1. Spirit Fanfics >
  2. O Principe das Trevas... Ou Não! >
  3. Capítulo 3

História O Principe das Trevas... Ou Não! - Capítulo 3


Escrita por: LuhLuhPandinha e Miranachan

Notas do Autor


Primeiramente, eu gostaria de pedir desculpas pela demora, porque nós começamos esse capítulo terça-feira, mas acabamos nos atrasamos com trabalhos do colégio e outras atividades, então só agora tivemos algum tempo livre para terminar de escrever. De agora em diante, nós faremos o possível para entregar os futuros capítulos mais rapidamente. Obrigada pela paciência e por todo o carinho que vocês tem nos dado, significa muito :D E agora, fiquem com o nosso terceiro capítulo, com uma participação muito especial, um dos nossos personagens favoritos ;)

Capítulo 3 - Capítulo 3


Fanfic / Fanfiction O Principe das Trevas... Ou Não! - Capítulo 3

Tendo passado uma semana na mansão Malfoy, Harry fez um progresso impressionante desde que virara amigo de Draco. Parecia mais calmo, mais comunicativo e passou a sorrir com mais frequência. Lucio estava abismado de como ele se desenvolveu, agora agindo como uma criança normal. Ele ainda não estava acostumado com ninguém além de Draco o tocando, e ainda se assustava com barulhos muito altos ou movimentos muito rápidos – ele parecia entendê-los como demonstração de raiva – mas apesar de tudo, seu humor melhorou significativamente.

Mas havia um pequeno problema. Enquanto Lorde Voldemort estava em coma mágico para recuperar seus poderes, os comensais da morte deviam se preparar para quando sua esperada chegada. Isso significava que os comensais se deveriam se reunir hoje, na mansão Malfoy, para ser mais exato. Como ainda não era seguro dizer que Harry seria aceito por Lorde Voldemort – embora Lucio planejasse fazer tudo ao seu alcance para convencê-lo – não seria adequado apresentar o garoto aos comensais da morte, pelo menos não ainda. Ele poderia ser visto como uma ameaça.

-Harry, hoje eu receberei visitas muito importantes, então hoje você e o Draco não poderão ficar brincando por aí, entendeu?

Draco e Harry trocaram olhares desapontados, mas sabiam que era melhor não desobedecer a Lucio, então apenas concordaram com a cabeça.

-Muito bem. E isso significa nada de correr pela casa, nem praticar poções ou magia. Na verdade seria melhor se vocês dois permanecessem em seus quartos para não causar transtornos. Os elfos domésticos estarão à disposição se vocês precisarem de alguma coisa.

-Mas pai...! – Draco tentou, o que se mostrou sendo um erro, já que ele recebeu um olhar autoritário de seu pai. – Tudo bem... – ele aceitou finalmente. Depois mandou um olhar para Harry, dando de ombros, como se dissesse: “Desculpe, eu tentei.”

Harry deu um sorriso compreensivo, acenando com a cabeça para mostrar que estava tudo bem.

Não poderia ser tão ruim. Era só um dia pra ficar no seu quarto, sem fazer barulho e fingindo que ele não existe. Fácil, não é?

Bem, na verdade não.

Harry estava muito ansioso por ficar longe de Draco, o primeiro amigo que ele já teve em sua vida. Em sua antiga casa, seus tios o forçavam a dormir em um armário pequeno e Harry sempre deitava com medo de no dia seguinte não conseguir abrir a porta. Desde então ele não suportava lugares fechados. Ele se sentia sozinho e desesperado para sair, como um animal engaiolado. Nada dentro do quarto parecia entretê-lo, ele apenas contava os minutos para aquele dia horroroso acabar.

Talvez... Talvez ele pudesse sair só um pouquinho...

Harry abriu a porta com bastante cuidado, deixando apenas uma pequena abertura para ver se havia alguém a vista. Não havia ninguém, nem sinal de Lucio, Narcisa ou dos elfos domésticos, o que era estranho. Tio Lucio não havia dito que eles estariam à disposição caso ele ou Draco precisassem de alguma coisa?

“Eles devem estar servindo os convidados do tio Lucio” pensou Harry. Se ele fosse cuidadoso o suficiente, ele poderia ir ao quarto de Draco para brincar sem ser percebido.

Mas aí que está. Harry Potter não é cuidadoso. Nem um pouco. Ele podia até tentar ser sorrateiro, mas isso não dava certo quando você grita toda vez que escuta qualquer barulho ao seu redor. Era culpa dele? Claro que não, mas força de vontade não é o suficiente quando se está numa mansão cheia de comensais da morte. Um pouco de sutileza também seria bom.

Sendo uma criança, a expectativa de ir até seu amigo foi maior do que sua discrição e logo seus passos sorrateiros e furtivo se transformou em uma corrida por entre as alas do castelo. Esqueceu-se completamente sobre o aviso de Lucio para não correr por aí; ele não sabia que era para o seu próprio bem.

De repente, seu corpo deu de cara com um obstáculo que definitivamente não eram as paredes. Harry não esbarrava nas paredes desde que tio Lucio o deu óculos de presente, mas nesse momento ele desejava que fosse tão simples como bater de cara na parede. Com medo de quem aquele estranho desconhecido poderia ser, ele se encolheu e fechou os olhos com força.

-Eu sinto muito, por favor não me machuque! - esses eram seus modos de defesa de quando tio Valter tentava o ferir. Claro que nunca funcionou antes, mas não havia mais nada que pudesse fazer para se defender, ele manteve sua posição.

Severo Snape arregalou os olhos e depois os fechou, esfregando-os, tentando assimilar a cena que estava em sua frente. Nem prestou atenção nas súplicas do garoto.

Como é que...?!

Aquele cabelo preto bagunçado, óculos arredondados... Como era possível?! Era como ver a imagem de seu antigo rival numa forma mais jovem. Se não fosse pela atitude assustada e trêmula, ele pensaria estar vendo James Potter.

-Era só o que me faltava... - Snape soltou um suspiro irritado - Um mini Potter! O que é que isso está fazendo aqui?

Chocado com a reação da pessoa em sua frente, Harry arregalou os olhos, encarando assustando. Seus olhos verdes já quase caindo em prantos.

Severo engasgou ao ver aquilo, por um momento ficando completamente sem ação. Aquela criança, seja lá quem era ou o que estava fazendo ali, era uma cópia quase perfeita de James Potter. Quase perfeito, porque aquele ser que tinha tudo de James Potter, tinha os olhos de Lily Evans. 

A aparência da pessoa que ele mais odiava junto com os olhos da pessoa que ele mais amava.

E pior. Os olhos da pessoa que ele mais amava tinham lágrimas - lágrimas que ele causou. Lembranças começaram a brotar em sua mente, causando imensa dor. Ele se lembrou da última vez que ele pôde ver aqueles olhos e de como eles pareciam aflitos - bem como agora. De repente ele sentiu necessidade de impedir aquelas lágrimas de caírem.

Severo ergueu sua mão, direcionando para o garoto, mas tendo más lembranças de pessoas maiores que ele tentando o alcançar, Harry não reagiu bem. Ele soltou um grito engasgado e saiu correndo, abrindo a primeira porta que viu em sua frente, a fim de se esconder.

O professor arregalou os olhos ao ver para onde ele tinha corrido. Aquela criança fazia ideia de onde estava indo? Fazia ideia do perigo que havia dentro daquela porta? Sem pensar duas vezes, Snape abriu a porta à procura dele.

-Potter! - chamou esse nome involuntariamente, antes de levar uma mão ao rosto, se amaldiçoando por tamanho descuido. Ele não podia simplesmente sair por aí chamando aquele nome como se estivesse procurando por seu rival.

Escutou então um gemido em um dos cantos da sala, ele viu então o garoto novamente encolhido, mas desta vez ele tinha as mãos na cabeça, como se estivesse sentindo dor. Era difícil de enxergar naquela sala escura, mas Severo tinha certeza do que se encontrava ali. Ele sabia, porque assim como todos os outros comensais da morte, ele aguardava pelo retorno do Lorde das Trevas - e era ali naquele quarto que ele repousava em coma mágico, para recuperar seus poderes.

Um movimento errado e os dois teriam graves problemas. Rápido, mas cuidadosamente, Severo andou em direção da criança e a tomou nos braços, sem se importar com a resistência que o pequeno colocou. Foi difícil ignorar os gritos - que foram abafados pelas mãos do professor - os chutes e as mordidas (que criança insolente!) mas ele conseguiu levá-lo para fora daquele quarto sem causar confusão. Fechou a porta com força atrás deles.

No entanto, ele ainda tinha um "mini Potter" que apareceu misteriosamente na mansão Malfoy. O que ele iria fazer com aquela criança escandalosa?

Snape suspirou, sentindo uma dor de cabeça se aproximando.

Naquele mesmo momento, Lucio Malfoy estava à procura de Harry. Após checar ambos os quartos, ele descobriu que Harry o desobedeceu e tinha saído do quarto. Agora ele o procurava para se certificar de que ele não havia se metido em confusão.

Onde será que ele está? Onde ele pode ter...? Espera, aquele era o Harry, mas... O que Severo estava fazendo com ele? Lucio franziu o cenho, não entendendo.

-Severo? - Lucio chamou, um tanto irritado - O que você pensa que está fazendo com essa criança? - ao ouvir a voz dele, Harry ergueu os braços em sua direção.

-Tio Lucio, me ajuda! - implorou Harry e Snape o entregou a Lucio de bom grado.

-Harry, eu não pedi pra você não ficar procurando problemas? - Lucio o repreendeu, decepcionado com a desobediência.

-Eu não saio pra procurar problemas, os problemas geralmente me encontram! - Harry lamentou. - Eu só queria sair do quarto, eu estava sufocado...

Lucio então lançou um olhar zangado para Severo.

-O que você fez para fazê-lo chorar?!

-Ele já estava chorando quando eu cheguei - Severo retribuiu o olhar - Além do mais, não sou eu quem tem que dar explicações. Por que você não me explica porque tem essa réplica de James Potter na sua casa?

Lucio suspirou, passando as mãos pelos cabelos de Harry para tranquiliza-lo. Ele sabia que Severo não levaria a sua ideia de bom grado, já que aquele garoto era praticamente um lembrete de que o grande amor dele havia se casado com seu maior inimigo.

-É uma longa história.

-Eu tenho tempo - retrucou Snape - Além do mais eu já estou aqui. Se você tem um plano, devia ao menos me consultar antes. Eu não sou um dos seus maiores aliados?

-Está bem, está bem! - cedeu Lucio - É bem simples, na verdade. Essa "réplica de James Potter", como você chama, será o nosso príncipe das trevas.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...