História O Presente - Capítulo Único

Já estava casado com Will a um ano e não via os amigos a muito tempo, e foi com a ideia se se reencontrarem todos que Jason e Piper inventaram uma confraternização no acampamento Meio-sangue, e todos deram um jeito de ir, levanto todos os filhos.

E para a pura irritação de Nico di Angelo e de todos os seus amigos, Quiron obrigou a todos dormirem em seus respectivos chalés, ou seja, nada de dormir com seus cônjuges e como estavam ali a uma semana, nada de sexo por uma semana(!), Nico já estava começando a se sentir virgem de novo. Ele Will nunca passavam tanto tempo assim, o máximo que chegaram foi a incrível marca de três dias, eles estavam brigados e ninguém queria assumir a culpa, e mesmo a culpa sendo 99% de Solace, o moreno assumiu toda ela, pois não mais estava aguentando aquela distância.

Um risinho safado surgir em seus lábios. Lembrar o que fizeram depois da reconciliação sempre o fazia sentir um apertozinho entre as pernas, e claro! Sentia imediatamente uma maldita frustração!

Maldito Quiron!

Virou novamente na cama, tentando ignorar os gritos do lado de fora do seu chalé.

Foi nesse momento que ele agradeceu a Hades por ser um deus mais “discreto” que os demais.

Nico ainda tinha apenas a Hazel como irmã, se bem que, Jason e Percy também não tinham mais irmãos. Mas eles, por não dividirem os chalés com ninguém, eles ficaram responsáveis por cuidar dos filhos durante a noite. E só de imaginar Percy passando a noite com Silena (uma peste!) ...

Os barulhos do lado de fora aumentam, Nico já estava no número 8 e não havia sinal de se acalmar.

— Até parece uma guerra!

E para piorar, escutou batidas na porta. Sua primeiro pensamento foi que podia ser Hazel, a garota – que não tem nada de “garota”, mas para Nico ela sempre uma garota! –, mas logo descartou a ideia, ela também dorme no chalé 13 e não tinha sentido em bater. Segundo pensou em Will, mas logo Di Angelo estava se taxando de burro. Se fosse mesmo Will Solace, ele simplesmente teria entrado e se jogado na cama gritando um grande “Levanta, seu idiota!”. Então quem seria?

Novamente as batidas!

Nico preferia que fosse algum de seus amigos, assim eles não fariam essa cerimônia toda e ele não iria precisar abrir a porta e continuariam ali, na sua cama confortável!

— Droga! — Levantou preguiçoso da cama e seguiu se arrastando até a porta, abrindo-a com fúria. Em sua mente estava esfolando o Jason por ter tido aquela ideia, por que não tinham se reunido em outro lugar? — O que que é agora? — Rangeu procurando o ser que ousou incomodá-lo, mas não encontrou nada. — Pestes! Batem e saem correndo! — Mentalmente estava amaldiçoando a criatura que fez isso!

— S... S....Sr. — O olhar de Nico vai para baixo encontrando um menino de pele morena de olhos verdes. — Sr. Di Angelo.

— O que foi?

O garoto treme com medo. Nico pouco se importa com aquela situação.

— Q-Q-Quiron o...está cham-chamando o senhor.

Nico volta para dentro do chalé sem responder ao garoto que já tinha corrido.

O moreno troca de roupa resmungando como se fosse um velho doente e mal-humorado. Ao terminar, sai do chalé de Hades a procura de Quiron, certamente ele deve estar dando aulas de arco e flecha. Mas ao ver a movimentação de semideuses indo em direção ao pavilhão de alimentação fez o mesmo até por que, semideuses não se impressionam com qualquer coisa, e tinha que ser algo realmente importante, por que se não fosse... Que Quiron fosse realmente imortal, por que quando ele morresse, Nico iria fazer questão de puni-lo. Pois como um bom filho de Hades, o moreno sabe exatamente o que fazer depois da morte.

Continuou seguindo os campista em direção ao pavilhão de alimentação e de longe avistou uma considerável concentração na mesa de Poseidon. Nico foi até lá, alguns campistas mais novos se distanciaram permitindo que ele passasse em problemas.

Ele viu Annabeth sentada ao lado marido e ela tem um bebê nos braços enrolado em uma manta branca, na mesa está uma cesta com vários detalhes dourados...

— Seu idiota! — Nico sente uma dor na cabeça como se alguém tivesse levado um soco na cabeça.

— Will? — Toca o canto onde foi batido — Por que fez isso?

— Só me explica o que é isso? — Indica Annabeth e o bebê.

— Annabeth teve outro filho? — Tenta sem entender nada, até onde sabia a filha de Atena não estava grávida.

— Não! — Uma parte de Di Angelo comemora, a ultima coisa que ele queria era outra criança travessa como Silena solta por aí. Will tapa os olhos com as mãos. — Nico, você teve algum caso com algum deus ou deusa?

Nico apenas conseguiu rir sem um pingo de grassa, por que serio(!), conhecendo os deuses como conhece, por que ele iria querer se envolver mais com eles do que já está? E contou isso para o marido.

Will sorriu aliviado.

— Foi como pensei...

— Então por que me bateu?

— Não importa. — Puxa Nico pelo braço para chegar mais perto de Annabeth.

Ali presentes olhando para o bebê, além dos já citados, estavam Calipson, Piper, Hazel, Frank e Leo que metia o dedo na testa do bebê. E alguns campistas. Um pouco longe Quiron se aproximava junto com Jason, os dois conversam aparentemente preocupados.

— Alguém me diz o que está acontecendo... — Will olha feio para Nico que coloca as mãos em posição de rendição.

Quando Quiron e Jason chegam até eles, o diretor de atividades pedem que os demais campistas voltassem para o que estavam fazendo, e pede que os sete da profecia junto com Nico, Will e Capilso o sigam para a sala de reuniões.

No caminho, Nico procura os filhos de seus amigos, em particular Silena e Chales, os filhos de Percy e Leo respectivamente, aqueles dois são dois pestes deixam qualquer filho de Hermes no chinelo. Mas como nãos os encontra relaxa um pouco, só um pouquinho!

— Aqui, Nico. — Quiron o entrega um envelope vermelho quando já estão todos devidamente sentados ao redor na mesa de pingue-pongue.

Di Angelo lê. Will ao seu lado, inclina-se exageradamente par ver o conteúdo da carta.

“Olá, Nico, como vai o meu mais precioso trabalho?

Estou deixando um presente para você, espero que cuide bem dele.”

E só!

Não tinha nenhum remetente, sem assinatura que pudesse indicar que tinha mandado a carta.

— O que diz? — Leo pergunta. — A gente não conseguiu ler, só víamos o seu nome.

— Só para deixar claro: Essa criança não é minha! — Fala vendo os olhares reprovadores e curiosos dos amigos quanto a situação. — Nem sei quem mandou isso.

— Não o chama assim, Di Angelo. — Will o repreende, mas para a sorte e completa confusão do seu marido, o loiro não parece estar irritado e sim muito feliz. — Ele é uma criança. — Pega o bebê de Annabeth.

Nico logo nota a cabeleira ruiva do pequeno e os olhos castanhos que mais parecem vermelhos, ele já tinha visto esses olhos em algum lugar...mas onde...hummm...

— Temos que decidir o que vai acontecer com ele. — Quiron quebra o silencio momentâneo — É nítido que é um semideus, mas é apenas um bebê para ficar no acampamento.

— Não é obvio? — Will ajeita o bebê nos braços, o pequeno dorme tranquilo alheio a tudo o que estava acontecendo, Nico só pode sentir inveja dele. — Algum deus irresponsável deu essa coisinha linda para o Nico, e como todos aqui sabem que não podemos rejeita um presente dos deuses... — Sorriu do maior jeito Solace — Ficamos com ele.

— Ótimo! — Piper, e todos riem felizes.

Nico pisca alguma vezes, repassa a fala de seu tão amado marido em sua mente, olha para todos ao seu redor, para a carta em suas mãos e...

— Que?

— Você ouviu bem, Di Angelo. Vamos ficar com este bebezinho lindo e pronto. — Will está com aquela expressão: discuta comigo e você morre! — Você não acha incrível a ideia de ser pai?

— Não, não mesmo. — Em sua cabeça estavam passando dezenas de imagens e todos de um único objeto: Fralda suja (errrrrr....) um arrepio subiu por sua espinha.

— Não adianta discutir, ou você quer ser amaldiçoado pelo pai ou mãe dessa criança por não ter aceitado o presente. — Na verdade o olhar de Will indicava que essa “maldição” viria de outro ser mais mortal, loiro e médico.

— Acho isso uma ótima ideia. — Quiron interrompe o casal, provavelmente com medo de rolar alguma briga entre os dois — Posso organizar toda a documentação necessária para que oficialmente vocês dois se tornem os pais da criança.

— Eu não posso nem dar minha opinião? — Nico pergunta.

— NÃO! — Todos respondem fazendo suas bochechas corarem.

— Ok, — O diretor — Só preciso de uma nome para a criança e como você vão decidir o sobrenome já que vocês decidiram não mudar nenhum.

Will e Nico soltam um risinho discreto, provavelmente assim como o moreno, o loiro lembrou dos meses que antecederam o casamente, quando os dois discutiam a cada segundo quem ia mudar o nome e como ele ia ficar.

— Nathan. — Solace responde — O nome dele será Nathan.

— Que convencional. — Fala Annabeth ainda paparicando o bebê — Quando eu e Percy ainda não sabíamos se teríamos uma menina ou menino, procuramos alguns nomes e seus significados, e “Nathan” significa “presente de Deus.” Podemos dizer que no caso é deus.

Nico ainda não tinha engolido essa ideia que do nada virou pai, mas Will dava todas as claras indicações de que não irá aceitar uma recusa, na verdade, o loiro era o mais feliz ali, isso fez Di Angelo pensar que talvez seu marido já estivesse planejando crescer mais a família. Então realmente não quis discutir, e tentar ao menos parecer feliz com a notícia, o que revelou nãos ser tão difícil, principalmente ao ver o tamanho do sorriso que estava no rosto lindo de seu marido.

— Nico...Nico...Di Angelo! — Escuta Solace o chamando, revira para o outro lado da cama fingindo de ele chamava outro Nico. — Levanta.

— Will, — Resmunga — Ainda esta de madrugada.

Faziam dois dias que tinham voltado do acampamento, os dois estavam na cama.

— Vai ver o Nathan. — Will o chacoalha — Ele está chorando.

— Vai você!

— Di Angelo, eu fui da última vez, e lembre-se o que combinamos!

— Errrrrr. — Levanta rápido da cama, decidido acabar com isso logo.

Seguiu para o quarto ao lado. O lugar estava quase pronto, com a ajuda de seus amigos que tinham dezenas de coisas de bebês, Nico e Will não precisaram sair comprando nada às pressas e ainda receberam ajuda para deixar o quarto com a cara de um bebê. Com exceção de algumas caveirinhas de verdade pendurado acima do berço, presente de Hades, ele disse que serviria para espantar possíveis monstros.

Nico entrou no quarto, foi até o berço e olhou o bebezinho chorando, seus cabelos vermelhos arrepiados e as mãozinhas e pés roliços para cima debatendo-se.

— Por que você grita tanto, hem, baixinho? — Pega o menino nos braços, ele para imediatamente de chorar. Nico vai com ele até a cadeira de balanço próxima ao berço e se senta. — Já está todo mimado.

Nathan solta um barulhinho com a boca e abre mais os olhos. Duas orbes castanhas que mais parecem vermelhas.

Ele realmente já tinha visto aqueles olhos.

Não precisou de muito tempo para juntar os pontos e apenas riu amaldiçoando e ao mesmo tempo agradecendo aquele deus insuportável.

— Ótimo! Eu tenho um filho romano.