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História O Plano Perfeito - Um segredo interessante


Escrita por: UchihaMayumi

Capítulo 25 - Um segredo interessante


– Sasuke-kun.. — Sakura o chamou, ainda com o rosto escondido nas mãos.

– Não se preocupe, ninguém vai saber disso. — Sasuke cruzou os braços, dando de ombros.

A Haruno suspirou, saindo do depósito. O Uchiha agarrou seu braço firmemente, sussurrando perto de sua bochecha.

– Eu ainda não acabei com você. — Sasuke disse. A Haruno ficou estática. O Uchiha a soltou e apontou com a cabeça, a indicando que deveria andar.

Os dois caminharam até a sala lado a lado. Sasuke ajeitou a roupa da Haruno, para que as marcas não ficassem tão visíveis.

Olhou para os pulsos dela, que, como imaginado, estavam com enormes marcas roxas de dedo. Fora o inchaço que logo ficaria evidente.

O moreno retirou suas pulseiras e deu para a rosada. Ela as vestiu, ainda encarando o chão.

– Está doendo? — Sasuke perguntou. Ele não estava realmente interessado em saber, mas tinha que perguntar. Aliás, Sakura não estava acostumada com os momentos sádicos do Uchiha.

– Um pouco. — Sakura riu. — Mas foi porque você bateu minha mão na parede. E também, minhas costas doem. Com certeza estou cheia de hematoma. — A rosada ria como se fosse uma criança que acabou de fazer uma travessura. — Vão pensar que você me espancou, Sasuke-kun.

Sasuke sorriu. Mas estava realmente impressionado como Sakura conseguia levar tudo para o lado divertido.

Entraram na sala de aula para mais um tempo de aula. As garotas ficaram perguntando para a Haruno o que Kaito queria com ela. Sasuke ficou olhando para o nada.

"Ah, Kaito. Não tem ideia do que acabou de se meter." Sasuke pensou, um sorriso ansioso apareceu em seus lábios. "Eu não vou mata-lo, ainda. Apenas vou faze-lo sentir muita, muita dor."

××

– Sasuke-kun! Vamos logo para casa! — Sakura acenou do corredor, junto com Naruto, Hinata e Ino.

– Me desculpem, mas eu tenho que resolver uma coisa pro meu irmão. Ele anda meio pra baixo. — Sasuke revirou os olhos.

– Ainda sobre os dangos? — Sakura riu.

– Pois é. Prometi que compraria uma caixa pra ele no caminho. — Sasuke respondeu. Bom, isso realmente era verdade, mas claro que Sasuke tinha seus próprios assuntos primeiro.

– Bom, tudo bem. Naruto me leva pra casa, então. — Sakura disse. — Bye, bye, Sasuke-kun!

Os quatro saíram, deixando o Uchiha sozinho no corredor. O Uchiha ficou sério. O colégio estava vazio e provavelmente o presidente do grêmio estudantil estaria resolvendo seus assuntos.

Sasuke foi até o clube de culinária do colégio, pegando uma faca e a colocando na cintura.

Foi até o grêmio. A porta estava novamente entreaberta. Parece que Kaito não tinha o habito de fechar a porta. Melhor pra Sasuke. Olhou pela fresta da porta, vendo o Hatake mexendo em alguns papéis. Ele parecia frustrado e zangado. Sasuke sorriu.

Colocou a mão em sua faca e pensou em entrar, mas o celular de Kaito tocou, o que o fez recuar.

O rapaz atendeu o celular, meio irritado.

– Eu já disse pra você não me ligar mais! — Kaito disse, irritado e em tom baixo, afim de que ninguém escutasse.

Sasuke fez uma cara curiosa, ouvindo atentamente.

– Argh! Esquece aquilo. Nunca mais vai acontecer. F-Foi um grande erro, está bem? Eu estava fora de mim. — O Hatake reclamou, constrangido. — O que? Está me ameaçando agora? Eu que não te dou opções?

Sasuke arqueou a sobrancelha. O que estava acontecendo? Mas... isso poderia ser bom pra ele.

– Te encontrar agora? Isso é chantagem! Você não pode me obrigar a isso. — Kaito disse, irritado. Ficou um tempo em silêncio, ouvindo a voz no celular. — Tudo bem.. eu vou ir. Mas não ouse abrir a boca para o meu tio ou pra qualquer um! Eu não quero que ele saiba que eu me envolvi... com você! Então, nos encontramos no local de sempre? Bom, ok. Então... até lá.

O Uchiha sorriu.

"Uma mulher que ele não pode se envolver, huh? Interessante." Sasuke pensou. "Então posso me divertir um pouco antes de mata-lo."

Kaito socou a mesa, se apoiando nela em seguida.

– Merda... não acredito que me submeti a isso de novo! — O Hatake rosnou. Parecia sentir vontade de gritar de raiva. Mas também via vergonha em sua expressão e uma pitada de vontade de chorar.

Kaito juntou os papéis. Sasuke se afastou da porta e se escondeu atrás de uma parede para que Kaito não o visse. O Hatake saiu do grêmio, indo em direção a saída.

O seguiu discretamente. Ele não andou muito, pra falar a verdade, pois Kaito parou em uma ruazinha deserta a duas esquinas do colégio. Se escondeu atrás de uma lata de lixo enquanto o Hatake apenas se encostou na parede.

– Ei. — Um outro cara apareceu, dando um susto no rapaz. Esse cara parecia ter a idade verdadeira de Sasuke, tinha cabelos azuis e olhos verdes.

"Espere um minuto, isso é..."

– O-O que você quer? — Kaito falou, envergonhado.

"Será que..." O Uchiha arregalou os olhos quando finalmente entendeu o que estava acontecendo ali.

– Eu quero você de volta. — O rapaz respondeu, levando sua mão até o rosto de Kaito, que bateu em sua mão.

Sasuke ficou estático, mas logo voltou ao normal.

"Ah, claro" Sasuke sorriu, sentindo vontade de gargalhar. "Como pude ser tão cego? Todo aquele desconforto... Aquilo obviamente não era por uma mulher e sim, por um homem."

– Seu imbecil, não toque em mim! — Kaito o empurrou e encarou o chão, constrangido. — E-Eu não faço parte da sua espécie nojenta. E-Eu não sou gay! Aquilo foi um erro. Você me usou.

– E você não gostou de ser usado? — O rapaz cruzou os braços, suspirando. — Você gemeu como uma cadela no cio.

– Cale a boca! E-Eu não fiz isso! — Kaito socou a parede. — E-Eu só aceitei vir aqui porque você me ameaçou. M-Meu tio não pode saber desse... pecado sujo!

– Nós dois conhecemos o Kakashi-sensei! Eu já fui aluno dele. Ele nunca foi homofóbico! Por que você foge do que você é?

Kaito deu um tapa no rosto do rapaz, que não moveu um musculo.

– EU NÃO SOU VIADO! — Kaito berrou. — Se você quer saber, Haru, eu até gosto de uma garota...

– Gosta, é? — Haru arqueou a sobrancelha. — Mas não foi por causa dela que você ficou excitado, não é, Kaito-chan?

O rapaz encurralou Kaito na parede. O Hatake virou o rosto, corado.

– N-Não sei do que você tá falando.. e não me chame assim! Não sou uma menininha, nem uma criança. — Kaito resmungou. — V-Você me usou. N-Nós eramos amigos, Haru!

– Mas eu não aguentava mais esconder isso de você! E quando eu te vi... tão vulnerável... não consegui resistir. Gomen ne, Kaito-chan. Me perdoe por amar você.

Kaito arregalou os olhos e o rapaz o beijou. Kaito no inicio relutou, mas logo se entregou ao beijo.

Sasuke sorriu da forma mais maligna possível. Pegou seu celular e tirou uma foto. Agora ele tinha Kaito em suas mãos.

"Então o bonitão ai vira uma cadelinha quando está sozinho? As aparências enganam, não é mesmo?" Sasuke riu baixo. "Kaito, Kaito. Você vai comer na palma da minha mão agora."

Sasuke ficou tirando diversas fotos. Parecia uma fujoshi maluca, uma daquelas meninas apaixonadas por Yaoi. Mas havia motivos para estar tirando essas fotos e, esse motivo, com certeza, não era para ficar admirando Kaito e Haru. Aquilo não passava de uma coisa normal pra ele, mas é ótimo poder usar isso contra aquela lacraia raquítica.

Os dois pararam o beijo e Haru começou a beijar o pescoço do rapaz. Sasuke apenas batia as fotos.

Seu relógio vibrou.

Você realmente tem muita sorte na vida. Descobriu o segredo mais obscuro desse cara de primeira. Bom trabalho. 
- Rei

Sasuke sorriu.

"Não precisa me dizer o que já sei, rei estúpido."

Kaito, buscou forças de dentro de si e empurrou Haru, dando um soco em seu rosto logo em seguida, fazendo o rapaz cair no chão.

– E-Eu já disse... que não sou... viado. — Kaito disse, ofegante. — V-Vá embora daqui, Haru! VAI EMBORA!

Haru suspirou, levantando do chão que estava. O rapaz tentou se aproximar de Kaito, que virou o rosto.

– Bom, eu já vou. Não se preocupe, Kakashi-sensei nunca vai saber disso. Eu prometo. — Haru disse e o Hatake não respondeu. Haru se afastou, cabisbaixo.

Assim que o rapaz sumiu de sua vista, Kaito caiu sentado no chão, arrastando suas costas na parede.

– Me ama? Está brincando. — Kaito sussurrou. — Um homem amar outro homem... isso não existe.

Sasuke o ficou olhando um pouco, até que resolveu sair da lata de lixo e ir até Kaito.

– Olá, Kaito-sama. — Sasuke disse, sorrindo como um sádico.

– Hm? Ah, kouhai... é você. — Kaito disse, surpreso. — A quanto tempo está ai?

– A tempo suficiente. — O Uchiha caminhava na direção de Kaito com o sorriso maléfico nos lábios.

– O-O que quer dizer? — Kaito se levantou rápido, agora assustado.

– Muito legal esse seu amigo. — Sasuke disse. — Vocês parecem se conhecer muito bem.

– Sasuke... — Kaito arregalou os olhos, nervoso. — E-Eu posso explicar.

– Explicar o que? — Sasuke alargou o sorriso. O desespero em seu rosto apenas dava mais prazer a Sasuke. — Não entendi, senpai.

– O-O que você viu... e-eu não...

– Ah, está falando daquele beijo? Não se preocupe, senpai. Eu não sou homofóbico. Eu não vou te zoar ou te bater. — Sasuke disse. — O fato de você gostar de outros homens não me incomoda.

– E-Eu não sou gay, kouhai! Foi um mal entendido. — Kaito dizia, constrangido.

– Não, Kaito-sama? Então por que você não parava de olhar pra mim quando me conheceu a algumas horas atrás? — Sasuke o encurralou na parede, enquanto Kaito arregalava os olhos ao ouvir as palavras de Sasuke. — Então, você se interessou por mim?

Não era a primeira vez que Sasuke tinha que usar seus encantos com homens. Sasuke sempre fora muito bom ator. Ele facilmente intimidava tanto homens quanto mulheres com sua beleza e intensidade.

– Sasuke... e-eu não sei do que você está falando. V-Você está muito perto.

– Isso é engraçado, senpai. — Sasuke riu gostosamente. — O que foi? Eu te deixo nervoso?

– O-O que caralhos deu em você, kouhai? — Kaito desviou o olhar.

"P-Por que eu to ficando... ARG!" Kaito pensou, irritado.

– Bom, deixe seu kouhai explicar. — Sasuke sussurrou perto de seu ouvido. — Eu vi que você tentou beijar a Sakura.

– E-E o que tem? E-Eu sou hétero e gosto dela. Algum problema com isso? — Kaito gritou, irritado.

Sasuke sentiu o rosto esquentar de ódio e a raiva lhe tomar aos poucos, mas se concentrou.

– Bom... Kaito-chan... — Sasuke sussurrou, com a voz grave. Kaito gemeu e rosnou por ter feito isso. — Não seria muito interessante... se Sakura soubesse do efeito que Haru causa em você? Do efeito que eu causo em você?

– S-Sasuke... v-você não pode fazer isso... m-minha reputação...

– Sim? — Sasuke estava se divertindo com isso. Era tão fácil ter tudo e todos em suas mãos.

– S-Sakura... n-não pode saber. Por favor, n-não..

– Entendo... — Sasuke continuou sussurrando. Kaito fechou os olhos, agarrando o ombro do Uchiha. — Você tenta dizer a si mesmo que gosta da Sakura, afim de negar a verdade obscura que você tanto renega. Você tenta se esconder nessa pose de machinho sexy que as garotas desejam, mas entre quatro paredes... você vira a passiva, estou errado, senpai?

– S-Sasuke... — Kaito gemeu. Sasuke nem estava tocando-o, mas estava o excitando profundamente. Narrando daquela forma o que ele tanto se esforça para esconder... o estava enlouquecendo.

– Saiba que você está nas minhas mãos, Kaito-sama. E você terá que fazer tudo o que eu mandar... caso contrário, não só Sakura, como toda Konohagakure College saberá o quanto o presidente do Grêmio estudantil fica excitado com seu kouhai.

– E-E o que você quer, Sasuke? — Kaito perguntou. — E-Eu faço o que quiser, portanto que não conte a ninguém.

Sasuke sorriu. Havia sido tão fácil. Mulheres e homossexuais. Ambos quando atiçados de forma tão intensa não conseguem se conter. Quanto a homens heterossexuais, métodos tradicionais como assassinatos, torturas, ameaças e sequestros são mais eficientes.

– Fique bem longe da Sakura. Não tente beija-la novamente, Kaito-sama. — Sasuke disse, seriamente. — Porque nós dois sabemos que quem você realmente quer beijar, sou eu.

Kaito abriu os olhos, o olhando por um momento.

– S-Sasuke... e-eu preciso da Sakura. E-Ela é a única que pode... me fazer parar de me sentir... assim. — O rosto de Kaito suava e ele ofegava.

– Oh, senpai. Não importa o que faça, você nunca vai mudar o que é. Você nasceu homossexual e assim você vai morrer. — Sasuke dizia, ironicamente. — Assim como eu não posso mudar o que eu sou. Um manipulador nato. Inclusive, estou manipulando-o agora.

– S-Sasuke... por favor... eu não sou gay. E-Eu não posso ser gay! — Kaito o agarrou pelos ombros, olhando para Sasuke nos olhos. O rosto do rapaz estava vermelho e suado. — Eu gosto da Sakura e eu vou te-la! Não importa o que aconteça.

Sasuke já estava ficando totalmente sem paciência. O agarrou pelo rosto de forma bruta, olhando-o com os olhos vermelhos.

– Escute, Kaito. Podemos resolver isso de duas formas. — Sasuke prensou seu corpo contra o dele de forma bruta e o garoto fechou os olhos com força, entrabrindo os lábios. Sasuke não tinha a menor intensão de toca-lo, mas tinha que faze-lo pensar que tinha. — Uma forma boa, que você, com toda certeza, vai enlouquecer. Ou...

Sasuke tirou sua faca da cintura, a colocando na altura de seu próprio rosto.

– De uma forma ruim, que você vai sentir muita dor... — O Uchiha disse e Kaito o olhou estranho, mas não pareceu surpreso em ser ameaçado. — O que me diz, Kaito-sama?

Kaito hesitou. Encarou o Uchiha. Realmente... ele era muito lindo. E provavelmente não queria ter nada sério com ele como Haru, e sim com Sakura. Então, isso seria vantajoso para os dois. E ele poderia dizer que só estava fazendo aquilo por estar sendo ameaçado, e não por ser gay!

Porque ele não é gay, né? Claro que não é.

– E-Eu aceito. Mas só porque eu tenho amor a vida! — Kaito deixou bem claro. — E não é porque eu sou gay ou porque você é muito... atraente ou algo do tipo!

– Claro que não é. — Sasuke sorriu. — Tudo bem, você não é gay. Eu estou te ameaçando e você está super infeliz por ser obrigado a fazer isso, ok? Boa escolha, Kaito-sama.

– Hmph! — Kaito desviou o olhar, mas logo voltou a encarar Sasuke com um olhar esquisito.

Sasuke franziu a testa, confuso. Até que o rapaz e o agarrou pelos ombros e o puxou para perto, fazendo seu rosto quase colar ao dele, por pouco não o beijando. Sasuke arregalou os olhos. Não esperava que Kaito fizesse isso!

O Uchiha se afastou, retirando as mãos de Kaito de si e riu pelo nariz, com um sorriso nos lábios.

– Ainda não, Kaito-sama. Primeiro, preciso ter certeza que você não vai me usar e depois ir atrás da Sakura de novo. Eu não sou um idiota. Você vai ter o seu prêmio quando eu tiver certeza de que não estou sendo enganado.

– C-Como se eu quisesse alguma coisa de você! Por que não sai daqui? — Kaito reclamou. — Eu sou seu superior. Você deve me obedecer e não o contrário. S-Saia daqui e vá pra casa.

Sasuke assentiu e se afastou de Kaito.

– N-Nos vemos amanhã, Sasuke.. — Kaito disse, encarando o chão.

– Sim. Nos vemos. — Sasuke deu uma piscadela para o Hatake e saiu de lá.

"Eu consegui. Foi tão fácil!"

Depois de se afastar o suficiente, o seu relógio vibrou.

Vai mesmo se envolver com esse cara? 
- Rei

– Não seja estúpido. Infelizmente, eu não sou bissexual. Se eu fosse, facilitaria as coisas pra mim. Mas eu não sinto nenhum desejo sexual ou atração por pessoas do mesmo sexo que eu. Ver o rosto corado de Kaito não me afetou em nada e muito menos me excitou. — Sasuke afirmou, como se fosse obvio. — Tenho que deixar Kaito acreditando que vou retribui-lo como ele quer. Mas eu nunca deixo uma ameaça viva. Só quero fazer uns jogos antes de corta-lo ao meio.

Uns jogos? 
- Rei

– Eu não tirei essas fotos atoa. Vai ser muito fácil matar Kaito e Haru. Simplesmente eu posso usar o argumento de que Kaito fugiu com Haru porque tinha medo de Kakashi não aceitar. Eu apenas preciso copiar a caligrafia dele e mandar uma carta para o Kakashi. — O moreno dizia tudo com um sorriso cínico. — Mas eles não vão precisar se preocupar. Eu vou deixa-los bem abraçados para quando eu queimar seus corpos.

Sasuke, se Kaito é homossexual, deseja você e teoricamente não sente atração alguma por Sakura, por que mata-lo? Você poderia simplesmente convence-lo a aceitar o que é e ficar com Haru.
- Rei

– Eu tenho cara de cupido? Eu pensei que estivesse claro o motivo de eu estar fazendo do jeito mais sangrento. — Sasuke dizia.

O Uchiha riu. Por sorte não tinha ninguém nas ruas.

– Porque é divertido. Não teria a menor graça se Kaito vivesse feliz com Haru. Não depois de olhar para a minha Sakura daquele jeito. Ele merece a morte. E o fato dele gostar de homens não vai mudar isso. — Sasuke disse na mesma naturalidade que se diz "Bom dia".

E quanto a Haru? Ele nem ao menos conhece Sakura, por que vai mata-lo? 
- Rei

– Como um rei tão idiota pode ser meu chefe? Eu seria um chefe bem mais eficiente. Como eu disse, vou fazer Kakashi e a mãe de Kaito pensarem que Kaito fugiu com Haru. E se Haru estiver vivo, obviamente vai ser visto por Kakashi e vai desmentir tudo e vão começar a desconfiar de um desaparecimento. Naruto, Sakura, Ino e Hinata sabem que eu fiquei na escola porque supostamente iria comprar doces para o meu irmão. Naruto, apesar de me considerar um grande "amigo", já deixou claro que se sente desconfortável perto de mim em alguns momentos, então obviamente quando interrogarem Naruto sobre a última vez que viram Kaito, Naruto iria dizer que ele sempre ficava na escola depois da hora e a policia iria querer saber se mais alguém ficou e Naruto, sempre sincero, diria que eu fiquei. O que levaria a policia diretamente a mim. — Sasuke explicou naturalmente. — Não que eu tenha dificuldades de enrolar a policia, mas ser suspeito de um sequestro ou assassinato levaria a Naruto a desconfiar ainda mais de mim, o que me levaria a mata-lo para que não abrisse a boca e, novamente, as suspeitas iriam pra mim, pois todos iriam saber que Naruto desconfiava de mim. Logo, Sakura teria medo de mim e minha missão de conseguir informações e me aproximar dos pais dela fracassaria e eu, provavelmente, teria que matar Sakura e todos os seus amigos.

Wow... eu não deveria, mas eu estou impressionado, Sasuke. Por isso você é tão bom com pessoas. Você sempre prevê exatamente o próximo movimento delas e pensa mais adiante, para não cometer nenhum erro. Definitivamente... incrível. 
- Rei

– Hmnf! Não preciso de seus elogios. — O Uchiha esnobou. — Mas se quer saber, não consigo ler os movimentos de todos. Sakura... sempre me surpreende. Ela diz e faz coisas que... nunca sequer passou pela minha cabeça. Por isso tenho que ter cuidado. Ela é uma Haruno e está no sangue dela ser imprevisível, mas eu também sou. E não vai ser essa garota que vai ferir meu orgulho e meu ego Uchiha.

O Uchiha disse simplesmente e rei não respondeu. Sasuke então entrou na loja de doces. Bufou. Não estava acreditando que realmente se submeteria a essa vergonha. Um assassino profissional indo comprar doces para o irmão mais velho.

Mas ao se lembrar do olhar de Itachi ao manda-lo comprar...

"– Você vai comprar dangos pra mim, otouto... — A voz macabra de Itachi soava em sua mente e os olhos vermelhos de seu irmão presos aos seus eram tão vivos.. — Ou você vai conhecer o lado ruim de seu onii-san. ENTENDEU?"

Todos os pelos do corpo de Sasuke se eriçaram e sentiu suor escorrer de seu rosto com a lembrança. Ele nunca havia visto tal olhar em seu gentil irmão mais velho. Fora tão assustador que Sasuke, mesmo por um segundo, voltou a ser aquela criança venerando seu irmão mais velho, se curvando diante de seu nii-san e com a voz mais gentil que conseguiu, dizer um "S-Sim senhor, nii-san!"

– Logo eu... Uchiha Sasuke... Tsc! — Sasuke desviou o olhar, envergonhado ao lembrar que agiu exatamente igual as pessoas que ele intimida. — Maldito Itachi... eu vou odia-lo pra sempre! Um dia, eu vou mata-lo.

Assim que entrou na loja de doces, as pessoas o olharam estranho. Talvez pela cara fechada, eles imaginavam que Sasuke não tinha cara de alguém amante de doces. E ele realmente não era! Bufou novamente. Odiava seu nii-san por faze-lo passar tal vergonha.

As meninas começaram a sorrir pra ele e lhe lançarem olhares nada discretos. Algumas até ajeitaram seus decotes e subiram seus saias. Que patético.

Foi em direção a fila e ficou esperando impacientemente. Não aguentava mais a senhora a sua frente sarrando nele. Se ao menos fosse atraente... Argh!

Finalmente chegou a sua vez.

– Seja bem-vindo. O que deseja? — O balconista a sua frente disse, encarando o bloco de notas.

– Eu desejo uma caixa com dez dangos. — Sasuke disse, seriamente.

O balconista levantou o olhar para ele e corou violentamente.

– V-Você... de novo! — O balconista disse, nervoso.

– Eu? De novo? Do que está...

Antes de terminar a pergunta, o balconista saiu correndo todo corado. Sasuke ergueu uma sobrancelha, em uma expressão de "Que porra é essa?"

– Mas o que... — Sasuke se perguntava o que acabara de acontecer.

– Ei, você! — Uma voz feminina o chamou. Virou-se para a dona da voz, que correu em sua direção. Uma garota de longos cabelos acastanhados e olhos tão negros quanto os seus com uma pequena pinta abaixo do olho direito. Ela parou ao seu lado, com um sorriso mal e um olhar superior. — Então nos encontramos de novo, não é?

– O que? — Sasuke franziu a testa. Como aquela garota ousara olha-lo assim?

– Você cortou o cabelo? Enfim, se divertiu chupando dedo enquanto eu comia deliciosos dangos? Isso é apenas o resultado de ser um pervertido, Itachi-kun! — A garota dizia, rindo.

"Itachi pervertido? Só pode estar brincando. Até agora nii-san não levou nenhuma garota pra casa."

– Então é você a "ladra tarada" que Itachi comentou. — Sasuke concluiu, com um sorriso irônico. — Agora entendo como uma simples garota conseguiu enganar Itachi. Você até que é bem bonita..

– Agora está falando na terceira pessoa, baka? Ladra tarada? B-Bonita? — Izumi dizia, irritada e corada.

– Eu não sou o Itachi, por incrível que pareça. — Sasuke revirou os olhos com a comparação. — Eu sou Sasuke, irmão dele.

– Ah! Claro, você é o irmão caçula dele. O garoto de 17 anos. Eu sou Izumi. — Izumi dizia. — Puta merda, todos da família de vocês são tão sexys?

Sasuke levantou uma sobrancelha.

– Sexys? Agora sei o que ele quis dizer com tarada. — Sasuke riu ironicamente.

– Gomen ne... e-eu pensei alto. — A garota corou.

– O que fizeram novamente para meu colega sair correndo? — A mesma balconista da outra vez apareceu, olhando-os. — Ah... é você de novo. Por que não me ligou, neko-kun?

– Eu não sou o rapaz de cabelos longos que veio aqui no sábado. — Sasuke revirou os olhos.

– R-Realmente? P-Perdão.. é que vocês são tão parecidos.

– Sério? É a primeira vez que me dizem isso! — O Uchiha, com uma cara chocada, respondeu sarcasticamente, para então bufar.

"Por que eu tive que nascer tão parecido com meu nii-san?"

– Devem ter algum parentesco, certo?

– Eles são irmãos. — Izumi respondeu, percebendo que o Uchiha não responderia.

– Bom, provavelmente quer dangos também, certo? — A balconista perguntou.

Sasuke assentiu a balconista foi pegar a caixa. Enquanto isso, ficou em silêncio enquanto Izumi lhe encarava.

– O que é? — Sasuke perguntou, irritado. — Perdeu algo na minha cara?

– Você é mesmo um grosso! Bem ao contrário do Itachi-kun. — Izumi irritou-se.

– E exatamente por ser bonzinho demais que ele foi roubado por uma mulher problemática na loja de doces! — O Uchiha exclamou. — Se não fosse você, eu não estaria sendo obrigado a estar nessa situação patética.

– O que? Mulher problemática? — Izumi ia soca-lo, mas Sasuke a segurou a tempo. — Seu... você só tem a cara igual ao Itachi-kun.

– O que você fez pra conseguir enganar o meu nii-san? — Sasuke perguntou, curioso.

– Foi bem simples. Seu irmão banca o gênio, mas só um rabo de saia piscar pra ele que ele vira o que todo homem vira diante de uma mulher: um cachorrinho. — A morena sorriu, vitoriosa.

– Então, não estamos falando do mesmo Itachi. Porque meu nii-san NUNCA cai em papo de rabo de saia. Eu já vi mulheres muito mais gostosas que você darem em cima dele e ele não esboçar nenhuma reação. O que teria de tão especial em você pra meu nii-san cair nos seus encantos?

– I-Isso é sério? — Izumi perguntou, corando. — I-Isso foi... especialmente comigo? E O QUE QUIS DIZER COM "MUITO MAIS GOSTOSAS"?

– Você está envergonhada? Que bonitinho. — Ironizou o Uchiha. — Ficou toda boba pelo meu nii-san ter caído apenas nas suas garras?

– O-O que? E-Eu não...

– No fim, Itachi-nii-san também é homem. — O caçula respondeu. — Ele está realmente precisando parar de comer doces e sair de casa um pouco. Daqui a pouco, ele vai acabar com a saúde dele e quem vai ter que correr pro hospital com ele por causa de diabetes sou eu. É bom que ele pegue alguém, pra variar.

– V-Você entendeu errado, S-Sasuke-kun... e-eu...

– Aqui está, senhor. — A balconista voltou com sua caixa. — Obrigado por vir e volte sempre.

– Disponha. — Sasuke deu de ombros. Percebeu um papelzinho em cima da caixa e o pegou. — Que porra é essa?

– É meu número... — A mulher disse, sedutora enquanto se inclinava no balcão.

Sasuke a olhou e riu ironicamente.

– Me poupe. — O moreno pegou o papelzinho e rasgou na frente da garota. Ele já não estava de bom humor por ter que estar naquela loja.

Izumi e a balconista ficaram chocadas. Mas logo Izumi abriu um sorriso satisfeito com a ousadia do Uchiha e olhou ironicamente para a mulher.

"Isso que dá ser oferecida, baka!"

A garota, que já havia comprado seus dangos antes de Sasuke, saiu correndo atrás do Uchiha.

– Aquilo foi incrível. Você é um pirralho e tanto. — Izumi dizia, toda animada.

– Pirralho? — Sasuke revirou os olhos. — Por que está me seguindo? Já estou tendo que passar vergonha com essa caixa de dangos, e agora eu vou ter que aturar uma maluca do meu lado?

– Calma, Sr. Estressonido! Está em um dia ruim? Tirou nota baixa ou o que?

– Meu dia estava perfeito, até ser obrigado a vir até essa loja de criancinha. — O moreno bufou.

– Não fique bravo. Foi Itachi que o mandou, né?

– Por sua culpa, sim.

– Seu irmão me chamou de pirralha, e isso não admito! — Izumi exclamou.

– Itachi sendo rude? Você estava drogada, provavelmente.

– Tudo bem... não foi com essas palavras. Mas ele me disse que eu não era uma mulher. — Izumi cruzou os braços.

– Bom... — Sasuke a olhou de cima abaixo, dando um sorriso de canto. — Meu nii-san estava totalmente errado.

– Baka! — A garota corada virou um tapa em seu rosto que, pra falar a verdade, não fez nem cosquinha. — Você e seu irmão são dois pervertidos.

– Bom, se não se importa.. — Sasuke apertou um botão em seu chaveiro, fazendo seu carro que estava estacionado na frente da escola apitar.

Izumi arregalou os olhos. Como um pirralho desse pode ter um carro desse tipo?

Sasuke abriu a porta do carro e olhou pra Izumi.

– Entra ai, eu te dou uma carona. — Sasuke disse, com um sorriso sapeca nos lábios. Claramente, ele ia aprontar.

– Não, obrigada. Eu prefiro ir a pé mesmo. Minha casa é a 15 minutos daqui, a três esquinas.

– A rua de frente para a um clube? — Sasuke perguntou.

– Exatamente! Moro na casa 6. Como sabe?

– Bom, parece que somos vizinhos. — Sasuke gargalhou. — Entra ai. Seria indelicado deixar uma dama sozinha a essa hora. Já está escurecendo.

– Bom... se é assim, eu aceito. — Izumi deu de ombros e Sasuke deu a volta no carro, abrindo a porta pra Izumi. — Eu estava errada, você é realmente muito gentil, Sasuke-kun.

– Ah, que isso? Eu que tenho que te agradecer. — Sasuke exibia um enorme sorriso suspeito.

– Pelo que?

– Pelo prazer de sua companhia, ora essa! — O Uchiha mentiu e se sentou no banco do motorista.

Era obvio que Sasuke não estava sendo gentil atoa. Ele era Uchiha Sasuke!

Essa seria uma boa chance de se vingar de seu nii-san.

– Então, você realmente detesta meu irmão, né?

– Hmf! Ele queria a ultima caixa de dangos! Fora que ele é um grande pervertido! — Izumi resmungou.

Sasuke sorriu. Era tudo que queria saber.

Parou em frente a sua casa. Izumi morava na casa em frente a sua, no outro lado da rua.

– Arigato, Sasuke-kun. — Izumi lhe deu um beijinho na bochecha e Sasuke deu um sorriso falso. — Se você fosse um pouquinho mais velho, eu sairia com você.

"Oh, céus! Nós temos quase a mesma idade!"

– Obrigada, eu acho. — Sasuke deu de ombros. — Mas, por que não entra pra comer alguma coisa?

– Sasuke-kun, se tiver alguma intenção de me atacar, saiba que eu fiz 2 anos de artes marciais. Faixa preta! — Izumi fez uma posição ridícula.

– Eu não faria isso. — Sasuke revirou os olhos. — Só estou tentando compensar o jeito rude que meu irmão te tratou.

– Bom, então tudo bem.

Izumi entrou junto de Sasuke e a garota ficou chocada de como tudo era bem arrumado.

– Só moram homens nessa casa? — Izumi perguntou.

– Só eu, meu nii-san e meu tio. — O Uchiha disse simplesmente, colocando os dangos no balcão e, discretamente, tirando a faca de sua cintura.

– Incrível, sempre que entro na casa de homens, é tudo uma bagunça cheirando a salgadinho e a cerveja. Horrível. — Sasuke fez careta.

Ele tinha horror a sujeira. Talvez pelos anos que viveu nas ruas, dormindo perto de latas de lixo e cheirando pior do que rato podre. Ele só conseguia tomar banho quando chovia ou quando alguém muito bondoso lhe chamava pra se banhar em alguma casa.

– Quem arruma a casa?

– Depende. Meu tio está fora, então eu e meu nii-san revezamos. Um dia eu e um dia ele, mas tenho que admitir que ele é bem mais organizado que eu.

– Oh... — Izumi parecia surpresa.

– Sasuke! Você demorou. — Ouviu a voz de seu nii-san se aproximando e logo a imagem de Itachi semi-nu, com apenas uma toalha envolvendo sua cintura, foi vista.

O Uchiha mais velho tinha os cabelos molhados soltos, enquanto os secava com uma outra toalha em suas mãos. Ele ainda estava molhado por causa do banho que provavelmente havia acabado de tomar. Os olhos do rapaz foram para Izumi imediatamente, a garota estava corada. Muito corada. E estava totalmente estática enquanto desenhava o corpo do Uchiha com os olhos. Ela não havia prestado tanta atenção na primeira vez, mas Itachi era realmente musculoso. Tinha várias cicatrizes pelo corpo e quadradinhos impecáveis no abdômen. A bunda do Uchiha mais velho também era volumosa e bem palpável, pra falar a verdade.

"Q-Que homem maravilhoso..."

Já Itachi, assim que reconheceu a garota, seus olhos avermelharam imediatamente e seus punhos fecharam. Sasuke ficou surpreso ao ver quase um olhar assassino no rosto do Uchiha, que quase o lembrava ele em momentos de insanidade.

"Eita porra... isso tudo por causa de dangos?" Sasuke se perguntou chocado "Puta que pariu, que infantilidade."

– Essa... garota! O que ela tá fazendo aqui? — Itachi apontou para Izumi, que continuava estática. — Foi ela que roubou meu dangos!

– Itachi, isso é jeito de ficar quando temos visitas? — Sasuke perguntou, vendo a falta de roupa de seu irmão.

Itachi se olhou e corou.

– Gomen ne. Eu vou me vestir. — O Uchiha disse, constrangido.

– N-Não! — Izumi disse, e os irmãos a olharam. — N-Não precisa ter pressa pra voltar, baka.

Itachi deu de ombros e foi se vestir.

– Bom, eu vou sair. Quando o Itachi voltar, diga que eu fui pra casa da Sakura. — Sasuke deu uma piscadela.

– Então, eu vou também. — Izumi disse.

– Não, preciso que você diga pro meu irmão que eu sai, entende?

– bom... você foi muito gentil comigo hoje, então tudo bem. — Izumi sorriu.

– Arigato, Izumi-san. — Sasuke fez uma cara falsamente gentil e pegou discretamente todas as chaves penduradas no gancho, sem Izumi vê. — Até mais, Izumi-san.

O Uchiha saiu da casa e trancou todas as portas e janelas da casa, impossibilitando-as de serem abertas.

– Espero que se divirta com essa irritante falando no seu ouvido, nii-san. Isso é pelo mico que me fez pagar. — Sasuke sorriu maliciosamente.

Entrou em seu carro e resolveu não avisar a Haruno que iria até sua casa. Queria fazer uma surpresinha para a rosada...



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