Já eram 15:10 da tarde, e eu me encontrava em frente ao notebook pesquisando o nome do maldito professor no Google, durante a pesquisa apareceu várias fotos dele, e confesso que tive pensamentos impróprios vendo aquilo, mas por quê raios eu estava pesquisando sobre ele?
Minha cabeça estava a mil, meus pensamentos estavam exatamente direcionados a manhã de hoje, eu estava muito confusa e meu coração estava acelerado até agora, já sei.
Preciso me distrair.
Peguei meu celular que estava em baixo do travesseiro e resolvi ligar para o Matt, aliás, eu precisava saber o que aconteceu pra ele ir embora daquele jeito.
Deu menos de dois toques e ele atendeu.
- Oi? - Sua voz soou ríspida.
- Perdeu seu boné preferido, foi? - Brinquei.
- Que?
- Por que tá tão mal humorado assim?
- Tenho meus motivos. - Foi ríspido novamente.
- E gostaria de compartilhar eles? - Fui sarcástica.
- Não.
- Ah... - Fingi estar chateada, quem sabe assim ele deixaria de ser um ogro.
- Desculpa, pimentinha... - Seu tom de voz mudou completamente.- Vamos sair?
- Era exatamente isso que eu iria fazer, te chamar pra sair, passa aqui?
- Claro, tô indo.
Desliguei o celular e o joguei em cima da cama, eu precisava me arrumar.
Tomei um banho rápido e coloquei a roupa mais simples que achei, short curto, regata e tênis, minha intenção era só dar um passeio no parque ou algo do gênero, então, pra quê se emperiquitar?
Ding Dong.
Corri pelas escadas e me direcionei até a porta.
- PRA QUÊ QUE TOCA CAMPAINHA? Já quase mora aqui. - Reviro os olhos e bufo enquanto olho pra cara de bunda do Matt.
- Eu ia lá adivinhar que o John não estaria aqui? - Se referiu ao meu pai.
- Vou ter que repetir quantas vezes que ele fica de plantão nas segundas? - Cruzo os braços.
- Tão linda brava... - Matt desviou totalmente do assunto, colocou uma das mãos em minha cintura, me puxou e depositou um selinho em meus lábios.
- MATTHEW! - Sorri constrangida.
Apesar de nós termos ficado várias vezes, eu ainda me sentia envergonhada, ele era como um irmão mais velho, a diferença é que a gente se beija.
- Vamos! - Pegou na minha mão e me puxou para o lado de fora de casa. - Parque?
Assenti, caminhamos pela calçada e logo chegamos ao parque, o trajeto era curto, em média umas quatro quadras.
Chegando lá, avistamos o carrinho do sorvete, meus olhos já brilharam, Matt indicou um banco para sentarmos, depositou um beijo em minha bochecha e se direcionou até o carrinho do sorvete, peguei meu celular e fiquei olhando pro protetor de tela.
- Moranguinho? - Assenti sorrindo.
Matt me entregou a casquinha e logo tratei de devorar aquele sorvete.
- Ei, acorda, tá derretendo! - Alertei ele.
- É que o sol ta quente. - Revirou os olhos.
- JURA, MATT? - comecei a dar mordidas na minha casquinha.
- Cala boca, Mel. - Me deu um empurrãozinho com o ombro.
- Você sabe que eu vou revidar, né babaca? - Terminei de comer minha casquinha e o empurrei com toda força pelo ombro.
Pelo jeito peguei ele desprevenido, soltei uma gargalhada quando vi que metade do sorvete do Matt estava grudado em sua camiseta, eu fiz o estrago, comecei a rir ainda mais
- Droga, pimentinha. Vou ter que ir me trocar! - Disse bravo.
- Vai me deixar sozinha aqui? - Fiz biquinho.
- Juro que não demoro, você sabe, eu moro duas quadras daqui, pode me esperar, sweet? - Implorou e eu assenti com um sorriso.
De longe vi a silhueta dele sumindo pela calçada entre as árvores, tomara que ele não demore.
Cruzei as pernas em forma de ''borboleta'', desbloqueei meu celular e fiquei ali distraída. Logo senti a presença de Matt sentando ao meu lado, continuei a mexer no celular sem olhar para o lado, senti seu braço pousar sobre o meus pescoço e me puxar para mais perto.
Deitei minha cabeça em seu peito enquanto colocava meu celular entre as pernas e cortei o silêncio.
- Veio rápido. - Disse animada.
- Você acha? - Uma voz rouca sussurrou em meu ouvido.
Meu corpo se estremeceu, e senti aquele mesmo arrepio percorrer pelo meu corpo;
Senti meu coração acelerar e fiquei imóvel.
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