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História O Peso da Coroa - Capítulo 14 - Uma Chance


Escrita por: LyraRocha

Notas do Autor


Gente, perdão, dormi ontem revisando o capitulo hahaha Fiz correndo para atualizar para voces, então se tiver algum errinho me avisem.

Vamos lá...

Capítulo 23 - Capítulo 14 - Uma Chance


Eu sentia suas mãos sobre mim. Mãos que se apossavam da minha cintura, subiam pelas laterais do meu corpo, acarinhavam minha bochecha e entrelaçavam em meus cabelos.

Eu sentia os suspiros, o calor e o molhado dos seus lábios.

Eu sentia seu coração, sentia sua pele e sentia a emoção.

Eu sentia um conjunto de coisas indecifráveis e esses sentimentos me amedrontavam. E foi esse medo que me trouxe a consciência novamente e me fez recordar de uma enxurrada de informações, empurrando Thomas para longe de mim e me fazendo ofegar assustada com o que havia acontecido ali.

Vi Thomas ficar constrangido e colocar a mão no rosto suspirando fundo. Deu um passo em minha direção e eu só tive forças de espalmar minha mão a frente em sinal que não se aproximasse enquanto eu tentava recuperar a minha voz.

- Desculpe Aysha. Droga. Eu disse que não ia te forçar, não é o que eu queria. – falou ele nervoso consigo mesmo passando a mão entre seus cabelos.

Eu só conseguia olhá-lo com os olhos arregalados pensando que merda eu tinha na cabeça ao deixar que esse beijo acontecesse.

- Aysha, fique calma. Olhe pra mim – pediu ele mansamente tentando me tranquilizar. – Desculpe. Eu... não pude me conter. Você parecia tão distante por algo que eu nem sei mesmo o que é, parecia que estava te perdendo. Em um ímpeto eu queria lembrá-la de como somos bons quando estamos juntos. Me perdoe – falou ele angustiado como se tivesse invadido meu espaço particular.

Eu ouvia ele tentando se explicar, mas eu apenas tremia com toda a confusão dentro da minha cabeça.

- Isso não devia ter acontecido – disse fracamente.

- Eu sei Aysha, me perdoe por ter te beijado. – suplicou.

- Não Thomas, não por culpa sua. Você não fez sozinho, eu consenti, apesar de você ter dado o primeiro passo. O que não devia ter acontecido era eu ter permitido isso.

- Mas Aysha, por que? Eu não consigo entender. Um dia nós estamos bem e no outro você foge de mim e me trata friamente. O que eu te fiz? Eu não estou te sufocando, eu só estive do seu lado para te ajudar, me coloquei a disposição, e não consigo entender o que está acontecendo aqui.

- Eu te vi Thomas - confessei.

- Me viu o que!? – perguntou sem entender.

- A pergunta certa seria aonde e com quem. – retruquei.

-Então, me viu aonde e com quem Aysha?

- Annylle Travics, isso te responde? – disse logo sem ressalvas, já estava farta disto martelando em minha cabeça.

- O que tem ela? Quantas vezes preciso te dizer que não tenho mais nada com aquela garota? Já te expliquei o motivo dela estar aqui. – disse ele cansado colocando a mão sobre a testa.

- Não se faça de desentendido Thomas. Eu vi vocês a noite entrando no quarto e me pareciam bem próximos... - falei nervosa com os rodeios que ele dava.

Thomas parou um instante e olhou para mim, vi nos seus olhos que agora ele entendia o motivo de todo o meu tratamento frio para com ele.

-Aysha, não... não é o que parece. – falou meio gaguejando, não me passando tranquilidade alguma em suas palavras, muito pelo contrário.

- Não é o que parece Thomas? Vai me dizer que não vi ela pendurada em você entrando em seus aposentos?

- Sim, mas... não. Droga Aysha. Não é isso que está pensando. – falou nervoso.

- Então me explica droga! – falei exaltada com ele. Estava farta e ele não me mostrava para que veio. – Estou cansada Thomas, não quero mentiras. Você quis conversar? Ok, estou aqui. Me fale agora, me prove que não é o que eu estou pensando, caso contrário eu vou sair daqui agora e exijo que não me procure nunca mais. – falei já sentindo as lágrimas brotarem. Isso me feriria, mesmo em pouco tempo, Thomas era de alguma forma importante, mas eu me afastaria antes que ele pudesse despedaçar o meu coração.

- Não faz isso Aysha. Eu não tenho nada com a Annyelle, já te disse isso. Ela me procurou aquela noite. Eu a trouxe como acompanhante para festa, era claro que ela viria atrás de mim em algum momento, mas nós apenas conversamos. Eu deixei claro para ela que não tínhamos mais nada, era o fim. – tentou explicar, mas eu sentia que algo ainda estava errado.

- Porque eu ainda acho que está mentindo em mim? Não consigo confiar plenamente nas suas palavras – soltei enxugando rapidamente uma lágrima solitária que teimou descer.

Thomas se aproximou de mim, vi sofrimento em seus olhos por saber que estava me machucando de alguma forma, pelo possível mal entendido, ou por algum motivo que eu ainda desconhecia.

Ele ergueu sua mão e tocou em minha bochecha delicadamente e logo depois colocou as duas mãos em meu rosto guiando-me para seus olhos.

- Você pode desacreditar de qualquer explicação que eu lhe der Aysha, mas eu quero que acredite em algo e somente isso. Espero que seja suficiente para que você me dê uma chance. – falou ele sério com seu olhar de fogo sobre mim. – Eu te amo Aysha. Você pode me achar louco por falar isso assim, mas quando é que o amor não nos torna louco? Confesso que me aproximei de você somente para te provocar, te achava mimada e petulante, mas eu sabia que no fundo essa garota tinha muito mais do que eu pudesse ver. Eu me vi perdido em meio as minhas brincadeiras e eu sabia que a única forma de chamar sua atenção seria te provocando. Eu fui brincar com o fogo e fui queimado completamente Aysha, você não tem como imaginar o quanto.

Desta vez eu vi sinceridade no seu olhar, seu tom de voz não vibrava, era firme e claro. Eu não sabia explicar, mas era confortante, não me deixava dúvidas.

- Sinta isso Aysha – pegou minha mão e colocou em seu peito me fazendo sentir seu coração batendo forte e acelerado. – Contra isso não há argumentos. Você pode duvidar das minhas palavras, mas nunca do que eu sinto por você. – falou agora se aproximando mais de forma que eu sentia sua respiração pesada contra mim, me fazendo ficar embriagada e sem saber agir. Tocou em meus cabelos e colocou-os atrás da orelha.

- Eu nunca senti nada parecido com isso antes Ash... nenhuma outra mulher foi capaz de me fazer perder a cabeça como você faz, nenhuma foi capaz de me fazer ir atrás, mais de uma vez. Eu posso estar sendo precipitado e te assustando com o que estou te dizendo, mas é a verdade. E eu não posso passar meus dias nessa indecisão, nessa montanha russa sem saber aonde vamos parar, hora bem, hora mal. Eu não quero te pressionar e você não precisa assumir nada comigo agora, mas eu quero saber se você está disposta a tentar, porque eu juro por Deus Aysha que se você me der essa chance eu te farei a mulher mais feliz do mundo. Eu vou secar cada lágrima que derramar, vou consolar cada aperto que seu coração der, eu vou ter minha mão erguida quando você cair e vou te ajudar a se tornar a grande mulher que você está destinada a ser.

Meu coração estava acelerado e eu poderia jurar que Thomas conseguiria ouvir. Estava estática encarando aquele par de olhos azuis e aquele cabelo loiro bagunçado que teimava cair em sua testa. Eu podia sentir a vibração dentro do meu ser e o frio dentro do meu peito frente ao nervosismo daquela situação.

Eu sabia que Thomas estava interessado em mim, ele não era um homem de meias palavras, ele já havia deixado claro suas intenções, apesar de respeitar o meu espaço depois da morte do meu pai. Mas ouvir aquilo tudo era tão... inacreditável.

Thomas Illéa me amava? Como poderia isso?

Quem eu era? Uma princesa que corria da realeza, vivia sua própria vida e só. Não havia nada que pudesse chamar atenção de alguém como Thomas que era tão centrado e dedicado a tudo que fazia. Por que eu?

Eu não conseguia entender, mas será que era possível entender o que se passa dentro de um coração?

E o que eu sentia por Thomas? Não houve tempo para que eu pensasse nisso, quando nos beijamos pela primeira vez uma tragédia aconteceu e logo em seguida eu não queria pensar em nada que se relacionasse a sentimentos. Mas será que só afastar Thomas era o melhor a se fazer?

Eu me sentia tão bem quando estávamos juntos, ele conseguia trazer o melhor de mim. Era uma luz em meio a toda essa obscuridade. Por que tanto afastá-lo se poderíamos seríamos melhores juntos? Às vezes a mente da gente pode ser tão confusa, mas porque viver no porém se podemos só mergulhar na plenitude de todas as coisas?

Eu nunca havia amado antes. Dizer que eu amava Thomas seria demais. Ele poderia até ter certeza do que ele sentia, mas eu ainda não. Eu poderia afirmar que sim, eu sentia algo diferente. Algo que Koddy ou qualquer outro não me fazia sentir. Se era um encanto, paixão, amor ou um simples gostar eu não saberia dizer. Mas uma coisa era certa, ao olhar para Thomas e absorver cada palavra que ele disse, eu estava disposta a desvendar.

Poderia não dar certo, eu poderia acordar amanhã e ver que tudo isso era um baita de um erro, mas eu nunca saberia se não arriscasse. Melhor errar por tentar do que viver a vida pensando o que seria se desse certo.

E foi isso que me fez tomar aquela atitude. Sabia que Thomas já estava nervoso e ansioso pela minha resposta. Todas as duas vezes foi Thomas que tomou a atitude mostrando o que queria, agora era minha vez.

Passei minhas mãos pelo seu pescoço, fechei meus olhos e inclinei-me para ele tocando em seus lábios. Senti seu suspiro aliviado com o meu ato de resposta. Foi o suficiente para que ele agarrasse a minha cintura e juntasse nossos corpos com força.

Thomas parecia ter medo de me perder, ele me laçava tão firme e ao mesmo tempo tão carinhoso que eu sentia meu corpo desfalecer em suas mãos. Seu beijo tinha o poder de me fazer esquecer qualquer insegurança, me passava calor e todas as emoções que não conseguíamos dizer com palavras.

Eu sentia o frio se apossar do meu ventre, eu queria mais de Thomas e ele queria mais de mim. Seus lábios deixaram minha boca e ele começou a beijar todo o meu rosto como se quisesse me marcar e dizer que finalmente eu era dele. Seu rosto desceu pelo meu pescoço e sentia a ponta do seu nariz e sua respiração roçar por ali me fazendo arrepiar. Suas trilhas de beijos começaram do meu ombro até chegar a minha orelha onde ele mordiscou me fazendo contorcer por dentro. Sua língua passeou pelo local e eu já não conseguia mais mantê-la longe de mim. Puxei-o e tomei sua boca novamente eu um beijo desesperado e faminto. Intercalávamos os beijos com mordidas e suspiros incansáveis, uma onda de fogo, fome e anseio.

Era como se estivéssemos acumulando durante o tempo todo o nosso desejo e agora poderíamos apenas sentir um ao outro sem ressalvas.

Um determinado momento foi preciso folego, nos separamos levemente, mas só o suficiente para que conseguíssemos respirar.

- Isto é um sim para nós? – perguntou ele.

- Isto é um "vamos ver no que vai dar". Estou disposta a tentar Thomas. – respondi sincera. Sem falsas promessas, mas com uma possível fagulha de esperança de um futuro.

- É o suficiente por agora - sorriu ele me beijando novamente.

Ficamos por ali até tardar o anoitecer quando nossos estômagos deram sinais de vidas e precisávamos jantar. A essa hora provavelmente minha mãe já havia comido, mas depois de todos os acontecimentos, ela me daria um tempo para processar as coisas, portanto, era certo que não me obrigaria ir jantar com todos.

- Promete que quando sairmos dessa porta você não vai voltar atrás? – perguntou ele preocupado me puxando pela mão quando eu estava saindo.

- Não vou Thomas. Estou dando uma chance para nós e essa é a minha palavra. Mas isso não significa que vamos sair por aí como namorados na frente de todos. Vamos ver primeiro aonde iremos chegar antes de envolver a nossa família que já é complicada suficiente. Meu Deus, minha mãe vai me matar se souber! – falei rindo imaginando surto que ela daria se soubesse minha ligação com Thomas.

- E você acha que meu pai vai achar isso lindo é? – riu ele debochadamente. – Estamos no mesmo barco princesa – falou se aproximando e me dando um beijo antes de nos retirarmos.

Fomos direto para cozinha pegar algo para comer e Thomas me roubava alguns beijos quando tinha certeza que não tinha ninguém olhando. Nos despedimos, pois não queríamos dar na vista que passamos a tarde inteira juntos. Eu precisava procurar a Kat e conversar com ela, na certa estava chateada por ter a deixado daquela maneira. Talvez eu contasse a verdade para ela. Decidiria quando a encontrasse.

Tive uma surpresa ao passar pelo salão sozinha e encontrar aquele homem parado de frente a uma estante com um porta-retratos da estante em mãos.

Me aproximei vagarosamente e pude ver que era uma foto que estava meu pai, minha mãe e eu abraçados, sorrindo como uma família feliz. Seus olhos pareciam doloridos, ele franzia a testa e olhava com pesar a fotografia. Me senti uma intrusa por estar ali presenciando aquele momento, mas não poderia voltar agora.

Ao me ver, colocou o retrato no lugar, olhou para mim e sorriu em cumprimento. Um sorriso triste, mas simpático. Ele não estava à vontade ali, parecia que a qualquer momento pegaria suas coisas e iria embora. Sua mente parecia distante como se lembranças inundassem o seu coração, e, de certo, talvez, realmente não fosse fácil para ele. Não sabia porque ele estava ali, mas não me parecia que queria permanecer.

- Oi, desculpa chegar assim. – falei timidamente.

- Não tem porque se desculpar, a casa é sua não é? – falou tentando quebrar o clima com um sorriso lateralizado. – Prazer, meu nome é Kile, Kile Woodwoork. – disse estendendo a mão.

- Sim, err digo, mesmo assim, me perdoe. – respondi constrangida. Uma luz se acendeu e aquele sobrenome iluminou minha mente. – Você é a irmã da Sra. Josie? Ela me ajudou muito na recepção da festa. – disse me lembrando do sobrenome dela e me lembrando de alguns arquivos do governo que eu já havia visto seu nome.

- Sim, eu sou – respondeu com um sorriso, mas logo o silêncio pairou sobre o ambiente e ficamos sem saber o que conversar.

Eu não sabia como puxar mais assunto, eu olhava para ele e imaginava tudo o que minha mãe tinha me contado, a história deles dois.

Porque ele estava ali? Só pelo velório do meu pai ou estava disposto a reconquistar minha mãe novamente. Pensar nisso fez meu coração apertar. Não que eu não quisesse a felicidade dela, mas ver alguém tomar o lugar do meu pai tão rápido seria doloroso e difícil de lidar. Não sei se aceitaria tão bem.

Será que ela seria capaz de voltar para um amor antigo tão rápido? Não, ela não faria isso. Minha mãe respeitava meu pai demais ter uma atitude assim. Se ele estava ali por ela, com certeza tinha um motivo maior. A presença dele talvez a consolasse de alguma forma, mesmo que não tivessem nenhum relacionamento. Era difícil pensar nessas coisas, cada fio de pensamento que me vinha me confundia ainda mais.

- Fiquei sabendo que está fazendo faculdade. Interessante, nenhum outro herdeiro saiu desses muros para isso. – disse ele rompendo o silencio e senti admiração em sua voz.

Andei mais alguns passos ficando ao seu lado e pegando a foto que antes estava em suas mãos.

- Por muito tempo me senti sufocada aqui. Não queria ser o que queriam para mim, queria ser livre, sair dos muros desse palácio, viver minha própria vida, ser alguém normal sabe? Por isso eu fui estudar. Eu queria ser alguém além daquilo que esperavam de mim, eu queria seguir meus próprios passos sem a sombra de ninguém, ter minha própria liberdade.

O homem deu uma leve risada e seus olhos pareciam absortos em uma lembrança ou pensamento.

- Você me lembra alguém. – falou segundos depois concentrando-se em mim novamente.

- É? Quem?

- A mim. – respondeu prontamente abrindo um sorriso. – Quando eu era jovem e estava nesse castelo eu pensava exatamente igual a você. Não sentia que vivia a minha vida, não sentia que era essa a minha casa. Eu só queria ser livre e viver os planos que eu tinha pra mim.

Arregalei os olhos com a informação que ele morava aqui no castelo. Ele dizia morar aqui antes ou só durante a seleção. Não quis ser intrometida e perguntar logo de cara, poderia afastá-lo. Percebi que sutilmente eu conseguiria arrancar muito mais informações do que sendo direta, que é o meu perfil. Mais um aprendizado para minha vida.

Com o que minha mãe me contou eu achava que era um selecionado como os outros, mas que havia conquistado o coração da minha mãe. Mas naquele momento eu percebia que era bem mais fundo do que eu pensei.

- Bom...parece que você foi sucedido então. É o Ministro de Obras do governo, suas construções nas cidades mais pobres e armazéns livraram muita gente de morar em lugares impróprios. Além disso os desenhos das cantinas populares que você fez foi incrível. – disse lembrando de uma aula de Gestão Pública que tive na faculdade e de algumas coisas que ouvia nas reuniões que minha mãe me obrigava a ir.

Eu sabia que o Ministro de Obras vivia pelas cidades, visitava os projetos dos governos, acompanhava as obras de perto e tudo mais. Em contrapartida aos outros ministros que sempre vinham nas reuniões do Conselho, ele sempre mandava um assistente ou representante. Achei que o motivo era por ser um homem muito ocupado, mas agora... talvez ele apenas evitasse vir aqui.

Perguntas, dúvidas e mais indagações. Isso nunca acaba... minha mente ainda iria fritar.

- Creio que está bem feliz com o sucesso e por ter alcançado os seus sonhos. – apenas completei.

- É...- respondeu ele com um sorriso fraco. – Pena que quando menos esperamos os nossos sonhos mudam e nem tudo que a gente achava que que queria antes é o que realmente vai nos fazer feliz. – falou ele pensativo. Seu semblante que antes estava começando se animar voltou a cair e o silencio instalou-se entre nós.

Eu imaginava ao que ele se referia já que minha mãe havia me contado que ele já havia aberto mão de tudo por ela. Se ele tinha ficado sentido com isso, talvez os sentimentos que ela ainda carrega por ele sejam recíprocos até os dias de hoje.

Tomei coragem e parei de pisar em ovos para fazer a pergunta que não saía da minha cabeça. Tentei encarnar a imagem dura e imponente da minha mãe para ir atrás do que eu queria saber.

- Sr. Woodwork, o senhor é casado? – perguntei para ele subitamente pegando-o desprevenido no momento que dei dois passos ficando próximo e de frente a ele a fim de intimidá-lo

Vi seu olhar pálido sobre mim. Ele abriu aboca, mas não dizia nada. Seu olhar franziu para mim e ele sacudiu a cabeça como se achasse que eu estava fazendo a pergunta mais absurda da face da terra.

Ele estendeu a mão no meu ombro para dar dois passos para trás, afastando-se de mim.

- Vossa alteza – falou ele formalmente - Não quero ser rude ou indelicado, mas creio que não deveria se interessar a esse tipo de coisa, eu sou meio velho para você.

No início não entendi, mas meu olho arregalou quando minha ficha caiu com a compreensão do que ele havia pensado sobre minha pessoa. Essa pergunta aleatória no meio de uma conversa e o fato de eu me aproximar dele fez com que ele entendesse completamente errado a minhas intenções. Eca. Não que ele não fosse um homem bonito, mas céus... ele era o amor juventude da minha mãe e tinha idade de ser o meu pai. Não mesmo!

- Oh-oh, calma lá. – dei uma gargalhada com o absurdo – Desculpa se entendeu errado, meu pai sempre me dizia que essa minha impulsividade ia me trazer problemas e acabo de ver que ele estava certo – ri e balancei a cabeça em negação em um sinal de inacreditável.

Vi que o Sr. Kile ainda estava meio reticente quanto a mim e quando percebi que talvez ele não estava acreditando na minha pessoa fiquei um pouco irritada.

- Olha Sr. Woodwoork, não é porque minha mãe caía de amores por você que toda mulher do mundo vai cair. – e pela segunda vez vi seu queixo cair e o deixei sem palavras. Eu estava ficando boa nisso. – Eu só queria saber que assim como ela seguiu em frente, se você tinha feito o mesmo. Uma curiosidade boba.

- Desculpe Alteza, eu... – comecei a dizer quando eu o interrompi.

- Não precisa se explicar. Você me interpretou mal. Tudo bem. E antes que você fica confabulando qualquer coisa já te adianto... Sim, eu sei da mamãe e de você. Não sei porque está aqui ainda, mas eu vou te dizer uma coisa Sr. Woodwork, é bom que você não quebre o coração da minha mãe. Quer ficar aqui? Ela te quer aqui? Que seja, não posso fazer nada quanto a isso. Mas eu não sei ainda da sua vida, eu ao menos conheço você, estão espero que eu esteja sendo bem clara. Minha mãe lutou muito por todos ao seu redor, e agora eu estou aqui para lutar por ela – disse séria para ele. Meu recado estava dado. Eu a protegeria mesmo que eu saiba que ela não precisasse de proteção, pois sei que ela é forte o suficiente. Mas se ela fez por todos nós um dia, agora eu faria por ela. Eu lutaria as suas dores e carregaria os seus fardos.

- Não estou aqui para quebrar o coração dela e desculpe novamente se te interpretei mal. – ele respondeu ainda meio impactado com minhas palavras. Com certeza não esperava isso da princesinha, ninguém esperaria.

- Então estamos acertados. – falei virando para me retirar do local.

Tomei um susto com a entrada repentina da minha mãe. Ela estava afoita adentrando em velocidade pela sala. Seus olhos se arregalaram um pouco ao ver nos dois ali, olhando para um e depois para o outro e sentindo o clima tenso no ar, mas logo ela se recompôs e veio em minha direção.

- Aysha, estava a sua procura – falou ela preocupadamente. – Estamos convocando uma reunião de emergência. O Sr. Calliagri tem notícias para nos.

Meu coração acelerou rapidamente e minhas mãos suaram frio. Se era o Sr. Calliagri, então era sinal que tínhamos algum andamento na investigação.

- Sobre o que é? – perguntei desesperada por alguma informação.

Ela olhou-me com aquele olhar duro e frio que ela possuía e eu soube no momento que algo grande era e que ela segurava para não destilar todo o ódio que estava segurando.

- Descobrimos a origem do punhal – soltou ela como uma bomba.


Notas Finais


E agora gente???
O que acharam de Aysha e Thomas?
E o punhal????
E esse encontro da Aysha e do Kile? hahaha ela nao conhece ele, entao nao pode simplesmente confiar. hahaha Sera que o Kile vai embora? Descobriram ja a profissão do Kile, falta saber o resto hahahah

Para quem não sabe ainda, estou com uma história nova TRONO DE SANGUE.
https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-originais-trono-de-sangue-5252142

Quem quiser participar do grupo do facebook e receber notícias e spoilers acessem:
https://www.facebook.com/groups/1004676362936847/

Ps.: Voce leitor que gosta da história e que acompanha até aqui, não esqueça de colocar a história nos favoritos pois aí sempre que tiver uma atualização você vai receber a notificação e eu vou poder saber que voce acompanha tambem. <3
A participação de voces é sempre especial e os comentários sempre me inspiram a escrever mais!
Beijos


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