A Garota dos Gansos nem sequer notava a presença do príncipe, de tão feliz que estava
ao novamente abraçar a criada. Ela a acariciava fervorosamente com os lábios e a língua,
deleitando-se em cada arrepio, e sacudida do corpo de sua amante, em resposta a seu toque.
E, finalmente, a criada, que experimentara tantas sensações conflitantes naquele dia,
começou a relaxar. Havia sido muito traumático: a começar pela vergonha de ter exposto
aquilo que fizera, seguido pelo terror das consequências que ela poderia sofrer por suas
ações, e, finalmente, seu alívio impressionante ao ouvir a declaração do marido, de que sua
punição não iria além daquele quarto. Ela fora tratada com mais gentileza do que merecia, e
sua punição era, na verdade, exatamente o que ela vinha sonhando todos esses meses, pois,
apesar de ter se apaixonado pelo marido, ela não conseguira esquecer totalmente o charme de
sua amante, nem o amor excepcional que haviam feito.
Levou alguns minutos para que seu corpo se recuperasse do choque do dia, mas,
finalmente, ela começou a se perder na maciez da princesa. Logo as duas estavam tão
envolvidas uma com a outra como havia sido na noite junto ao córrego. Incapaz de suportar
ser apenas um espectador por nem mais um instante sequer,o príncipe gentilmente empurrou a
esposa para o lado de sua amante e se ajoelhou no meio das pernas da Garota dos Gansos. Ele
olhou para o rosto da esposa.
-Toque-a.
Sua esposa se esticou e tocou com os dedos a Garota dos Gansos, meio hesitante. O
príncipe ficou olhando os dedos brincando ao longo da abertura, e os pressionou gentilmente,
forçando-a a ser mais íntima. Ele se curvou para beijar os lábios da esposa. Com os lábios ainda tocando os dela, ele sussurrou:
-Fale-me qual é a sensação que ela lhe dá.
Ela estremeceu com o misto de emoções que revolviam dentro dela. Aparentemente sob
seu ritmo próprio, os lábios dela sussurravam a resposta verdadeira para a pergunta dele:
-Macia, molhada -e, depois de uma pequena pausa, ela acrescentou: -Quente.
Ele se afastou da esposa e ficou novamente de frente para a Garota dos Gansos, mas seus
olhos nunca deixaram os dela. A Garota dos Gansos os observava interessada, afastando as
pernas amplamente, e gemendo de leve. Ele disse para a esposa:
-Abra-a para mim.
A criada sentiu uma pontada de ciúme. Mas, no instante seguinte, ela pensou, Que direito
tenho de sentir ciúme, quando já tive tudo isso e me afastei da princesa? Além disso, como
posso sentir ciúme de alguém que amo? Pois ela percebeu que ainda amava a princesa e
silenciosamente jurou que jamais voltaria a traí-la.
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