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História O Plano Perfeito - O ódio de Sasuke


Escrita por: UchihaMayumi

Notas do Autor


Olá minna!
Eu tava pensando em fazer na minha fanfic uma espécie de filler (alguns cannon e outros não)
Vocês devem ta pensando "que bosta hein, filler até em fanfic de Naruto" shaushas
Esses fillers seriam um pouco diferente dos fillers do anime. Primeiramente: seriam interessantes :v Segundo: Teriam haver com a história.
Pra quem não sabe filler cannon é filler relevante a história. E seria bom para entender o que aconteceu com o Sasuke, entender a historia da Sakura, até a vida da Karin, do Naruto e etc.
Seria tipo um episodio de flashback ou mostrando como é o dia-a-dia de tal personagem.
Bom, comentem o que acham ai.
Um beijo, um queijo e vamos ao capítulo!

Capítulo 5 - O ódio de Sasuke


Fanfic / Fanfiction O Plano Perfeito - O ódio de Sasuke

– Pronto, eu já avisei meus pais. — Sakura disse, olhando para Sasuke que estava no volante.

– Que bom. Fiquei realmente preocupado caso você não os avisasse. Eles poderiam pensar que eu te sequestrei e eu viraria um criminoso. — Sasuke gargalhou. Uma risada gostosa de se ouvir. Era obvio que era uma risada falsa.

– Eu não tenho exatamente certeza que minha mãe perceberia minha ausência e meu pai ta viajando. — Sakura disse, rindo.

– Claro que ela perceberia! Ela te ama. — O Uchiha disse. — Na verdade, é quase missão impossível não gostar de você.

– O-O que? — Sakura perguntou, com os olhos arregalados.

Sasuke fingiu estar nervoso com o que disse. Ele atuava tão bem que conseguia se fingir de envergonhado.

– Quero dizer.. você é muito amável. — Sasuke coçou a nuca, virando a esquina com uma mão só. — Bom, chegamos.

– Sua casa é enorme! — Sakura disse, espantada. A casa de Sasuke era umas duas vezes maior que a dela. E olha que sua casa era realmente grande!

– Meu tio é bem famoso como motorista. Ele já dirigiu até mesmo para o Johnny Depp.

– Uau! — Sakura exclamou.

Os dois saíram do carro e caminharam até a porta principal.

– Eu entro primeiro para ver se meu tio está e te chamo logo depois. — Sasuke disse.

– Ok. — A Haruno deu de ombros.

O Uchiha entrou na casa e começou a esconder alguns jornais sobre os Haruno que estavam em cima dos moveis. Os mesmos eram resultado de suas pesquisas. Ao juntar todos, caminhou até o quarto para esconde-los lá.

Mas ao abrir a porta, sentiu um corpo ser jogado em cima de si, fazendo-o perder o equilíbrio e cair no chão, derrubando todos os jornais.

– Olá, Hazuki Sasuke. — A garota falou com uma voz sensual enquanto passava o nariz em seu pescoço, inalando seu cheiro. — Um cheiro tão juvenil... excitante.

O Uchiha a olhou com ódio.

– Karin.

– Saudades, amor? — Karin sorriu. — Eu ouvi uma voz feminina falando com você, sabe que se estiver com alguma vadia eu vou mata-la, certo.

– Sasuke-kun, eu ouvi um barulho, então eu... — Sakura parou de falar ao entrar no quarto e se deparar com a cena.

Péssima hora para aquela idiota da Uzumaki está sentada em cima dele no chão!

Sasuke empurrou Karin gentilmente para o lado, coisa que não faria se não estivesse na presença de Sakura. Se levantou e lançou um olhar assustador para Karin, que sentiu um pouco de medo. O Uchiha lhe estendeu a mão, com o olhar gentil e a mesma aceitou, se levantando também.

– Essa é uma amiga minha. Nós fomos criados juntos desde crianças e ela ainda tem um carinho meio infantil por mim. — Sasuke inventou na hora, olhando para Karin de uma maneira falsamente gentil, mas seus olhos a mandavam fingir que era verdade. — Karin, já disse que não pode ficar fazendo essas coisas toda vez que me vê. Muito menos entrar na minha casa sem permissão.

Karin entendeu o recado. Ela nunca iria contra uma ordem de Sasuke. Ela pode ser perigosa, mas ela temia o que Sasuke poderia fazer.

– Mas Sasuke-nii-chan, eu queria te fazer uma surpresa. — Karin falou, com uma voz meio infantil, pulando no pescoço de Sasuke.

– Eu estou com visita. Você não pode fazer essas surpresas a qualquer momento! — Sasuke disse, soltando os braços de Karin de seu pescoço.

– Quem é ela, nii-chan? — Karin perguntou, inocentemente. Mas seu olhar fuzilava Sakura.

– Ela é a Sakura. Uma colega de classe. — Sasuke infatizou o nome da Haruno e Karin logo entendeu de quem se tratava.

– Olá! — Sakura sorriu, gentilmente.

– Oi! — Karin exclamou, animada.

– Que bom que se conheceram. Se me der licença, Sakura, eu e a Karin vamos na cozinha para nós ligarmos para alguém para busca-la. Não é, Karin? — Sasuke enfatizou seu nome e Karin engoliu seco, encolhendo levemente os ombros.

– Claro, Sasuke-nii-chan.

Os dois caminharam para fora do quarto, fechando a porta. Sasuke agarrou no pulso de Karin, a arrastando até a cozinha. Assim que chegam, Karin começou a se explicar.

– Sasuke, me desculpa! Eu estava realmente morrendo de vontade de ter você de novo pra mim. E quando o rei disse sua localização, eu acabei...

Karin foi calada quando uma faca voou em sua direção, ficando cravada na parede perto de sua cabeça. Ela respirou pesado com o susto.

Sasuke a olhou com os olhos frios, dando passos lentos em direção a ela. O Uchiha tirou a faca da parede, começando a passar a ponta do indicador e o polegar na parte afiada da faca.

– Você está me dizendo que quase fodeu com a minha missão por causa da merda do seu tesão? — Sasuke perguntou, em voz baixa, mas dava pra perceber claramente o quão alterado ele estava. Seus olhos agora estavam em um vermelho fogo, como se estivessem andando em brasas.

– S-Sua missão? Sua missão de transar com essa putinha adolescente? S-Se você se envolver com essa vadia, eu mesma a mato! — Karin perguntou, tentando ficar por cima da discussão, mas ficou claramente arrependida ao ver um sorriso psicótico nos lábios de Sasuke. Ele parecia insano.

– Ah, Karin... Karin... Você não tem ideia do quão delicioso seria se eu te matasse agora. — Sasuke disse, e então fechou o sorriso, olhando no fundo dos olhos de Karin. Deu um soco na parede, próximo a cabeça de Karin. — Se você tocar em um fio de cabelo da Sakura, eu te mato da forma mais dolorosa que você puder imaginar.

Karin arregalou os olhos.

– O-O que é? Por acaso está sentindo algo por essa piranha? — Karin exclamou.

– Sakura é minha. A vida dela me pertence. Ela me pertence. Eu não vou permitir que você a roube de mim. Eu sou o dono dela. Se você ousar tira-la de mim, você irá sofrer as consequências. — Sasuke disse. — Não volte aqui, a não ser que o rei te mande ou que eu precise de você.

Karin assentiu, estática. Nunca havia ouvido Sasuke falar ou olha-la desta forma. Ele apenas ficava assim com vitimas que o irritavam profundamente. E ela quase se tornou essa vitima.

– Você tem um parente chamado Naruto, não tem? — Sasuke perguntou, colocando a faca no lugar.

– C-Como você...

– Ele estuda comigo. É muito fácil associar os sobrenomes. Eu não acredito em coincidências.

– S-Sim. Eu tenho. Eu não o vejo desde que eu tinha 16 anos, quando fui sequestrada.

– Está falando do sequestro que você foi violentada? — Sasuke perguntou, colocando as mãos nos bolsos.

– Sim. O que você me salvou também. — Karin disse, indiferente ao assunto, mas se lembrando do dia que conheceu Sasuke. Todos os traumas sobre aqueles dias sumiram completamente depois que ela entrou para o Taka.

Flashback [ON]

A Uzumaki estava amarrada, sem roupas, jogada em um chão gelado e cheia de marcas de mordidas por todo o corpo que eram resultado das sessões diárias de sadomasoquismo que sofria. Ela estava cansada, seu rosto já ardia de tanto chorar. Já havia perdido as esperanças de que alguém a acharia naquele lugar. Seus sequestradores e estupradores nem sequer haviam ligado pedindo resgate. Eles apenas queriam uma qualquer para poder saciar suas vontades insanas.

Os homens então entraram no lugar, olhando para ela ali, jogada no chão. Eles abriram um sorriso malicioso. Um nojento sorriso de malicia.

– Olá, gostosa. — Um dos homens disse. Ela não viu quem foi, já que estava de cabeça baixa. — Aposto que já estava nos esperando, não é?

Ouviu os passos em sua direção, ela apenas fechou os olhos, aceitando o que viria a seguir. Mas então ouviram um barulho de uma porta abrindo com força. Karin levantou a cabeça, assustada com o barulho. Os homens se levantaram, chocados.

Era um lindo rapaz de sua idade aparentemente. Ele usava uma roupa totalmente preta e tinha uma pochete em sua cintura. Atrás dele, mais dois homens. Um de cabelo branco e um de cabelo laranja. O rapaz a olhou com aqueles olhos assustadores, ela se encolheu, sentindo medo do que ele poderia fazer com ela. Mas ele olhou para seus sequestradores com os olhos ardendo em ódio. Pode ver a cor avermelhada que seus olhos negros ficaram.

– Quem são vocês? — Um dos homens perguntou, apontando a arma para eles. — Espera... vocês são... 

– Vocês são mesmo uns doentes! Como fazem isso com essa garota? — O rapaz de cabelos brancos gritou, irritado.

Os homens riram.

– O que isso importa para vocês? Ela é só uma putinhas qualquer. O que tem de mal em nos divertimos um pouco?

Ouviu então o barulho do tiro. Vários tiros seguidos, na verdade. Os homens então caíram um por um, sobrando apenas o que havia falado a poucos segundos. Os tiros partiram do rapaz de cabelos negros. O homem então se preparou para atirar, mas o rapaz deu um chute na arma, fazendo-a voar e terminou dando um tiro no homem, que caiu no chão.
O rapaz ajoelhou-se no chão, totalmente possesso pelo ódio e pegou uma faca em sua pochete. Ele começou a cortar a cabeça dos homens, um por um. Os olhos de Karin brilhavam de admiração. Ele era o seu herói.

Quando terminou o serviço, o moreno se levantou, com o corpo, as mãos e o rosto sujos de sangue. Ele caminhou até ela. Ao ver novamente aqueles olhos, Karin sentiu medo. Mas ele apenas se ajoelhou ao seu lado, cortando as cordas com sua faca ensanguentada. Ele não havia olhado seu corpo sequer uma vez.

Karin tentou se levantar quando foi solta, mas as dores em seu corpo eram enormes, fazendo-a soltar um gemido de dor. Ele percebeu isso, a pegando pelos braços e a levantando. O rapaz olhou para os outros dois, que pareceram entender o recado, entregando-o um lençol preto. Ele a entregou o lençol e ela se cobriu com ele.

– Meu nome é Uchiha Sasuke. Eles são Suigetsu e Juugo.

– E-Eu s-sou K-Karin. Uzumaki Karin. — A ruiva falou, meio trêmula.

– Nós sabemos disso. Estamos aqui para te tirar deste lugar. — Sasuke falou, guardando sua faca no bolso.

– V-Vocês vão me levar pra casa? — A Uzumaki perguntou, com os olhos brilhando.

– Não. Você virá conosco. — Sasuke falou.

Karin arregalou os olhos, mas logo aceitou. Ele era seu Heroí. Ela tinha que obedecer o que ele dissesse. Na verdade, ela tinha que retribuir o favor.

Ela então retirou o lençol, deixando seu corpo amostra novamente. Ela caminhou, ignorando a dor para perto de Sasuke, colocando a mão em seu peito.

– O que diabos você está fazendo? — Sasuke falou, tirando as mãos dela de si.

– V-Você me salvou. E-Eu quero retribuir isso. Eu deixo você me tocar. E-Eu não me importo. — Karin voltou a toca-lo, mas ele segurou seus pulsos.

– Não seja estúpida. Eu não quero nada de você. Eu faria isso de qualquer maneira. Eu odeio estupradores. Minha missão aqui era essa. Você é idiota ou o que? Mal consegue se manter em pé e ainda quer que eu transe com você? — Sasuke falou, de maneira rude. Mas Karin apenas se sentiu mais admirada por aquele cara.

– M-Me desculpe. Eu pensei que... — Karin tentou falar.

Sasuke bufou, lhe entregando novamente o lençol.

– Juugo, a carregue. Ela não vai poder andar. Suigetsu, vá em uma farmácia qualquer e compre um teste de gravidez. O rei me mandou leva-la para fazer um ginecologista para saber se ela tem alguma doença causada pelos estupros. Juugo virá comigo.

— Sasuke disse e todos assentiram. — Eu vou ligar para o rei para avisa-lo.

Flashback [OFF]

– Você me salvou naquele dia. Foi um verdadeiro Herói, sabe? — Karin sorriu para Sasuke, que olhava o relógio indiferente.

– Era minha missão. Não há nada de heróico nisso. — Sasuke disse e voltou a andar na direção de Karin, olhando-a. Ele estava mais calmo, mas ainda estava puto. — Quero que você me diga tudo sobre Uzumaki Naruto.

– M-Mas... por que? O que meu primo te interessa?

– Eu não mandei você perguntar nada, Karin. Apenas estou mandando você fazer isso. O filha da puta do seu primo não sai da minha cola. E se ele descobrir algo, eu vou corta-lo ao meio, entendeu? Para evitar matar gente próxima a Sakura, eu prefiro arrumar um jeito de faze-lo confiar em mim.

Karin o olhou, novamente enciumada.

– Você nunca hesitou em matar alguém, Sasuke-kun! Você realmente se apaixonou por essa garota? — Karin perguntou, irritada.

Sasuke voltou a olha-la com aqueles olhos frios.

– Isso não lhe diz respeito. Você só é uma companheira de equipe. Nada mais. Minha vida não é da sua conta. Você apenas deve seguir minhas ordens. — Sasuke disse, ajeitando os óculos de Karin no rosto, mas aquele ato apenas dava ênfase na situação assustadora que ocorria ali. — Mas... caso você teime e faça algo contra Sakura... Eu vou te matar eu mesmo. Com essas mãos que você tanto gosta. Não parece incrível? Uma outra forma de prazer. Mas claro, só um de nós vai sentir. — O Uchiha abriu um sorriso psicótico. — Mas se isso te tira do meu caminho, eu não sinto nada pela Haruno. — Sasuke disse, sério. Abriu um sorriso de canto malicioso. — Admito que eu me sinto um pouco excitado com ela. Ela tem curvas que me parecem saborosas. — Sasuke não poupou palavras, fazendo pouco caso do que Karin acharia ou não.

– Sasuke eu não vou permitir que... — Karin tentou protestar, mas foi cortada por Sasuke.

– Sim, a Sakura é gostosa. E quando eu tiver a oportunidade eu vou transar com ela de todas as formas possíveis e sabe qual é a melhor parte de te dizer isso? É que você não vai fazer absolutamente nada contra ela. — Sasuke alargou o sorriso, mexendo no cabelo da Uzumaki, que parecia morrer de raiva. — Você ainda teme a mim, não é? Você ainda me obedece. Você ainda sonha que eu te leve flores e bombons e diga que quero assumir um relacionamento com você. Tudo por uma obsessão que você sente por mim por eu ter te salvado do seu pesadelo. Mas o que você não sabe, Karin, é que Sakura é a minha obsessão. E eu desejo te-la na mesma intensidade que você deseja me ter. Só que nossas obsessões são diferentes, Karin. Você deveria desistir.

Ao terminar de dizer, Sasuke se afastou, voltando a ficar sério.

– Volte para a facção. Entrarei em contato caso necessário. — Sasuke falou. — Você me deixou em uma situação tensa com Sakura. Espero que ela tenha engolido a historia de amiga de infância. Caso contrário, você terá um problema.

Sasuke disse de forma ameaçadora. Caminhou até a porta, abrindo-a e indicando que ela deveria sair.

Karin se aproximou dele, lhe dando um beijo nos lábios, no qual Sasuke não retribuiu. Ela tentou aprofundar o beijo, mas ele a empurrou para longe pela cintura.

– Vá para casa. — Sasuke voltou a repetir. Karin bufou, irritada e saiu. Sasuke fechou a porta, respirando fundo.

Passou a mão pelos lábios, limpando alguns registros de saliva que ficaram ali por conta do beijo de Karin. Em seguida coçou os olhos, fazendo-os ficar com uma aparência gentil.

Caminhou de volta ao quarto, abrindo a porta. A Haruno estava sentada na cama, segurando os jornais e revistas que antes caíram no chão graças a Karin.

– Sasuke-kun, por que todos esses jornais? — Sakura perguntou.

"Karin, sua baka!" Sasuke pensou.

– São do meu tio. Ele sente uma grande admiração pela sua familia. Deixe-me guardar isso aqui. Ele fica muito irritado caso rasgue. — Sasuke falou, super convincente, tirando os papeis das mãos pequenas da rosada e os colocando em cima de uma prateleira alta.

Voltou a caminhar em direção de Sakura, olhando-a nos olhos. Sentou-se na cama com ela.

– Conseguiu resolver com sua amiga? — Sakura perguntou.

– O que? Ah, sim. Não liga muito pra isso, ela é assim graças a algo que eu fiz pra ela na infância. Desde então, ela é obcecada por mim. — Sasuke falou, indiferente.

– Verdade? E o que você fez? — Sakura perguntou, realmente interessada.

Sasuke suspirou, soltando uma risada logo depois.

– Ela tinha caido do balanço. Estava chorando e gritando por causa de um raladinho no joelho e eu estava tentando ler o meu mangá favorito. Eu já estava cansado de ouvir aqueles berros e então eu fui até a minha mãe e peguei um band aid e coloquei no joelho dela. Desde então ela me chama de Nii-chan e não sai do meu pé. — Sasuke inventou na hora, arrancando uma risadinha da Haruno.

– Isso foi muito lindo! É por isso que ela gosta tanto de você! — Sakura disse.

– Não foi nada de mais. Qualquer um poderia fazer isso. — Sasuke deu de ombros.

– Mas foi você que fez! E isso é muito fofo. — Sakura disse e alargou o sorriso. — Sabe, poucos garotos seriam tão fofos quanto você foi. Você... é diferente.

Sasuke retribuiu o sorriso.

– Obrigada, eu acho. — Sasuke agradeceu. — Você quer pegar agora?

– O que? — Sakura arregalou os olhos.

Sasuke não resistiu, soltando uma gargalhada super gostosa.

– Os cadernos. Para estudar. Não é para isso que estamos aqui? — O Uchiha perguntou, cheio de ironia na voz.

Sakura corou.

– C-Claro. É isso. — Sakura começou a mexer em sua própria mochila, retirando seus cadernos.

A Haruno abriu o caderno na matéria que mais tinha problemas. Matemática. Sasuke se aproximou um pouco mais, para enxergar melhor o caderno. A proximidade apenas deixava Sakura mais nervosa.

 

 

 

××

 

 

– Isso é quase impossível pra mim, Sasuke-kun! — Sakura exclamou, batendo de leve a cabeça contra a parede.

– Claro que está impossível, você está fazendo isso errado, Sakura. Esse número, na verdade, se equivale a... — Sasuke dizia, indicando com os dedos.

Sakura tentava prestar atenção, mas ela só conseguia olhar para ele. Ele estava próximo demais a ela, então seria quase impossível não notar seu rosto. Seus olhos eram negros como a noite, sem vestígios de cor. A pele era alva como a neve. Parecia que ele não via o sol a muito tempo. Os cabelos desgrenhados da mesma cor que os olhos, com vários fios caindo em sua testa e bochechas. Alguns até caiam em seus olhos, no qual ele tirava com a mão esquerda. Os lábios levemente finos com uma tonalidade rosada. Esse era o local em que a cada frase que Sasuke terminava, ele passava a língua. Era a primeira vez que ela via um rapaz tão bonito em sua vida. Ele não tinha olhos claros ou cabelos claros, mas conseguia ser sexy até falando.

– Você entendeu? — Sasuke perguntou. Só então Sakura voltou para a realidade.

– O que? — Sakura perguntou, só percebendo o quão idiota parecia ao ver o Uchiha tentar segurar o riso.

Era obvio que ele havia notado que ela estava o olhando. Ele tinha muita experiência com olhares desse tipo.

– Você realmente não está querendo prestar atenção, não é? Me pergunto o que anda distraindo tanto você, Sakura. — Sasuke perguntou, apoiando o rosto na mão e abrindo um sorriso sarcástico.

Sakura corou, ficando irritada.

– Baka! Isso é apenas muito difícil! Por que não cala a boca e faz o que você tem que fazer? — Sakura murmurou, cruzando os braços igual a uma criança.

– O que, exatamente, eu tenho que fazer? — Sasuke arqueou a sobrancelha, com um sorriso debochado nos lábios.

A vontade que Sakura teve era de tirar aquele sorriso dos lábios dele a soco.

– O que viemos fazer aqui, Hazuki? — Sakura perguntou, com ironia.

– Sei lá, assistir televisão? — Sasuke devolveu a ironia.

– Não acredito que um baka como você é o mais inteligente da turma! — Sakura revirou os olhos.

– Nem eu acredito que uma garota bonita como você esteja solteira. — Sasuke alargou o sorriso, vendo a Haruno ficar ainda mais vermelha.

Ela iria retrucar, mas ouviu o celular tocar "Work" da Rihanna. A Haruno pegou o celular no bolso da mochila, atendendo a ligação.

– Alô? — Sakura falou. — Ah, oi Ino. Colocar no viva-voz? Ok.

– Olá Sasuke-kun! Espero que não estejam fazendo nada demais ai. No final de semana tem uma festa na casa da Hina e todo mundo vai. É uma ótima oportunidade de você se enturmar mais com a gente e claro... a gente pode se conhecer melhor. Era só isso. Nos vemos lá, Sasuke-kun! — Ino nem esperou uma resposta, desligando o telefone logo após falar tudo bem rápido.

Sakura colocou o celular de volta na mochila, olhando para Sasuke com uma cara de "Ignora. Ela é assim mesmo."

– Você vai? — A rosada perguntou.

– Bom, ela não me deu muita opção. — Sasuke riu e se inclinou um pouco pra frente, como se fosse um segredo, sussurrou. — E como ela disse, a gente pode se conhecer melhor.

Ele deixou bem claro na frase que o "A gente" não se referia a Ino e ele e sim a Sakura e ele. Sakura entreabriu os lábios, um pouco surpresa. Piscou os olhos se afastando um pouco corada.

– B-Bom, vamos voltar a onde paramos? — Sakura perguntou, tentando amenizar o clima.

Sasuke assentiu, sorrindo. Essa festa veio muito acalhar. Ele vai poder se aproximar de Uzumaki Naruto e faze-lo confiar nele com as instruções de Karin. E é uma ótima oportunidade para saber mais sobre Sakura e sua família.

– Sasuke, tenho notícias de... — A porta se abriu, revelando Shisui que parou de falar assim que viu Sakura. Ele logo se lembrou do rosto na fotografia que Tobi mostrou, entendendo de quem se tratava.

– Oi, tio. — Sasuke o olhou, confirmando com a cabeça que se tratava de Sakura. — Essa é uma colega de classe, Haruno Sakura. Eu a chamei para nós estudarmos juntos.

– Olá. — Sakura disse, impressionada ao ver o homem. Ele era tão bonito quanto Sasuke.

– Olá, eu sou Hazuki Shisui. Tio desse moleque ai. — Shisui falou em tom de humor, sorrindo para a Haruno. — Sasuke, depois nós temos que conversar sobre a fuga da fuinha.

"Fuga da... Itachi! É um código. Ele tem notícias sobre meu nii-san."

– Ah, tudo bem. Me espera na sala. Eu já estou indo. — Sasuke disse, calmamente. Mas por dentro, ele estava morrendo de vontade de saber o que Shisui havia descoberto.

O mais velho assentiu, fechando a porta.

– Fuga da fuinha? — Sakura perguntou, confusa.

– É. Tinha uma fuinha no nosso jardim e ela acabou fugindo. Meu tio tinha saido pra achar ela. Ela é do cara para qual o meu tio trabalha. Estranho, não é? — Sasuke riu.

– Um pouco. — Sakura também riu. Mas se aproximou de Sasuke, lhe sussurrando bem baixo. — Todos os Hazuki são gatos desse jeito?

Sasuke a olhou. Ela realmente havia o perguntado isso? O Uchiha riu.

– Então você me acha um gato? — Sasuke perguntou, sorrindo sarcasticamente.

Sakura corou.

– E-Eu não disse isso, seu b-baka! — A Haruno quase gritou.

– Bom, eu fui o primeiro Hazuki que você conheceu, você acabou de conhecer o meu tio e perguntou se todos eram bonitos. Você praticamente disse que eu sou bonito e que meu tio também.

– Eu odeio quando você paga de inteligente. — Sakura cruzou os braços.

– Não mude de assunto. Você me acha um gato. Foi você que disse.

– Você está distorcendo o que eu falo. — Sakura fez biquinho.

– Relaxa. Você também é gata, se é que já não saiba. — Sasuke deu uma piscadela, alargando o sorriso.

– E-Eu acho melhor eu ir. Você tem que conversar com seu tio sobre a fuinha. — A rosada  juntou suas coisas, indo em direção a porta, mas Sasuke agarrou seu pulso.

– Não quer que eu te leve pra casa? — Sasuke perguntou, torcendo para a resposta ser não. Ele queria muito saber sobre seu irmão. 

– Ah, não. Eu vou passar na casa do Naruto antes. Não se preocupe. — Sakura disse. — Bom, nos vemos amanhã, Sasuke-kun? 

Sasuke a puxou, dando-lhe um abraço. A garota arregalou os olhos um pouco surpresa. 

– Nos vemos amanhã, Sakura. — Sasuke disse, olhando inquieto para a porta de seu quarto. 

A rosada se afastou, acenando. Colocou a mochila nas costas e saiu correndo dali igual uma criança. Ele ficou de joelhos na cama, tentando ver pela janela. Viu a imagem da Haruno pegando o celular e falando sorridente com alguém. Provavelmente Naruto. Ele tinha experiência em ler lábios, então pode entender que ela pediria um taxi para ir para sua casa. Nada importante. Depois de alguns minutos, o taxi de Sakura chegou e ela partiu. 

O Uchiha saiu correndo do quarto igual um furacão, esbarrando em alguns objetos pelo caminho. Quando chegou na sala, Shisui mexia em seu laptop despreocupadamente. 

– Shisui-san, fale sobre o meu irmão! — Sasuke praticamente gritou, chamando sua atenção. 

O mais velho sorriu ao ver a curiosidade do mais novo e o chamou com a mão. Sasuke foi, se sentindo um idiota por estar fazendo o que Shisui manda como uma criança. Mas sua preocupação era maior que seu orgulho. Se sentou ao lado do mais velho, que escreveu alguma coisa em seu computador antes de se virar para ele. 

– Itachi saiu do país assim que fugiu da prisão. Ele viajou para os Estados Unidos por motivos desconhecidos. Eu consegui me infiltrar na prisão onde ele estava e falar com pessoas próximas a ele. Como já deve imaginar, eram muitas. Seu irmão sempre consegue conquistar as pessoas a volta. De acordo com eles, Itachi tinha acesso a um celular e alguma coisa esteve o deixando nervoso esses dias. Talvez seja algo sobre os EUA. Ainda não dá pra saber. — Shisui disse, lhe virando o notebook onde tinha uma imagem de seu irmão disfarçado, mas o colar com o simbolo Uchiha deixava claro quem era. 

– Nii-san.. — Sasuke sussurrou. — Não há pistas sobre o que ele foi fazer lá? 

– Não. Tobi foi mais a par do caso. Ele saiu do país atrás de Itachi. — Shisui disse. 

– Não tem mais nada a dizer? — Sasuke perguntou, meio frustrado por falta de informações. 

– Sobre Itachi, não. Mas vejo que está progredindo com a missão dos Haruno, não é? — Shisui perguntou, olhando para o mais novo que não respondeu. — Sabe, Sasuke? Você já deve saber que eu não estaria ajudando nisso se eu não tivesse uma divida com o rei. Sei que não adianta muito, mas eu sei que você tem raiva dos Haruno pelo que eles fizeram com seus pais. Eu entendo. Mikoto era minha prima e eu também senti sua morte. Eu entendo seu ódio. Eles foram o motivo de você ter se separado de Itachi naquele dia e também são o motivo de você ser sozinho e o motivo de seu irmão ter começado a fazer várias besteiras tentando fugir da prisão para tentar te ver quando você era criança. Isso o fez se tornar um dos piores criminosos mundiais. Mas Sasuke... vingança não vai alivia-lo. Pense, Sasuke. Naquela época, Sakura era apenas uma criança que havia acabado de aprender a ir no banheiro sozinha. Ela era uma criança, sem a menor culpa do que seus pais fizeram. Assim como você era. Sasuke, causar o sofrimento dessa garota não vai amenizar o seu. Pense nisso. Ela pode ser diferente do que você imagina... 

Sasuke se levantou, aparentemente irritado. 

– Eu vou para o meu quarto, Shisui-san. Se precisar de algo, me chame. — Sasuke saiu, sem olhar para o mais velho. 

Caminhou firme até seu quarto. 

"Ele não entende. Como poderia entender?" Sasuke pensou, abrindo a porta do quarto e se deitando na cama. 

Apertou os olhos com força. 

"Meus pais... meu irmão... minha vida! Eles destruíram tudo o que era importante pra mim quando eu só tinha 5 anos! Eu passei anos na rua sobrevivendo de migalhas e tendo que arrumar lugar para se esconder. Eu não roubava na época, porque meu irmão sempre me disse que era errado. Eu fui de tudo ao nada em uma noite. Meu irmão assumiu uma culpa que não era dele. Meus pais morreram a troco de nada. Eu ainda seria um pobre coitado se Juugo não tivesse me encontrado e me apresentado ao rei. Eu só tinha onze anos e a ultima coisa que eu pensei era me tornar um assassino. Mas eu queria vingança. Eu destruí meus ideais e ética para conseguir minha vingança. Para representar o orgulho da minha família!" 

O Uchiha rosnou de raiva, para então soltar uma gargalhada alta como se alguém tivesse lhe contado uma piada super engraçada. Logo, o sorriso sumiu de seu rosto e ele ficou sombrio. Seus olhos no tom avermelhado pareciam querer saltar de seu rosto.

" Sakura... Sakura tem o sangue deles. Eu não me importo se ela não tinha culpa. Todos eles tem culpa da minha desgraça! Eles tem culpa do sangue que foi derramado naquele dia! Todos eles! Eles merecem pagar com a vida pelo que me fizeram passar. Pelo que fizeram meu irmão passar! Eu não me importo com quem eu tenha que ferir! Com o sangue de quem eu tenha que derramar!" 

Sasuke respirou fundo, tentando acalmar a si mesmo. Algo que não funcionou. Sentiu um incômodo em baixo das costas e levou a mão até lá, tirando um colar com um pingente de flor de cerejeira. 

Ele se sentou na cama, olhando para o colar. Ele tinha uma abertura. O Uchiha puxou a abertura, vendo lá uma foto de Kizashi, Mebuki e Sakura. Sorridentes. 

Sorrindo. Eles estavam sorrindo. Sorrindo as custas do sofrimento de sua família! De seu irmão! Do sofrimento dele! Eles estavam sorrindo. Zombando dele e de sua família. 

Sasuke deu um grito de ódio quem mais se pareceu com un rosnado. Ele jogou o pingente contra a parede com uma força que seria o suficiente para quebra-lo em mil pedaços. Mas ele só ouviu um barulho algo e o pingente caindo no chão. Se levantou, se ajoelhando no chão e recolhendo o pingente que estava intacto. 

– O que eu esperava? Essa porra é feito de diamante. — Sasuke falou para si mesmo, dando um riso sem humor. Se levantou novamente, colocando o colar sobre o criado-mudo.
 



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