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História O Peso da Coroa - Capitulo 10 - Quem está por nós?


Escrita por: LyraRocha

Notas do Autor


Oi pessoal.
A atualização devia ter saído ontem, mas estou em viagem sem pc e nao tive como atualizar.
Hoje já era para eu estar em casa mas fiquei muito doente ontem e não pude viajar. Hoje consegui um pc por aqui por pouco tempo e resolvi atualizar para não deixar vocês na mão.

Como estou no computador dos outros e tinha que ser rápida não pude revisar então se encontrarem algum erro ignorem que quarta feira eu reviso e corrijo.

Beijos gente

Capítulo 16 - Capitulo 10 - Quem está por nós?


Justiça

Essa palavra ainda pairava sob a minha quando ouvi um rugido raivoso ecoar pelo salão.

- Isso é um absurdo! Nunca me senti tão ultrajado em toda a minha vida. Como ousa nos colocar nessa sua listinha ordinária de suspeitos simplesmente porque estávamos por perto!? Isso é ridículo. Nunca fui tão humilhado! O que eu ganharia fazendo isso? - levantou-se o Sr. Pervati irado da sua cadeira.

- Sr. Pervati, peço que se recomponha e sente-se novamente em seu lugar. Ninguém está te acusando de nada, o Sr. Caliagri apenas está mostrando as pessoas que estavam ao redor do local do crime. – minha mãe levantou-se também, mas não exaltou seu tom de voz, apenas foi dura e fria.

- Não importa. Isso automaticamente nos coloca na lista de suspeitos! O que pretende? Encarcerar o rei da Nova Ásia aqui em seu país? É isso o que quer não é? Isso tudo deve ser um jogo para vocês, uma desculpa para poder nos ofender e poder marchar contra nossas terras. – bradou ele enquanto todos ficaram em silêncio espantados com a discussão.

- Não vou tolerar que altere o seu tom de voz para mim Sr. Pervati - disse minha mãe duramente olhando direto em seus olhos. – Eu fui bem clara ontem que, sim, todos serão suspeitos até que se prove o contrário. O fato de você estar na lista de quem estava perto de mim não te coloca na posição de assassino, mas esta sua autodefesa, com certeza, não está ajudando em nada. Meu próprio irmão, a quem confio à vida, está nessa lista e nem por isso você me viu poupá-lo. Não estou julgando ninguém, mas a lista nos ajudara a buscar a  verdade. – disse ela.

- Olha Sr. Pervati, com todo o respeito, eu e meu filho também estávamos por lá e nem por isso estamos tendo atitudes como a sua. Entendo completamente a rainha Eadlyn e, em seu lugar, eu faria a mesma coisa. Acho que o senhor está fazendo tempestade em copo d’agua. É apenas uma lista de pessoas, pessoas estas que serão entrevistadas mais vezes que o normal. Se não é culpado não precisa ter nada a temer. Apenas ficará disponível a atender ao pedido e logo tudo será solucionado. – disse o rei da Noruécia tranquilamente a fim de acalmar a discussão.

Se já estava grata ao Koddy ontem por ter me ajudado, hoje estava encantada por seu pai. Com certeza o cavalheirismo vinha de berço.

- Eu. não. aceito – disse o rei da Nova Ásia ainda estressado, mas pausadamente – Sabe por que? Eu sou uma pessoa honrada Sr. Barth, então não admito que nem ousem pensar uma coisa dessas da minha parte. E ainda mais, não admito que estejam de complô contra mim. Você está defendendo esta mulher que se acha a tal por ser a rainha, mas todos sabem o desastre que quase transformou essa nação. O Sr. Erik está bem onde quer que esteja por ter se livrado de uma mulher fria, mandona e egoísta como você. – cuspiu ele suas palavras fazendo todo o salão ficar em silencio absoluto pelo rumo que as coisas estavam tomando.

- ENGULA SUAS PALAVRAS SR. PERVARTI OU FAREI ENGULI-LAS POR MIM MESMA. Agora, você que está me ofendendo a troco de nada. – disse ela batendo a mão na mesa a sua frente e levantando-se com todo o furor.

Vi o Sr. Marcus Illea levantar-se logo em seguida ao lado dela e a ministra de segurança também.

- Calma Eadlyn, uma briga com os ânimos exaltados como estão pode acarretar problemas ainda maiores e desta vez para toda Illéa. – sussurrou Marcus para ela enquanto ela fitava o Sr. Pervati com todo o furor. Ela virou-se para ele e suspirou fundo.

- Desde quando você se importa? Você é o primeiro que iria querer me ver errar? – disse em tom baixo para que só ele escutasse, porém pude ouvir, pois estava perto.

- Já passei dessa fase, além do que, você sabe que meu problema com você era pessoal, mas sempre me preocuparei com Illéa, não é a toa que sempre estou no conselho. Importo-me com o povo, mas se continuar nessa briga eles serão os primeiros a sofrerem as consequências.

Ela suspirou fundo pensando nas palavras deles. Por mais que eu não gostasse dele teria que concordar, uma briga entre dois grandes países como esses não seria nada bom, nada bom mesmo.

- Vamos Eadlyn, estou esperando você vir me fazer engolir minhas palavras porque eu não as retirarei. – falou o Sr. Pervati interrompendo o momento.

- Klaus, por favor, pare. – suplicou sua esposa tocando-lhe o braço. Até ela teria muito mais senso que ele. Ela era um doce de pessoa, pelo que pudemos conversar, enquanto seu marido era um ogro.

- Se eu fosse você ouviria sua esposa Sr. Pervarti, você está ultrapassando todos os limites. – disse a ministra.

- Estou. Estou mesmo. E você quer saber? Acabarei de ultrapassar mais um neste instante. – disse furiosamente puxando a esposa pelo braço fazendo-a levantar da cadeira também. – Irei embora daqui neste exato momento. E você Eadlyn – disse apontando para minha mãe - não poderá me impedir, ao menos que queira ser acusada de sequestro ou cárcere de uma autoridade de outro país, ou seja, declaração de guerra eminente. Você não tem nada que me faça ficar neste lugar e meu tempo aqui já esgotou, estou indo embora.

Sr. Pervati saiu praticamente arrastando sua mulher pela sala ate chegar à porta. No momento que foi passar, os guardas que estavam ali bloquearam a saída, não permitindo a sua passagem.

- Tem razão Sr. Pervati, não posso obrigá-lo a ficar, não com a falta de provas que temos aqui. Mas saiba de uma coisa, no momento que pisar do lado de fora desta sala, será considerado meu suspeito numero 1 e toda a relação de parceria com Illéa estará oficialmente quebrada. - disse ela friamente para ele.

Os olhos dele se arregalaram, não sei se passou algum temor por ali ou seria apenas o choque pelas palavras da minha mãe. No mesmo instante que surgiu a sua expressão, logo ela se foi. Ele cruzou os braços e virou para frente dos guardas pedindo para que o deixassem passar de uma vez.

- Você fez sua escolha – disse minha mãe a ele assentindo com a cabeça para que os guardas liberassem a saída. – Espero que não se arrependa, pois não costumo voltar atrás nas minhas decisões.

Sr. Pervati nem ousou olhar para trás, pelo contrário, saiu rapidamente em fuga e eu temi por estar indo embora um possível assassino do meu pai. Se fosse ele, como faríamos para pega-lo. Queria correr atrás dele, amarrá-lo e faze-lo ficar até acabarmos o inquérito. Pensando nisso, comecei me levantar instantaneamente sem perceber. Minha mãe olhou para mim e parecendo entender o que eu iria fazer, segurou em meu braço disfarçadamente e murmurou:

- Sente-se.

Sentei de novo, mas nervosa com a situação. Meus pés tremiam e eu me remexia mais do que esperado naquela cadeira.

- Se mais alguém deseja fazer o mesmo que o Rei da Nova Ásia, as portas da saída estão abertas, mas saibam que os termos são os mesmos. – falou olhando para o aglomerado de pessoas na sala.

Ninguém disse nada por alguns minutos e ela vendo que ninguém seria burro o suficiente de tomar tal atitude prosseguiu com a reunião.

- Não tendo mais interrupções pedirei ao Sr. Caliagri que continue com a exposição do inquérito para nós. – disse sentando-se novamente.

- Prosseguindo, portanto. Eu estava dizendo apenas a lista de pessoas que estavam perto da rainha durante o fato. Essas pessoas serão entrevistadas novamente para que possamos unir a maior quantidade de informações possíveis.  O punhal utilizado para o assassinato já está na perícia e em breve teremos mais respostas. Um dos motivos desta convocação é que seja quem for que esteja por trás disso, provavelmente, fez com um motivo político. Há mais de um mês a rainha vem recebendo ameaças do tipo “Abandone o trono”, “Illéa será minha”, “Ceda o trono para mim quando chegar a hora e não sofrerá mais danos”, entre outras ameaças mais pessoais que não estou autorizado a divulgar. – falou o Sr. Caliagri.

Abri minha boca em espanto. Como eu não sabia nada disso? Estávamos ameaçados há um mês e ainda assim me colocaram para organizar esse baile estupido? Se eu soubesse teria reforçado a segurança, ou sei lá, faria qualquer coisa para manter meu pai a salvo.

Eu sentia a culpa começar a recair sobre mim. Talvez eu tivesse que ser mais prudente, a pessoa que eu convidei para a festa, uma delas foi o causador da morte do meu pai, a culpa era minha.

Lembrei-me do dia que vi meus pais cochichando algo no corredor com cara de preocupados. Provavelmente diziam sobre isso, mas não me contaram par me poupar, como sempre.

Olhei para minha mãe indignada por ter me omitido este fato. Queria retrucá-la ali mesmo, brigar e extravasar toda a minha raiva por ter mais uma vez escondido outra coisa de mim. Minha mãe olhou para mim e me deu um olhar duro para que eu ficasse quieta. Com certeza depois conversaríamos.

- Eu não acredito nisso. – cochichei para ela. – Você fez de novo. Como pôde?

- Depois conversaremos. – cochichou de volta.

Voltei olhar para frente prestando atenção no que o Sr. Caliagri falava.

- É claro que o assassinato foi um atentado real. Não cremos em motivos pessoais e não é a primeira vez que essas ameaças chegam à vida da nossa rainha, por isso precisamos contar com o apoio das demais nações, pois provavelmente uma futura guerra está por vir.

Todo o salão exclamou no momento. Com certeza desde morte ontem do meu pai e a saída enfurecida do rei da Nova Ásia, esses pensamentos estariam rondando, mas agora ele estava tornando tudo mais próximo. Saber que já era algo premeditado traçava uma linha tênue entre a paz e a guerra. Alguém já estava travando uma batalha e querendo que tudo isto acontecesse.

- Aonde quer chegar Sr. Caliagri?-  perguntou o rei da Alemanha.

- Provavelmente teremos uma iminente guerra pela frente. Seja quem fez isto e o motivo que levou o atentado, ele estará entrando em confronto direto com Illéa. Isso não passará batido. – disse o Sr. Caliagri.

- E por isso essa convocação de reunião tão importante senhoras e senhores. Não foi somente para averiguarmos suspeitas, até porque nossos trabalhos individuais já estão andando muito bem. Mas precisamos saber se nossos aliados estarão conosco nisto. Quando chegar a hora quem estará ou não ao nosso lado? – disse a ministra de segurança se levantando e ficando ao lado do Sr. Caliagri.

Ouviam-se cochichos por todos os lados. As pessoas debatiam e estavam alerta com a possível guerra. Eu ficava muito assustada só com a possibilidade. Fui criada em um ambiente de amor paz e harmonia. Para mim, a guerra tinha ficado nos livros.

- Temos que responder isso agora? Ainda não sabemos quem e nem que implicação ocorrerá para todos nós. É uma decisão muito difícil para tomarmos de uma hora a outra. Não viemos preparados para isso. – Falou o rei da Itália.

- Não precisa ser necessariamente agora, mas já estamos colocando todos vocês a par da situação para quando chegar a hora. – respondeu minha mãe.

- Eady, tem certeza que isso é mesmo necessário? Você sabe que sou seu irmão e te amo muito, mas Camille e eu não queremos colocar a França em risco. – disse tio Ahren para minha mãe.

- Ahren, não sei ainda, e sou adepta a civilidade sempre, assim como nosso pai nos ensinou. Mas se tudo encaminhar para o que suspeitamos, creio que não teremos muito como fugir disto. Não fazer nada também seria uma ofensa e desrespeito. Uma desmoralização com Illéa, inconcebível. A justiça será feita irmão. – respondeu a ele fazendo o assentir com a cabeça, mas sabia que ele estava preocupado com a possível guerra.

- Grande rainha Eadlyn - levantou-se o rei da Noruécia – temos anos de relações e parcerias entre nossos países. Seja qual for a decisão que tomarem saibam que a Noruécia estará ao seu lado. Um ultraje de tal tamanho contra nosso aliado é o mesmo que atingir a nós e quero oficializar todo o nosso apoio aqui. – disse firmemente mostrando o companheirismo. – Meu filho foi treinado por todo o tempo para ser um grande rei um dia, ensinamos de tudo, tratados, leis, liderança, combate, estratégias... tudo que um bom líder um dia possa precisar saber. Creio que ele seja muito útil a vocês durante esses dias e como forma de materializar nossa aliança peço que permita que ele fique por aqui a auxiliando caso seja preciso tomar medidas mais drásticas.

Koddy olhou para ele assentindo com a cabeça ao pedido do pai.

- Estarei ao dispor de Vossa Majestade Rainha. Será um prazer – disse Koddy para minha mãe e seu olhar atravessou o meu.

- Fico muito grata senhores. Agradecerei a presença do seu filho Barth, esperamos que não cheguemos a tanto claro, mas a ajuda dele será importantíssima. – disse assentindo. – Creio que no momento, por hora, estarão todos dispensados. Pensem no que foi dito aqui e aguardaremos a resposta de vocês em breve. Peço perdão por qualquer tumulto e por todo o ocorrido. O inesperado aconteceu, algo imprevisível, mas todas as medidas sucessoras foram necessárias. Com exceção daqueles nomes citados, todos estão dispensados. Os demais aguardem lá fora só mais um instante, pois os guardas farão mais algumas perguntas. Após isto, também estão dispensados a voltarem a suas casas. Caso alguém queira permanecer, o palácio está de portas abertas e o funeral será amanhã às 10 horas. Obrigada – falou cumprimentando as pessoas ao final e levantando-se para retirar-se da sala.

Levantei-me imediatamente e fui atrás dela. Ao chegar perto, segurei em seu braço fazendo-a virar-se para mim.

- Que droga é essa que aconteceu ali dentro mãe?

- Olhe seus modos Aysha e não me trate como qualquer. – disse para mim duramente soltando seu braço do meu aperto.

- Desculpe – pedi concordando que realmente fui brusca com ela, mas por Deus, eu estava tão nervosa. – Eu estou tão brava contigo, brava por ter escondido essas coisas de mim. Uma guerra mãe? É serio isso? E como assim estávamos sob ameaça? Como pode permitir que eu fizesse um baile com tudo isso acontecendo?

- Asyha, aqui não é hora e nem lugar. Pessoas esperam por mim, tenho coisas para resolver, não posso ficar em meio ao corredor discutindo porque você tem a curiosidade de saber tudo o que se passa por aqui. – falou ela em tom mais baixo para que as pessoas que passassem no corredor não escutassem.

- Droga mãe, você me pede tanto para tomar meu lugar por direito e me esconde essas coisas, não faz sentido. – disse suspirando já cansada de tudo isso.

- Sabe qual o seu problema Aysha? Não sei se percebeu, mas você só vem dizer sobre legado, ou funções reais quando quer saber alguma coisa, quando está a procura de algum segredo “sujo” meu ou sua curiosidade fala mais alto. Por que não se importa quando estou fazendo meus trabalhos pelo reino? Ou quando estou atendendo as petições da população? Ou mesmo quando tenho as reuniões de orçamento para as cidades e quando os prefeitos vêm trazendo as lamúrias que acontecem? Tudo isso você não se preocupa. Nunca mais use esse tom comigo. Quando você quer ficar sabendo de algo que te interessa você vem fazer esse jogo. Isso não funciona comigo Aysha e eu vou continuar a te omitir as coisas até que eu veja que você realmente merece saber alguma verdade. – disse ela e saiu furiosa a caminho encontrando meu tio Ahren pelo corredor. Ela o chamou para a sua sala de reuniões me deixando lá parada e estática no mesmo lugar que eu estava, chocada demais para dizer qualquer coisa.



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