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História O Peso da Coroa - Capítulo 9 - Os Suspeitos


Escrita por: LyraRocha

Notas do Autor


Olá leitores lindos!
Que saudades! Parece que faz um século que não venho aqui rs
Como algumas pessoas sabem eu estou viajando. Consegui rascunhar dois capítulos mas não estavam prontos para postar. Achei até que não conseguiria revisar para postar hoje, mas de ultima hora vim para um lugar que tinha pc e "puf" consegui hahaha

Então vamos lá, este é um capítulo introdutório de muitas coisas que rolarão daqui para frente pós-morte do Eric. Fiquem ligados.

Capítulo 15 - Capítulo 9 - Os Suspeitos


Fanfic / Fanfiction O Peso da Coroa - Capítulo 9 - Os Suspeitos

A noite passou e eu poderia contar cada segundo do relógio. É difícil ter um sono tranquilo depois de passar uma noite daquela.

Era o meu baile. Era para ser o meu sucesso. Porém, tudo foi fadado ao fracasso, da pior maneira possível.

Uma coisa eu estava certa, ninguém jamais esqueceria deste evento, mas mal sabia que não era da forma que eu imaginava.

Cada vez que eu tentava fechar os meus olhos àquela cena brutal invadia minha mente, então preferi ficar com eles abertos e apenas sofrer... sofrer lentamente cada segundo que se passava.

Quando percebi que o sol já estava aparecendo, decidi me levantar. Eu ainda não havia visto minha mãe após a confusão e estava tão atordoada com meu próprio sofrimento que nem pensei em procurá-la.

Saí da cama e me olhei no espelho, meu cabelo estava desgrenhado e havia crateras negras abaixo dos meus olhos. Acho que nem a melhor maquiagem do mundo abrasaria a minha tristeza.

Resolvi tomar um banho para tentar me recompor, o dia hoje seria longo e eu precisaria de forças para enfrentar tudo que estava por vir. Talvez a água ajudasse a regar um pouco das minhas angústias e lavar a minha alma.

Quando sai do banheiro Lilly já estava à minha espera. Ela também tinha um semblante abatido, não esperaria diferente, todos os serviçais amavam meu pai, ele era um homem muito bom com todos. Realmente seria uma perda enorme para eles também. Ela apenas tentou esboçar um sorriso triste vindo em minha direção.

- Senhorita Aysha, saiba que todos lamentamos muito a perda do rei. Nós o admirávamos bastante. – disse para mim.

- Eu sei Lilly, muito obrigada pelo carinho – respondi pegando em sua mão apreciando o gesto. – Gostaria que me ajudasse a estar apresentável para a reunião de agora de manhã. Você viu minha mãe?

- Desde que ela saiu do salão ninguém mais a viu princesa. Seus tios tentaram falar com ela, mas parece que ela ficou em seu quarto e não autorizou a entrada de ninguém. Acho que ela só queria ficar só.

Ponderei a resposta de Lilly. Minha mãe deveria estar muito machucada e ela jamais iria se deixar expor como no momento da morte do meu pai. Aquilo foi um equívoco inevitável devido a imprevisibilidade, caso contrário, ela não deixaria jamais um salão cheio de gente ver seus sentimentos daquela maneira.

Tinha certeza que veria uma outra faceta da minha hoje perante a reunião, mas isso não significava que não estaria sofrendo. Ontem foi um sinal claro de como ele era especial para ela. Nunca havia a visto tão perdida e desconsolada.

Pensando nisso resolvi que antes de ir na reunião eu a visitaria em seu quarto, agora só restávamos nós duas, precisaríamos nos apoiar de alguma maneira.

Lilly já havia acabado de me arrumar. Não estava bela, mas pelo menos estava menos assustadora do que quando acordei. Agradeci a Lilly e fui a caminho do quarto da minha mãe. Ao chegar lá bati em sua porta, mas não tive nenhuma resposta. Bati de novo e anunciei que eu que estava ali. Ouvi um murmúrio de algo parecido com um “entre” e acreditando que foi isso que ela havia me dito, adentrei no quarto.

Após os primeiros passos, uma sensação de nostalgia invadiu meus pensamentos. Lembrei das vezes que eu tinha pesadelos e ia em passos silenciosos para aquele lugar. Entrava devagarzinho, mas por mais silenciosa que fosse, minha mãe sempre me descobria. Ela me olhava com uma cara séria e feia, mas eu sabia que era só para não dar o braço, pois assim que olhava para meu pai, ela dava aquele sorrisinho de canto, não conseguindo mais disfarçar como achava aquilo engraçado. Meu pai me mandava subir e eu deitava entre eles em seus braços. Ali eu estava protegida de qualquer coisa, eu sabia. Meu pai começava a contar histórias engraçadas e quando eu menos percebia, já nem lembrava que havia acabado de ter um pesadelo. Logo mais eu estava dormindo em seus braços com um sonoro “Eu te amo filha”.

Meus olhos passaram pelo quarto em procura da minha mãe. Vi que ela estava sentada diante da escrivaninha e haviam várias fotos espalhadas ali por cima. Assim que ouviu meus passos ela juntou rapidamente as fotografias e passou a mão por uma lagrima que descia do seu rosto. Poderia ver perfeitamente que ela estava tão abatida quanto eu.

Aproximei-me dela colocando uma mão em seu ombro enquanto ela guardava as fotografias em uma caixa, que se não em engano era a mesma que havia visto aquele dia, ficando apenas uma foto em sua mão.

- Ele te amava muito. – disse ela virando-se e erguendo a foto para mim.

Na foto minha mãe estava com uma barriga enorme e olhava ela enquanto meu pai estava ajoelhado diante dela com uma de suas mãos a tocando com um sorriso enorme nos olhos.

Meus olhos encheram-se de água e talvez eu tenha deixado algumas escapar apesar de tentar contê-las.

- Nesse dia ele estava me dizendo que não sabia como era possível amar tanto alguém que nem ao menos tinha dado as caras ao mundo.  Um ser que nunca havia visto, que não estava dentro de si, mas que já mexia com o mais intrínseco do seu ser. – falou virando-se para a mesa novamente e fitando o nada.

Vi outra lágrima escorrer em seus olhos e sua expressão afundar em uma tristeza mediante as lembranças que ela relatava.

- Ele prometeu que estaria do meu lado sempre, não apenas para ser rei, mas para ser o melhor pai do mundo. E tenho certeza que ele foi. – disse me dando um pequeno sorriso enquanto algumas lagrimas desciam do seu rosto. – Eu posso ser dura com você, fechada e muitas vezes não corresponder suas expectativas Aysha, mas eu sempre fiquei tranquila porque sabia que Erik supriria qualquer falta que eu fizesse em sua vida. Sei que não é certo, mas eu jamais conseguiria ser para você o que ele era. Me desculpe.

Abaixei-me para ficar diante dela e segurei em sua mão.

- Você é ótima mãe. Eu não compreendo muitas de seus atitudes, mas eu sei que tem um motivo para ser assim. Nossa relação não é so culpa sua, sei que sou difícil também. Na verdade, nossas personalidades fortes nos fazem ser assim, eu acho. – tentei consola-la.

De certo não éramos melhores amigas, esse posto sempre foi do meu pai. Éramos duas cabeças duras que queríamos vencer a guerra de nossas discussões, mas nos amávamos. E esse amor teria que ser suficiente para nos dar força para superar juntas, portanto eu levantaria bandeira branca naquele momento.

- Sim. E o Erik era o intermediador. O que faremos sem ele filha? – perguntou apertando mais a minha mão.

- Eu não sei. – respondi lhe dando um abraço. – Eu só sei que não consigo passar por isso sozinha. Eu preciso de você. – falei e logo depois a abracei chorando em seu ombro.

- Vamos passar filha. O luto vem, mas nós não podemos nos deixar abater por ele. A realeza não pode, infelizmente, se dar ao “luxo” de viver sofrer. Agora mesmo ergueremos nossas cabeças e enfrentaremos cobras e escorpiões venenosos.

- Não sei se consigo demonstrar tamanha imparcialidade mãe. – murmurei contra ela.

- É necessário. Pelo seu pai Aysha. Se as pessoas verem fraqueza em nós, acharão que podem passar por cima e nos desrespeitar. Não posso permitir isso. Ontem eu fiz uma promessa e eu hei de cumpri-la.

- Você interrogará as pessoas na reunião? O que devo fazer?

- Muito mais do que isso Aysha e na verdade não quero que esteja lá.

Me soltei imediatamente dela quando disse isso. Depois da nossa conversa achei que seria diferente.

- Por favor, não diga isso. Eu preciso estar lá mãe. Eu quero e vou estar lá, você querendo ou não. Foi o meu pai que morreu e não é justo me omitir a isso. Além do que, você não quer me preparar para o reinado?

Ela parou e pensou como se estivesse ponderando se permitiria a minha entrada.

- Só quero poupar-lhe filha. As pessoas nem sempre são compreensivas e podem até ser bem cruéis. Mas sendo assim vá, porém caso ache que tudo seja demais para você, não hesite em se retirar.

Assenti com a cabeça aliviada dela ter voltado atrás em sua decisão. Levantei-me para me retirar do quarto quando ela tocou-me o braço e disse:

- Aysha, seja o que for que você escute lá eu te peço que não diga nada. Ouça, analise, mas pondere suas palavras. Seja o que for, guarde para si. Você costuma ser impulsiva, ainda mais com surpresas. Não reaja, pelo menos não de imediato. Me prometa que se conterá.

- Não posso prometer mãe, você me conhece, mas tentarei. Como uma prova por você ter confiado em mim para ir na reunião, eu farei de tudo para ficar quieta.

- Obrigada – disse olhando dentro dos meus olhos. – Agora vamos, pois logo começará.

 

Nos encaminhamos para o salão de reuniões. Minha mãe tinha conseguido reunir muita gente por lá. Ainda era cedo, mas pelo visto todos haviam sido convocados. Pelo caminho vi muitos guardas e policiais aos arredores do palácio. Alguns conversavam com os convidados, fazendo perguntas.

Ao chegar no salão reparei que não estava somente as autoridades presentes na festa, mas outras pessoas aqui do reino, como por exemplo alguns conselheiros, provavelmente para ajudar na investigação e implicações que a morte do rei traria.

Ouvia-se murmúrios por todos os lados, mas tudo cessou ao verem minha mãe adentrar no local. Eu sempre me surpreendia como a sua presença impunha respeito até mesmo aos reis de outros países.

Ela sentou-se no cadeira real localizado ali e eu me sentei ao seu lado. Nas cadeiras próximas a nós reparei que estava o Sr. Caliagri, chefe da guarda real e a Sra. Veliatti , Ministra de segurança.

Vi a realeza da França, Itália, Nova Ásia, Noruécia, Alemanha e muitos outros por ali. Enquanto olhava para o rosto deles o olhar de Koddy se parou ao meu. Ele abriu um sorriso para mim em forme de um “Olá” e sorri de volta assentindo com a cabeça. Por mais que a cena entre ele e o Thomas ontem tivesse me tirado do sério não poderia esquecer depois de agradecê-lo por ter me defendido. Mal o conhecia, mas já seria grata.

Ao lado dele vi um homem mais velho muito parecido com ele. Tinham os mesmos traços e o mesmo cabelo liso castanho. Havia também uma mulher o acompanhando que possuía os mesmos olhos vibrantes do Koddy. Provavelmente eram os seus pais.

Logo em seguida assisti entrando no salão Marcus e Thomas. Eles sentaram-se se bem perto de nós, à esquerda, lugar que o Marcus conquistou devido ser uma pessoa muito importante no Conselho. Marcus Illéa sempre era chamados para reuniões onde eram necessárias decisões difíceis. Agora, além disso, ele estaria ali porque como qualquer outro daquele salão, todos são suspeitos até que se prove ao contrário. Com exceção de mim e do Thomas claro, por que estávamos juntos. Coro ao lembrar do fato. Com tanta coisa na cabeça não tive tempo nem de pensar no que aconteceu. Jogo esses pensamentos para lá, não é o momento para isso.

Os meus tios ocupavam as cadeiras próximas a nós também, à direita, eles seriam muito importantes nesse momento seja em forma de apoio ou para aconselhamento.

Não sabia como se sucederia o caminhar da reunião, mas estava muito ansiosa por obter respostas. Nunca havia participado nem de alguma interna por motivos banais, quanto mais alguma séria assim, onde todas pessoas importantes do mundo estavam aqui.

Assim que observou que já estavam todos acomodados, minha mãe se levantou e pediu a palavra.

- Toda Illéa hoje está em luto. Perdemos não só um rei, mas um grande pai e marido. Por esse motivo convoquei esta reunião. A maioria dos presentes aqui estavam ontem no salão de festas quando aconteceu o assassinato e foram intimados a permanecer para que possamos averiguar a situação. Sei que nem todos ficaram de acordo, porém devo reforçar que não haveria como permitir que pudessem sair ontem após o ocorrido. Todos devem prestar depoimento e nossa equipe de segurança precisava ir atrás de todas as pistas antes que fossem liberados. Não é nada diferente do que qualquer outro país faria, portanto espero que não tenhamos mais controvérsias quanto a essa questão. Sei que precisam voltar aos seus países, por isso garanto que hoje mesmo, após as entrevistas, serão liberado aos poucos.

Ouviam-se poucos murmúrios pelo salão. Ontem muitos quiseram brigar, mas com minha mãe falando tão imponente, creio que ou realmente foram convencidos por ela ou coagidos pela sua fala. De qualquer forma não teve confusão.

- Agora passarei a palavra para o Sr. Evan Caliagri, nosso Chefe da Guarda Real, responsável junto a Ministra de Segurança pela investigação. – disse ela assentando-se em seguida.

Sr. Caliagri levantou-se e veio a frente com vários papeis a mão.

- Bom dia senhoras e senhores. Quero primeiro lamentar pela morte prematura do nosso amado rei Erik e dizer que estarei durante todo este tempo fazendo o possível para que a justiça seja feita - disse virando-se para minha mãe. Ela assentiu com a cabeça e ele prosseguiu. - Antes de chegar ao ponto que eu quero preciso relatar o acontecido a todos e peço perdão de antemão a rainha e a princesa por isso.

Enguli em seco consentindo que prosseguisse. Estava muito abalada, não saberia se suportaria, mas precisaria ser firme pelo meu pai e precisava estar ali.

- Às onze horas todos puderam perceber que houve um blackout de energia. As luzes se apagaram e foi neste momento que o fatídico aconteceu. O rei estava ao lado da rainha quando alguém apunhalou-o no peito, local onde o punhal atingiu diretamente no coração. Nossa primeira suspeita é que a trama foi arquitetada por mais de uma pessoa. Alguém mexeu no disjuntor de energia enquanto o seu parceiro de crime apunhalava o rei. – ele falava seriamente enquanto eu tentava segurar minhas lagrimas. Ouvir tudo aquilo fazia minha bile voltar em meu estômago e a vontade de vomitar era inevitável.

- De início começamos a ir atrás das pessoas que estavam próximas a rainha no momento, visto que, estando tudo escuro, seria muito difícil que uma pessoa que estivesse longe conseguisse acertar o coração ou mesmo próximo dele, que foi o que aconteceu. O problema é: no meio de uma festa, pessoas andam e se locomovem o tempo todo, então é difícil as pessoas se lembrarem ao certo quem estava por perto de quem. Após ver com a rainha quem ela lembrava e entrevistar mais algumas outras pessoas, pudemos fazer uma lista de quem estava aos arredores, mais ou menos por cerca de 5 m de distância. São elas: toda a família real Italiana, o ministro Eliaquim, o prefeito Marcus, a rainha da Alemanha, príncipe Koddy e o rei Barth, o irmão da rainha, Sr. Osten, a rainha da Franca Camille, o ministro Kallen, a prefeita Eliodora e o rei da Nova Ásia, Sr. Pervarti. Talvez tenham algum outro mais ainda não conseguimos as informações. Por hora, as pessoas são estas.

Então, esta seria a lista de suspeitos. Dentre essas pessoas alguém possivelmente matou meu pai. Tinha tanto nomes improváveis e prováveis que eu mesma já faria minha própria investigação pessoa. A lista já era um caminho. Apesar de saber que outra pessoa também estava por trás disso, eu já sentia uma pontada de esperança de poder trazer a verdade à tona.  Era o começo de uma caçada e o final eu já havia escrito: Justiça.


Notas Finais


Eai gente...façam suas apostas hahahaha Ja temos uma prévia da lista dos suspeitos....
Vai rolar muita coisa ainda nessa reunião (cenas para o próximo capitulo).
Como disse estou viajando e to sem pc e com net so no celular. Então estou um pouco ausente. Vou fazer de tudo para conseguir postar na data que tinha marcado com voces 17/01.
Beijos e até a proxima


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