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História O Preço - A Verdade


Escrita por: Roberto20

Capítulo 2 - A Verdade


Eu tinha acabado de completar 11 anos e minha mãe havia me colocado em uma escola militar, minha mãe era uma moça linda com um corpo atraente demais para idade que se encontrava, meu pai havia lhe-abandonado à muitos anos quando eu ainda era novo demais para me lembrar de como ele era, desde então minha mãe me criou sozinha. Vivíamos em uma casa simples no bairro da Aldeota em Fortaleza, Tinha dois quartos , uma cozinha e uma sala pequena. Na Noite em que ela me contaria onde eu estudaria ela entrou em meu quarto e tivemos uma pequena discussão.

 — Ezequiel a partir do próximo ano você irá estudar em um colégio militar, está me entendo? – Disse minha mãe em um tom altamente autoritário.

 — Mãe eu não quero ir para uma escola militar, Eu não vou conseguir me adaptar lá – Falei com uma expressão triste em meu rosto, sentia medo e mal pressentimento em relação àquilo.

— Eu não quero mais saber Ezequiel, você irá para lá e ponto final- vociferou ela com raiva e saindo do quarto batendo a porta.

 Peguei meu casaco e joguei ele na porta do meu guarda-roupa não consegui acreditar que não iria mais ver meus amigos, mas, o pensamento de que talvez fizesse novos amigos me confortava. No dia 01 de fevereiro iria começar as aulas e pelo o que eu sabia era o mais novo da turma no 6° ano e com 11 anos . Naquela manhã seguinte acordei por volta das 5:30 e fui me aprontar para ir à escola, mas por alguma razão mesmo com a ideia de que iria fazer novos amigos eu tinha um mal pressentimento sobre aquilo.

 Saí de casa com minha mãe por volta das 6:00 e durante todo o trajeto eu olhava as ruas de Fortaleza e suas avenidas, observando os carros e as pessoas enquanto ouvia música.

 — Está ansioso para seu primeiro dia na escola , filho? – falou minha mãe com uma expressão alegre e ansiosa no rosto.

 — Acho que sim... mas , eu não conheço ninguém lá mãe...- centenas de cenas invadiram minha cabeça naquele momento, era como se tudo fosse dar errado.

 — Não seja ridículo meu filho, vai dar tudo certo - naquele momento ela parou na frente de um grande prédio com um portão enorme na frente, saí do carro e no momento que fechei a porta ela foi embora , parecia estar com pressa para sair Dali ,nesse instante me senti mais nervoso que antes, era como se tivesse cobrar passeando por dentro do meu estômago. 

 Entrei por aqueles portões e me dirigi até minha sala, ela era relativamente pequeno com pouco mais de 10 cadeiras, havia apenas uma cadeira disponível e me sentei nela , naquele instante a professora entrou na sala era uma mulher alta e forte, seus cabelos eram os negros e seus olhos tinham uma coloração verde clara , ela estava usando a farda do exército. Tinha um grande sorriso no rosto no rosto e no dedo do meio da sua mão direita, havia um anel de ouro com uma espécie de lâmina no topo.

 — Bom dia turma !! – disse ela sem tirar aquela expressão alegre de seu rosto que parecia de uma mulher de 40 anos – Temos um aluno novo e qual é o seu nome meu jovem? – ela andou até mim e colocou sua mão direita em meu ombro , fitei aquele anel e depois à encarei.

 — E-Ezequiel... Ezequiel Soares – Por alguma razão me senti estranhamente calmo quando percebi que ninguém estava me olhando e ao mesmo tempo incomodado.

 — Ótimo , é um prazer te conhecer Sr. Soares meu nome é Antônia Dolores – Ela continua com a mão em ombro mas agora estava apertando ele — E onde você mora pequeno ?

— Em uma casa — decidi chamar a atenção para mim com a brincadeira mas, quando olhei em volta todos me olhavam espantados e assustados, então senti uma pancada forte em meu rosto que me derrubou no chão com violência.

 Fiquei totalmente confuso, não conseguia compreender o que tinha acabado de acontecer, olhei o anel da professora e tinha sangue na lâmina e senti escorrer do corte feito na minha bochecha pelo anel. Ela se ajoelhou na minha frente e olhou em meus olhos

 — Escute Sr. Soares as coisas funcionam diferente aqui, certo? Você é apenas mais um estudante de merda que acha que pode fazer o quiser que aqui? Mas você não é,  entendeu? 

 Assenti com a cabeça mas senti outro tapa em meu rosto e cai no chão , ela me pegou pela gola de minha camisa e me fez ficar de joelhos.

 — Responda quando eu falar com você, entendeu Sr. Soares? — ela me olhava com um olhar ameaçador.

— Sim... Por favor... eu entendi — Eu estava em pânico e quase chorando , estava com muito medo — Por favor, eu sinto muito e... e não vai acontecer de novo !!!

 — Agora... irei te perguntar mais uma vez, certo? — Eu estava tremendo de medo e minha vontade era de sair correndo Dalí mas estava com muito medo — Onde você mora?

 — Eu... Eu moro... — não sabia o que estava acontecendo, estava muito confuso ,mas, tentei manter a calma — Eu moro na Aldeota... em Fortaleza... — ela levantou e foi até sua mesa passando suas unhas pela madeira.

— Levante-se Sr. Soares, iremos começar nossa aula de hoje — Segurei em minha mesa e me levantei com um pouco de dificuldade, olhei em volta e todos estavam agora fitando a professora mas alguns tinham expressões de medo em seus rostos enquanto à encaravam , sentei na cadeia e passei minha mão por meu rosto sentindo o corte feito pela professora em meu rosto.

 Passei o resto do dia sentado naquela cadeira tentando entender tudo aquilo, até que senti uma mão tocar gentilmente meu ombro me trazendo de volta à realidade. Virei minha cabeça para trás e vi uma garota de cabelos loiros e lisos com mais ou menos 1,68 de altura e do seu lado tinha um garoto de cabelos pretos e cacheados e seus olhos eram verdes.

 — Você está bem? Meu nome é Karoline Fernandes e esse é o Anderson Almeida — disse ela com uma expressão gentil e preocupada em seu rosto.

 — Meu Nome é Ezequiel Soares e é um prazer conhecer vocês — Dei um pausa para me acalmar e me levantar da cadeira e pegar minha mochila — Sim... mas eu vou ficar melhor quando chegar em casa e descansar.

 Os Dois me olharam com uma expressão mista de pena e curiosidade.

 — Você está brincando não é cara? — Anderson agora segurava meu ombro com tanta força que começava a doer — Não podemos sair até os 18 anos.

 Eu não consegui acreditar no que acabava de ouvir , era como se o mundo desmoronasse ao meu redor, minha mãe havia me abandonado naquele lugar. Saí Correndo da sala em direção aos portões que estavam trancados e que não abririam até eu completar 18 anos.

 — ABRAM DEIXEM – ME SAIR, AGORA!! — senti alguém me agarra pela minha cintura e me derrubar no chão.

 — Não Ezequiel, não faz isso por favor, eles vão te matar se você tentar fugir! — Ele segurava meus braços e minha cabeça impedimento meus movimentos.

 Minhas lágrimas começaram à escorrer dos meus olhos, naquele momento eu percebi que não iria poder sair Dalí até os 18 anos , eu era covarde demais para arriscar minha própria vida. Tinha medo de morrer.




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