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História O Plano Perfeito - Uzumaki Kushina


Escrita por: UchihaMayumi

Notas do Autor


Capítulo meio chatinho mas né

Capítulo 11 - Uzumaki Kushina


Apertou a campainha, ouvindo um "Já vai" em resposta. Soltou um leve suspiro, fechando os olhos por um momento.

Após se encontrar com Chloe, a garota lhe deu outras instruções sobre Itachi e os possíveis planos de Kizashi e o mandou embora, dizendo que em breve entraria em contato com ele novamente, mas no momento ela teria que levar as informações a Itachi. No caminho de casa, recebeu uma ligação no celular e novamente era um número desconhecido. Atendeu, pensando que fosse Chloe, mas era Naruto, que ao ser perguntado de onde havia pegado seu número, deu como resposta "Tenho meus contatos".

O Uzumaki lhe chamou até sua casa e lhe deu todas as instruções sobre onde morava. E lá estava ele, em frente a grande casa alaranjada, sentindo uma enorme sensação de "Déjà vu", mas apenas ignorou.

Logo a porta foi aberta, mas ao invés de Naruto, viu uma mulher de longos cabelos ruivos, que chegavam um pouco abaixo de suas coxas. A mulher o olhou por um bom período de tempo, estreitando os olhos. Essa mulher... seria a mesma mulher?

– Desculpe, nós nos conhecemos? — A mulher perguntou. Sasuke pigarreou.

– Acredito que não. Eu vim ver o Naruto, nós somos... — Sasuke engoliu seco, antes de falar aquela detestável palavra. — amigos.

– Oh, sim. Pode entrar. — A ruiva lhe deu espaço. Sasuke assentiu, dizendo um baixo "Com licença" antes de entrar. A mulher o seguia com o olhar e Sasuke começava a se sentir incomodado. — Eu nunca te vi antes com o Naruto.

– É que eu sou novato por aqui. — O Uchiha sorriu, meio desconfortável. — Ah, me desculpe, não me apresentei. Meu nome é Hazuki Sasuke.

Viu a mulher arregalar levemente os olhos, antes de soltar um suspiro.

– Sasuke? — A ruiva perguntou e o Uchiha assentiu.

– É-É um bonito nome.

– Obrigado. — Sasuke sorriu minimamente, não a encarando diretamente. Ele tinha certeza, agora. Era ela. E a última coisa que ele queria é ser reconhecido.

– Meu nome é Uzumaki Kushina. — Kushina disse, sorrindo abertamente como faz o Uzumaki.

– A senhora também tem um bonito nome, Uzumaki-san. — Realmente, era ela. Não só a mulher que ele salvou como a mulher na qual ele sequestrou o marido. Então... Naruto era aquele garotinho? Isso explica seu desconforto ao encara-lo nos olhos. A única coisa que o Uzumaki pôde ver naquele dia foram seus olhos, então obviamente foram algo que ele deixou gravado em sua mente.

– Oh, por favor. Apenas Kushina. Os amigos do meu filho são meus amigos também! — A Uzumaki falou, com o jeito hiperativo do filho. — A propósito, aquele baka está demorando demais!

A mulher caminhou até perto da escada e gritou, bem alto.

– NARUTO! VENHA LOGO ANTES QUE EU TE DÊ UMA SURRA! SEU AMIGO ESTÁ AQUI ESPERANDO!

– JÁ ESTOU INDO! — O outro berrou, do mesmo jeito que sua mãe.

– Quer alguma coisa, Sasuke? — Kushina sorriu ao pronunciar seu nome. — Um suco, refrigerante, água?

– Água, por favor. — O Uchiha sorriu minimamente, voltando a encarar o chão.

A Uzumaki assentiu, enchendo um copo com água e entregando para Sasuke, que agradeceu. Sim, o Uchiha sabia todos os bons modos, só não gostava de usar com as outras pessoas.

O Uchiha bebe, enquanto esperava seu "amigo" descer. O que não demorou muito, já que o Uzumaki desceu como um furacão e pulou no sofá com um enorme sorriso no rosto, quase o fazendo derrubar a água. Sasuke lançou um olhar irritado a ele pelo susto e o Uzumaki coçou a nuca, sorrindo amarelo.

– SEU FILHO DA PUTA! EU NÃO TE DEI EDUCAÇÃO? — Sua mãe gritou, irritada.

– Foi mal, mãe. — Naruto gritou, mas não tão alto. — Vamos subir para o meu quarto, ou a minha mãe não vai sair do nosso pé.

O Uzumaki riu antes de levantar-se novamente, sendo seguido por Sasuke que deixou seu copo na pequena mesa em frente ao sofá. Seguiu o loiro entre as escadas e essa parou em frente a uma porta entreaberta. Naruto escancarou a porta entrando na mesma e o chamando com a cabeça. Assim que adentrou o quarto, pôde ver a bagunça que estava ali. A cama bagunçada na qual com certeza o garoto não tentava arrumar. Uma grande pilha de mangás e livros jogados sobre a cômoda, seguido de roupas penduradas por todos os lugares e pacotes de biscoitos que já haviam lotado a lixeira.

– Quando me convidou para ir na sua casa, não pensei que me depararia com um lixão. — O moreno ironizou.

– Ah, qual é? Não vai imitar minha mãe agora, vai? — O loiro se jogou na cama. — Desculpa se eu não sou o gênio da sala, o gostosão que as garotas se batem pra ter e ainda por cima o certinho organizado.

Sasuke riu diante da ironia na voz de Naruto, se sentando em sua cama também.

– Por que me chamou aqui? — Sasuke franziu as sobrancelhas.

– Queria conversar com o meu amigo, não pode?

– Poder, pode. Mas nós acabamos de nos tornar amigos, Naruto. Não seria mais lógico chamar alguém de longa data para conversar?

– Você tem um pouco de dificuldade para falar a palavra "amigo". Algo me diz que não teve muitos amigos durante a vida. — Naruto o olhou, com um mínimo sorriso.

– Acertou. Mas você não respondeu minha pergunta. — O Uchiha cruzou os braços.

– Que pergunta? — Naruto olhou para o teto, totalmente perdido. Sasuke revirou os olhos.

– Seu baka, por que não chamou seus amigos mais conhecidos ao invés de mim? — O Uchiha perguntou.

– Hm... eu achei que seria uma boa oportunidade de nos conhecermos melhor. — O Uzumaki coçou a nuca. — E também porque eu quero saber mais sobre você para mim ter a certeza de que não há nada de errado com você.

– Bom, eu sou Hazuki Sasuke. Tenho 17 anos. Perdi meus pais quando eu tinha catorze anos e tenho um irmão fora do país, pois ele está na faculdade. Moro com meu tio, Shisui. Gosto de bandas de rock e minha comida favorita é qualquer coisa que envolva tomates, tenho cabelos pretos, olhos pretos, 1,86 de altura e... Eu acho que só. — Sasuke disse tudo olhando para o chão, como se estivesse tentando se lembrar.

– Você perdeu os pais? — O loiro perguntou, diretamente.

– Ah, sim. — Sasuke tirou o cabelo de seus olhos. — Foi em um acidente de carro no caminho de um parque de diversões. Só eu e meu irmão sobrevivemos.

– Sinto muito. — Naruto suspirou, solidário.

– Não sinta. Isso já faz muito tempo. — Sasuke deu de ombros. — E sobre você? Tenho o direito de saber também.

– Eu sou Uzumaki Naruto! Tenho 17 anos, em menos de um mês 18. Bom... eu perdi o meu pai quando eu tinha 10 anos para alguns sequestradores e desde então eu não o vejo. Moro com a minha mãe, não tenho irmãos, gosto de todo tipo de música e meu prato favorito é Ramen, tenho cabelos loiros, olhos azuis, 1,83 de altura e é isso. — Naruto sorriu mostrando os dentes brancos.

– Bom, já sabemos um pouco um sobre o outro. — Sasuke curvou o canto dos lábios, mas logo desfez o ato. — Seu pai... foi sequestrado?

Naruto suspirou.

– Eu não entendo muito bem o que aconteceu. Foi tudo tão rápido pra mim. Meu pai tinha saído para comprar uma bola que eu tanto queria. E depois, começaram a entrar três homens e um deles estava encapuzado e ameaçou a minha mãe e eu acabei me metendo jogando uma pedrinha no cara. Ele não gostou muito do que eu fiz e acabou me batendo tanto que eu desmaiei. Quando eu acordei, eu estava no hospital, com vários policiais conversando com a minha mãe do lado de fora do meu quarto e minha mãe estava chorando. Ela apenas me disse que a partir daquele dia, a gente não veria mais o papai, mas que nós nunca desistiriamos de encontra-lo. — Naruto encarou algo em cima de seu criado-mudo. Sasuke seguiu seu olhar, vendo um pequeno porta-retrato com uma foto de Naruto, Minato e Kushina, os três sorridentes. — Me desculpe, mas quando eu te vi na primeira vez, eu senti o mesmo que senti naquele dia, olhando para aquele homem.

Sasuke se remexeu na cama, sentindo-se desconfortável. Abriu um sorriso de canto, meio forçado.

– Relaxa, não é a primeira vez que me confundem com um criminoso. Por que me incomodaria ser confundido com um sequestrador psicopata? — O Uchiha usou o seu melhor tom de brincadeira, tentando amenizar a situação. O Uzumaki riu.

– Definitivamente, não tem como você ser ruim. — Naruto suspirou.

– Naruto.. — Sasuke disse, depois de um curto período em silêncio.

– Huh?

– Sobre a Sakura.. — Sasuke pigarreou. — pode me contar mais sobre ela?

– Hm... bom.. A Saky-chan teve uma infância complicada por causa do pai dela e da ausência repentina dos pais. Kizashi-sama sempre foi um homem difícil e antiquado e via na Sakura-chan mil e um defeitos e mesmo que ela se esforçasse, era em vão. A Sakura-chan sempre teve dificuldades com a atenção nas aulas, pois ela sempre foi muito distraída. E por isso tirava notas baixas. A comida favorita dela é Shiratama anmitsu (Bolinho com cobertura de xarope), ela gosta muito de flores, especialmente as flores que deram origem ao nome dela, Sakura. Ela gosta de assistir filmes policiais e comédia romântica. Ela não gosta que digam o que ela pode ou não pode fazer, ela tem uma força bruta assustadora então, sério, não a provoque. Bom, eu acho que só. Mas por que o interesse? — O Uzumaki o olhou, com os olhos estreitados e um olhar desconfiado.

– Nada de mais. — Sasuke deu de ombros. — Só curiosidade.

– Hm... — Naruto abriu um sorriso de canto. — VOCÊ TÁ AFIM DELA!

– O que? — Sasuke arqueou a sobrancelha. Pelo menos aquele imbecil sabia pensar um pouco.

– TÁ SIM! TÁ ESTAMPADO NA SUA CARA! — O Uzumaki gargalhou.

– Cale a boca, seu baka! Não tenho o direito de perguntar? — O Uchiha revirou os olhos, para então olhar para Naruto e curvar os lábios. — E você? Qual é a sua com a Hinata, hein?

– Você não desiste, não é? — Naruto cruzou os braços. — Hinata é uma amiga.

– Aquela ali não é a Hinata?! — Sasuke apontou para a janela.

– O que? Onde? — O Uzumaki virou o pescoço, procurando a Hyuuga. O Uchiha gargalhou. — Não teve graça.

"Realmente"

– Teve sim. Você está totalmente apaixonado por ela. — Sasuke disse, zombando do loiro. — Só é baka demais pra perceber isso.

– Hunf! Não tem nada haver. — Naruto desviou o olhar, corado. — Não desvie do assunto. Você está afim da Sakura-chan, não está?

Sasuke ficou em silêncio, antes de soltar um suspiro.

– Talvez. — Deu de ombros, como se estivesse dizendo "Estou com fome" ou "bom dia".

– Eu sabia! — Naruto sorriu, vitorioso. — Saiba que se fizer a Sakura-chan sofrer, eu te mato.

Duas coisas que combinam bem com Sasuke. Fazer sofrer e matar.

– Do que está falando? Para fazer ela sofrer eu teria que ser algo dela. — O Uchiha disse, como se fosse obvio.

– E quem disse que você não tem chances? Novamente repito: Metade daquelas meninas estavam babando por você. — O Uzumaki riu. — Você ofuscou totalmente minha beleza.

– Que beleza? — Sasuke arqueou a sobrancelha, ouvindo o outro rir. — Sakura me atraiu desde o primeiro dia.

– Você não teme o perigo ao me dizer isso? Ela é minha melhor amiga. — O Uzumaki revirou os olhos.

– Acredite, eu posso ser mais perigoso que você. — O Uchiha disse a frase repleta de duplo sentido, mas Naruto nem notou, dando risada. — Você vai me ajudar?

– A conquista-la?

– Não. Eu só preciso de informações sobre ela, sua familia, seus hobbes. Não tem problema pra você, tem?

– Você falando desse jeito parece até um psicopata maluco tentando reunir informações. Está planejando um assassinato em série? — O Uzumaki perguntou, com um sorriso de canto. Sasuke ficou sério, o encarando. Naruto gargalhou. — É uma piada. Tinha que ver a sua cara!

Sasuke riu fraco, enquanto o loiro se matava de rir. Se ele tivesse a minima ideia de que era exatamente isso que ele era..

– Eu te ajudo sim, cara. — O Uzumaki passou o dedo por uma lágrima no canto dos olhos, resultado de tantas risadas. — Só espero que você não seja um galinha filho da puta igual o Sasori. Se um dia eu vejo aquele desgraçado novamente...

– Sobre Sasori, pode me contar um pouco sobre a relação dele com a Sakura?

– Foi a mais ou menos dois anos atrás. Sasori era um aluno novo e misterioso. Ele sempre se metia em problemas invadindo a sala dos professores e seguindo alunos. Sakura-chan era uma garota muito extrovertida e animada, sempre pensando em roupas novas. Só que ela nunca havia beijado ninguém, tido qualquer tipo de relação ou namorado, algo que Ino e as outras garotas, sem ser a Hina, faziam. A Saky acabou se apaixonando pelo Sasori, mas ele se apaixonou pela Ino. Mas a Ino com seu jeito cupido conseguiu arranjar um encontro para a Saky e para ele. Eles saíram por algumas semanas e logo começaram a namorar. Sakura-chan só sabia falar do quanto ele era gentil. Eles namoraram por 7 meses e nesse meio tempo — Naruto pigarreou, limpando a garganta, completamente incomodado. — eles transaram. Depois disso, Sasori começou a trata-la com frieza, dar em cima de outras garotas na frente dela. Sakura-chan era muito doce e gostava realmente dele, então ela o perguntou o por que dele estar tão distante. E então ele terminou com ela, dizendo que precisava de espaço e voltar a ser um pássaro sem ninho. Babaca. 

Naruto sussurrou a última parte, com um olhar de ódio. 

– Que cara imbecil. — Sasuke revirou os olhos, fingindo revolta. 

– E o pior é que a Sakura passou dias deprimida. Sua auto-estima abaixou de uma forma absurda. Ela se achava feia, magrela, dizia que nenhum homem olharia pra ela. Ela é assim até hoje, graças a aquele filho da puta.

– Isso é uma grande idiotice. Sakura é linda. — O Uchiha disse. — Eu ficaria surpreso se um homem não se atraísse por ela. 

– Mas ela não me escuta. — O loiro revirou os olhos. — A Saky-chan precisa perceber o quanto ela é atraente. E ninguém melhor do que você. 

– Hm? — Sasuke arqueou a sobrancelha. 

– Você disse que é afim dela. Então não vai custar muito. Aliás, você em tão pouco tempo já conseguiu ser o cara mais assediado da escola, então eu acho uma boa ideia que um cara como você se atraia pela Sakura-chan. Isso pode ajuda-la muito. — O Uzumaki deu de ombros, deitando na cama. 

– Hm. Tudo bem, eu acho. — O Uchiha disse, simplesmente. Isso tudo estava sendo mais fácil do que tinha em mente. 

A porta do quarto abriu e Kushina entrou, voltando a parar os olhos sobre Sasuke, mas tratou de disfarçar com um sorriso gentil. 

– O que foi, mamãe? 

– Eu imaginei que ficariam com fome, então resolvi trazer algo para comerem. — Kushina alargou o sorriso.

– Você poderia bater na porta, né? Eu preciso de privacidade. — O loiro revirou os olhos. 

– No dia que você pagar suas contas, ser dono do próprio teto e comprar sua própria comida você pode ter privacidade! — A ruiva disse, olhando fuzilante para Naruto, para então olhar para Sasuke com o sorriso mais gentil do mundo. 

Parece que alguém aqui é bipolar, não é? 

– Gosta de Dango, Sasuke? — Kushina lhe estendeu uma prateleira lotada de dangos.

Sasuke encarou aqueles doces, lembrando-se de seu irmão. Ele era apaixonado por aquelas coisas desde que se lembra. 

– Sasuke? — Kushina o chamou. 

– Hm? — Sasuke levantou os olhos do dango. 

– Está tudo bem, cara? Do nada você ficou em silêncio. — O Uzumaki pousou a mão em seu ombro, como um gesto de apoio. 

Sasuke encarou sua mão. Ele detestava ser tocado. Apenas respirou fundo, tentando não se esquivar do toque "amigável" do Uzumaki. Aliás, ele nunca precisou de amizades. 

– Está sim. Eu gosto de dangos. — Sasuke afirmou, sorrindo fraco. Ele nunca foi fã número um de doces, mas aquela recordação de seu nii-san acompanhada da necessidade de não ser desagradável o fizeram aceitar os doces. 

– Aqui está. — A mulher pegou um palito com as bolinhas coloridas e lhe entregou. Pôde reparar uma cicatriz no meio de sua mão. Algo como um corte profundo. 

E ele sabia que havia sido ele que o havia feito. 

– Kushina-san, o que é essa cicatriz em sua mão? — Perguntou, com um tom de voz inocente. 

– Heh? Ah... isso. — A Uzumaki estendeu a mão, dando uma visão melhor de sua cicatriz. A ruiva trocou olhares com o filho, mas logo voltou seu olhar para Sasuke, sorrindo sem vontade. — Eu me cortei de leve com a faca enquanto fazia comida. Nada demais.

"Mentira." 

– Hm. — Sasuke sorriu de leve, levando o dango até os lábios colocando um deles em sua boca. 

– Bom, vou deixar os dangos aqui. Fiquem comportados, crianças. Eu vou ao mercado e volto logo! — Kushina abriu um sorriso, mostrando os dentes brancos e saiu, deixando os dangos em cima da cama de Naruto. 

– Crianças. — O Uzumaki revirou os olhos.

– Aquela cicatriz. Não foi acidental. — Sasuke disse. 

– O que? — Naruto arqueou uma sobrancelha.

– A cicatriz na mão da sua mãe. O corte pareceu profundo e proposital. Como se alguém tivesse o feito de propósito e com as mãos duras. Se fosse um acidente, o corte seria mais largo e não exatamente no meio da mão. Quem o fez estava mirando. — O Uchiha disse, enquanto mastigavam lentamente seus dangos. 

– Como você sabe disso? — O Uzumaki o olhou, extremamente impressionado. 

Sasuke logo tratou de dar uma resposta rápida.

– Fiz aula de autodefesa quando era criança. E isso incluía proteção de cortes com facas. — O Uchiha desdenhou, como se não fosse nada demais. 

– Nada passa por você, hein? Você é realmente todo perfeito? Não consigo encontrar um defeito em você! 

– Pode acreditar, eu tenho mais defeitos do que você pode imaginar. 

E o primeiro é o fato dele ser um assassino psicopata sanguinário.

– O sequestrador ia me esfaquear naquele dia, mas minha mãe impediu com a mão. Por isso a cicatriz. — O Uzumaki admitiu. 

– Ela realmente ama você, não é? — O Uchiha olhou para o colchão, se lembrando vagamente de sua mãe. Itachi e ele deitados em seu colo enquanto ela mexia em seus cabelos e quando percebiam já haviam pegado no sono. 

Sasuke balançou a cabeça, se achando um imbecil por estar lembrando do passado agora.

– Sim. Aposto que sua mãe também te amava. — O loiro disse com um sorriso gentil, claramente percebendo a distração do Uchiha. 

– É. — Sasuke deu de ombros, como se não se importasse com isso. Pegou mais um dango, comendo enquanto olhava pra qualquer lugar do quarto. — Enfim, o que você quer fazer? 

– Hm... — Naruto pensou e logo abriu um sorriso de quem ia aprontar. — Vamos passar trote! 

– O que? — Sasuke arregalou os olhos. 

"Quantos anos ele tem, afinal?" 

– Isso! É uma ótima ideia. Você já fez isso antes, não fez? — O Uzumaki pegou o seu celular sobre a cômoda. 

– Na verdade, não. — O Uchiha o olhou como se ele fosse um completo baka. E ele realmente era. 

– Está brincando! É o que eu mais fazia. — Desbloqueou o celular. — O ruim é quando me rastreavam e mandavam a polícia na minha casa. Minha mãe sempre batia em mim e nos meus amigos. 

O Uzumaki começou a discar um número aleatório. 

– Nem pensar! — Sasuke tirou o aparelho das mãos de Naruto. — A última coisa que eu quero é apanhar da sua mãe. Não seja baka! 

– Aff! O que você quer fazer, então? Apertar a campainha e sair correndo? 

– Você tem 17 anos ou 7? Claro que não. — Sasuke revirou os olhos. — Vamos... hm... jogar videogame. 

Sasuke se levantou e se sentou no sofá em frente a uma TV com um videogame. 

– Como quiser. — Naruto levou os dangos junto com ele, os colocando na mesa em frente ao sofá e se sentando. — Vamos jogar Tekken 7.

Sasuke apenas aceitou, pegando o controle. O loiro colocou o jogo e ele parecia bastante ansioso. 

 

×× 

 

– MORRE! MORRE! MORRE PORRA! — Naruto berrava enquanto apertava vários botões ao mesmo tempo. 

Estava praticamente empatado. Sasuke havia vencido 49 vezes e Naruto 48. Por outro lado, Naruto parecia bem mais exaltado que ele. Parecia que sua vida dependia daquele jogo. 

– MERDA! MERDA! NÃO, NÃO! CARALHO! — Naruto começou a apertar os botões aleatoriamente. 

Foi ouvido um "You win" e o personagem de Naruto caído no chão. 

– Isso não é justo! Eu nunca fui derrotado mais de 40 vezes! — O loiro levou as mãos ao rosto, como se fosse o maior absurdo ter perdido. 

– De certa forma, você não foi derrotado. Por pouco não empatamos. — Sasuke encostou as costas no sofá, soltando um leve suspiro e encarando o relógio para ver a hora. Aliás, era a única coisa na qual ele servia no momento. — Já estamos jogando faz tempo. 

– Hm. Tem razão. — O Uzumaki encarou a janela, onde já estava escurecendo. 

– Eu acho melhor eu ir. Temos aula amanhã e meu tio deve estar preocupado. Eu não o avisei que vinha. — Sasuke se levantou. 

– Certo. 

Sasuke e Naruto caminharam até a sala. 

– Já vai, Sasuke? — Kushina perguntou, em frente a TV. 

– Sim. Obrigado por me receber aqui. — Sasuke sorriu da forma mais gentil do mundo. 

– Foi um prazer receber um menino tão bonito e tão educado em minha casa. Normalmente os amigos do Naruto entram aos gritos e fazem o maior barulho. Finalmente Naruto está andando com gente educada. 

– Mãe. — Naruto revirou os olhos. — Ele está indo. 

Sasuke e Naruto passaram pela porta e o Uzumaki fechou a mesma atrás de si. 

– Sasuke. — Chamou o rapaz que já estava saindo. — Eu definitivamente estava enganado sobre você. Você é um cara legal e... um bom amigo. 

Naruto sorriu, lhe estendendo a mão. Sasuke hesitou, mas logo bateu sua mão contra a do Uzumaki, fazendo um pequeno barulho. Abriu um sorriso forçado.

– Você também. — O Uchiha silabou. 

Naruto mostrou os dentes. 

– Nos vemos amanhã! — O loiro acenou escandalosamente. 

– Até amanhã. — Sasuke caminhou até seu carro, o abrindo com a chave e entrando no mesmo.

Naruto lhe deu um último aceno antes que ele ligasse o carro e o retirasse dali. Assim que já estava longe suficiente, ele fechou a cara. 

"Amigos. Isso é ridículo." Sasuke pensou. "Nós não somos amigos e nem nunca seremos!"

Soltou um suspiro. Havia sido um longo dia. No momento, ele só queria se jogar em sua cama e apagar. 

– Rei, por que você não me liga? — Sasuke praticamente gritou com o relógio. Ele não entendia o porque de tanta raiva, apenas estava assim.

Seu celular tocou e ele atendeu sem nem ler o nome.

– Alô! — Gritou, impaciente. 

– Sasuke-chan? 

– Chloe? O que quer agora? 

– Só queria te dizer uma coisa. 

– Ah é? E o que seria? — Perguntou, com a voz cheia de sarcasmo.

– Itachi-kun quer te ver.



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