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História O Preço - O Teste


Escrita por: Roberto20

Capítulo 3 - O Teste


  Nos meses que se seguiram, fiquei arrasado não conseguia aceitar que minha mãe havia me abandonado, me isolava no meu quarto sempre que acabavam as aulas. — Qual é cara? Se anima, todos nós fomos abandonados por nossos pais você não é o único, poderia ser pior e além do mais você não sofreu mais nenhum castigo da Srt. Dolores não é? — Disse Anderson entrando no quarto e trancando a porta. Com uma feição levemente feliz no rosto. — Pode até ser Anderson, mas, como minha mãe pôde me abandonar ? — Anderson se calou por um instante e voltei à olhar para o teto, ele estava abrindo a boca para responder quando escutamos uma forte batida na porta do quarto. — Abram a porta, preciso falar com vocês com os dois !! – vociferou Karol do lado de fora então corri até a porta e à abri. — O que aconteceu Karol? — ela ignorou minha pergunta e empurrou batendo à porta e a trancando logo em seguida. — Anderson, O teste vai ser dia 11 de dezembro !! — disse ela com uma expressão de horror em seu rosto, estava óbvio que estava assustada com alguma coisa mas eu não sabia o que era. — O que ? Karol você tem certeza disso? — disse Anderson com uma voz rouca e tremida, o sorriso em seu rosto havia sumido e substituído por uma expressão de medo e raiva. — Infelizmente sim... Eu ouvi quando a Dolores estava falando com o diretor. — disse Karol enquanto algumas lágrimas corriam por seus olhos. — Falta menos de 2 semanas ainda está muito cedo para isso, ele não está pronto !! — disse ele dando um chute no guarda-roupa com força. — Mas o que é esse teste? Quem não está pronto? — eu não entendia o por que de estarem tão nervosos e assustados — Ezequiel... O teste é uma espécie de prova de força e resistência em que dois novatos são escolhidos para lutar até a morte em uma arena, esse ano escolheram você e um aluno da 7° série chamado Luan Figueiredo. — disse Karol me abraçando e dando um beijo em meu rosto. — Matar? Como assim? Eu não posso matar ninguém Karol — empurrei ela levemente para longe de mim e encarei ambos com uma expressão de medo e descrença. — Para vocês terem uma ideia, só vendo minha mão abrindo um peixe eu já vomitava. Eu simplesmente não posso matar, não posso. Anderson colocou as mãos em meus ombros e me empurrou até a parede com força. — Escuta aqui Ezequiel, você vai ter que matar se quiser ir embora daqui, entendeu cara? Ou você mata ou você morre. — Percebi então que não conseguiria sair daquela situação sem fazer o que eu nunca teria imaginado que era tirar uma vida. *************** Nos dias que se seguiram resolvi me fortalecer para o teste com a ajuda do Anderson e da Karol , na noite do teste vesti uma calça jeans azul e a camisa verde camuflada que usamos como uniforme e fui até a floresta que ficava no interior do colégio envolvida por uma cerca de aço com cerca de 5 metros de comprimento. Os portões da cerca estavam abertos então adentrei seguindo a grande quantidade de luz que vinha do interior da floresta usada para provas práticas de sobrevivência. A arena tinha à estrutura de um estádio de futebol, porém menor e era totalmente branca e coberta por grandes quantidades de cipós de verdes, parecia estar abandonada à muitos anos e seus portões eram enormes feitos de madeira de carvalho. Respirei fundo e entrei por eles ouvindo Gritos e vaias por toda a arena, vi todas as arquibancadas repletas de alunos e alguns gritavam meu nome gritavam o nome o nome “Luan”. Vi Antônia no centro da arena da arena segurando um microfone e em suas mãos havia um sorriso largo. — Senhoras e Senhores como sabem todo ano realizamos o teste, em homenagem ao criador dessa escola o Grande Rodrigo Soares, em que ele colocava novatos para se enfrentar visando eliminar aqueles que não eram dignos de estar aqui. — disse ela e os alunos aplaudiam com alegria e vontade enquanto gritavam, então Antônia Levantou a mão e tudo ficou em silêncio. — E esse ano... o nosso teste será protagonizado por Ezequiel Soares e por Luan Figueiredo — Houve uma onda de Gritos quando os portões do outro lado da arena se abriram e um garoto alto, de cabelos louros e olhos verdes entrou vestindo uma regata verde e uma calça branca. — Como sabem um dos dois morrerá essa noite e o outro que sobreviver irá continuar e será tratado corretamente por nossos médicos. — Ela deu uma risada rouca — Que o teste Comece!! ************* Corri na direção de Luan e ele na minha , me abaixei e consegui desviar de um chute dele o agarrando e o derrubando no chão. Coloquei as mãos em seu pescoço e comecei a enforca - lo ficando por cima dele e impedindo que escapasse. — Você não precisa fazer isso Ezequiel... Você é uma pessoa boa pessoa e não quer fazer isso — disse ele com dificuldade por estar sem ar. — Não preciso? — tirei gradativamente as mãos de seu pescoço e me levantei saindo de cima dele. — Não você não precisa, mas... eu preciso... — disse ele se levantando lentamente e com os punhos fechados. Seu olhar estava baixo então de repente seu punho em minha direção acertando em cheio meu rosto, com a força acabei caindo no chão e uma onda de gritarias e vaias encheram o estádio. “ Você não entende não é piralho ? Você não poder sair daqui se não me matar e isso se aplica a mim também por isso irei te matar.” , enquanto eu tentava me levantar uma forte pancada em meu estômago fazendo eu parar alguns centímetros frente. — Você... Você é um mentiroso!! — Consegui me levantar com dificuldade por estar tonto por conta do soco no rosto. Sentia uma raiva muito grande dele como eu pude ser tão burro em acreditar nisso? Tentei golpear Luan mas ele segurou minha mão acertando uma joelhada em meu joelho em joelho fazendo eu cair de joelhos no chão e sem ar. — Mentiroso? Meu caro Ezequiel, você que é burro. — disse ele com uma expressão alegre e um sorriso em seu rosto pálido e fino. Luan chutou meu rosto com tanta força que senti meu dente quebrar e sair voando da minha boca. ************* Sentia o sangue escorrer de minha boca e cair no chão quando eu tossia por ainda não conseguir respirar, de repente senti sua agarrar meus cabelos e puxa - los me fazendo ficar de joelhos novamente e levantando minha cabeça me fazendo olhar para a multidão. — Está vendo Ezequiel? Que tal a gente dá um pequeno show para eles? — disse ele e começou a socar meu rosto com sua mão livre enquanto segurava para que eu não caísse. Não conseguia me mover era como se meu corpo tivesse desistido de lutar. Até que finalmente caí no chão, Luan havia me soltado e era uma dor insuportável, o sangue escorria por todo meu rosto manchando minhas roupas e alcançando o chão. Eu não ouvia mais as outras pessoas só um tipo de chiado e tudo parecia estar mais devagar. Eu não podia morrer, tinham pessoas que acreditavam em mim e isso ainda me mantinha são. Reuni forças e me levantei novamente e andei lentamente até ele. Sua boca se mexia mas não conseguia ouvir o que estava dizendo tudo estavam envolto por um chiado. Percebi seu punho vindo em minha direção, mas meu corpo parecia se mover sozinho, desviei de seu soco e segurei seu braço com minha mão esquerda e o puxei para perto de mim, colocando a mão direita em seu peito e passando minha perna direita por trás das dele o derrubando. Senti uma raiva muito grande e comecei a pisar em seu rosto com o máximo de força que podia. Andei até sua perna e pisei em cima dela com tanta força que a à deixou ao contrário. Então parei, minha audição estava voltando ao normal e tudo não parecia mais estar devagar, os machucados pareciam não estar mais doendo. Eu não podia fazer isso, não podia tirar uma vida. Era muito assustado, então de repente naquele momento era como se eu não estivesse mas na arena, era só eu e meus pensamentos até que senti algo tocar meu ombro e quando abri meus olhos estava novamente na arena mas tudo estava silencioso, ninguém mais estava gritando, fitavam a arena completamente calados Luan estava se arrastando em direção aos enormes portões de carvalho do lado direito, havia um rastro de sangue por onde ele se arrastava, seu rosto estava desfigurado, seu nariz havia saído do lugar e todo seu rosto havia cortes profundos que sangravam sem parar. Sua perna estava virada ao contrário e seu osso estava exposto. — Ezequiel, mate ele agora!! — era a voz de Antônia e ela havia colocado em minhas mãos uma pistola 9mm e estava segurando meu ombro. — Eu não posso fazer isso Srt. Dolores, ele é um humano e não merece isso. Por favor poupe ele... Ela apertou meu ombro com muita força causando muita dor — Você não tem escolha Ezequiel, se não fizer isso você irá morrer no lugar dele... Eu não queria fazer aquilo, era horrível pensar que eu teria que tirar uma vida. Caminhei lentamente na direção dele e esses passos foram os mais difíceis e demorados da minha vida, Luan chorava muito causando uma sensação ainda pior. — Ezequiel, por favor não faça isso... — as lágrimas escorriam por seu rosto lavando gradativamente seu rosto. — Me desculpe ... Por favor... Me desculpe !! — levantei lentamente meu braço tremulo em direção à sua cabeça enquanto lágrimas escorriam por meus olhos. — Você vai morrer seu filho da- ... BANG!! O som do tiro ecoou por toda arena e a bala acertou sua cabeça antes que ele terminasse a frase , fazendo um buraco em sua cabeça enquanto seu sangue encharcava todo o chão. Eu havia matado alguém... Bombas de confete explodiam por todos os lados da arena e tudo que eu conseguia fazer era chorar, daquele dia em diante eu não seria mas o mesmo.  



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