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História O primeiro beijo - Capítulo único - Friends


Escrita por: RikuAbsolem

Notas do Autor


Estou tão feliz. Bem, essa história é um pequeno romance Solangelo, acontecendo em um universo diferente do de Percy Jackson, contando a história do doce e bom Will e do seu melhor amigo, Nico.

Observações: Não tem insinuação de sexo, mas possui um beijo, simples e comum, entre os personagens principais, se algo assim não lhe agrada peço com gentileza que você se retire. Obrigado.

Capítulo 1 - Capítulo único - Friends


Melhores amigos.

Era uma linda manhã de primavera, haviam crianças brincando por todas, ou quase todas, as ruas da enorme cidade de Nova York.

As flores finalmente estavam brotando, enfeitavam os diversos jardins, os quintais e os parques, animais corriam livremente pela rua, sem se importar com o clima frio que começava a esquentar. Estava sendo um perfeito dia, menos para dois amigos, conversando no quarto de um deles.

— Will... Qual o problema? Algo aconteceu? Você não parece bem. — Nico perguntou preocupado, sentando-se no colo do melhor amigo dele, de frente ao outro com cada perna de um lado da cintura de Will. Esse ato que ele fizera era tão comum entre eles, uma coisa simples, sem outras intenções.

— Eu não estou bem. — O loiro passou os braços ao redor da cintura do mais novo, o abraçando meio desamparado, Solace apoiou a cabeça no ombro alheio, soltando um longo e triste suspiro. — Os alunos da minha sala estão implicando comigo.

— Por quê? — O moreno passou a mão pelos cabelos loiros do outro garoto e ficou o acariciando. Ele sentia o fraco cheiro do perfume alheio emancipando-se pelo ar, o cheiro era muito bom, e isso só piorava a situação.

Nico sentia uma sensação quente em seu abdômen, era boa, mas, ao mesmo tempo, estranha, ele era novo demais para entender o que sentia.

Novo demais para conseguir se compreender.

— Porque eu nunca beijei ninguém. — Will falou, afastando o rosto do se seu amigo, ele ficou olhando para o rosto de Nico, esse garoto, no que lhe concerne, havia ficado parcialmente corado, não podia ser considerado errado ruborizar ao ouvir isso.

— Er... O que tem de errado nisso? — Di Ângelo perguntou franzindo o cenho. Sim, ele já havia beijado uma vez, seu primo Jason, mas não via problema em não beijar ninguém, a escolha era da pessoa, cada uma tem seu tempo.

— Eles ficam me zoando, dizendo que ninguém me quer, só porque tenho cabelo muito claro. Porque sou um raio de sol ambulante. — Murmurou desviando o olhar para um quadro de palhaço preso na parede. Sem responder a pergunta alheia. Ah, como o rapaz odiava esse apelido que colocaram sobre si, por mais que Nico houvesse ameaçado alguns coleguinhas do loiro — sendo que nem na mesma classe estudam — não conseguia evitar nada, muito menos sabiam quem havia começado com aquilo.

— Não se importa com isso. Will, você sempre diz que não devemos nos importar com as baboseiras dos outros. — Nico colou às mãos no rosto de Solace, para que ele o olhasse.

— Acho que vou beijar a primeira pessoa que eu ver por aí. Isso resolveria tudo. — Disse com emburro, ignorando novamente o que lhe diziam. Ele era forte, mas não ao ponto de aguentar tanta chacota e faria de tudo para convencer seu amigo a ajudá-lo com aquele problema.

Di Ângelo franziu o cenho.

— Não faça isso! Não saia beijando a primeira garota que vir, não beije nenhuma pessoa. — Voriferou descrente com a fala alheia, talvez tenha gritado demais, sem um controle da língua.

— Eu não faria isso. Estava só brincando. — Solace falou soltando uma risada. — Não sou como você.

 — Nossa... Monstro. — Nico deu um fraco tapa na cabeça alheia, se levantando com um pouco de raiva. Olhou para o amigo fazendo uma careta. — Nunca mais te direi nada, você usa contra mim e ainda inventa. Chato.

— Ninguém mandou você beijar aquela moça. — O loiro retrucou sorrindo. Nico bufou e mostrou a língua, logo começou a andar em direção a saída do quarto. — Espera, Ni, não vai.

— Eu preciso ir-

Antes que o garoto pudesse continuar ele sentiu mãos segurarem os seus pulsos, levantando e deitando-o na cama, com as costas nela. Will ficou com o corpo sobre o dele, o olhando.

— Desculpa por tocar naquele assunto. — O loiro se desculpou ainda olhando nos olhos do amigo, sem conseguir desviar.

— Que foi? Você está me olhando estranho? — Nico perguntou tentando não gaguejar. Ele estava nervoso, porquê?

— Ei, posso te beijar? — Will perguntou ignorando a pergunta alheia, ainda olhando nos olhos do amigo moreno.

Ele deveria ter segurado a própria língua, porém, ele não conseguiu. Desde o começo ele estava com vontade de perdi isso, no entanto, agora que fizera estava envergonhada.

Que pergunta impossível.

— Por que quer me beijar? — Nico perguntou franzindo o cenho, tentando não demostrar nenhuma emoção, porém, estava difícil. Seu coração havia acelerado, batia forte e descompassado em seu peito, talvez ele fosse morre.

— Porque você sabe beijar, eu não. Você poderia me ensinar. — O loiro respondeu inocentemente, mesmo esse não sendo o verdadeiro motivo. Di Ângelo deixou que um suspiro triste escavasse por seus lábios, olhou nos olhos do amigo.

— Não sou um professor, Will. Eu só beijei uma vez, e nem foi bem um beijo. — O moreno murmurou sentindo sua voz sair um pouco seca, ele desviou o olhar para o teto.

— Melhor ainda... Seu primeiro beijo de verdade pode ser comigo. E o meu contigo. — Solace sorriu sem notar a ignorância alheia, ruborizando pela própria fala.

Ambos se enchiam de dúvidas. As perguntas se formatando nas pequenas cabecinhas e os questionamentos cada vez mais profundos sob a pele deles. Por que Will insistia tanto na conversa? Ele só queria beijar alguém, certo? Mas, por que o melhor amigo? Ele não entende que é errado? Eles realmente queriam aquilo?

Contudo, por que era errado? A sociedade impôs isso? Seus pais? Ou suas próprias mentes? Eles eram amigos, dois garotos, que estavam ansiosos e receosos quanto a tudo, quanto ao que poderia acontecer depois, mas ainda assim não ligavam, o futuro era distante. Nunca imaginariam que estariam em tal situação, tão constrangedora, porém, não iriam querer que fosse de outra forma.

— Wi-Will... Isso não seria cer-certo... — Voltou a encarar o amigo, um sorriso triste em seus lábios. Estava com um pé atrás, a cada dois passos para frente dava cinco para trás. — Eu não posso fazer isso... Você... Não posso permitir que seu primeiro beijo seja comigo.

— Por que não? — O loiro perguntou olhando os olhos do amigo fixamente, logo fitando os lábios do amigo atentamente. — Quero te beijar, Ni. Por que você não quer?

— Eu... — Nico, com o rosto extremamente ruborizado, sentiu a garganta ficar seca quando buscava uma resposta, consequentemente umedeceu os lábios com a ponta da língua, sem se dar conta que o outro observava cada movimento, hipnotizado. — Ambos somos garotos, Will.

— Idai? Meu pai disse que toda forma de amor é bonita, não importa o gênero... — Solace falou, acrescentando rapidamente ao ver a expressão assustada do amigo. — Amizade é uma forma de amor, não?

— Si-sim, mas-

Will interrompeu o outro garoto, dizendo meio triste.

— Já entendi, você não quer. — Ele já iria se retirar da posição que estava, quando sentiu os braços do outro garoto circularem seu pescoço. O loiro olhou para o amigo, esse, no que lhe concerne, o encarava com uma expressão vazia. — O que você quer?

— Olha, se você se arrepender não me culpe. Você que pediu. — Nico olhou para os lábios do amigo que, entendendo melhor a situação, abaixou um pouco a cabeça, encostando os lábios.

A inexperiência no primeiro beijo era bem nítida nos dois garotos. As bochechas a cada segundo ficavam mais vermelhas, os corações que pareciam dançar de forma descompassada em ambos os peitos, isso os assustava, porém, eles estavam gostando. Talvez gostassem pelas sensações que eles estavam a sentir, mss havia um problema o ar.

Maldito ar.

Por que os humanos não vem com estoques extras de ar? Os dois garotos separam seus lábios e ficaram se encaram, sorrisos largos e tímidos surgiam nas faces deles. Estavam envergonhados, não pelo beijo, foi mais uma vergonha por ter gostado daquilo.

— Obrigado por fazer isso, mas... Acho que não direi sobre isso para ninguém, vou continuar como se isso nunca tivesse acontecido. — Will murmurou levantando-se e puxando Nico consigo, logo sentando na cama, o outro garoto novamente em seu colo.

— Por quê? Não gostou do beijo? — Di Ângelo perguntou meio tristonho, olhando nos olhos do loiro.

— Não gostou do beijo? — Will repetiu soltando uma risada, soltou um sorriso ao ver a expressão desentendida do amigo. — Como eu não gostaria, Ni? Você beija bem, muito. E é por isso que não posso contar com quem foi meu primeiro beijo, ou como foi.

— Como é? Não entendi.

— Se eu contar para qualquer outra pessoa ela vai querer te beijar também, e eu não quero isso. — Solace respondeu de forma séria, um tanto que enciumado com a situação deles. — Você é meu amigo, só poderá beijar outra pessoa quando estiver namorando, okay? Se eu aprovar essa pessoa ainda, não pode ser qualquer um. 

— Okay. Pode ser... — Nico olhou para o rosto do amigo, segurando-o com gentileza. Não é como se ele pretendesse namorar tão cedo mesmo. — Mas você também não poderá beijar ninguém, não sem o meu consentimento. 

— Se você prefere assim.

— Promete que não o fará? 

— Prometo, prometo. — Will sussurrou duas vezes, repleto de convicção, roubando um selinho do melhor amigo antes de lhe abraçar apertado.


Notas Finais


Até breve


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