História O pior professor que você conhece - Badboy

Sim, minha mente estava transtornada, eu estava confusa, a sensação era estranha, diferente, respirei fundo e abri os olhos. 

Não tinha ninguém ali. 

Olhei em minha volta, e eu era a única pessoa presente naquele cômodo, o que aconteceu? 

Eu estava pasma, era tudo um sonho? 

Que sonho, hein! 

Chacoalhei a cabeça para espantar todos os pensamentos sobre aquilo, eu precisava descansar. 

Me dei o trabalho de levantar, me secar e ir para o quarto, eu precisava de uma longa noite de sono, coloquei o pijama, e logo caí em um sono profundo. 

— Você lembra o que o doutores faziam com os pacientes naquele lugar,  não é? - Aquela voz rouca soprou em meu ouvido. 

Em questão de segundo eu já me encontrava sentada na cama com os batimentos cardíacos acelerados. Olhei em volta, já havia amanhecido, os feixes de luz solar entravam no meu quarto pela janela, ela estava aberta. Droga! Esqueci de fecha-las antes de dormir.  

Eu havia sonhado novamente com aquilo, era quase perseguição. Levantei lentamente e fui em direção do banheiro, após fazer todas minhas higienes matinais fui em busca do meu celular.  

6:39 AM 

— DROGA, você está atrasada Melissa, parabéns! - Exclamei comigo mesma e corri ao guarda-roupa para vestir algo.  

Um jeans rasgado cós alta, regata fofinha, casaco na cintura e tênis, tudo okay. 

Tratei de me arrumar em 5 minutos e corri pela casa em busca do meu pai. 

— JOHN! - Exclamei quando o encontrei na cozinha tomndo café. 

— É ''pai'' para você, senhorita. - Apertou minha bochecha. - Você está atrasada, vamos logo. 

Suspirei aliviada sabendo que papai iria me salvar dessa vez, fizemos todo o percurso e lá estava eu, de frente aos portões do inferno mais uma vez. 

Desci correndo do carro quase fazendo uma performance melhor do que a do Flash, ou quase, trombei com alguém e quase caí, coisa que o Flash não faria, fui impedida de beijar o chão graças aos braços musculosos de um ser, me equilibrei e olhei diretamente para os seus hipnotizantes olhos azuis.  

— Tenha mais cuidado, Carter. - Disse a voz rouca dos meus sonhos. - Vá logo para sua sala.  

Fiquei imóvel, apenas observando ele virar me dando a visão das suas costas coberta por uma jaqueta de couro, ele foi indo em direção ao seu carro, e foi embora, não deixando rastros. 

Sim, eu ainda estava imóvel e com o coração acelerado, atordoada, fora de si. 

— Hey, você tá bem? - Uma voz exclamou atrás de mim.  

— E-eu... - Me virei para ver quem era, e... - Ah, Brian!  

— Você estava gaguejando! - Fez um expressão confusa e logo gargalhou. 

Logo me senti nos abraços dele, seus braços me envolveram forte, era confortável, respirei fundo e senti o seu perfume madeirado misturado com o cheiro do seu cigarro de menta.  

— Eu estava com saudades, quando Matt disse que você não ia com ele me ver ontem, até fiquei triste. - Sorriu fofo, uma coisa rara de se acontecer, Brian era o tipo do cara ''badboy'', só andava com seus jeans rasgados e sua jaqueta escura e fazia pose de malvado.  

— Ah, desculpa por ontem, mas o que você está fazendo aqui? - Franzi a testa.  

— Vim trazer o Matt, ele dormiu lá em casa porque demos uma festinha. - Sorriu malicioso. 

— Uma festinha sem mim? Deixei? - Fiz cara de debochada.  

— A culpa não foi nossa, e eu sei que a festa teria ficado mais divertida com você lá. - Passou a língua pelos lábios, logo mordendo-os e me fitou.  

— Babaca. - Sorri disfarçando, mas tenho certeza que corei com as palavras dele.  

— Ei, já era pra você estar estudando, não era? - Apontou com o polegar para o corredor da escola. 

OH, SHIT! 

— Droga, tenho que ir. - Sorri atrapalhada e dei passos em direção ao corredor.  

— Você está esquecendo de algo! - Correu até mim. 

Olhei confusa e verifiquei se meu celular estava no bolso, e logo soltei um ''O quê?'' 

Recebendo de resposta um ''Isso''. 

Sem que eu pudesse raciocinar, Brian havia se aproximado, e com uma mão em minha cintura, ele selou nossos lábios, e logo dando início a um beijo, pedindo passagem com a língua e eu correspondi, após uns segundos, meus pulmões suplicavam por ar, então cortamos e beijo e Brian deu um sorriso, um sorriso diferente. 

— Boa aula! - Acenou e foi em passos rápidos até sua moto. 

O que tinha acontecido ali?