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História O peso do destino - Jeff The Killer - IV-Kiseru


Escrita por: Zilmari

Capítulo 20 - IV-Kiseru


*Marie*

Minha mãe quase não acreditava no que vira. Bom. Não a culpo nenhum pouco, afinal de contas, já se faziam por volta quatorze anos que eu deveria ter morrido. Conversamos durante horas, minha cabeça estava muito confusa em relação a tudo, principalmente pelo fato de ter revivido e o porquê de Jeff não ter matado a Nicole este tempo todo.

A manhã logo chegou. Resolvi tomar um banho e trocar de roupa. Nicole estava muito atordoada e apagou sem perguntar nada, então resolvi explicar tudo quando Samantha chegar aqui. O que demorou pouco. Ela bateu na porta e minha mãe a abriu.

-Melissa. Acode a pirralha, vamos esclarecer algumas coisas hoje -disse Samantha entrando e se sentando acompanhada pelo o homem que mesmo agora não consigo ver seu rosto muito bem.

Minha mãe acordou a Nicole que se aprontou e se sentou junto a nós.

-Alguém pode me explicar? - ela perguntou olhando para o chão. Pode-se perceber que não possui muita confiança em nada.

-Claro que iremos explicar querida. Mas antes nos conte o que o Jeff fez com você todos esses anos, pode ser? -perguntei gentilmente e ela confirmou brevemente com a cabeça.

-Ele nunca me agrediu ou fez coisa parecida. Sempre estava irritado e nunca gostou de afeto. Eu cuidava da casa enquanto ele estava fora e sempre controlou quase tudo da minha vida, como roupa, cabelo e coisas no geral. Mal podia ir para escola ou sair para qualquer lugar. O via no máximo uma vez por dia e nunca pude fazer amizade com alguém -ela disse de maneira calma, bem de vagar como se estivesse tentando lembrar tudo e pude notar seus olhos se encherem de lágrimas.

-Garota, você nunca notou que seu "pai" é maluco? -a Samantha perguntou com um tom sarcástico e irritado.

-Eu...-ela gaguejou e olhou para o lado- Sempre o achei estranho, mas não suspeitava que ele quisesse me machucar.

-Bom. Isso não me interessa mais. Vamos diretamente ao ponto -disse essa ruiva estressada. Ela se virou para o homem que ainda estava encostado na parede da casa e ele foi até ela se sentando ao seu lado e lhe entregando um kiseru* e o acendeu. Ela deu uma longa tragada e retornou à falar - Como já sabe a Marie é a sua mãe, o Jeff não é seu pai e sim seu sequestrador e assassino da sua mãe e de seu verdadeiro pai.

-Alba, poderia tentar ser um pouco mais exata e um pouco menos debochada sabia -disse e ela sorriu.

-Meu bem, fui totalmente exata -ela sorriu e eu me virei para Nicole.

-Mãe... eu não consigo entender. Como assim assassino? Ele não é meu pai? O que esta acontecendo? - Nicole me pergunto muito confusa. Samantha revirou os olhos e murmurou algo como "garota burra", mas resolvi ignorar. Tentei resumir ao máximo minha história, a do Nicolas e a do Jeff. Ela ficou escutando o tempo todo com bastante atenção até que eu acabasse toda história.

-Entende o que aconteceu agora minha filha?

*Jeff*

Eu se quer posso acreditar no que aconteceu. Aquela garota voltou, depois de tantos anos e parece que além de voltar com força total, trouxe amigos. Isso não podia ficar melhor: vai ser um maravilhoso espetáculo. A velha, Marie, Nicole, Ruiva e o cara estranho, que perfeito...

Em casa resolvi preparar e a afiar algumas facas. Vou matar a saudade desta melancólica cidade matando alguém burro e estúpido o suficiente para cruzar meu caminho.

Assim fiz. Fui atrás de um qualquer na estrada e não demorou muito para aparecer, um homem loiro e alto que deve estar perto de seus quarenta anos. Não sei, mas sinto que é familiar. O capturei pelas costas com uma corda de piano, o derrubei e o arrastei para dentro da floresta.

Não sei se foi raiva por não ter conseguido matar a pirralha vagabunda ou felicidade porque vou mata-la na frente da Marie, mas aquele cara sofreu bem mais que o normal do que costumo fazer. Arranquei quase tudo o que deu com ele ainda vivo, com ele vendo tudo e ainda fiz questão de mostra-lo. Foi maravilhoso e inspirador, sangue e muito sangue...ah! Que maravilha!

Como me sinto maravilhosamente bem, peguei as partes de seu corpo e joguei na praça principal da cidade. Para dar um pequeno aviso prévio pra pacata cidade: eu voltei.

*Nicole*

Tanta informação tomou minha cabeça. Tudo que eu acreditava ser verdade não passava de uma terrível mentira montada pelo homem que eu acreditava ser meu pai que na verdade era um assassino sangue frio e calculista.

Outra coisa que me surpreendeu foi o fato que sou descendente de bruxa. No momento em que me contaram eu não acreditei mas me mostraram coisas inimagináveis e agora até que creio. Fui para fora da casa com a intenção de esfriar um pouco a mente, relaxar... 

Olhei para o canto da casa e a tal da Samantha estava lá. Ela fumava em um tipo de cachimbo estranho, me aproximei e sentei de seu lado (em um banco de madeira que havia perto da casa).

-O que você é da minha mãe? -perguntei tentando ser educada.

-Não sei, apenas gosto dela -respondeu seca.

-Humm, você é uma bruxa também? - perguntei. Ela abriu a mão e eu quase cai no chão quando uma chama apareceu.

-Humanos -ela revirou os olhos, mas sorriu -Criatura ingênua, se aproximar de mim é um erro.

-Eu queria agradecer por ter me salvado -disse. Ela me olhou surpresa e soltou uma leve risada. Caramba, como essa mulher é bonita, mesmo parecendo ser apenas poucos anos mais velha que eu, exala uma grande áurea.

-Se é assim, irei lhe dar uma coisinha -ela puxou uma adaga com uma rosa esculpida no cabo de seu casaco - Tome, isso pode lhe ajudar.

 


Notas Finais


Kiseru= é aqueles cachimbos japoneses.


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