-Logo, logo falaremos sobre isso. Meu amigo está lá e vamos tudo o que tem a dizer. Vamos pegar esse maluco que correu atrás de você.

O garoto fica quieto, quase paralisado lá atrás. Mas Chay não se importa muito com isso, apenas fica se lembrando daquilo que aconteceu na frente da gruta. Aquilo foi extremamente incomum, nunca havia acontecido antes. Uma alucinação daquele jeito, nem mesmo na época da escola quando ia para festas e usava algumas substâncias alucinógenas.

Enquanto eles voltam para a casa do garoto, os olhos do policial se prendem ao corpo de um homem muito alto de terno, parado do lado da estrada, perto das árvores. Chay esquece completamente do controle do carro, até que Eddie o empurra dizendo que ele iria bater. Chay imediatamente volta a si e retoma o controle. Que sujeito mais esquisito aquele. O policial decide deixar isso pra lá e continua o caminho. Há doidos para tudo nesse mundo.

Então, finalmente, chegam na casa de Eddie. A mãe e o detetive Ron estão do lado de fora da casa, aguardando a chegada deles. Assim que a viatura para, Eddie pula para fora e corre para os braços da mãe, a abraçando e apertando, e ela retribuindo.

-Nunca mais assuste a mamãe desse jeito, Eddie! –ela diz, muito feliz.

-Desculpa, mamãe, mas tinha um homem muito estranho me seguindo! Eu tentei fugir dele...-Eddie é cortado por Ron.

-Vamos lá pra dentro para conversarmos sobre isso. –diz Ron, com cautela- Sua mãe está fazendo biscoitos para você.

-É mesmo, mamãe?! –Eddie pergunta, feliz.

-Sim, os seus favoritos. De chocolate com marshmallows.

-Eba! –e os dois entram para dentro da casa, ficando o detetive e seu parceiro de fora.

-Como encontrou o garoto? –Ron pergunta e Chay conta para ele enquanto entram na casa, mas não fala sobre a alucinação e o homem de terno.

Dentro da casa está um ambiente bastante agradável, comparado ao bosque. O policial Chay quase se sente em casa. O cheiro dos biscoitos estavam bastante saborosos também. Fazia o lembrar de sua infância quando ia para a casa da avó uma vez ao mês antes de ela vir a falecer tragicamente por um câncer de pele.

Todos então se sentam na sala, pegam alguns biscoitos e aguardam alguns minutos antes de começarem a falar sobre o ocorrido.

-Então, Eddie... me conte sobre o homem. –Pede Ron ao garoto.

Eddie olha desconfortável para o detetive, mas responde sem parecer ter problema algum, pois agora se sente seguro ao lado de sua mãe:

-Ele era alto, usava uma roupa preta.

-Roupa preta? Um terno? –Chay pergunta e o garoto assente.

Ron olha para o parceiro, querendo entender como chegou àquela conclusão tão facilmente. Chay faz um sinal de que depois falaria. Então, Ron continua:

-Pode me contar tudo o que aconteceu desde que saiu da casa do seu amigo?

Depois de um momento de silêncio, engolindo os biscoitos deliciosos de sua mãe, o garoto olha para o detetive novamente e concorda, começando a contar cada detalhe que lembrava.

...

Eddie recebeu a ligação da mãe, que pedia para que ele fosse embora. Alguns minutos depois ele se despede de seu amigo e sai da casa do mesmo. Porém, por causa do lançamento recente do jogo que ele esperava há mais de um ano, ele foi devagar, procurando os monstros de seu jogo para capturar. O jogo usava a câmera do celular, então ele ficou andando o tempo todo olhando pra ele. Ficou uns 5 minutos procurando, mas não encontrava nenhum. Até que seu celular vibra com o sinal de um pokemon. Ele para de andar e clica no bicho para poder capturá-lo, a câmera então abre e ele procura em volta onde o monstrinho possa estar. Ele mira o celular para o bosque e o encontra. Feliz, o menino captura seu quinto pokemon. Então o celular vibra mais uma vez, mas não aparece sinal de pokemon nenhum e a câmera abre instantaneamente. O garoto acha que foi só um problema do jogo e decide procurar onde o monstrinho deve estar mesmo assim, ele olha pelo bosque, onde o último estava, mas este não estava lá. A câmera do celular começa a falhar, a tela vai ficando distorcida e o garoto dá um tapinha no celular que parece funcionar para melhorar o problema. Então ele se vira olhando fixamente para a câmera do celular, procurando este último, e o encontra. Era um Gastly, mas tinha algo a mais nele. Então, o garoto repara que havia um homem todo vestido de preto parado bem onde o seu pokemon estava. O menino se assusta imediatamente, dando um grito. O homem está apenas lá, parado, porém estava começando a assustar o menino. Ele não faz contato visual direto com o homem e nem olha para o seu rosto para evitar problemas. Eddie é um menino muito tímido. Ele apenas se vira, e muda a opção para tirar a câmera do celular e capturar o bichinho no próprio ambiente do jogo. Então, sai andando.

A medida em que ele anda, o homem parecia o acompanhar, mas o garoto não ouvia passos. E a sensação de medo ia crescendo cada vez mais. O menino apressava o passo, mas sempre que dava uma pequena olhada para trás, ele estava lá, parecendo estar cada vez mais próximo. Ele se desespera e sai correndo pela rua, e tem a ideia de tentar despistar o homem pelo bosque. Ele corre o mais rápido possível e adentra as árvores do bosque, cortando as trilhas e indo para um lugar em que apenas ele e seus amigos sabiam onde ficava. Mas nem tudo ocorreu como esperado, enquanto corria, ele sentiu algo agarrando a sua mochila, e quase caiu no chão, mas se soltou o mais rápido que pôde e deixou ela para trás. Nisso, enquanto ele ia para a gruta, ele olha pra trás uma última vez e o homem não estava mais o seguindo. Ele havia o despistado. Mas aquela sensação péssima ainda não saiu dele. Então, Eddie entra aflito dentro da gruta e acaba caindo em uma das armadilhas que ele conhecia já tão bem, fazendo algumas pedras desmoronarem em cima dele, uma batendo em sua cabeça e o fazendo ficar um pouco zonzo. Ele dá uma olhada para a entrada da gruta e lá estava o ser de quem esteve fugindo... agachado, entrando nela. Ele parecia mais estranho do que tinha visto antes na rua, apesar de não ter olhado direito para ele. Parecia que haviam coisas se movendo das costas dele, como tentáculos negros. Eddie olha para o rosto do ser e finalmente percebe que ele não tinha rosto. Era apenas uma camada de pele cobrindo o lugar onde deveria haver os olhos, nariz e boca. Ele era careca e tão alto que mal conseguia entrar na caverna. Ele se estica para tentar agarrar o menino, com mãos que pareciam garras horrendas cobertas totalmente por pele. Eddie então surta, e por já estar zonzo graças à pedra, ele desmaia na gruta e só acorda novamente quando o policial Chay o chama para sair dali.

...

-E acabou. –Eddie termina de falar.

Ron assente e assegura:

-Não se preocupe, ele não era um monstro, essas coisas não existem. Você deve ter tido alguma alucinação quando as pedras caíram sob ti.

-Ok... –o menino concorda, ainda não muito seguro disso.

-Eu também tive uma alucinação, talvez a caverna possa liberar algum tipo de gás alucinógeno. –adiciona Chay.

-Provavelmente –continua Ron-, bom, hora de ir para casa, já que está tudo resolvido. Amanhã faremos uma varredura na cidade em busca de homens com essa característica física.

-Eu vou ficar com eles. –Chay se faz de voluntário para algo nem pedido ainda.

Ron fica curioso sobre isso.

-Eu vi um homem vestido do jeito que ele falou agora a pouco na rua enquanto o trazia. Pode ser que ele esteja vindo para cá, como não o encontrou. –Continua Chay.

A mãe e Eddie ficam inquietos com isso.

-Não se preocupe, ele não fará nada comigo aqui. –Chay sorri para eles de forma calmante.

-Muito bem, então. –Ron concorda com a ideia- Tenho que ir, vejo vocês de manhã na delegacia.

Ron sai da casa acompanhado da mulher, que o leva a porta e a fecha.

 

Passa o tempo e estão todos dormindo, até que Eddie grita. Chay acorda e corre imediatamente para o quarto de Eddie, mas para no corredor a alguns metros do quarto, pois vê a mãe de Eddie olhando aterrorizada para dentro do quarto. Chay queria falar para que ela saísse de lá, mas antes mesmo que pudesse dizer alguma coisa, algo logo sai do quarto e atravessa a barriga da mãe, que perde a essência de vida imediatamente. A coisa puxa a mulher para dentro do quarto. Chay observou aquilo perplexo, com medo de dar mais algum passo, porém ele se enche de coragem, lembrando de seu caso passado, onde não teve coragem de seguir em frente quando dois jovens mais precisaram e foram assassinados por um psicopata louco de sorriso vermelho que ia de orelha a orelha. O policial corre para a frente do quarto e aponta a sua arma para o que quer que esteja em seu caminho e atira. Ele ouve algo cair pesado no chão, olha para baixo e vê o corpo de Eddie e uma poça de sangue. Teria Chay feito isso? Ele se encheu de culpa naquele momento e seus joelhos ficaram bambos. Aquilo parecia uma eternidade, era como se o tempo tivesse parado naquele instante. Ele havia tirado a vida de uma criança inocente por causa de medo. Novamente, Chay não salvara ninguém.

Então ele sente. Chay não está sozinho naquele quarto. A escuridão estava se movimentando em todos os cantos daquele quarto escuro iluminado pela penumbra da noite que fazia o sangue rubro de Eddie brilhar no chão. O corpo do garoto começa a ser arrastado, Eddie acompanha com o olhar, paralisado e perplexo com tudo aquilo. “O que diabos está acontecendo?!” –pensava Chay. Então o corpo do menino é erguido no canto do quarto e ele consegue ver uma silhueta de um homem bem alto naquele canto. O olhar de Chay vai subindo ainda mais, se depara com a mãe morta pendurada pela barriga com muito sangue escorrendo e alguns de seus órgãos expostos. O estomago de Chay embrulha, mas ele continuava subindo o olhar, até chegar na cabeça do homem. Era como Eddie havia contado em sua história. Ele não possuía olhos nariz ou boca. Era um rosto sem nada, todo coberto por pele. O coração de Chay acelerava cada vez mais, era como se fosse pular pela boca. A coisa não tinha olhos, mas dava para senti-la olhando fixamente para ele. A coisa não tinha boca, mas dava para senti-la sorrindo, quase rindo do desespero de Chay. A coisa não tinha expressão, mas mostrava que a qualquer momento iria acabar com a vida do policial também. Os braços de Chay pesam, ele desiste ao ver aquilo e larga a sua arma. A sensação de medo é tão grande dentro dele que só consegue olhar espantado para o demônio na sua frente. Chay cai de joelhos, a coisa se encurva na direção dele. Chegou o momento. É o fim para o policial. O rosto do monstro começa a se rasgar na região em que deveria ser a sua boca, um enorme sorriso se forma, caindo sangue no chão. Ele toma a aparência do último pior pesadelo de Chay. O demônio ataca.


Notas Finais


Obrigado por lerem.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...