Sua própria excitação aumentou enquanto via cada detalhe da performance íntima que
estava se passando diante dela. Sentiu a parte superior do corpo arquear ligeiramente à frente
enquanto o homem do espelho gentilmente incentivava sua amante a fazer o mesmo. Seus olhos
voltaram a se encontrar no espelho, enquanto ele a penetrava, cada vez mais forte e rápido.
De repente, a rainha foi despertada de sua maldição e percebeu, que a mulher no espelho
não era ninguém senão ela mesma, e que era seu belo criado quem retribuía o olhar,
posicionado atrás dela. Por um instante, ela congelou, subitamente envergonhada por ele tê-la
visto assim.
Percebendo a mudança em sua rainha, o príncipe logo desviou do espelho, para que ela o
olhasse de frente. Ele a beijou carinhosamente, tomou-lhe nos braços e a carregou até um sofá
próximo. Mas ela olhava furtivamente para o espelho.
O príncipe segurava a rainha se fundindo a ela novamente, sussurrando palavras doces
durante todo o tempo. O espelho parecia dar segurança a ela, então virou o pescoço para ver o
reflexo. E ela se viu fazendo muitas coisas extraordinárias ao longo da noite. O príncipe ficou
encantado por sua curiosidade, e foi cuidadoso em fazer com que o acontecimento tão
esperado durasse até que ela estivesse inteiramente satisfeita.
Depois, ele continuou a segurar sua rainha junto de si, por toda a noite, acarinhando-lhe o
corpo suavemente, para que, pela manhã, nem um pedacinho seu tivesse sido negligenciado a
um carinho ou toque. A rainha sorriu ao adormecer e sonhar com um mar de rosas.
De manhã, a rainha não queria ir embora. Mas o príncipe sabia que tinha de levá-la de
volta ao castelo, para certificar-se de que seu amor de fato havia tocado o coração dela e a
libertado da maldição.
A rainha arrancou uma das rosas ao passar pela soleira do chalé e a colocou na bolsa,
para sempre se lembrar do prazer que encontrara ali. Mas, enquanto viajavam pela floresta,
ela foi ficando desanimada e, ao chegarem ao castelo, estava tomada de ansiedade. O príncipe
parecia relutante ao deixá-la com um beijo e a promessa de voltar mais tarde naquele dia.
Com a partida de seu criado, a rainha não hesitou em ir até o espelho de seu quarto. Ao
chegar lá, ela resfolegou horrorizada. Nada havia mudado desde a última vez em que vira
aquela coisa horrenda! Ela não tinha nada de linda, ao contrário, era a mesma mulher
envelhecida do dia anterior. Teria o espelho mentido e Branca de Neve dado a sua vida em
vão?
A rainha se compôs e se dirigiu ao espelho assim:
"Espelho, espelho, não se esquive,
ou tu virás ao chão,
Diga agora e não me irrite,
O que disseste do coração?"
E num instante o espelho respondeu:
"Seu amante é um grande mentiroso.
Branca de Neve está viva na floresta.
Ela precisa de um veneno poderoso. Pois é só isso que lhe resta!"
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