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História O primeiro amor - Four


Escrita por: pacifykookie

Notas do Autor


Boa leitura 🌸💙

Capítulo 4 - Four


Park Jimin On

-Eu sei porque você gosta de vir aqui.

-Você se importa em explicar a sua mãe.- Meu pai diz enquanto pintava um quadro.

Eu adorava ver o meu pai pintar ou melhor, eu adorava ouvi-lo falar enquanto pintava.

Eu aprendi muito sobre sobre ele assim. Ele me falou tantas coisas. Como o seu primeiro trabalho tinha sido entregar feno...
E como ele desejava ter acabado a faculdade.

E um dia ele me surpreendeu.

-O que está há entre você e Jeon Jungkook?-Ele pergunta.

-Como assim? Nada.

-Tudo bem, parece que me enganei.

-Porque você pensou isso?

-Por nada. Apenas que você...fala nele o tempo inteiro.-Meu pai fala calmo.

-Eu falo?- Pergunto como se não soubesse a resposta dele.

-Sim, fala.-Ele balança a cabeça.

-Eu não sei.-abaixo minha cabeça.-Acho que são os olhos dele ou talvez o sorriso.

-E ele em relação a você?

-O quê?

-Precisa olhar toda a paisagem.

-o que isso significa?

-Uma pintura é mais do que a soma das suas partes.-Ele por um momento para de pintar e me olha.-Uma vaca sozinha por si só significa uma vaca, um prado sozinho é apenas grama, flores, e o sol a espreitar pelas árvores é apenas um raio de luz. Mas se você junta tudo isso...ai sim pode ser mágico.-Ele volta a pintar.


Eu não entendi bem o que ele estava dizendo até uma tarde...quando eu estava em cima do sicômoro.

Estava pegando uma pipa. Que estava muito no alto, mais alto do que eu já tinha estado.
E quanto mais eu subia, mais incrível ficava a vista. Eu comecei a notar como a brisa cheirava bem e como, comecei a notar a luz do sol e da grama.
Eu não parava de respirar...enchendo meus pulmões com o cheiro mais doce que já senti.

-Você achou minha pipa.-Vejo Jungkook chegar alegre perto da árvore.

-Jungkook, você deveria subir aqui!, a vista é tão linda.

-Não posso. Torci o...-Ele procura palavras em sua mente para me dar outra desculpa como sempre.-Eu estou com a pele irritada.

A partir daquele momento, aquele se tornou o meu lugar.

Eu sentava ali por horas, só olhando para o mundo.
Às vezes o pôr-do-sol era roxo e cor de rosa. E em outros dias era uma chama laranja...incendiando as nuvens no horizonte.

Foi durante um pôr-do-sol desses que a idéia do meu pai...sobre o "todo" ser maior que a soma das partes...passou da mente para o meu coração.

As vezes eu chegava ainda mais cedo para ver o nascer do sol.

Uma manhã, eu estava observando como as faixas de luz rosa e laranja atravessavam para depois contar ao meu pai...quando eu ouvi um barulho lá em baixo.

-Com licença.-Olho para baixo.-Desculpe, mas não pode estacionar aí. Isso é um ponto de ônibus.


-O que está fazendo aí em cima?-o homem me olhava.- Vamos derrubar essa coisa.

-A árvore?

-Sim. Agora desça.

-Mas quem disse que podiam cortá-la?

-O dono.

-Por quê?

-Porque ele vai construir uma casa e a árvore está no caminho.- o homem pagava suas ferramentas no carro.- Vamos, menino, temos trabalho a fazer.

-Não podem cortá-la. Não podem!-falo um pouco mais alto que antes.

-Ouça, menino, Estou prestes a chamar a polícia.-Ele fala com uma serra elétrica na mão.-Você está invadindo propriedade privada e a atrapalhando um trabalho contratado. Ou desce, ou derrubamos com você ai.

-Façam isso. Derrubem-me. Porque eu não vou descer. Nunca irei descer.-Falo com algumas lágrimas em meus olhos.-Jungkook. Pessoal, subam aqui comigo. Eles não vão derrubar com a gente aqui.-Falo chorando.-Jungkook por favor não deixem fazerem isso. Por favor pessoal. Jungkook, por favor. Não precisa subir até aqui. Basta subir um pouco.-Vejo ele subir no ônibus como todos os outros.- Jungkook por favor. Por favor.-Falo ainda chorando.

O que aconteceu depois disso eu não me lembro bem.

Parecia que a cidade toda estava lá.
mas mesmo assim, eu não ia descer. Mas ai meu pai apareceu. Ele falou com o bombeiro e o convenceu de deixá-lo subir até onde eu estava.

-Querido, está na hora de descer.-Ele me estendia a mão.

-Papai, não deixa eles fazerem isso.-Falo chorando.

-Querido...

-Papai,Olhe. Podemos ver tudo. Podemos ver o mundo inteiro daqui.

-Nenhuma vista justifica arriscar a Segurança do meu filho. Vamos.


-Não posso.

-Jimin, está na hora de descer.

-Por favor, papai.

-Está na hora.-ele pega na minha mão e com muito esforço desço de lá.

E foi assim.

Eu devo ter chorado umas duas semanas seguidas.
Claro, eu foi a escola e fiz o melhor que pude...Mas nada mais parecia ter importância.

-Jimin?

-Ah?

-Sabe a resposta?-a professora me perguntava com esperança de eu responder.

-Ahh...A guerra do Peloponeso?

-Com certeza essa é a resposta de alguma coisa mas eu queria saber a área do Lozango.

De alguma forma, Lozango e triângulos isósceles...Não eram tão importantes.

Andava de bicicleta para não passar pela base..que antes era o sicômoro mais magnífico da terra. Não importava o que eu fizesse, não conseguia parar de pensar nisso.

(...)

-Você está bem?.-Vejo meu pai entrar no quarto.

-Era só uma árvore.

-Não, Não era só uma árvore.-Ele me mostra a pintura que fez daquele lindo sicômoro.- Nunca quero que se esqueça o que sentida lá em cima.

-Obrigado, pai.- O abraço.

Era a primeira coisa que via todas as manhãs...e a última coisa que via antes de domir.
E quando eu pode olhar para ele sem chorar...Eu vi mais do que a árvore e o que significou está em cima dela. Eu vi o dia em que meu olhar sobre as coisas começou a mudar. E começei a pensar, será que ainda sentia o mesmo por Jungkook? 

Notas Finais


Voltei!!!

Até o próximo capítulo

ALL THE LOVE, H


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