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História O Príncipe e o Plebeu - Cinco


Escrita por: BreeBlue

Capítulo 5 - Cinco


O que Chanyeol dissera a seu amigo não demorou muito para tornar-se realidade. Um grande palanque se encontrava no centro do povoado, um dos únicos lugares que já estava livre do lamaçal. O povo se aglomerava, sem saber ao certo o que aconteceria. Era realmente raro que alguém da família real fizesse comunicados daquela maneira, no meio do povo, geralmente tais anúncios aconteciam defronte ao palácio, com vários guardas ao redor, cuidando para que ninguém tentasse algo com o Rei, a Rainha ou o Príncipe. Algo de muito especial aconteceria naquele dia, e todos estavam ansiosos para saber o que seria.

            Chanyeol estava em seu trabalho quando fora interrompido por Sehun, que entrou no local de maneira rápida, levemente afobado.

— O que foi Sehun? — Perguntou o maior, um pouco assustado.

— O Rei já está a caminho, o pronunciamento acontecerá em pouco tempo. — Respondeu o mais novo, recuperando o fôlego.

— Ótimo!

            O moreno deixou seus afazeres de lado, e foi rapidamente até uma bacia de cimento ali dentro, lavando seu rosto e braços rapidamente. O lugar já estava vazio, provavelmente Chanyeol nem percebera que os outros trabalhadores já haviam deixado o local, quando se concentrava em seu trabalho, esquecia de tudo em sua volta.

— Vamos!

            Chanyeol segurou o pulso de Sehun para puxar o mesmo pelo caminho, mas sentiu o mais novo relutar sair dali. O maior voltou-se para seu amigo, confuso.

— Chanyeol... Por que eu ainda acho que isso é uma péssima ideia? — Sua voz soava amedrontada.

— E é... Certamente a maior loucura que farei em toda a minha vida.

— Então por que fazer isso? Por que arriscar-se tanto por algo que pode não dar certo? Algo que pode deixar marcas irreparáveis... Estou com medo Chanyeol.

            O maior envolveu o mais novo em seus braços, podia sentir o coração acelerado dele. Chanyeol sabia que de fato aquela era uma ideia um tanto ridícula e que seria quase impossível que ela fosse bem sucedida. Por um minuto, tudo que poderia dar errado passou em sua cabeça, fazendo com que o mesmo tremesse um momento.

— Sehun... — Enguliu seco, livrando-se da tensão. — Já lhe falei que eu desejo algo melhor para minha vida, para vida de minha mãe, para a sua vida... Para a vida de todo o nosso povo. Pode ser que tudo dê errado, e que eu pague pelos meus atos rebeldes, mas pode ser que dê certo, e todos nós finalmente seremos livres. As possibilidades são extremas, mas eu me sentiria um covarde se desistisse agora. Eu devo fazer isso, pois sei que ninguém fará.

— Só me prometa de que a segunda opção está correta e que você voltará são, salvo e vitorioso quando tudo acabar. Você me promete isso.

            Ele não podia prometer tal coisa.

— Prometo. — Mentiu.

            A tensão de Sehun pareceu diminuir, então Chanyeol teve forças para puxa-lo para fora daquela pequena sala. Ambos correram o mais rápido possível para não perder a chegada da família real, nem o início de tal pronunciamento. Não demorou para que chegassem no centro.

..o0o..

— Cidadãos do nosso amado reino Chongyeom, apresento-lhes a família real. O Rei Baekchong, a Rainha MinHyun, e o seu Príncipe Baekhyun.

            O povo aplaudiu a entrada do trio, contudo, por mais que as palmas abafassem qualquer outro som, era possível notar que poucas pessoas vaiavam. Chanyeol não era uma dessas pessoas, nem Sehun, ambos apenas ficaram calados, sem bater palmas ou vaiar. Apenas permaneceram quietos. A mãe do mais velho aplaudia, mas era claro em seus olhos que aquilo não passava de formalidade, era nítido seu repúdio por aquela família.

            O Rei sentou-se na grande cadeira central, sua esposa estava em seu lado direito, com o braço entrelaçado nele. Ela nem sequer olhava para multidão, permanecia de nariz em pé, olhando para o horizonte. O Príncipe Baekhyun olhava para o chão, seu olhar só dizia que ele não queria estar ali. Chanyeol sentiu um ódio indescritível ao olhar para sua alteza, mas espantou aquele sentimento rapidamente.

            Quando as palmas cessaram, o rei levantou-se e passou a anunciar:

— Meu povo amado. Tenho notícias importante para contar-lhes. Acredito que todos já saibam, mas meu filho, o Príncipe Byun Baekhyun. — Voltou uma de suas mãos para trás, apontando o jovem, que sorriu de forma falsa. — Está beirando a maior idade, está se tornando um homem. Sabem que esta é a transição mais importante para o homem, por isso não deixaria que tal data passasse sem comemoração. Daremos um baile de máscaras no Palácio, e outros reinos se juntarão a festa. Será algo grande, mas que não tem muito tempo para ser preparado.

            Limpou a garganta, antes de continuar.

— Então venho aqui para procurar voluntários que queiram trabalhar no Castelo. — As pessoas ficaram animadas, alguns gritaram de alegria. — Precisaremos de mais homens, para ajudar com as partes mais pesadas e também para servir de guardas no dia da festividade, e também precisaremos de mulheres, que estejam aptas a cozinhar e decorar o Palácio para a comemoração. Aqueles que estiverem interessados em ocupar tais postos, levantem suas mãos.

            Cerca de 30 ou 40 mulheres levantaram suas mãos, afobadas. Metade delas, com certeza não gostava do fato de trabalhar para a família real, mas sabiam que a necessidade vencia o ódio. O rei então chamou 15 das voluntárias, que foram sorridentes para o lado do pequeno palco.

            O número de homens voluntários fora menor do que o esperado, apenas 9 ou 10 homens levantaram suas mãos. O Rei olhou levemente incrédulo, mas não perderia a pose nem seria grosso com os presentes. Ele sabia que era odiado, e estava muito vulnerável para exigir que mais homens se voluntariassem, se a população se revoltasse ali, os guardas no local não seriam capazes de deter todos. Ele engoliu a seco e prosseguiu:

— Agradeço a todos os voluntários, todos devem juntar-se as mulheres aqui na frente. — Assim os rapazes o fizeram. — Há mais algum homem que queria juntar-se a estes aqui na frente.

            Naquele momento tudo aconteceu muito rápido. Chanyeol levantou sua mão, sua mãe o olhou incrédula no que acontecia ali. Sehun deixou uma lágrima escorrer, mas a limpou o mais rápido possível, para que ninguém percebesse.

— Eu, majestade! — Exclamou o moreno.

— Pois bem, jovem rapaz, junte-se aos demais.

            A passos lentos, Chanyeol foi até os outros jovens voluntários.

— Declaro o fim do pronunciamento, obrigado a todos os presentes.

            Chanyeol olhou para Sehun, e o mesmo assentiu, como se pudesse ler os pensamentos do maior. O mais novo envolveu a mulher viúva em seus braços e cochichou em seu ouvido, fazendo com que a mesma parasse de chorar. Enquanto o povo se dispersava, a família real entrou em sua carruagem, e todos os voluntários seguiram a mesma a pé.


Notas Finais


E aqui está mais um capítulo para vocês leitores amados!
Estão felizes ou apreensivos por isso ter acontecido? E esta despedida triste e fofa de Sehun e Chanyeol? Eu sei que pode ter alguém que shippa esse casal por aí, então é um presentinho.
Espero que estejam gostando da história e acreditem que ainda há muito para acontecer, muitas reviravoltas... Então aguardem.

Sendo assim, nada mais a declarar,
BreeBye!


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