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História O Plano Perfeito - Segundo dia: Aproximando-se de Sakura


Escrita por: UchihaMayumi

Notas do Autor


OLÁ MINNAAAAAAAAAAA! ^~^
Inner: Retardada
Eu: Vai se foder
Olha, eu mudei o titulo da fanfic (Vamos combinar, "Uma flor na escuridão" é meio bosta, né?
Bom, esse capitulo é bem psicopata (normal vindo de mim) e também bem pervertido (Aquela carinha)
Ah, e também eu estou fazendo tipo um "Trailer" das minhas fanfics e vai ser postada assim que tiver pronto no meu novo canal (Vai no perfil pra ver)
Agora, sem mais delongas, vamos ao capitulo!
Um beijo, um queijo!

Capítulo 3 - Segundo dia: Aproximando-se de Sakura


Fanfic / Fanfiction O Plano Perfeito - Segundo dia: Aproximando-se de Sakura

 

Despreguiçou-se na cama. Agora era um alarme que tocava. Esse foi colocado por Shisui e foi um presente do rei para ele não ter que ser acordado pela frigideira de Shisui. O mais velho realmente começou a trabalhar de motorista, já que Tobi conseguiu de alguma forma desconhecida convencer alguns conhecidos a dizerem que ele já tinha experiência desde os 18 anos no trabalho.

Se levantou, indo direto para o banheiro e fazendo o que agora seria seu ritual diário. Escovar os dentes, tomar um banho e ir para o closet se vestir com seu uniforme.

Passou a mão pelos cabelos, deixando-os espalhados por sua cabeça. Era a hora de tentar se aproximar da Haruno. Ontem o máximo que ele conseguiu foi alguns olhares dela e um curto dialogo. Não era a praia dele se comunicar com as pessoas, mas ele não tinha realmente uma escolha.

Pegou sua mochila, indo em direção a cozinha. Lá Shisui, agora preparando um ramen sabor tomate.

Shisui estava tentando ao máximo fazer com que Sasuke se sentisse em casa. Ele estava agindo exatamente como Itachi agia. Mikoto e Fugaku tinham muito trabalho, então Sasuke sempre ficou sozinho com Itachi e toda manhã seu irmão preparava alguma comida que envolvia tomates para ele.

– Bom dia, Sasuke. — Shisui falou, sorrindo docemente.

– Hm. — Sasuke disse, se sentando na mesa. Dessa vez, não precisava sair as pressas.

– Fiz um pouco de Ramen pra você. — Shisui disse, colocando sobre a mesa.

Sasuke assentiu, como se estivesse agradecendo e comeu sem pressa, saboreando o gosto do tomate.

"Realmente, isso está bom."

– Shisui-san, eu tenho que sair agora. — Sasuke disse, sem expressão. Se levantou de sua cadeira, colocando-a no lugar logo em seguida. — O café da manhã estava ótimo. Eu dirijo hoje.

– Está bem. — Shisui falou. — Ah, Sasuke. Tobi veio trazer isso.

O mais velho lhe estendeu um iPhone preto e dourado.

– O que é isso? — Sasuke disse, pegando o aparelho nas mãos.

– É seu celular. Para essa missão você precisa de um celular só para contato com seus novos amigos. Como qualquer adolescente. E usar seu celular ou o celular de contato com o rei não seria o adequado. — Shisui disse.

– Tanto faz. — Sasuke disse. — Volto mais tarde.

– Até mais tarde, Sasuke. — Shisui acenou, sorridente.

O Uchiha pegou a chave pendurada em um gancho, saindo da casa e indo em direção ao carro na garagem. Haviam dois carros. O de Shisui e o dele. Aliás, ele era um adolescente com autorização por escrito do prefeito para dirigir sem ter 18 anos.

Entrou no carro e começou a dirigir em direção a seu colégio. Não era tão longe, então o caminho era fácil de memorizar.

Estacionou em frente a escola e foi notável a cara de espanto doa outros alunos de o verem com um carro por dois motivos: Por ele ser menor de idade e talvez pela marca do carro.

Saiu do carro, ajeitando a mochila nas costas e olhando para o relógio, conferindo a hora. Havia chegado 8 minutos antecipado.

"Tsc. Eu odeio esperar."

Fechou a porta do carro e pendurou o chaveiro na calça.

– Cara! — Ouviu uma voz masculina. Levantou os olhos, vendo alguns garotos em sua frente. Era um garoto com tatuagens de presas na bochecha e cabelo castanho, esse olhava para Sasuke como se ele fosse o Barack Obama. — Você tem um Lamborghini Reventon?

Sasuke olhou para o carro, indiferente. Ele não dava a menor importância para marca de carros. Na verdade, ele só se importava com a velocidade deles.

– Você tem um dos carros mais caros do mundo! — Um garoto de cabelos negros e pele pálida disse. — Mas pera ai... você tem nossa idade, certo? Como tem uma carteira?

– Meu tio conseguiu uma autorização do prefeito. — Sasuke disse, sem dar muita importância.

– Você deve ser bem importante, não é? Seu nome é Sasuke, certo? — O garoto de cabelo castanho voltou a dizer.

Sasuke assentiu.

– Bom, eu sou Kiba, o albino ali é o Sai. o preguiçoso é o Shikamaru, o caladão é o Gaara e loiro com cara de baka ali é o Naruto. — Kiba disse, apontando para cada um dos garotos, mas Sasuke apenas prestou atenção em Naruto.

"Uzumaki Naruto, heh? O cara com quem Sakura tem um laço. Devo me preocupar?" Sasuke se perguntou. Ele trocava olhares com Naruto que estava sério.

O Uzumaki parecia sentir algo estranho relacionado a aquele cara. Como um "Déjà vu". Resolveu ignorar aquela impressão e sorriu abertamente.

– Eu sou Uzumaki Naruto! — Naruto disse, simpático. — Espero que você se dê bem com o povo do colégio.

O Uzumaki estendeu sua mão. Sasuke encarou aquela mão.

"Não. Ele é um baka. O que alguma mulher veria nesse cara?" Sasuke pensou.

– Hazuki Sasuke. — O Uchiha disse, apertando a mão do loiro.

– SASUKE-KUUUUUN! — Ouviu um berro agudo. Os rapazes foram empurrados e Sasuke abraçado por duas garotas que pareciam ser mais novas que ele.

"O que estou pensando? Todo mundo aqui é mais novo que eu!" Sasuke lembrou a si mesmo, revirando os olhos.

– Bonito o seu carro, Sasuke-kun. Mas ele nem se compara a você em questão de beleza. — A garota que ele nem sabia o nome e nem fazia questão de saber disse, sorridente.

– Você é novo. O que acha de mostrarmos a escola pra você? — A outra irritante disse.

Sasuke estava com a maior vontade de empurra-las da forma mais bruta possível exatamente como faz com Karin. Se tem uma coisa que ele odeia, é muita "melação" e "carinho" excessivo. Talvez por ter perdido a mãe muito cedo ele desacostumou de ter tanta atenção assim.

Mas, ele avistou a rosada entrando na escola, conversando sorridente com as amigas. A seguiu com os olhos, observando-a andando lentamente em direção a entrada.

Seu pulso vibrou e por pouco uma das garotas não sentiu. Ele olhou discretamente para o relógio, tentando achar uma forma de ler a mensagem.

Arrume um jeito de sair dai e vá falar com ela. 
- Rei

"Como se eu precisasse de dica de um cara sem rosto pra chegar em uma garota." Sasuke pensou, com tédio. Se soltou das garotas tentando ser o minimo violento possível e caminhou até Sakura em passos meio largos, afim de chegar antes que ela entrasse.

– Sakura? — Sasuke a chamou, a Haruno virou o rosto, o encarando. — Eu queria falar com você. Se importam? — O Uchiha olhou para Hinata e Ino.

– Claro que não! Ela é toda sua. Nós conversamos depois, Saky! — Hinata disse, fazendo um joinha com a mão.

Ino fechou um pouco a cara, mas assentiu e seguiu Hinata.

– Precisa de algo, Sasuke-kun? — Sakura perguntou, enrolando uma mecha de seu cabelo nos dedos, nervosa.

– Como sabe, eu sou novato no colégio. Eu queria saber se você se importaria de me mostrar o lugar. — Sasuke disse, no tom mais gentil que conseguiu usar.

– Acredito que... tenha muitas garotas que queiram se candidatar pra isso. — Sakura disse, com um ar de humor e apontou com a cabeça para as garotas que pareciam babar o encarando.

– Sabe, eu não gosto de muito escândalo e detesto essa perseguição. — Finalmente algo sincero vindo de Sasuke depois que ele aceitou essa missão. — E também... eu simpatizei com a sua personalidade.

Sakura corou.

– T-Tudo bem. Nós temos aula agora, então no intervalo eu posso te mostrar melhor o colégio. — Sakura falou, sorrindo gentilmente.

– Você tem razão. — Sasuke disse, abrindo pela primeira vez um sorriso de canto. — Acho melhor irmos pra sala.

O sinal bateu logo após ele dizer isso e os alunos tiveram que entrar na escola. Sasuke e Sakura foram juntos até a sala de aula sem dizer uma palavra e, ao longe, Naruto o observava sério.

– Essa sensação... por que eu sinto que já o vi antes? — Naruto sussurrou. — Esse cara... o que tem nele que me incomoda tanto?

– Oh, baka! Para de falar sozinho ai e vamos pra sala! — Kiba bateu em sua cabeça.

O Uzumaki balançou a cabeça, tentando sair de seus devaneios e correu para dentro da escola.

 

××

 

A Haruno se sentou e o Sasuke se sentou ao seu lado. Logo depois, aqueles garotos que falaram com ele entraram na sala. Seu olhar voltou a encontrar o de Naruto, que continuava o encarando seriamente. O Uchiha começou a ficar com a feição sombria. Aquele cara o encarando estava começando a incomoda-lo.

"Por que ele está me olhando assim? Ele não parece estar me olhando com interesse amoroso. Ele parece... me analisar." Sasuke pensou. "Será que ele esta desconfiando? Na pior das hipóteses, eu vou ter que mata-lo para que não atrapalhe meus planos. Caso ele comece a agir de maneira suspeita, não terei escolha."

Sasuke abriu seu caderno e novamente, a matéria que seu professor escrevia estava no quadro. Ele apenas fingiu copiar.

Estava tramando uma aproximação maior de Sakura. Seu objetivo principal era faze-la se apaixonar por ele, pois ela se apaixonando por ele, ela vai fazer tudo o que ele disser e vai dizer tudo o que ele quiser ouvir. É o plano perfeito.

E ele poderá atingir diretamente Kizashi.

Sakura enquanto isso, observava o Uchiha. Ele parecia tão maduro para a idade. Ele tinha uma beleza diferente das dos garotos de sua faixa etária. Mas... seus olhos... Havia algo de diferente naqueles olhos. Eram olhos frios, machucados. Parecia que o sorriso que ele dava era apenas para amenizar o quão intimidante e assustador aqueles olhos eram. Aquilo apenas fazia ter mais interesse sobre ele.

Quem é Hazuki Sasuke?

Sentiu seu ombro ser cutucado e olhou para trás, dando de cara com uma Ino com cara de poucos amigos.

– O que você conversou com o Sasuke? — Ino perguntou.

– Nada de mais. Ele me pediu para mostrar a escola. — Sakura disse, unicamente.

– Você não mentiria pra mim, não é?

– Claro que não. Por que tanto interesse nisso?

Ino suspirou.

– Sabe, eu estou interessada no Sasuke. Por isso não quero que outras garotas se aproximem dele. Eu quero ser a primeira a estrea-lo, entende? Você poderia falar de mim pra ele? — Ino disse, sorridente.

"Estrear? Ela fala como se ele fosse uma roupa em liquidação." Sakura pensou.

– Ok. Eu vou tentar. — Sakura disse.

Ino abriu um largo sorriso, voltando a copiar.

Ela achava profundamente errado o jeito que Ino tratava os garotos. Ela não podia ver garoto (de preferência bonito) que ela queria ficar. Sakura ainda achava que ela apenas queria se vingar de Gaara, que a traiu com a sua atual namorada, Matsuri.

O relacionamento de Gaara e Ino foi de longos três anos. Ino era totalmente apaixonada por Gaara. Mas Gaara, apesar de ser fechado, foi capaz de trair Ino com uma de suas amigas.

Ino não quis acreditar. Ela até mesmo tentou se matar inúmeras vezes e entrou em uma série quase inacabável de depressão. Gaara era frio de mais para se importar. Ele tinha ódio de tudo e todos e só quis usar a Ino para se aproximar da Matsuri.

Mas como Ino é a Ino, depois de um tempo a Yamanaka ficou decidida que nunca mais choraria por homem algum. Ela se tornou uma "galinha" e ficou com todos os homens do colégio. Inclusive homens casados.

Sasuke provavelmente seria apenas mais um para sua lista. Apesar de Sakura odiar que Ino faça essas coisas, ela não podia reclamar. Ino a ajudou quando ela tinha uns 15 anos a namorar com o garoto que ela gostava. Sasori. O ruivo era frio, mas mesmo assim gostava a Ino. Ino se afastou dele para poder deixar o caminho livre para Sakura. Mas, depois de alguns meses, Sasori terminou com ela por Whatsapp e desapareceu da escola. Alguns alunos dizem que ele se mudou ou até mesmo entrou para uma facção criminosa.

Suspirou, olhando pra frente. Olhou para Sasuke. Ele sempre olhava para o relógio e aquilo era estranho.

"O que ele tanto espera?"

 

××

 

A aula finalmente acabou e, como prometido, ela levou Sasuke para conhecer a escola. Mostrou a biblioteca, o refeitório, a sala de informática, os clubes e, por último, o terraço.

O Uchiha apenas a observava. Ele notava cada ato dela. O jeito que ela mexe no cabelo quando está nervosa, como ela cora quando ele sorri pra ela, as leves mordidas de lábios quando ela está pensando.

Seria muito fácil estudar cada parte dessa garota. Estudar todas as suas ações.

– Bom, se quiser, podemos sentar aqui. Eu trouxe alguns cadernos para estudar. Sabe... minhas notas não são lá essas coisas. E como você me disse, você gosta de lugares silenciosos. — Sakura sorriu, caminhando pelo terraço a caminho de um banco que ficava ali. Mas ao dar um passo em falso, tropeçou, caindo no chão.

– Você está bem? — Sasuke perguntou, tentando parecer preocupado.

– Eu... estou sim. — Sakura disse, se ajeitando para catar o caderno. Olhou para trás, abrindo um sorriso meio sem graça. — Só sou um pouquinho desastrada.

O Uchiha então percebeu que a Haruno estava de quatro no chão, com o quadril levemente empinado, dando a ele uma visão da poupa de sua bunda e a fenda de sua calcinha lilás.

O moreno lambeu os lábios, analisando a bela "paisagem" que estava tendo. Ele não tinha ideia que adolescentes de 17 anos poderiam ser tão gostosas.

O seu relógio vibrou, o libertando daquela hipnose.

Você deveria parar de olha-la como um leão olha pro bife e ir ajuda-la, não acha Sasuke? Controle seus instintos por enquanto. 
- Rei

Sasuke revirou os olhos, soltando um quase inaudível rugido de raiva.

– Vai se foder, rei. — Sussurrou, como se ele pudesse lhe ouvir e foi até Sakura, ajoelhando no chão e ajudando-a a catar os cadernos.

Levantou os olhos para Sakura, vendo os cabelos exóticos caírem em seu rosto enquanto ela esforçava para mante-los atrás da orelha com a mão esquerda, enquanto a direita tentava juntar seus cadernos. Ela levantou os olhos por um momento, corando ao encontrar seu olhar e abrindo um sorriso tímido. Sasuke semi-cerrou os olhos, e ainda sério se levantou com os cadernos na mão, estendendo a mão para ela também.

– O-Obrigada. — Sakura disse, pegando os cadernos das mãos de Sasuke e caminharam até o banco.

Se sentaram no lugar e a Haruno colocou os cadernos sobre as pernas, olhou para Sasuke, que olhava para o relógio de novo. Ela semi-cerrou os olhos, cada vez mais tensa sobre o porque dele tanto olhar para a hora. 

O que ele tanto esperava, afinal? 

Ela tomou, então, coragem para perguntar. 

– Me desculpe, mas o que você tanto olha nesse relógio? Está esperando alguma coisa? — Sakura perguntou, chamando a atenção do Uchiha que a olhou um tanto surpreso. Ele não esperava essa pergunta. 

Aliás, não era muito ousado da parte dessa garota querer se meter no que ele faz ou não? 

Sasuke reprimiu a resposta mal educada que realmente queria dar, puxando a manga da camisa do colégio até o pulso, cobrindo-o. Olhou para Sakura. Conseguiu ver uma certa desconfiança em seu olhar. 

"Então... ela não é tão burra quanto eu imaginei? Isso não é nada bom." Sasuke pensou, mas não se intimidou e não demorou para dar sua resposta. 

– É... que... — Sasuke olhou para o chão, arrumando o cabelo para trás de seu rosto, como um falso gesto de nervosismo. — Eu... ainda espero... a hora que meu irmão me mandaria uma mensagem me desejando um bom dia. 

Bingo! A feição de Sakura mudou assim que as palavras saíram de sua boca. Ela pareceu culpada por perguntar. Reprimiu a vontade de abrir um enorme sorriso de vitoria. Isso seria mais fácil do que tirar doce de criança. Garotas amam caras sentimentais. 

– E-Eu... Eu não sei o que dizer. M-Me perdoe. O seu irmão... ele morreu? — Sakura perguntou, envergonhada.

– Não, na verdade, ele se mudou do Japão para ir para a universidade de Yale. — Sasuke coçou a nuca. 

– Uau! Yale? Ele deve ser um gênio. — A Haruno disse, obviamente impressionada. 

– É. Eu e ele sempre fomos muito unidos e foi difícil para nós fugir dessa rotina de "irmãos" que tínhamos. — Sasuke falou, com um olhar melancólico. — Na verdade, ele sempre foi o único que realmente me conhecia e entendia. 

– Já faz muito tempo desde que ele partiu? — A Haruno perguntou, realmente interessada. 

"Ela parece muito curiosa sobre minha vida. Se eu não quiser falar vou parecer suspeito? Não, eu tenho que falar. Ela tem que se sentir a vontade perto de mim. Tenho que fingir ser seu amigo."

– Devem fazer uns 2 ou 3 anos, já que temos 5 anos de diferença. — Sasuke a olhou. 

– E seus pais? — A Haruno voltou a perguntar. 

Era uma entrevista por acaso? 

Sasuke respirou fundo. Teria que fazer um pouco mais da cena de adolescente solitário e vazio. Ficou mais sério do que o normal, olhando para um ponto qualquer daquele chão.

– Meus pais... morreram em um acidente de carro quando eu tinha quatorze anos.

– E-Eu... eu não sabia... — A rosada tentou se justificar. 

– Tudo bem. Isso foi a muito tempo. — Sasuke a interrompeu. 

– Você mora com quem, então? — Novamente a garota perguntou.

"Isso é estranho. Ela já se desculpou duas vezes por se meter na minha vida e "me ferir", mas ela não parece poupar esforços para saber mais sobre mim, podendo isso me machucar ou não. Ela está tentando arrancar algo de mim?" Sasuke pensou, desconfiado. "Isso é uma perda de tempo. Se ela está tentando me manipular para me fazer deslizar em algum momento, ela só está perdendo tempo. Enquanto ela aprendia a jogar, eu já criava os jogos." 

– Com meu tio. Mas... me fala sobre você. Já falamos muito de mim. — Sasuke se ajeitou no banco, se virando um pouco na direção de Sakura. — Tem irmãos? E seus pais?

– Bom, a minha mãe trabalha como médica. Eu a vejo muito pouco. Na verdade, eu só a vejo mais nos fins de semana. No dia-a-dia, ela chega em casa e quase não fala comigo. Ela entra no quarto e quando volta, sai de novo. Ela fala que esqueceu algo importante. — Sakura disse, revirando os olhos. 

"Então... ela chega em casa, entra no quarto e sai de novo? O trabalho de médico é realmente pesado, mas por qual motivo ela voltaria para casa e iria para o quarto? Uma pessoa não pode esquecer algo em casa todos os dias. Isso só pode significar que o trabalho de médica é um pretexto para distrair Sakura, enquanto ela faz algo as escondidas. Talvez ela esteja trabalhando com algo confidencial."

– E seu pai? Irmãos? — Sasuke perguntou. Agora seu olhar estava sombrio. Piscou algumas vezes, tentando evitar que Sakura percebesse sua mudança.

– Eu não tenho irmãos. E meu pai está em uma viagem em trabalho já faz alguns meses. Ele me liga de vez enquando, mas é muito raro. — Sakura respondeu.

– Oh, sim. E o seu pai trabalha de que? — Sasuke voltou a perguntar, tentando disfarçar o rancor em sua voz. 

– Ele é policial. Trabalha com isso desde que me lembro.  

– E ele nunca te ensinou nada? 

– Como assim? — Sakura parecia confusa. 

– Tipo... a como usar uma arma ou algum tipo de arte marcial para defesa. — Sasuke parecia interessado em saber. Dependendo da resposta, sua missão poderia ou não ficar mais difícil. 

– Na verdade não. Meu pai é bem antiquado quanto a isso. Ele diz que lugar de mulher não é segurando uma arma ou protegendo alguém. — A Haruno desviou o olhar, realmente sentida com a lembrança. — Quando eu era criança, meu sonho era ser uma policial também. Sempre fui fascinada pela profissão. Era como se a policia tirasse todas as pessoas más no mundo, independente de quem fosse. Era isso que me pai fazia. Ele sempre se demonstrou justo. Eu nunca encontrei um erro nele. Ele sempre tem um motivo para o que fazia e eu queria ser como ele. Mas ele me disse que meu lugar nunca seria protegendo os cidadãos. O melhor era eu ser uma médica como minha mãe e esquecer a policia. 

A Haruno olhava para o chão, cabisbaixa enquanto Sasuke a olhava quase perfurando sua pele. Sua calma... Sua sanidade... pareciam sumir aos poucos a cada palavra imbecil sobre Kizashi que saia dos lábios rosados da garota. Se ele estivesse armado no momento seria difícil se segurar. Sua mão estava coçando para não calar a boca daquela garota de alguma forma. 

Justo? Kizashi era justo?

"Eu quero matar o mais rápido possível cada um dos Haruno. Eu preciso fazer isso..." Sasuke pensou. 

Piscou algumas vezes, soltando um leve suspiro e voltando com seu olhar gentil. Aproximou sua mão da mão da rosada, pousando-a sobre a mesma. Sentiu aquele arrepio novamente. A Haruno o olhou, surpresa e assustada. 

– Me desculpe, mas seu pai não tem ideia do que diz. Eu não te conheço muito bem, mas sei que você pode ser capaz de fazer o que quiser. Não se sinta menor por isso. — Sasuke sorriu da forma mais gentil possível para a Haruno. Ela pareceu sentir aquelas palavras e seus olhos encheram-se de lágrimas, para então avançar em seus pescoço e chorar rios de lágrimas. 

Sasuke se surpreendeu de início, mas tinha que parecer sensibilizado. Então ele a rodeou com os braços, a apertando em um abraço que, ao ver de qualquer pessoa, parecia protetor. O sorriso murchou de seus lábios assim que Sakura deixou de ver seu rosto e seus olhos voltaram a frieza assustadora que normalmente passavam. 

"Esse cara... eu quero tanto matar esse cara. Não! Eu quero tortura-lo. Da mesma forma que ele torturou minha mente por anos. Da mesma forma que torturou Itachi naquela cadeia por anos. Sakura é a porta para essa tortura. Ela vai ser meu trunfo. A atração principal. Kizashi vai sofrer por ver sua amada filha nos meus braços. Seguindo minhas ordens e se entregando aos meus desejos de todas as formas possíveis." 

Sasuke abriu um sorriso cruel, levando uma das mãos ao cabelo de Sakura e fazendo um leve carinho enquanto a garota soluçava contra seu peito. 

"Sakura, sua existência é importante para minha missão. Eu vou aproveitar o quanto posso esse tempo com você e no final... você só vai ser mais um corpo jogado no chão, ao lado de seus pais. O simples fato de você ter o sangue que tem te torna minha inimiga." 

– Olha só pra mim, fazendo você passar por isso. Você não tem nada haver com meus problemas. — A rosada se afastou, abaixando a cabeça e limpando as lágrimas, abrindo um sorriso sem humor. 

Sasuke segurou o rosto da garota com as mãos, erguendo-o e encarando as esmeraldas de seus olhos. 

– Sakura, pode parecer loucura, mas eu me senti realmente ligado a você. Eu realmente quero ser seu amigo. Eu quero te conhecer melhor. Quero conhecer seus demônios interiores e te proteger deles. — Sasuke sorriu, vendo o rumor na face da menina ficar visível. — Eu quero ser próximo a você. 

– S-Sasuke-kun... — Sakura fez uma pausa. — e-eu também quero ser sua amiga. 

Sasuke alargou o sorriso. Aquela sensação de estar no poder novamente... era sempre deliciosa. E aquele era o primeiro passo para estar no poder de Sakura. O chame de Psicopata, mas ele adora matar sabendo que a pessoa se entregou a ele para que esse objetivo fosse concluído. Que, de alguma forma, a pessoa se entregasse a morte através dele. 

– Isso realmente me alegra. — O Uchiha disse, soltando o rosto da rosada e sentido o relógio vibrar. 

Bom trabalho, como sempre. Um minuto para a aula. Não vá se atrasar. 
- Rei

Sasuke deu um sorriso irônico, como se quisesse dizer "Você não precisa me dizer isso, eu sei". Se levantou do banco, olhando para Sakura.

– Vamos, temos aula. 

– Mas o sinal ainda não ba... — Antes que completasse, ouviu o tipico sinal escolar japonês tocar. 

Sasuke a olhou com uma cara de "Eu não disse?" e caminhou até a escada, mas percebeu que Sakura não o seguia. Se virou para ela e percebeu que ela o encarava de cima abaixo com os lábios entreabertos e os olhos brilhando. Reprimiu um riso. 

"Entretanto, ela é apenas uma adolescente como todas as outras, afinal." 

– Sakura, nós temos que ir. A professora não tolera mais do que 45 segundos de atraso. Você sabe. — Sasuke disse. Sakura pareceu sair de seu transe, se levantando rápido no banco. 

– Oh, porra! É verdade! — Sakura praticamente gritou e Sasuke não pode esconder a surpresa de ouvir a "garotinha de ouro" falar um palavrão. A Haruno percebeu a surpresa. — O que foi? Esse é o primeiro de muitos. 

A rosada sorriu e saiu correndo igual uma retardada. Sasuke foi logo atrás.

Aliás, era realmente sério sobre a professora. Se eles perdessem a hora de tirar o material da mochila, eles não poderiam mais entrar na sala. 

Não que isso fizesse diferença para Sasuke.



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