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História O Plano Perfeito - (James e Richard) - Mistye Quinn


Escrita por: RebelD

Notas do Autor


Este capítulo está mais voltado para o conhecimento da personagem principal.
Espero que gostem!

Capítulo 4 - Mistye Quinn


Quando Jared estava perto o bastante para cumprimentar as garotas, o Sr. Thiel tomou a dianteira chamando Mistye em particular, ele com toda certeza tinha algo importante a dizer lembrando que no dia anterior havia pedido que a garota passasse em seu escritório e obviamente ela esquecera. Afastados de todos, subiram algumas escadas até um segundo andar do Anfiteatro onde provavelmente era a área “vip” e esperaram alguns segundos até que todos (ou quase todos) saíssem.

 - Devo lhe parabenizar senhorita Quinn, belas palavras, é perceptível sua incrível personalidade. – saudou-a gentilmente.

 - Agradeço. – retribuiu o gesto educadamente tentando não dizer o que realmente se passava em sua mente:

“Aquilo não foi nada! Só tentei não parecer uma idiota e falei a primeira coisa que veio na minha cabeça!”

Isso realmente não soaria bem para o diretor. Seria melhor deixá-lo pensar que era tudo planejado e muito bem ensaiado.

 - Andei lendo sua ficha de inscrição. Foi uma das mais interessantes. – revelou o motivo daquela conversa. – A senhorita sabe bem como tocar as pessoas! É uma excelente escritora também, sua redação foi de longe a mais atrativa! – elogiou mais uma vez.

 - Ah, é? Obrigada! Eu fiquei com receio de que não fosse adequado para uma prova de bolsa, é um alivio saber que o senhor gostou! – alegre, falou descontraída. Aqueles mil elogios estavam a deixando confortável.

 - Uma das frases que ficaram marcadas foi: “Não deveria estar com medo do que não podia ver, ele tinha que se preocupar com os problemas mais aparentes. As piores ameaças eram aquelas que se deixavam visíveis, mas utilizavam disfarces.” - pronunciou o trecho. – Foi a primeira aluna a criar uma lenda, sua própria lenda. O texto fictício foi realmente impressionante. Todos ficaram de boca aberta em como sua criatividade pode ser grande. – o diretor terminou com um sorriso de satisfação e surpresa. Porém era notável algo a mais, algo que ela não era capaz de identificar. Talvez ele tivesse intenções desconhecidas por baixo dos elogios.

 - Sim, eu adoro criar narrações. As histórias fictícias sempre me cercaram. Amo a mitologia grega, romana e estou descobrindo mais sobre a egípcia que foi a “origem” de tudo. – contou inspirada sem pensar muito no porque estava dizendo essas coisas ao diretor.

 - Sabe o que é engraçado, uma coincidência? – ela negou e Thiel prosseguiu. – Mistye é uma variante de Misty, do inglês significa misteriosa, garota aventureira e com alto nível de raciocínio, alguns até falam de uma forma vulgar “encrenqueira enxerida”. – ao ouvir aquilo ela franziu as sobrancelhas pensando no porque de estar mencionado isso. – Mas vamos pensar na forma boa e não na vulgar. – concluiu com uma risadinha amigável, mas com pouca sinceridade. – E não posso esquecer do sobrenome: Quinn, quer dizer nada menos que “aquele que contem o poder divino”, “rei”, ou até podemos interpretar como “faraó”. – terminou deixando-a perplexa e até um pouco assustada.

Ok. Aquilo era um pouco demais não? Tudo bem Sr. Thiel chamá-la para falar sobre sua ficha de inscrição e parabenizá-la pela apresentação. Agora, começar a discutir sobre o significado de seu nome?! E tirar conclusões precipitadas sobre ela por conta daquilo?! O que isso tinha a ver com os estudos? Até aonde ela sabia, nada!

 - É... que coincidência! Me surpreendeu! Eu nunca tinha me perguntado sobre essas coisas. – tentou disfarçar a tensão no corpo. – Sabe de algum bom aluno que possa me instruir só nesse início das aulas?! – perguntando tentando cortar o último assunto.

 Ele olhou para trás de Mistye e fez uma cara feia, mas ela nem quis saber do que se tratava. A única coisa que queria era sair dali o mais rápido possível!

 - Bom, é uma ótima iniciativa querer pegar o ritmo daqui senhorita. – falou voltando a um estado que poderia ser considerado normal. – Creio que possa pedir ajuda a Oscar. – indicou se virando de costas para sair.

 - Mas eu não sei quem ele é! – pestanejou sem entender nada.

 - Peça ajuda para um de seus amigos, ou para protegidos que ouvem a conversa atrás da cortina. – disse rápido e desceu as escadas.

A garota olhou para trás com a certeza de que encontraria Lyne escondida, já que era tão curiosa. Mas para sua surpresa encontrou a última pessoa em que pensaria fazendo aquilo. Agora entendia a colocação da palavra: protegido!

“ELE!”

 - Agora alem de roubar livros também ouve conversas?! – acusou-o com um pouco de raiva.

Ela tinha quase certeza de que mesmo que Thiel quisesse punir o garoto, ele não poderia já que se tratava do filhinho do chefe. James Palentir, filho de Howard Palentir, o mais importante empresário do Egito e fundador da universidade. 

 - A curiosidade é uma coisa, nos faz agir sem pensar! – justificou-se humoradamente. – Acho que tenho que te dar parabéns pelas baboseiras que disse lá no palco. – falou de forma irritante.

 - Saiba que essa não é a melhor forma de parabenizar alguém! – rebateu rápida tentando se conter. – Aliás, eu devo encontrar Oscar.

 - Te levo até ele, agora deve estar com a classe no deserto. – disse com a expressão entediada.

 - Só me diga como ele é, eu sei onde fica o deserto! – sem humor, era dessa forma que James a deixava.

 - Não, nada disso! Irei com você! Só te mostrarei quem ele é depois que chegarmos lá... juntos! – afirmou provocativamente.

 - Então vamos logo, mas em troca quero aquele livro! – ficou frente a frente com ele tentando mostrar que não aceitaria tão fácil sem o livro.

 - Nossa, que determinada!  - provocou novamente chegando mais perto. – Não tem nada demais naquele livro, sem contar que ele não é da biblioteca da universidade, nem sei porque estava aqui. Então você não tem direito de ler. – respondeu sério tão perto que a deixava meio confusa, sem saber se era verdade ou não.

 Afastou-se um pouco para poder raciocinar e achar uma saída, pois ela definitivamente não se daria por vencida, não estava disposta a perder aquela discução.

 - Esse é o acordo! Não quero saber se é da biblioteca ou não. Se você trouxer pra mim, então terei o direito de ler.

- Então não é tão certinha quanto pensei. – dando um meio sorriso parou um minuto para fazer um RaioX dela. – Já que insiste, trago pra você amanhã!

“Boa, garota! Estou impressionada com você!”

Após o jogo de palavras de Mistye e James, o rapaz a acompanhou até o deserto, dando passe livre para que pudessem sair da Universidade. Aparentemente ele tinha mais privilégios do que se esperava. Chegava a ser injusto, além de completamente inconveniente. Afinal se tratava de um Palentir. E o que mais poderia esperar de pessoas tão poderosas e esnobes?!

Quando estavam se aproximando do aglomerado de alunos o garoto parou repentinamente antes que alguém o visse. Ele parecia ter frescura, ser nojentinho por não querer se misturar com os demais. Será que ele tinha algum tipo de pânico de lugares com muita gente?! Ou poderia ser simplesmente esquisito!

 - O que é agora?! – perguntou sem paciência. Aquele comportamento já a estava enchendo.

 - Só não quero ir muito adiante! Tenho que voltar logo pra aula! – respondeu um tanto quanto nervoso. – Oscar é um cara moreno, com cabelos castanhos escuros, usa óculos e geralmente está de cachecol. Procure por ele afastado dos outros alunos, ele é bem quieto. – descreveu o colega de forma rápida e direta o que não fazia nada seu estilo usual de querer prolongar as situações.

Mistye se virou para buscar o rapaz no meio de tantos alunos com o olhar, e quando se voltou para James novamente, ele não estava mais lá. Aquilo era estranho, muito estranho até para ele.

“O que poderia ter espantado James dali?! Será que algo o assustou?! Hahaha! Até parece! Um Palentir assustado?! Sem chances!!”

Sem muitas opções ela avançou para mais perto dos outros alunos que eram orientados por um homem alto engravatado de postura séria e voz clara. Parecia ser alguém importante, mas não era ninguém que ela conhecesse.

 - Uau, temos uma modelo aqui?! – uma voz feminina soou vinda do aglomerado fazendo todos se voltarem para ela.

 - É comigo? – Mistye perguntou desentendida.

Uma garota loira de aparência bonita se mostrou dona daquela voz. Com uma expressão antipática e autoconfiante, ela utilizava roupas na cor predominante rosa que se ajustavam ao seu corpo perfeitamente valorizando sua formas.

 - Acho que errou o lugar, fofa! – sugeriu em tom meloso demais. - Vestida desse jeito deve estar indo ao shopping, não à escavação no deserto! – concluiu sarcástica fazendo alguns alunos rirem do comentário pouco amigável.

 Mistye franziu a testa e seus lábios se alinharam em linha reta, como quem não havia gostado nem um pouco do comentário desagradável. Ela abriu a boca para responder aquela miss simpatia à altura, porém o homem engravatado prosseguiu com o que explicava chamando a atenção dos alunos novamente para ele. Passou pelo grupo tentando se afastar um pouco, já que aquele primeiro contato não tinha sido como o esperado. Ela sabia que era vaidosa e que suas roupas eram bonitas, mas não achava que estava inadequada. O que tem demais em querer se produzir um pouco, em ter charme? Era o mínimo que podia fazer, considerando que os rapazes. por mais que alguns fossem desagradáveis, eram bem atraentes.

 - Olá, sabe... não dê importância para o que Mathilde diz, ela só esta se sentindo ameaçada. – um rapaz com as mesmas características apontadas por James pronunciou sentado a poucos metros de distância.

 - Ameaçada?! Que patética! – afirmou indignada. – Oi, desculpe minha falta de educação. Eu sou Mistye e você deve ser Oscar. Sr. Thiel disse que poderia me orientar. – apresentou-se estendendo a mão para o garoto.

 - Sim, sou eu. – respondeu sem ânimo algum na voz. – Quando Thiel vai parar de me perseguir?! – alegou jogando as palavras ao ar, como se fosse mais um desabafo do que algo que ele quisesse dizer a sua mais nova colega.

 - Ah, não pensei que fosse um incômodo. Você não precisa me ajudar se não quiser! – declarou sem querer se tornar um peso para ele.

 - Não tem nada. – disse com um sorriso apagado. – O problema não é você, sou eu. – se justificou, e logo em seguida os dois soltaram risos do comentário.

 - Essa frase nunca vai ser esquecida não é mesmo?! – Mistye disse ainda rindo. – Ela sempre aparece em algum lugar!

 - A questão é mais complicada que isso. – ele explicou tentando parar de rir. – Eu repeti o segundo ano porque queria ir pra casa, mas nem assim me deixaram em paz, na verdade agora o único que fazem é me punir, passando tarefas o tempo inteiro! Oscar faça isso! Faça aquilo! Precisamos de você para arrumar a biblioteca. – falou imitando alguém que dava ordens.

 - Não te deixaram voltar?! Isso é estranho... – comentou sem saber que reação deveria ter a aquela noticia.

 - Eles são muito mais sistemáticos do que pode imaginar, espero que esteja preparada, pois vai ser um longo período aturando essas pessoas. – alertou-a.

Eles continuaram conversando, falaram sobre como as coisas não eram nada justas e a igualdade praticamente inexistente do lugar. No final das contas Oscar foi bem gentil em ajudá-la e realmente não parecia estar incomodado, muito pelo contrário, ele fazia tudo com muito prazer, sem agir como se estivesse sendo obrigado. Mas de certa forma talvez ele fosse obrigado se não tivesse aceitado de cara.

“Como aquele lugar pôde passar uma impressão tão boa, e agora deixar outra completamente diferente e um tanto quanto assustadora?!”

“Se eu quiser voltar pra casa não vão deixar?!”

Gritou sua consciência que começava a entrar em pânico. Todas aquelas revelações estavam sendo um pouco demais para Mistye que começava a se acostumar com a nova atmosfera. Será que tudo não poderia ser apenas mentira de um rapaz insatisfeito com a universidade?! Ela se esforçava para acreditar nessa hipótese. Mas francamente, Oscar pareceu tão sincero, não poderia estar mentindo! 


Notas Finais


Gostaria de avisar que boa parte dos capítulos está pronta, mas irei postá-los gradualmente conforme a disponibilidade de tempo.

Não esqueçam de comentar o que acharam da história!
Obrigada.


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