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História O pote de ouro no final do arco-íris - Eu sou seu maior fã!


Escrita por: bunnykook

Notas do Autor


OK, SIM, OUTRA FANFIC QUE ENVOLVE A MARVEL, PORQUE EU SOU MUITO TRASH SIM, E DESSA VEZ COM MEU OTP DA VIDA, fazem tantos anos que eu shippo e sofro por stony que já nem sei mais, então, por que não juntar as duas coisas que mais me fazem sofrer numa fanfic só? BOOOOOM, aqui está.

Bem, algumas coisas que precisam saber antes:

1 - Isso era pra ser uma Oneshot, mas eu perdi o controle e acabei escrevendo 10k, então tive que dividir.

2 - As histórias de Jeongguk e Jimin na fanfic são basicamente a do Capitão e do Homem de Ferro nos filmes/hq, o jimin ficou congelado por um tempo, e blah blah blah

3 - Assim como a fanfic de spiderkook, se vocês gostarem dessa aqui, é capaz de eu continuar fazendo sequências, então me deixem saber.

4 - Eu gostaria de dedicar essa 2shot pra @ParkHoseokzinha, que conseguiu me instigar mais do que eu já estava instigada em fazer uma stony version de jikook huahsuahus

enfim, é isso, espero que gostem!

Capítulo 1 - Eu sou seu maior fã!


 

O dia havia começado normal, como qualquer outro, Park Jimin se levantou, frustrou-se ao não ver Jeongguk ao seu lado na cama, saiu para fazer sua corrida e depois treinou um pouco de boxe. Havia sido solicitado para pegar algumas missões com a SHIELD aquele dia, então tomou um banho rápido e vestiu uma roupa confortável. 

Porém, assim que saiu do quarto viu o filho de apenas 5 anos sentado de pernas cruzadas na frente da porta, uma expressão confusa no rosto, e enrolando a própria mão com a teia que saía de si.

— Appa! — O pequeno Yugyeom gritou ao vê-lo, rapidamente se levantando, limpando as mãos e abraçando as pernas do maior.

— Ei, garoto, não está muito cedo pra você estar de pé? — Jimin riu, pegando o filho no colo. A criança ainda estava usando o pijaminha com estampas de seu escudo, o que o fez sorrir e beijar seus cabelos.

— Tive um sonho peculiar. — Yugyeom explicou.

— Peculiar, huh? Omma tem te ensinado palavras estranhas ultimamente?

O pequeno suspirou, passando as mãos pelo rosto como se estivesse entediado.

— Podemos falar sobre meu sonho? — O menino insistiu, e Jimin revirou os olhos. Ah, Yugyeom era igualzinho Jeongguk.

— Ok, me conta. — O mais velho pediu enquanto descia as escadas com a criança nos braços.

— Sonhei que tudo estava quieto e nada estava fora do lugar. Eu não sabia nenhum palavrão, e você não estava irritado.

— Uh, esse é um bom sonho. — O Capitão sorriu, colocando o filho sentado em uma cadeira na cozinha enquanto preparava seu cereal.

— Isso me fez pensar — Yugyeom continuou. — O omma morreu? Porque eu não vejo ele desde a última missão que vocês tiveram.

O Park mais velho parou o que estava fazendo ao ouvir aquilo, e se virou lentamente para o filho, o encarando por alguns segundos. Espera aí, se Yugyeom não via Jeongguk desde a última missão... Isso já fazem três dias!

— Aish, isso já é demais! — O capitão grunhiu, deixando o filho na cozinha e se dirigindo até a oficina do marido.

— Jeongguk! — Gritou, mas suspirou ao lembrar que a porta de vidro era a prova de som. — Merda. — Revirou os olhos, apertão um botão para que pudesse dizer a senha: — Park Jimin não é autorizado aqui embaixo.

Logo as portas de abriram, e foi por puro reflexo que Jimin se abaixou antes de ser atingido por uma peça voadora.

— Wow, cuidado aí, sexy, não quero danificar esse rostinho lindo. — Jeongguk sorriu, vindo em sua direção.

O Park manteve a expressão séria, cruzando os braços na frente de Jeongguk.

— Que merda você está fazendo? Você ao menos comeu?

— Sim. — Jeongguk murmurou, ao mesmo tempo que a voz de G.U.R.E.U.M se fez presente no ambiente dizendo: — Não.

— Ah, em quem você vai acreditar, Ji? — O Jeon deu de ombros, fazendo uma nota mental de mexer no sistema de G.U.R.E.U.M mais tarde. Traidor.

— Deixa eu pensar —  O Park ironizou, coçando o queixo como se estivesse realmente pensando no assunto. — Em um robô que não foi programado para mentir, ou em você que, bem, não tem um histórico muito limpo? É, acho que vou ficar com a primeira opção.

O mais novo soltou um som surpreso com aquilo, colocando a mão no peito.

— Como você pode ser assim com seu próprio marido? — Falou dramático, e Jimin revirou os olhos, segurando no braço de Jeongguk e o puxando para fora da oficina e subindo as escadas com o mesmo, enquanto lhe passava um sermão.

— Omma! — Yugyeom gritou ao vê-los, abraçando as pernas de Jeongguk, que franziu o cenho.

— O que que foi, moleque? — O gênio murmurou, confuso com aquilo.

— Não fala assim com seu filho. — Jimin bufou. — Principalmente depois de ter passado três dias sem ver ele. Sabe o que ele me perguntou hoje, Jeongguk? Se você tinha morrido. Morrido!

— O qu- Três- Morrid- O quê?! — O Jeon exclamou, balançando a cabeça. — Você tá dando o que pro nosso filho cheirar, Jimin? Olha que eu achei que você fosse o papai certinho.

— É isso mesmo que você ouviu, Jeongguk. E eu já decidi, você vai passar a semana inteira grudado no Yugyeom, você vai respirar o Yugyeom, você não vai conseguir ver nada sem o Yugyeom no seu campo de visão. Deu pra entender?

— E se eu precisar ir no banheiro? — O Jeon cruzou os braços.

— Bom, ele saiu de você, não vejo porque ele não pode ir junto.

— Eu preciso de privacidade né, querido. — O mais novo cruzou os braços.

— Você? Privacidade? Jeongguk, você faz tudo de porta aberta, não enche o saco. — O capitão suspirou, andando até o sofá e pegando sua bolsa e o escudo. — Tenho que ir agora, mas eu tô de olho, e é melhor você não dar uma de esperto pra cima de mim, eu já falei pro G.U.R bloquear a oficina, e ele só vai liberar de novo depois dessa semana.

— Você o quê?! — O Jeon se jogou no sofá dramaticamente, passando as mãos pelo rosto. — Eu virei um estranho na minha própria casa.

— Sem drama, princesa. — O Park sorriu de canto, se inclinando para deixar um beijo na boca de Jeongguk, mas este logo empurrou seu rosto, e o mais velho revirou os olhos, beijando sua mão, de qualquer forma. — Vejo vocês mais tarde. Se comporta, Gyeom, e cuida do papai.

— Sim senhor, capitão! — O pequeno respondeu, batendo continência para o pai, que sorriu e retribuiu. 

Assim que Jimin saiu pela porta, o pequeno correu até Jeongguk, sorrindo largamente.

— Vamos nos divertir, omma.

— Ok, primeiro — Jeongguk começou, se sentando no sofá. — Eu já disse pra você me chamar de papai, ou pai, ou lorde das galáxias, sei lá. Mas não me chama de omma, eu te pari, mas não sou mulher. — Suspirou. — E segundo, por que você é um mentirosinho, hein? Eu te vi ontem à noite!

— Ah é? E por que você não me desmentiu então? — O pequeno perguntou, com um sorrisinho no rosto e Jeongguk apertou os olhos.

— Você sabe que o Jimin não gosta quando eu desmonto seus brinquedos pra usar nas minhas criações. 

— É, então parece que ambos estamos omitindo algo.

— Não, não, você mentiu, eu omiti.

— Aprendi com o melhor. Eu sou seu maior fã, omma! — Yugyeom sorriu, subindo no sofá e se jogando no colo de Jeongguk. — Podemos comprar coisas pra explodir agora?

Jeongguk suspirou, balançando a cabeça.

— É, eu não tenho nada pra fazer mesmo. — Deu de ombros.
 

E foi assim que duas horas depois pai e filho voltaram para casa com um total de 15 sacolas, sendo 10 apenas de doces e porcarias. Jeongguk estava faminto pra caralho.

— Ok, que tal isso, você vai lá dentro e mistura tudo dentro de uma vasilha, e eu fico aqui fora preparando as coisas. — Jeongguk sugeriu, e Yugyeom assentiu, andando com um pouco de dificuldade enquanto carregava as sacolas.

— Ah, o que é isso, Yug? Use seus poderes. — Jeongguk falou incrédulo.

— Appa disse pra não usá-los sem treinamento.

— Duh, o appa não está aqui. — Jeon revirou os olhos, e Yugyeom deu de ombros, usando suas teias para ajudá-lo a levar as sacolas.

Enquanto isso Jeongguk tirava os objetos da sacola e os posicionava em sua criação semelhante à um canhão. E quando Yugyeom voltou, Nochu, o robôzinho que costumava ajudar Jeongguk na oficina, mas que havia virado praticamente o melhor amigo de Yugyeom desde que o menino nascera, o acompanhava, ajudando a levar a vasilha grande.

— Omma, G.U.R disse que o appa ligou. — O menino avisou, se sentando em uma cadeirinha ali no gramado, e colocando um óculos especial.

— Ahh, e daí? Ele só quer ter certeza que estamos vivos. — Jeon deu de ombros, dando os toques finais no aparelho.

— E estamos? — O menino perguntou, mastigando os doces misturados. — Será que morremos ao longo do dia, não nos lembramos e estamos em algum outro universo?

Jeongguk ponderou sobre aquilo por alguns segundos.

— Você ainda tem muito o que aprender, garoto. — Falou, ligando a máquina e rapidamente correndo para se sentar ao lado do filho, colocando seus próprios óculos.

— 1, 2, 3! — Contaram juntos, e de repente sons altos puderam ser ouvidos acima dos dois, junto à alguns clarões pelo estouro.

— Uhul! — O pequeno gritou, com os bracinhos pra cima e jogando teias para o alto, o que fez Jeongguk rir e jogar algumas pipocas no filho.

— Não exagera. — O gênio revirou os olhos.

Ficaram mais um tempo ali do lado de fora, até que começou a entardecer, e Jeongguk sabia que Jimin encheria o saco se Yugyeom não comesse aquelas comidas saudáveis que o mais velho era obcecado.

Nana, a cozinheira, havia deixado a comida pronta, e o garoto só preciso esquentar. Acabaram comendo na sala, enquanto viam televisão, mas assim que o filme começou, a criança arregalou os olhos, logo tampando o rosto.

— Ah, o que foi agora? — Jeongguk revirou os olhos.

— O appa não gosta que eu vejo filme de terror, lembra? Eu tenho sonhos... Criativos. Ele disse.

— Ah, e do que ele sabe? — O mais velho bufou. — Esse filme é um clássico, Yug, você vai adorar.

O pequeno pensou por alguns segundos, mas deu de ombros, voltando a comer, enquanto assistiam o filme.

Acontece que, no final das contas, aquele filme era longo pra caramba, e quando acordaram já era noite, e Jimin estava sentado no sofá ao lado dos dois, enquanto via algumas coisas no celular.

— Appa... — Yugyeom grunhiu, engatinhando até Jimin e deitando a cabeça em seu colo.

— Ei, aranha, como foi o dia?

O pequeno, ainda sonolento, só conseguiu levantar o dedão em um joinha, tirando uma risada do pai.

— Como foi seu dia, Jeongguk? — Dessa vez perguntou ao marido, que suspirou, se levantando e se deitando do outro lado de Jimin, deitando a cabeça em seu ombro.

— Nada produtivo. — Respondeu, e Jimin lutou contra a vontade de revirar os olhos.

— Ok, mas agora vocês precisam tomar um banho, estão cheirando a fumaça e explosões. — O capitão falou firme, e aquilo chamou a atenção do filho, que rapidamente levantou o rostinho.

— Você devia ter visto, appa, foi incrível! O omma é um gênio!

— Ei, o que já conversamos mil vezes sobre essa história de omma? — Jeongguk também levantou a cabeça, encarando o filho, que apenas sorriu e deu de ombros. — Inacreditável, você é igualzinho o seu pai.

Depois de tomarem seus respectivos banhos, Jeongguk já estava deitado apenas de boxer na cama enquanto esperava Jimin. Já fazia quase uma semana desde a última vez que haviam ficado mais... Íntimos, e o Jeon achou que aquele era o momento perfeito para tirarem o atraso.

Até o capitão aparecer com Yugyeom no colo.

— Ahhhhh! — Jeongguk gritou, se cobrindo rapidamente.  — O que você está fazendo? Eu estou pelado!

— Você não está pelado, você está de cueca. — Jimin suspirou, colocando Yugyeom na cama. — E nós três temos a mesma coisa. Quer dizer, quase. — O mais velho soltou um sorrisinho sacana, e Jeongguk quase lhe mostrou o dedo do meio. — Enfim, o Gyeomie vai dormir com a gente. Lembra quando eu disse que você ia ficar colado nele? Pois é.

— Uhul, oba, omma! — O pequeno gritou, rapidamente se enfiando debaixo do edredom e abraçando Jeongguk, e ainda que o maior tivesse revirado os olhos, passou um dos braços em volta do filho, deixando que este deitasse contra seu peito.

Jimin contava de seu dia para Jeongguk, enquanto o mais novo se dividia entre jogar algum jogo no Ipad com Yugyeom e prestar atenção no que o marido dizia, e no final os três acabaram dando mais atenção para o jogo, e o casal estava tão imerso que nem perceberam quando a criança começou a roncar baixinho.

— Então, como vamos fazer? — O Jeon perguntou depois de um tempo.

— O que quer dizer?

— Você sabe, transar, vamos pro banheiro?

— Jeongguk, nós não vamos transar com nosso filho no quarto. — Jimin falou, pegando o Ipad e o guardando ao lado da cama.

— Então remove ele. — O mais novo deu de ombros, e o Park riu.

— Boa noite, amanhã nós vamos nos divertir em família, ok? — O mais velho avisou, dando um beijo nos lábios do marido, e outro na cabecinha do filho adormecido.

Alguns minutos haviam se passado quando Jimin começou a ouvir uma voz.

— Jimin... Jimin! — Jeongguk sussurrava. — Jimiiiiin! — Suspirou. — Tsc, G.U.R. — Chamou, e logo a voz robôtica o respondeu de forma baixa.

— Sim, senhor?

— Pede o Nochu pra vir aqui e cutucar o Jimin no rosto cinco vezes.

— Meu Deus, Jeongguk, só dorme, ok? — O Park exclamou, abraçando Yugyeom contra seu peito, e colocando as mãos sobre os olhos de Jeongguk. Aquela era uma ação estranha, pelo menos é o que qualquer um diria, mas ironicamente sempre ajudava Jeongguk a dormir mais rápido e melhor.

[]

Quando Jimin acordou no outro dia, não sabia como haviam chegado naquela posição, mas Jeongguk estava com a cabeça em seu peito e uma das mãos agarrando sua camisa. Jimin podia jurar que tinha uma pequena poça molhada embaixo da boca de Jeongguk, mas resolveu não comentar. Yugyeom estava deitado atravessado nas costas do Jeon, as perninhas no meio dos pais, e a cabeça no travesseiro de Jeongguk.

O mais velho soltou uma risada baixa com aquilo, pegando o celular e tirando uma foto daquela cena, a colocando como plano de fundo. Depois, deu seu máximo para levantar da cama sem acordar os garotos, fez sua corrida matinal, e aproveitou para fazer o café da manhã quando voltou.

— Levantem e brilhem, estrelinhas. — Jimin falou alto ao entrar no quarto, e revirou os olhos quando não viu nem um movimento dos mais novos. — Ah, o que é isso? Vocês tem sorte de eu não fazê-los pagar 30 flexões. — Bufou, sacudindo o marido e o filho.

— Você quer que eu durma, e aí você quer que eu acorde. Você está me deixando confuso, Jimin! — Jeongguk falou de forma dramática, fazendo um biquinho.

— Eu te entendo, omma. — Veio a vozinha de Yugyeom.

— Parem de reclamar, nós temos o dia cheio hoje.

 

Depois de finalmente fazer com que os garotos levantassem, tomaram café juntos e depois se arrumaram para sair. Dirigiram até o shopping, e como a sessão que pegariam no cinema era mais tarde, resolveram dar uma volta por algumas lojas.

— ...e depois daquele dia eu passei a ganhar roupas de graça da senhorinha que morava ao lado. — Jimin terminou de contar, rindo. Jeongguk e Yugyeom sempre eram obrigados a ouvir histórias passadas do soldado, e tudo bem, no começo era até divertido, mas depois ele começou a repetir todas de novo e de novo, e algumas vezes os garotos até complementavam algo que ele esquecia. — O que não foi tão ruim, mas o filho dela era maior que eu, então- Ei, cadê vocês? — O mais velho parou de repente, olhando em volta à procura da família. Suspirou. — Ha ha, muito engraçado, eu sei que vocês odeiam minhas histórias, mas não precisavam se esconder. — Revirou os olhos, e depois de alguns segundos sem resposta, cruzou os braços. — Vocês são impossíveis!

Nesse momento uma senhora que passava perto de si franziu o cenho, o encarando como se o Park fosse alguém maluco.

— Ah, oi, eu estou falando com meu marido e meu filho, eles se esconderam. — Soltou uma risada sem graça, o que não parece ter melhorado muita coisa, já que a mulher apenas balançou a cabeça.

— Ah, qual é, eu sou o capitão, sabe? Dos vingadores! — Tentou explicar, mas a senhora apenas andou mais rápido para longe dele. — Está vendo o que fizeram? Me fizeram ficar mal na frente da senhora.

— Você é um senhor! — Veio uma vozinha de trás de uma bancada de roupas, e Jimin bufou, dando a volta pelo objeto e achando os dois agachados ali, com sorrisinhos no rosto.

— Estou começando achar que esse tempo à mais que vocês estão tendo não foi uma boa ideia.

Acabaram provando algumas roupas na loja, e depois de selecionarem as que levariam, bem, depois de Jeongguk selecionar as que levariam, já que Jimin não estava nem um pouco interessado naquilo afinal: 

— Pra quê isso? Nós já temos várias em casa!

O que não foi argumento suficiente para Jeongguk, já que:

— Roupas são os melhores amigos de uma garota.

— Bom, nós não somos garotas.

— Sério? Então por que meu filho me chama de omma?

No final de tudo acabaram achando roupas que combinavam, e é claro que tiraram uma foto no provador usando as peças iguais só para jogar no grupo dos amigos. Se as compraram depois, bem, isso ninguém precisava saber.

Depois finalmente foram para o cinema, iriam assistir o novo Star Wars, ainda que Jimin não entendesse nada daquilo. Só queria agradar os mais novos, já que desde muito cedo Jeongguk fez questão de iniciar Yugyeom em ser fã dos filmes.

Yugyeom quis sentar do lado de Jimin, pois assim ficava mais no meio e conseguia ver a tela melhor. Jeongguk e o filho pareciam animados durante todo o filme, e se inclinavam sobre o colo de Jimin para comentar algumas coisas ás vezes, o que o mais velho não parecia se importar muito, na verdade, era engraçado, e esquentava seu peito vê-los próximos. Não que Jeongguk fosse um pai ausente, é claro que não, mas mesmo antes de Yugyeom nascer, o garoto passava muito tempo trabalhando em armaduras novas, e até mesmo uniformes melhores para os outros vingadores. Eram todos muito gratos ao Jeon, isso não podiam negar, mas ainda assim, ele merecia um descanso de vez em quando.

Então, é, Jeongguk não era um pai negligente, mas Jimin podia sentir o quanto Yugyeom sempre procurava passar mais tempo com ele. O pequeno era inteligente assim como Jeongguk, sabia dos trabalhos do pai, e na verdade se interessava muito, mas, às vezes ele só queria jogar bola do quintal de trás com Jeongguk.

Jeongguk parecia não saber, mas seu maior fã morava debaixo de seu teto.

Jimin estava tão imerso em pensamentos que mal percebeu Jeongguk o encarando, e quando o fez, franziu o cenho.

— O que foi? — Murmurou, e o mais novo balançou a cabeça, depositando um beijinho em sua bochecha.

— Eu sei que você não dá um foda pro filme. — Jeongguk sussurrou de volta em seu ouvido, rindo baixinho. — Mas foi bem legal da sua parte.

Jimin sabia que aquilo era um Obrigado implícito vindo de Jeongguk, e já bastava. Virou o rosto para o lado e captou os lábios de seu marido num beijo lânguido. Jeongguk era um pé no saco às vezes, mas se Jimin tinha certeza de algo, era que aquele garoto realmente o amava. Jeongguk era uma pessoa bastante seletiva quanto à quem ele deixava ficar muito perto de si. Não por ser arrogante ou algo do tipo, e sim mais por proteção, principalmente depois de ser sequestrado e quase perder a vida. Mas, desde o começo, apesar de brigarem quase sempre que estavam no mesmo ambiente, Jeongguk foi solidário consigo, o ofereceu um lugar para ficar permanentemente, e ironicamente era quem Jimin procurava sempre quando precisava conversar. 

— Ei, pss, parem com isso. — Yugyeom falou, e quando o casal se separou, encontraram o filho parado na frente deles, os encarando seriamente. — Estão perdendo o filme. — Suspirou, sentando no colo de Jimin para garantir que não fariam aquilo novamente.

No final saíram com um Yugyeom de rostinho inchado e lágrimas secas no rosto, o pequeno não havia lidado muito bem com a morte de Han Solo, já que era seu personagem preferido. 

E para animarem o filho, nada melhor que o McDonald's, certo?

 

Quando voltaram para casa, Jimin precisou arrumar as coisas para sair uma missão e só voltaria no dia depois do amanhã. Jeongguk odiava esse tipo de missão, queria ir com o marido, ter certeza que ele iria ficar bem, e que poderia ajudar caso ele precisasse. Mas, desde que Yugyeom nascera, havia ficado mais difícil saírem em missão juntos, pois não queria deixar o menino sem nenhum dos dois pais presentes, principalmente se estivessem em batalha. Porém, era raro que Jimin passasse um dia ou mais fora, e aquilo realmente incomodava o Jeon.

— Você não pode só... Ficar? — O Jeon perguntou, vendo Jimin arrumar uma mochila.

— Você sabe que não. — O mais velho suspirou. — Mas eu vou voltar depois de amanhã, eu prometo.

— Você não pode ir amanhã de manhã então? Por que tem que ser a noite?

Yugyeom apenas observava os pais da onde estava sentado no chão, brincando com alguns bonecos.

— Porque eu tenho que estar lá de manhã, Gukkie.

— Não faz sentido pra mim. — O mais novo insistiu. — Vai ser seu aniversário daqui há dois dias, e você vai estar voltando de uma missão!

— Bom, ao menos eu vou estar aqui. — O Park tentou, soltando um sorriso.

— Não é- Ugh, tanto faz.

— Ei, por favor, não fica assim. — O mais velho pediu, andando até o marido e beijando seu nariz. — Eu juro que mando mensagem quando puder.

O Jeon apenas assentiu, virando o rosto quando o mais velho tentou beijar seus lábios.

— Ok... Eu estou indo agora. — O capitão murmurou, deitando um beijo na testa de Jeongguk, e se dirigindo até Yugyeom, o pegando no colo e enchendo o garoto com cheirinhos, fazendo-o rir.

— Tchau, appa, acaba com os caras maus.

— Eu vou, e aí vou voltar pros meus carinhas preferidos no mundo inteiro. — Jimin prometeu, e o pequeno assentiu, batendo continência para o mais velho.

Jeongguk assistia a cena sem falar nada, e o Park suspirou enquanto andava até a porta.

— Te vejo logo, amor, eu te amo. — Falou para o gênio, que apenas deu de ombros.

Jeongguk queria gritar, ele queria correr e arrastar Jimin de volta, prendê-lo no quarto e não deixá-lo sair por um bom tempo. E, pior, iria deixá-lo sozinho no quarto, só pra ensiná-lo uma lição.

Mas, pra ser honesto, o que Jeongguk realmente queria naquele momento era chorar. Porém, quando virou o olhar para Yugyeom, encontrou o pequeno lhe encarando atentamente, e quando este percebeu que havia sido pego, apenas voltou a fingir que estava brincando com os bonequinhos.

O Jeon sorriu de canto, se levantando da cama.

— Vem, vamos tomar um banho e depois assistir desenhos na sala e comer besteira até desmaiar.

A criança sorriu largamente, levantando os bracinhos na direção do pai pedindo colo.

[]

Quando Jeongguk acordou no outro dia, seu pescoço doía como o inferno, haviam realmente dormido no sofá, e ainda que fosse super confortável, não haviam escolhido posições boas para adormecer. Bom, pelo menos Jeongguk não, já que Yugyeom parecia confortável completamente esparramado no sofá, e com o pé quase em sua cara.

— Menino folgado. — Murmurou, segurando o pézinho do filho e mordendo. O pequeno pulou com aquilo, puxando o pé para longe dos dentes do mais velho.

— Omma! — Reclamou, esfregando a região mordida.

— Você estava quase enfiando ele na minha boca, achei que fosse isso que quisesse. 

— Você não é engraçado, omma. — O pequeno murmurou, se sentando e coçando a cabecinha, logo em seguida bocejou e esticou as perninhas, como se as alongasse. Um ritual igualzinho ao que Jimin fazia pelas manhãs.

— Senhor, o Capitão deixou um recado há algumas horas, ele não quis acordá-los, então pediu para que eu transmitisse a mensagem. — A voz de G.U.R.E.U.M se fez presente. — Ele disse que chegou bem, e que vai fazer de tudo para não demorar muito. Ele também disse que sabe que você vai ficar bravo por um bom tempo, então me pediu para tocar uma música assim que você acordasse.

E de repente Fallin In Love at a Coffeshop soou por todo o cômodo, e Jeongguk grunhiu, se jogando de volta no sofá e tampando o rosto com a almofada.

— Oooh. — Yugyeom provocou, pulando em cima do pai e cutucando sua barriga. — Alguém está amando.

— E o que você sabe sobre isso? — Jeongguk revirou os olhos, jogando a almofada longe para olhar o filho.

— Você está vermelho.

— Não, não estou. — Falou, se levantando e pegando o filho no colo. — E se você abrir o bico sobre isso pro seu appa, eu vou pegar todos os seus brinquedos e transformar em sucata.

— Então, o que vamos fazer hoje, omma? — Yugyeom perguntou sentadinho na banheira.

— É uma surpresa, eu já disse. — Jeongguk suspirou, esfregando os bracinhos do filho.

— Eu não gosto de surpresas. — O pequeno fez uma careta, olhando para o mais velho.

— Ugh, por que você tem que ser tão diferente das outras crianças? Você poderia só dar pulinhos e falar ''Uhul, uma surpresa, estou animado'', e não me olhar com essa cara de tédio.

— Oba, é uma surpresa, estou animado. — Yugyeom murmurou, voltando a brincar com seu patinho de borracha.

Jeongguk revirou os olhos com aquilo, enchendo a mão com água e jogando no rosto do filho, que arregalou os olhos.

— Você vai morder a linguinha quando ver o que eu estou preparando. — Falou, se levantando e saindo do banheiro. Porém, alguns segundos depois voltou novamente. — Desculpa, esqueci que não posso te deixar sozinho. Não conta pro appa, ele me mataria se soubesse que eu te deixei na banheira sozinho.

— Mas só foram dois segundos. — O pequeno falou.

Demoraram uma hora para chegar no lugar onde iriam, e como Jeongguk não queria que fossem reconhecidos enquanto passeavam, disse para Yugyeom levar a máscara do uniforme que havia feito especialmente para o filho, embora Jimin não o deixasse usar. E para si levou uma máscara parecida com a que usava em sua armadura, porém, essa era de plástico, quase como se tivesse comprado na sessão infantil. Era mais divertido assim.

— Ok, agora fecha os olhos até a gente entrar. — Jeongguk avisou, e o menino fez um biquinho, mas fez o que lhe foi dito, escondendo o rostinho no pescoço do pai.

Quando finalmente entraram no local, o Jeon segurou no rostinho do filho, o fazendo olhar para frente, e quando o pequeno o fez, quase desmaiou de emoção.

— Disney! — Gritou animado, levantando a mãozinha em forma de punho. — Vamos, omma, temos que andar em todos os brinquedos!

E, é, Yugyeom não estava brincando quando disse que queria andar em todos. Já haviam brincado em cinco, e o pequeno estava quase tendo um ataque de ansiedade para irem na montanha russa, o que infelizmente não era permitido por causa de seu tamanho, o que fez o garoto ficar bem irritado.

— Eu não sou um bebê! — Argumentou.

— Que tal irmos no carrossel de novo? — Jeongguk tentou, e os olhinhos do filho brilharam.

— Sim!

— Claro, não é um bebê... — O mais velho murmurou baixinho, vendo o filho correr à sua frente.

Depois do carrossel, voaram no brinquedo do Dumbo, e visitaram o espaço do Buzz Lightyear, onde puderam atirar nos bonecos do Zurg.

— Eu queria ir nos brinquedos grandões. — Yugyeom falou chateado.

— Talvez daqui há alguns anos. — Jeongguk riu, mordendo um pedaço do algodão doce do filho.

Passearam mais um pouco pelo local, comprando brinquedos e balões, e foi só quando resolveram que era hora do lanche, que Yugyeom arregalou os olhos tão grande que Jeongguk quase achou que iam sair para fora.

— Omma, é a Branca de neve!

E foi nesse momento que Jeongguk se lembrou. Yugyeom era apaixonado pela Branca de neve desde quando era um neném. Ele ficou animado ao ver os outros personagens, claro, tirou foto com o Woody, o Mickey, o Peter Pan e vários outros, mas como Jeongguk podia ter se esquecido da Branca de neve?!

— Você quer falar com ela? — O Jeon perguntou, e viu uma coloração vermelha tomar conta das bochechas do filho.

— Eu não sei...

— Ah, o que é isso, vamos lá. — Insistu, pegando a mão do filho e o levando até a princesa.

O pequeno ficou um pouco tímido no começo, mas depois que a princesa o chamou para sentar-se ao seu lado, Yugyeom ficou mais solto, conversando sem parar com a mulher, e rindo quando esta se jogava beijos. O Jeon tirou várias fotos, não podia perder aquele momento, mas, depois de algum tempo, apenas abaixou o celular, observando a cena como ela realmente era, e percebeu que era bom ver Yugyeom assim, acreditando em coisas impossíveis. O garoto era muito inteligente para sua idade, já não queria saber do papai noel ou do coelho da páscoa, ele sabia quem eram os super heróis, e não se deixava ser enganado facilmente. Mas, vê-lo daquela forma, tão inocente em achar que aquela moça era realmente uma princesa, a Branca de neve de quem havia ouvido falar nas histórias, era uma coisa doce de se ver.

Antes de irem embora, passaram numa cabine fotográfica, onde tiraram cinco fotos: A primeira fazendo caretas, a segunda sorrindo de forma exagerada, a terceira fingindo estarem dormindo, a quarta foi sem querer, o flash havia brilhado bem na hora onde estavam rindo um para o outro, e a quinta pegou Jeongguk desprevenido, já que o pequeno se jogou em seu colo e o abraçou bem forte.

— Ei, podemos levar um presente pro appa. — Yugyeom sugeriu, e Jeongguk assentiu. Bem, era aniversário de Jimin no dia seguinte de qualquer forma, e ainda que já tivesse comprado um relógio de marca caro para o marido, não faria mal dar outro presente também.

O problema é que nada parecia agradar o pequeno, ele achava tudo simples demais, ou exagerado demais, então Jeongguk teve uma ideia. Levou o filho até um lugar onde tiravam fotos temáticas e colocavam num quadro, não era nada muito sofisticado, mas ele tinha certeza que tanto Jimin quanto Yugyeom iriam amar aquilo.

Yugyeom acabou dormindo na viagem de volta, e Jeongguk não teve dificuldade alguma em levar o menino para o quarto. Sabia que como Jimin não estava ali, podia colocá-lo em seu próprio quartinho, mas o pequeno parecia tão confortável em sua cama, e Jeongguk se sentia tão solitário sem Jimin ali para gritar consigo e mandá-lo ir dormir.

Yugyeom acordou no meio da noite com alguns murmúrios, esfregou os olhinhos algumas vezes, e quando olhou para o lado viu Jeongguk encolhido em si mesmo, e pôde ouví-lo falando com alguém.

— Eu sei, também estou com saudade. Eu te amo também. — O mais velho dizia baixinho, então Yugyeom deduziu que ele só podia estar falando com Jimin. Sua voz estava estranha, tão baixa e quieta, o pequeno nunca havia o escutado falar daquele jeito, e quando Jeongguk desligou o celular, rapidamente o pequeno o abraçou, fazendo um carinho em seu rosto como se quisesse afastar sua tristeza. Jeongguk quase fez um comentário engraçado sobre aquilo, mas ao invés disso apenas puxou o filho para mais perto, e logo adormeceram juntos.

[]

Jeongguk acordou cedo no outro dia, e ainda que estivesse ligeiramente bravo com Jimin por tê-lo feito quase chorar na noite anterior, estava animado com o aniversário do marido. Aquele ano faria algo diferente, não havia planejado uma festa grande como sempre fazia, queria algo mais simples, já que Jimin estava sempre reclamando que não gostava de coisas extravagantes. É claro que ele sempre agradecia Jeongguk pelas festas, e gostava de ter os amigos por perto, mas no fundo o mais novo sabia que Jimin era um cara das antigas. Literalmente.

— Vamos lá, acorde, aranhazinha! — Exclamou, sacudindo o filho, que apenas resmungou e se escondeu embaixo do edredom. — Ah, qual é, Yug!

Novamente tudo o que recebeu em resposta foi um grunhido, e Jeongguk suspirou.

— Tudo bem, então. Foi você quem pediu por isso. — Deu de ombros, saindo do quarto e voltando minutos depois com um megafone em mãos. — Atenção, atenção! O pestinha que não estiver fora da cama nos próximos 2 minutos vai receber uma mordida no bumbum! Então, se você é um pestinha, eu recomendo que se levante agora!

Aquilo pareceu ser incentivo o bastante para Yugyeom, já que este destampou o rostinho e soltou uma risada gostosa, rapidamente se sentando na cama.

— O que você quer, omma? — Perguntou com um sorriso, apoiando o rostinho em uma das mãos.

— É o aniversário do appa hoje, esqueceu? Temos que preparar tudo antes dele voltar.

— Oh! Nós vamos arrumar tudo?

— Sim, foi exatamente isso o que eu disse. — Jeongguk revirou os olhos, coçando a orelhinha do filho. — Você está surdo?

Yugyeom riu, balançando a cabeça.

— Os titios vão vim?

— É claro que sim, aqueles malditos nunca passam uma boa comida de graça.

— Ah, omma, eu não sei se vai ser tão boa assim, você não sabe cozinhar muito bem. — Yugyeom murmurou, dando de ombros.

— Ok, você não vai ganhar bolo. — O gênio falou, já saindo do quarto, e o pequeno logo correu atrás de si.

— Espera, omma!

 

Ok, então, talvez Yugyeom estava certo sobre suas artes culinárias, já que estavam tentando assar um terceiro bolo. Não perguntem sobre os dois primeiros.

— A gente não pode só comprar um? — O pequeno sugeriu, ajeitando o chapéu de cozinheiro na cabeça.

— Comprar. — Jeongguk murmurou debochado. — Parecemos que precisamos comprar algo, Yugyeom?

— Uh... — A criança coçou a bochechinha suja de chocolate, observando toda a bagunça feita na cozinha. — Eu acho que sim..?

Jeongguk revirou os olhos, jogando a espatula dentro de uma vasilha e se virando para o filho. 

— Olha aqui, garotinho, eu enfrentei vilões horríveis, eu quase morri num buraco de minhocas e sou o melhor amigo do Hulk. Você acha mesmo que uma simples receita de bolo de chocolate vai me derrubar? 

Yugyeom apenas levantou as mãozinhas em rendição, balançando a cabeça.

 

Foi só algum tempo tempos, quando estavam decorando o bolo que Jeongguk finalmente suspirou.

— É, talvez a gente devesse ter comprado o bolo. — Murmurou, vendo o bolo que no meio não havia crescido tanto.

— Tudo bem, o appa vai adorar. — Yugyeom falou, jogando um pouco de chantily por cima. 

Depois de decorarem o bolo e buscarem alguns salgadinhos e docinhos no mercado, resolveram enfeitar uma das paredes de casa, penduraram alguns balões que haviam enchido com a ajuda de Nochu, colocaram uma faixa de Feliz Aniversário com alguns desenhos do Capitão que haviam conseguido numa loja infantil, e Yugyeom achou que daria um toque especial se colassem uma foto sua na parede segurando um papel escrito ''O melhor appa do mundo''.

Finalmente haviam acabado tudo, e só tinham que tomar banho e esperar os convidados chegarem. 

Quando desceram novamente, todos já estavam ali.

— Bom saber que não precisam de permissão pra entrarem na minha casa. — Jeongguk falou debochado.

— Até parece. — Taehyung riu, passando o braço ao redor dos ombros do mais novo. — Sua casa é nossa casa, amigo.

— Eu tenho certeza que o ditado é o contrário disso.

— Não importa, cadê o Jimin, hein? Eu estou com fome. — Hoseok falou, alisando a barriga.

— Aposto que ficou o dia inteiro sem comer só pra comer aqui. — Namjoon gargalhou.

— Ixi, tio Hobi, se eu fosse você não iria comer o bolo. — Yugyeom murmurou, indo até o sofá e se jogando no colo de Jin, que sorriu para si.

— Aish, ainda essa história? — Jeongguk revirou os olhos.

— Talvez ele esteja certo — Yoongi concordou. — Se lembra quando você tentou fazer aquelas panquecas pra mim, Jeongguk? Eu fiquei com fome por quase duas horas até finalmente tê-las no meu prato e, no final das contas, nem eram tão boas assim.

— Ah, não peguem no pé dele. — Jin disse. — Ele só está tentando fazer algo legal pro Jimin.

— Isso aí, pelo menos alguém me entende.

— É. — Jin continuou. — Então não sirva o bolo, por favor.

— Aish!
 

Estavam conversando de forma descontraída quando escutaram o barulho do portão se abrindo, e rapidamente se esconderam, apagando as luzes e ficando quietos. A porta foi aberta alguns minutos depois, e Jimin franziu o cenho com todo aquele silêncio.

— Amor? Yugyeom? — Chamou.

— Surpresa! — Todos gritaram juntos, e Jimin sorriu sem graça, não esperando tudo aquilo.

— Bem vindo de volta, appa. — Yugyeom falou, correndo até si e abraçando suas pernas.

— Ei, garotão, obrigado. — Sorriu, beijando o rosto do filho.

Depois ganhou um cumprimento de cada um dos amigos. Estava cansado, mal havia dormido durante a missão, e tudo o que queria fazer era cair na cama e dormir pelos próximos dois dias provavelmente. Mas, quando olhou mais à frente e viu Jeongguk o encarando um pouco incerto, sorriu abertamente, de repente parecendo mais acordado. Deixou sua mochila e escudo no chão mesmo, e andou rapidamente até o marido, o agarrando pela cintura e beijando seus lábios.

— Senti tanto sua falta. — Jimin murmurou em seu ouvido.  — Quase não consegui dormir sem suas constantes reclamações. — Riu.
Jeongguk revirou os olhos, mas o abraçou de volta.

— Hoje o Yugyeom dorme no quarto dele. — O mais novo murmurou de volta e Jimin sorriu.

— Com certeza.

 

O pequeno Yugyeom mal conseguia se segurar de tanta ansiedade para entregar logo seu presente, e quando Jeongguk falou que já era hora, o garoto quase voou atrás do embrulho, voltando correndo até Jimin e o entregando.

— Vai, abre, abre!

O mais velho sorriu, rapidamente se desfazendo do papel de embrulho, e quase não conseguiu respirar ao ver o que era.

''Para o Capitão appa,

de seu soldadinho.''

Era uma foto emoldurada de Yugyeom com uma roupa de soldado, e uma expressão orgulhosa no rosto.

— E aqui, appa, tem até uma pra você carregar no bolso. — O pequeno falou, tirando a foto em miniatura de seu próprio bolso e entregando para o mais velho.

Jimin estava sem palavras, aquele era o melhor presente que já havia ganhado em toda sua vida. Ele não queria chorar, mas estava quase chegando lá, e quando Yugyeom bateu continência, tudo o que o mais velho pôde faze foi agarrá-lo num abraço forte e encher seu rostinho de beijo.

Jeongguk assistia toda a cena com atenção. Em suas mãos havia a caixinha de presente com o relógio dentro, mas ao pensar novamente naquilo, se sentiu um pouco idiota. Ele não podia dar aquilo para Jimin, era estúpido. Então subiu as escadas até o quarto, procurando por sua segunda opção, e voltou à pequena festinha.

— Minha vez. — Sorriu, entregando o presente ao marido.

Quando o mais velho abriu, se surpreendeu ao ver um presente tão simples vindo de Jeongguk, era um colar de ouro com um pingente de coração e quando Jimin o abriu, ali dentro tinha duas fotos, uma em cada metade do coração. A primeira era o casal com Yugyeom bebê no colo, e a segunda era a que haviam tirado com o filho no aniversário passado do garoto.

Aquele, definitivamente, foi o melhor aniversário de todos.


Notas Finais


E aí, o que acharam??? A segunda parte já está pronta, mas eu só vou postar se tiver certeza que vocês gostaram, então comentem pra eu saber, ok?

Obrigada, lindinhos! <3


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