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História O Príncipe Perdido. - Rumo ao caos.


Escrita por: TiaReh

Notas do Autor


E a musa, que parecia ter me abandonado, voltou. Acho que só tirou uma folguinha.

Let's go!

Capítulo 11 - Rumo ao caos.


Fanfic / Fanfiction O Príncipe Perdido. - Rumo ao caos.

Uma semana se passou desde que Ícarus reaveu o trono de sua família. Neste período, o clima na superfície ficou cada vez mais frio. O que deveria ser o começo de uma bela primavera transformou-se em dias escuros, tristes e de temperaturas quase congelantes. Havia a diferença evidente entre o dia e a noite, mas cada vez mais pareceu que o Sol não conseguia transpassar as nuvens pesadas e chuvosas.

Para a meteorologia e os noticiários não pareceu nada demais - apenas um fenômeno climático passageiro. Para os poucos que sabem a verdade, é o começo de algo catastrófico.

Nenhum dos quatro Maskman ou o chefe Sugata quiseram levar Barabass ao quartel-general e isso foi por um motivo bem óbvio: apesar de arrependido de seus últimos atos, ele ainda é um inimigo. Ainda odeia os Maskman. E quando ou SE tudo isso acabar ele poderia denunciar a localização do refúgio do Esquadrão da Luz. Isso seria somente mais uma derrota para o grupo, que já sentia-se aflito demais com a situação de Akira.

Curiosamente ele próprio não quis ficar perto mais tempo que o necessário. A situação tornou-se crítica, mas isso não diminuiu em nada o ódio que Barabass sente pelos Maskman. E, de qualquer forma, ele tem quase certeza que Sua Majestade já tinha pleno conhecimento de sua nova traição. Aceitou a ideia de morrer, porém jamais faria isso sem lutar. 

Quando retornou ao Mundo Subterrâneo, percebeu que aquele pouco tempo fora foi o suficiente para tudo mudar no Império Tube. Os antigos guardas não vigiam mais os corredores. São novos soldados, muito mais formais, munidos de armas e postura de quem tinha permissão para matar qualquer um, a qualquer hora.

Andando empertigado e em linha reta, Barabass na verdade contava os segundos para qualquer um daqueles guerreiros partir para cima dele. O pior é não poder ver seus rostos, pois todos usavam máscaras metalizadas e muito mal-encaradas.

Um dos soldados que faz parte desta falange correu até ele. Para sua surpresa, não foi para atacá-lo. Ajoelhou-se brevemente em frente ao guerreiro, depois levantando-se e falando polidamente:

- Sehor Barabass! O Imperador Ícarus deseja vê-lo no Grande Salão imediatamente!

"-Imperador Ícarus...então eu estava certo. Ele retomou o Mundo Subterrâneo." - Barabass sentiu calafrios com este pensamento. Sabia que não demoraria nada para a Família Igan voltar ao poder, uma vez que o herdeiro real estava de volta. - Irei agora mesmo.

Ainda assim o soldado não se afastou. Barabass seguiu caminho rumo ao Salão com a escolta do mensageiro. Certamente sua missão é não deixar o Guerreiro escapar.

Assim que chegou ao local notou que o soldado reverenciou seu Imperador, saindo somente quando recebeu permissão para tanto. Aproximou-se do trono quando Ícarus gesticulou para isso, logo pondo-se com um dos joelhos dobrado ao chão e a cabeça baixa, em respeito ao monarca.

- Majestade. Em que posso ser útil?

- Em muitas coisas, Barabass. Por exemplo, pode me dizer o motivo de ter ido à Superfície sem a minha ordem.

A garganta fechou, tamanho o pavor que sentiu naquele momento. Tinha certeza de que não foi seguido em momento algum! A respiração falhou por um segundo antes de tentar arrumar alguma desculpa:

- Meu...meu senhor, eu apenas fui...

- Encontrar o grupo que me acolheu e denunciar a forma mais eficaz de acabar com os planos de seu Imperador. - Ícarus levantou-se descendo os dois degraus que separavam o trono de onde Barabass estava. - Olhe para mim quando falo com você, criatura.

A voz mortalmente angelical entrou pelos ouvidos de Barabass como navalhas afiadas. Ele ergueu o rosto devagar, apenas para contemplar o momento que Ícarus retirou o levíssimo tecido que encobria seu nariz e boca. Um ser de beleza extraordinária, algo inegável até mesmo para o homem ajoelhado.

Ícarus sorria como se fosse um velho amigo de Barabass. Ao vê-lo fechar os olhos e cerrar os lábios, uma risada escapou. Tocou de seus ombros, surpreendendo o guerreiro. 

- Foi um favor que fez ao Império, Barabass. Sua covardia criou a desculpa perfeita para estes...Maskman entrarem num território onde a derrota deles será iminente. Se eles são nosso único obstáculo, é nosso dever acabar com cada um deles. 

Ícarus retornou ao trono, sentando-se confortável e apoiando o queixo em uma das mãos.

- Mas mesmo prestando um favor, um traidor não pode ser perdoado duas vezes. Sombras! - um grupo de soldados mascarados apareceu repentinamente, causando surpresa em Barabass - Levem este prisioneiro à prisão de gelo. Ele vai experimentar o confinamento que a princesa recém-libertada passou.

Saindo de trás de uma das pilastras, Miho caminhava para perto do irmão. Seu semblante parecia sereno, porém o olhar demonstrava a tristeza por testemunhar a possível aniquilação do mundo que tanto amava.

Barabass tentou lutar, resistir o máximo que pôde. Conseguiu derrotar apenas duas das quase dez Sombras que ali estavam. Eram muito mais podrosas que os soldados Angla. Foi arrastado para a câmara congelada. Não implorou, nem gritou. Se tivesse que morrer trancafiado naquela prisão congelada, assim seria.

Nunca mais se rebaixaria perante qualquer um. Fez isso nos últimos anos e nunca conseguiu atingir os objetivos de vida. Então ao menos pereceria com honra.

Após as portas se fecharem, Ícarus pressionou a testa, parecendo cansado. Uma leve expressão de dor passou por seu rosto, o que Anagumas e Igan não deixaram de notar.

- Ícarus, está tudo bem?

- Majestade, o senhor precisa descansar!

- Estou bem. Os últimos tempos foram difíceis. Igan, chame Fuumin para ajudar você e Anagumas. Fiquem aqui e preparem a defesa do Castelo Subterrâneo contra a invasão dos Maskman.

- Claro, irmão. 

Ícarus começou a andar para fora do Salão, indo em direção ao corredor que leva aos seus aposentos. Mentalmente ele já conseguia visualizar o que o mundo estava se tornando. Dias escuros e frios seguidos de noites ainda mais escuras e frias. Chegou a sorrir, satisfeito. Mas um estalo em sua cabeça o fez parar de andar. Respirou profundamente, cerrando os punhos por apenas um segundo. Depois sua voz fez-se novamente presente.

- Miho...acompanhe-me. Vamos conversar.

Todos estranharam o pedido do Imperador. Desde a libertação da princesa ele mal falava com ela. Tinha muito mais afinidade com Igan. Mesmo assim Miho o seguiu até o quarto dele. Ao vê-lo desabar na cama, com o rosto demonstrando seu sofrimento interior, a princesa correu até ele, preocupada.

- Ícarus! O que você tem?! - chamou-o, segurando suas mãos. 

O que aconteceu a seguir fez seu corpo gelar da cabeça aos pés.

Miho entrou em transe. Seus olhos ficaram totalmente brancos. Sua mente foi transportada para outro lugar. Um descampado quase que totalmente encoberto por uma densa noite. Não muito longe, uma árvore. Que pairava apenas alguns metros acima do chão.

Num piscar de olhos estava neste pedaço de floresta flutuante. Debaixo da árvore, um ser feito de pura luz e bondade.

- Que bom que consegui trazer você aqui, Miho. Preciso que me ajude a salvar este mundo.  

A figura de Akira sorria, sua aura brilhante e acolhedora envolvendo a árvore e a Princesa.


Notas Finais


Para quem está em dúvida, a referência para as Sombras é a guarda pessoal de Xerxes no filme 300.


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