1. Spirit Fanfics >
  2. O primeiro amor não pode perdurar para sempre! >
  3. O gosto agre do dia seguinte!

História O primeiro amor não pode perdurar para sempre! - O gosto agre do dia seguinte!


Escrita por: Geminny

Notas do Autor


 Nenhum dos personagens de CDZ me pertence, portanto, créditos ao autor.

 Não sou a primeira (provavelmente também não a ultima) a usar Chevalier como referencia como sobrenomes para os cavaleiros nascidos sob a constelação de aquário.

 Imagem retirada do Google.


 Historia com teor homossexual.

Bem, aqui estamos nós com o primeiro capitulo dessa novela. Não sei sou boa com longfics, afinal essa é minha primeira. Então perdoem qualquer erro e qualquer controvérsia em relação à personalidade dos personagens.

Até as notas finais!

Capítulo 1 - O gosto agre do dia seguinte!


Fanfic / Fanfiction O primeiro amor não pode perdurar para sempre! - O gosto agre do dia seguinte!

 

O gosto agre do dia seguinte!

“Hum...”

Reclamou sentindo os raios de sol entrarem sorrateiros pela fresta da cortina e baterem contra seu rosto adormecido.

“Já é de manhã?” – murmurou pensativo. Sentando-se lentamente no colchão macio. – “Onde estou? Que lugar é esse? Não consigo me lembrar!”.

Dégel Chevalier franziu as sobrancelhas em claro sinal de confusão, observando tudo ao redor, tentando assimilar qualquer coisa que pudesse lhe dizer onde se encontrava. Não era a sua casa, nem de nenhum dos seus amigos. E a julgar pela estética do lugar – tudo muito clinico e arrumado. – poderia, facilmente, dizer que se tratava de um quarto de um hotel de negócios. Mas não se lembrava de como havia chegado a um lugar como aquele.

Na verdade, não tinha recordações de nada!

Elevou uma mão até a cabeça dolorida, massageando a têmpora como se assim pudesse fazer sua cabeça trabalhar de forma eficiente e achar a conclusão para aquele enigma matutino. No entanto, a única coisa de que se recordava era de ter estado no Theros Summer Beach Bar para comemorar o quinto premio consecutivo ganho pelo jornal onde trabalhava.

“Estava chovendo ontem à noite...?”.

Seu pensamento expôs o duvidoso rastro de lembrança, tentando achar através da sua confusa memória as ações da noite anterior. Entretanto, a única coisa de que conseguiu se recordar – além da chuva. – era das cortantes, porém gentis, palavras sinceras e da infelicidade miserável que estava sentindo, motivo que o levou a beber sem parar.

“Bom, ao menos agora sei que ele não tem sentimentos românticos por mim”. 

Regougou pensativo liberando um sorriso fraco de desgosto, junto de um pueril suspiro. – “Não deveria doer tanto”.

Seus dentes arranharam rígidos dentro da boca, assim como lagrimas se formaram nos cantos de seus olhos.

“Não! Não é o momento para isso”. – recriminou-se, limpando os cantos dos olhos com as pontas dos dedos. – “Não posso ficar chorando por uma desilusão amorosa”. “Preciso superar essa amnesia alcoólica, e rápido, ou não serei capaz de pensar em nada”.

Dégel sacudiu a cabeça fortemente, acertou suas mãos abertas no próprio rosto, recuperando um pouco os sentidos. Pestanejou repetidas vezes as pálpebras adormecidas. Jamais tinha estado tão bêbado em sua vida, mas já era hora de acordar.

Não era dado a arroubos, festa ou qualquer coisa que o desfocasse.  Que o colocar-se como lixo no dia seguinte. Não! Nunca foi disso. Também nunca imaginou que um dia despertaria de manhã em um local totalmente desconhecido e que não fosse capaz de se lembrar de absolutamente nada.

Nesse momento sua mente processou estranhamente rápido..., e ele, ligeira e curiosamente, levantou o cobertor, descobrindo que inclusivamente estava sem roupa por baixo dos lençóis de algodão. Começou a sentir-se nervoso, e rapidamente voltou a cobrir suas partes intimas.  Embora não se lembrasse de ter tirado a roupa, por alguma razão estava completamente nu. Mas dificilmente adormecia despido para começar. Talvez, por estar bêbado tenha se despido, devido ao calor, lançando as suas roupas por todo lugar e de qualquer jeito...? Embora aquela conclusão lhe parecesse muito pouco convincente, rezou internamente para que fosse verdadeira.

Então porque não via peça alguma de roupa espalhada?

Pensando assim, levantou rapidamente e andou pelo quarto, mas não era capaz de encontrar sequer uma meia. Olhou debaixo da cama e encontrou o seu boxe. Como ele tinham ido parar debaixo da cama? Esticou um dos braços e pegou-a rapidamente, vestindo-a tão logo, suspirando aliviado.

Havia uma grande diferença em não vestir nada ou vestir pelo menos alguma coisa.

Conseguiu acalmar momentaneamente sua mente. No entanto, as coisas ainda tinham tendência a piorar. Porque, enquanto procurava algo para vestir, notou o som do chuveiro e isso tornava o problema maior, pois se o chuveiro estava funcionando, significava que alguém o estava utilizando.

“Que ótimo! Como se não bastasse eu não saber onde estou, ainda vou ter problemas”. – falou pesaroso.

Era exatamente por isso que detestava bebidas alcoólicas e destilados. Bebidas sempre faziam as pessoas agirem como perfeitos idiotas.

Droga! Justo ele que era completamente contra de ter relações com estranhos!

Se bem que parando para pensar, no estado em que se encontrava na noite anterior, a ponto de não se lembrar de nada no dia seguinte, tinha que admitir que não seria difícil não agir de forma tão irresponsavelmente descuidada.

Sentou novamente na cama.

Suspirou profundamente e preparou-se para enfrentar qualquer mulher que fosse sair do banho: mesmo não sabendo ao certo se era uma mulher. Fosse como fosse, ele tinha que ser responsável como homem e aceitar as consequências dos seus atos.

Deixou que sua mente trabalhasse em um dialogo que não expressasse frieza ou repudia, muito menos descaso.

— Ora, então você já acordou? Está com ressaca?

Dégel pulou como um gato assustado com a voz rouca e firme soando dentro do quarto. Nem havia percebido quando o chuveiro havia parado, ou mesmo, quando a pessoa saiu do banho enrolada apenas em uma toalha e com a vasta cabeleira gotejando.

“Um homem?”

Aquilo não deveria soar estranho. E de fato não soaria se não fosse aquele homem.

Quer dizer... Mais confusão para o seu cérebro.

Dégel tentou forçar sua mente em branco a exprimir alguma lembrança, porém não obteve êxito e isso o deixou frustrado. Não tinha como ele e aquele homem terem passado uma noite juntos.

Eles eram completos opostos!

O homem era um completo promiscuo! E apesar de ser nada mais nada menos que o editor chefe do jornal onde trabalhava, ele era ladino, irresponsável e sempre estava no meio de alguma fofoca dentro da edição. Não que sua atual condição o desse razão para jugar, mas... ora, era simplesmente inadmissível. Sua mente se recusava a acreditar no que sua realidade mostrava. Quer dizer..., porque de todos os lugares e pessoas do mundo, ele estava ali, naquele quarto de hotel, completamente nu e á frente de alguém com quem dificilmente falava fora do trabalho?

— O qu-que... O que você está fazendo aqui? – o aquariano perguntou receoso, curiosamente contendo a enorme vontade de sair correndo.

— Como assim o quê estou fazendo aqui? – as sobrancelhas harmonicamente volumosas se ergueram no alto da testa morena. Assim como os olhos intensamente azuis se mantiveram frios perante o olhar aturdido de Dégel.

O aquariano se irritou.

— Ora, estou perguntando exatamente o que entendeu, Kardia. O que você está fazendo aqui?

Kardia sibilou um sorriso jocoso.

— Como assim, o que estou fazendo aqui? O que você acha que estivemos fazendo aqui?

Dégel olhou por todo o quarto. Seu coração batia rápido.

— Eu espero que nada demais! – falou lamentosos.

— Está tentando dizer que não se lembra de nada do que aconteceu ontem à noite? – Dégel engoliu seco. – Ho... Olhe bem ao redor Dégel. O que você acha que aconteceu ontem à noite e onde entro na historia?

O aquariano sentiu suas bochechas queimarem, tanto de vergonha quanto de raiva. A maneira arrogante com que Kardia se dirigia a ele, com aqueles deliciosos lábios volumosos movendo-se jocosamente, despertou sua ira. Mas o que ele poderia fazer?

Se isto fosse um relato de um livro, ou mesmo uma cena dessas que se passa nas televisões, seria rapidamente classificado como uma trama em que duas pessoas se embebedam e acabam por transarem. No entanto, isso normalmente inclui um homem e uma mulher, e neste caso são dois homens. Mas quando Dégel pensava em rejeitar essa ideia totalmente irracional, seus poderes de persuasão foram dizimados, apenas pelo fato de que não podia lembrar-se de nada. Tão logo não podia negar nada!

Merde!

Na mente de Dégel ele sempre achou que não era gay, ainda que a pessoa por quem tivesse mantido um amor unilateral todos esses anos fosse um homem.

Sempre achou que a barreira por detrás da homossexualidade para ele, era substancialmente mais baixa do que de uma pessoa completamente heterossexual. Mas agora a sua maior prioridade era recordar o que tinha feito no dia anterior…

“Em todo ele!”.

Dégel colocou as duas mãos nas têmporas, recorrendo às suas confusas memórias, recuando no tempo, até o momento em que chegou ao Theros Summer Beach Bar para comemorar com os companheiros de trabalho pelo premio conquistado...

Dégel foi mais por obrigação e amizade do que por vontade. Primeiro por que não curtia aquele tipo de programa. Segundo estava terrivelmente chateado e com uma dor incomoda no peito!

Naquela mesma tarde o francês havia aproveitado o clima de festa e havia confessado ao seu melhor amigo seus sentimentos por ele. No entanto, Defteros foi gentil ao dispensar-lhe.

O amor do grego mais velho já estava prometido para Asmita, um colega de quarto do geminiano desde a faculdade. Asmita era uma pessoa gentil e muito segura de si, embora sua condição visual não o favorecesse.

Dégel até já tinha notado um interesse do mais velho pelo mais moço. Mas Defteros nunca havia deixado claros seus sentimentos, e por isso Dégel aproveitou-se do momento assim como vinha fazendo durante todo aquele tempo. Defteros simplesmente dependia de um amigo próximo e ele ocupou esse papel até aquele momento.

Preservou a amizade do loiro enquanto pode, porque sempre teve um pouco de esperança. Defteros não tinha que ser seu amante, apenas bastava que ele o considerasse como a pessoa mais importante da sua vida. E isso era mais do que suficiente!

“Tudo o que queria era estar próximo a ele!”.

E foi a pedido de Defteros que se destacou até o tal bar naquela noite chuvosa. Somente para constar o que lhe foi afirmado aquela tarde: Defteros e Asmita formavam um lindo casal.

Presenciou a felicidade dos amigos enquanto conseguiu, depois os deixou e foi curtir sua dor de cotovelo no balcão do bar, bem longe dos amigos e dos colegas de trabalho.

Podia ouvir a chuva cair ruidosamente contra o solo no lado de fora do bar, assim como o som ressoar de acordo com a sua própria irritação e magoa. Agora sabia que o outro não tinha sentimentos românticos por ele e que doía muito vê a pessoa que você sempre amou nos braços de outra pessoa.

Pensando assim, a ideia de esvaziar copos e mais copos de ouso no meio da sua falta de esperança não lhe pareceu tão má! Mesmo que agora pudesse sentir um agitado mal-estar na boca e no estômago.

“Não existe maneira de não sentir os efeitos, depois de beber tanto”.

“O que está fazendo aqui, sozinho?”

Lembrou-se dessa pergunta em particular, feita por Kardia. O grego havia se afastado do festeiro grupo e vindo até ele.

“Jogando pôquer”

Respondeu rebelde, com um sorriso de bêbado. O escorpiano desconsiderou a resposta mal criada.

“Não acha que está bebendo demais?”

“Quem é você? Meu pai?” – perguntou em tom arrogante. – “Ei, pode me dar outro desses”. – pediu ao barman. Seus olhos recaíram sobre Kardia que ainda estava ao seu lado. - “Você quer um?” “Sente-se aqui!” “Ei, barman, traga dois, por favor.”.

Dégel não deixou que Kardia falasse. Apenas pediu a bebida e ofereceu um banco a ele ao seu lado.

Kardia sentou-se receoso. Ele e Dégel nunca beberam juntos, e raramente se encontravam fora do trabalho: nada além de uma trombada na saída ou mesmo um bom dia na chegada, além... nada mais. Defteros era o melhor amigo do ruivo e naquele momento o grego estava ocupado, talvez por isso ele estivesse se sentisse sozinho e necessitando de companhia. Sem saber no que Dégel estava pensando e preocupado por deixá-lo naquele estado e só, Kardia sentou-se e disfrutou da “penosa festa solitária” de Dégel.

O aquariano lembrou-se de que tinham conversado sobre as boas vendas que tinham tido! Sobre um jornalista que estava deprimido e outras pequenas coisas que discordava e que normalmente ocultava, mas as expôs livremente depois de alguns copos de ouzo. Mas depois disso, não conseguia lembrar-se de mais nada.

— Você não se lembra de nada mesmo? – o escorpiano perguntou um pouco frustrado.

Dégel balançou a cabeça, negando. Embora alguns flashes já lhe desse algumas pistas de como tudo provavelmente aconteceu.

— Entendo! Não é de se estranhar já que estava tão bêbado. – o aquariano levantou a cabeça, surpreso com o comentário.

Encontrou Kardia já vestido. Enquanto ele estava absorto em pensamentos o homem se vestira de forma impecável em um paletó de corte perfeito, que ressaltava sua vasta musculatura. Diferente dele que estava despenteado, com a barba por fazer á três dias e ainda quase que completamente nu. Kardia estava muito bem. Atraente! Com a barba feita, as unhas cortadas e os cabelos penteados e presos em um frouxo rabo de cavalo baixo.

O grego parou em frente do espelho para ajeitar a gravata. — Escute, eu sei que os homens de negócios ocasionalmente têm dias nos quais apenas querem se embebedar até não poder mais, mas trazer os outros para isso é um incomodo e um pouco frustrante também. Então, por favor, tenha mais cuidado no futuro.

Kardia esporrou duro

— Já sei disso, mesmo que não me dissesse tenho esse conceito. Muito obrigado pelo conselho! Pode ter certeza de que isso não irá se repetir. – Dégel rebateu birrento.

— Não seja infantil. Obedeça ao conselho dos mais velhos, sem replicar.  Alguns dele podem estar querendo o seu bem. Estou indo para minha casa agora. Se você quiser pode descansar mais um pouco.  Eu paguei o quarto e a única coisa que você precisa fazer é entregar as chaves quando sair.

O francês mordeu o lábio inferior com força, Kardia tinha razão: Ele havia sido muito irresponsável.

“Espere, não vamos descer juntos” – Dégel se viu perguntando. – “Se bem que isso seria estranho, para não dizer algo pior”.

Apesar desse pensamento curtamente contraditório, Dégel não sabia se sentia alivio por Kardia ir primeiro ou revoltado por ele ter pago a conta e querer deixá-lo ali sozinho como se fosse um qualquer. No entanto, a ideia de se dirigirem juntos á recepção o deixava agoniado, assim como o pensamento de que estava sendo tratado igual a uma prostituta o deixava com ganas.

Alheio aos pensamentos confusos de Dégel, Kardia pegou seus pertences (relógio de pulso, carteira e celular) e as chaves do carro e foi saindo do quarto.

— Esp..., ei.

Dégel chamou, mas Kardia desapareceu pela porta, deixando-o com aquele sentimento horrível no peito. Por sua total irresponsabilidade havia sido tratado pior que as putas daquele lugar e Dégel não pode nem pensar em segui-lo já que continuava despido.

“Isto é absolutamente horrível”

Dégel suspirou suavemente, ainda sentado na cama.

***


Notas Finais


Tá vendo Dégel... Isso é o que dá encher a cara. Acabou se metendo numa fria! Até ai tudo bem, eles podem levar a vida normalmente, né?
Beijinhos lindos até a próxima.

Obs: pretendo postar todo domingo, claro, isso eu não tiver nenhum imprevisto.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...