História O peste mora ao lado (Sehun - EXO) - Olha pra mim Noona!

Me dei conta de onde estava e o que estava fazendo, me separei rapidamente de Sehun e olhei em volta envergonhada.

_ Meu Deus! Que vergonha, seu amigo nos viu! - eu tapava o rosto desconcertada.

_ Não viu não, quando eu comecei a dançar ele saiu de fininho.

_ Nossa…Eu vou me desculpar com ele, nem o conheço e já chego atrapalhando o treino de vocês. - Sehun riu contido e eu o olhei não entendendo nada.

_ Noona, você não conhece o Kai, mas conhece o Jongin. - fiquei o olhando sem entender nada.

_ E o que tem o Jongin? - perguntei confusa.

_ Kai é o apelido do Jongin, - Aaaaaah ta! - o apelido que ele usa no palco.

_ Entendi! Então não tenho que me desculpar, e sim puxar a orelha dele. - eu estava brava com ele agora - Te fez grudar chiclete no meu cabelo, hunf~ - resmunguei baixinho.

_ Oh hoo, - voltei a olhar para Sehun; O que ele quis dizer com isso? - Então alguém aqui leu mesmo a minha cartinha.

Instantaneamente eu senti meus rosto esquentar; Merda! Ele me ouviu. Sorri sem graça e comecei a me afastar, o que não adiantou muito pois eu dava um passo para longe, Sehun dava um para mais perto de mim, e sabe né, ele tem as pernas bem longas. Me vi no meio daqueles braços novamente e meu coração parecia explodir em êxtase, poderia admitir que queria estar ali mais do que deveria, mas ainda assim eu tinha receio.

_ Não faz isso Sehun, Jongin pode voltar logo. - falei manhosa.

_ Com esse tom de voz, me parece que você não quer mesmo que eu te solte. - ele me olhou sapeca - Olha pra mim noona!

_ UFA, JÁ ACABOU O AMASSO! - Jongin escancarou a porta falando alto.

_ Na verdade você me interrompeu, eu queria muito mais. - Sehun disse inclinando sua cabeça para mim e encostando seu nariz ao meu.

_ Para… - pedi manhosa.

_ AI MEU DEUS COMO EU AMO ESSA MINHA NOONA! - ele disse alto jogando a cabeça para trás, Jongin caiu na gargalhada - Noona, eu vou te fazer namorar comigo, sou um partidão e vou te convencer disso! - disse decidido.

_ Quero só ver! Me convença Oh Sehun. - falei me afastando de si e cruzando os braços o encarando.

_ Eu vou noona! Eu vou te fazer olhar só pra mim. - o brilho dos olhos dele faziam as borboletas no meu estômago dançarem como um farfalhar de folhas secas ao vento, eu estava completamente caída por aquele menino.

            Sorria igual boba me lembrando do que aconteceu naquela sala alugada, eu estava toda entregue, mas não iria admitir tão facilmente.

Minha mãe faltava derrubar a minha porta de tanto bater me chamando para levantar, só porque hoje era aniversário do Sehun ela queria fazer um bolo e enfiou na cabeça que eu deveria ajudar.

_ Achei que fosse hibernar. - falou caçoando de mim - Vamos vamos, coloque um avental e venha me ajudar.

Eu nada disse e logo me pus a ajudá-la. Volta e meia ela me encarava desconfiada mas nada perguntou, a senhora Oh tinha combinado de fazer uma festa surpresa para Sehun. Um ou dois amigos de infância, incluindo Kai, viriam para a festa, alguns parentes e também amigos que fariam parte da turma da faculdade.

Depois de tudo terminado o bolo foi colocado na geladeira, foi só fechar a porta da mesma que ouvimos Sehun bater na porta e anunciar que estava entrando. Apareceu na cozinha todo sorridente perguntando que cheiro era aquele no ar, e como minha mãe já previa que ele poderia aparecer, colocou também uns biscoitos para assar.

_ Ah sim! São meus biscoitos Sehunnie, já já estarão prontos e eu lhe darei para comer também. - ela disse na maior naturalidade sorrindo abertamente. Ela precisa me ensinar como fazer isso!

Conversamos sobre mais algumas coisas, Sehun disse que estava animado para o começo das aulas e que queria ir para Busan no feriado prolongado. Essa última parte ele disse olhando diretamente para mim e eu não consegui encará-lo por muito tempo, o meu coração parecia querer sair pulando do peito.

O jardim estava todo cheio de luzes coloridas, uma estrutura de som e uma mesa para as comidas e bebidas. O combinado era que Jongin ia chamá-lo para jogar videogame de tarde e depois para sair e festejar o aniversário, a senhora Oh ligaria para Sehun passar em casa rapidinho para ver seu pai, que chegaria hoje da viagem, pois eles sairiam e só chegariam no dia seguinte de tarde, quando ele chegar a surpresa vai ser revelada.

Eu ajudava a recepcionar todos, tudo já estava pronto e quase todo mundo já estava presente. O cheiro da comida estava me matando! Corri tanto a tarde toda que nem parei para comer algo; Um rapaz de sorriso bonito chegou abraçando a senhora Oh e ela ria lisonjeada com os elogios que ele lhe direcionava, ela se lembrando que eu estava ali ao lado mais do que depressa quis nos apresentar.

_ Minha querida, esse aqui é o Johnny, ele é amigo do Sehun desde sempre. -o rapaz sorriu fazendo uma reverência- Ela é a noona do Sehun, e nossa vizinha também.

_ Muito prazer. -eu disse devolvendo tímida a reverência.   

_ O prazer é meu. -aquele sorriso, percebi que me desconcertava.

Então o celular da senhora Oh tocou e todos voltaram a atenção para ela em silêncio. Ela desligou a chamada e ligou para Sehun.

_ Oi meu amor, seu pai já chegou e quer te ver… uhun… sim… é que ele disse que antes de você chegar ele havia reservado um dia no spa e saímos em meia hora, voltamos só amanhã de tarde. -ele nem estranhou, era comum os pais dele fazerem esse tipo de programa pois o senhor Oh viajava bastante, era um jeito de relaxar e ficar com a esposa ao mesmo tempo - Okay, ele ainda está tomando banho, estou te esperando, tchau. -e ela desligou o celular- MUITO BEM GENTE, VAMOS NOS APRONTAR!

Todos se movimentaram procurando um lugar para se esconder, eu estava igual uma barata tonta quando senti puxarem meu braço, segurei o grito assustada e arregalei meus olhos ao ver aquele sorriso, Não, aquele sorriso não. Tentei me levantar mas ele me puxou para baixo e eu dei um gritinho agudo.

_ Shhhh, não grita, ele já deve estar quase aqui. -assenti ficando quieta, me virei para frente olhando a porta quando o ouvi- Que sorte a dele crescer perto de uma menina tão linda. -TÁ CALOR AQUI OU É IMPRESSÃO MINHA?- Quer dizer, você também devia ser uma fofa quando mais nova. -ele riu de leve percebendo meu desconforto.

_ A-ah, eu acho que sim, que-er dizer, não sei. -Cadê minha mãe tagarela quando se precisa dela? Ai que vergonha!

_ Olha ele ali. -disse apontando para a porta que se abria, Sehun se espantou quando as luzes se acenderam e começou a rir feliz quando todos aparecemos gritando Feliz Aniversário para si.

A senhora Oh, que apareceu logo atrás dele, lhe abraçou e eles deram pulinhos agarrados como sempre faziam. Desfizeram o abraço e então ele virou para todos agradecendo com reverências e um sorriso largo, avistei minha mãe e ela me direcionava joinhas pelo bom trabalho que fizemos. Sehun olhou ao redor e parecia me procurar, eu dei um passo para ir em sua direção mas senti alguém segurar meu braço, olhei meio assustada e constatei que era Johnny, meu corpo entrou em alerta.

_ Quer uma bebida? -ele me ofereceu, sorri educada recusando.

_ Não Johnny, obrigada. -olhei em busca de alguém que pudesse me ajudar e nada.

_ Eu busco o que quiser, hm? -eu não sabia como me safar daquilo e só conseguia recusar fazendo sinais negativos pois não queria ser grossa com ele- Posso te chamar de noona também? -meus olhos se arregalaram e eu senti um baque forte ao lado do meu corpo.

_ Não Johnny, você não pode! Ela é MINHA noona, entendeu? -Sehun apareceu espumando do meu lado e todo possessivo agarrou minha cintura.

_ Oi Sehun, estava te procurando. -ele disse sínico.

_ É, eu vi bem quem você estava “procurando”.

_ Vou ali que minha mãe está me chamando. -joguei uma desculpa qualquer e me livrei do aperto de Sehun.

Antes que pudesse me afastar o suficiente, ainda pude ouvir Sehun avisar Johnny para que ficasse longe de mim, eu me senti estranha com aquilo. Corri para perto da minha mãe e juntas fomos comer uns salgadinhos e como se não fosse curiosa não seria minha mãe, ela desembestou com as perguntas. Quando respondia ela o que aconteceu ainda a pouco, ela gargalhou sem se preocupar com toda aquela gente ao redor, chamando a atenção inclusive de Sehun que veio até nós.

_ Sehun você tem que dar atenção aos convidados, vai se divertir um pouco. Tem pessoas que você não vê faz tempo.

_ Está querendo se livrar de mim, noona? -ele me direcionou aquele olhar sapeca e eu ri desacreditada.

_ Não Sehunnie, só acho que deveria ir falar com todo mundo, eles vieram aqui por você. -falei e ouvi minha mãe concordar comigo.

_ Eu vou noona, mas antes quero te dizer pra…-foi interrompido pela senhora Oh que gritava para que ele fosse até ela, ele ergueu a mão pedindo um instante e se virou para mim novamente.

_ Isso pode esperar, vai lá primeiro. -eu disse mas ele negou com um aceno leve.

_ Noona, fique longe do Johnny, hum? Ele pode ser meu amigo mas eu conheço ele muito bem. Você já me pertence, eu só tenho que te mostrar todo o meu amor e te convencer que meu abraço é a tua casa. -aquele discurso de possessivo se tornou carinhoso, o seu olhar mandão se tornou doce e eu deixei que ele se aproximasse, pegou em minhas mãos e continuou- Eu quero você todos os dias ao meu lado, e eu quero que vá comigo para Busan, tenho uma surpresa pra você.

Eu olhava os olhos escuros a minha frente e só queria me deixar mergulhar naquela imensidão, suas mãos nas minhas e toda a profundidade do momento não me permitiam raciocinar direito, apenas assenti e ele sorriu contente.

_ Não vale desistir, viu? Eu vou logo, senão a senhora Oh vem me levar pelas orelhas. -rimos da situação e ele logo saiu.

Eu o acompanhava com o olhar e admirava as costas largas, ele queria me fazer uma surpresa e eu queria ser surpreendida por ele. As pessoas de todos os lados o chamavam e acenavam para ele, até que um grito mais estridente chamou a atenção de todos e eu vi cabelos ruivos seguirem na direção dele e pular em seu colo. Minha mãe me encarou assustada e se colocou à minha frente, ela não queria que eu visse. Eu a puxei de leve e vi o que eu deveria ter me poupado, ela agarrou o pescoço de Sehun e o beijou em meio à todos naquele quintal.

Abaixei meus olhos, deixei o copo na mesa e me retirei rapidamente dali.