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História O Professor - Capítulo 3


Escrita por: Luhander

Capítulo 3 - Capítulo 3


Fanfic / Fanfiction O Professor - Capítulo 3

P.O.V Naruto 

Eu realmente não consigo acreditar como um ogro desse tamanho não tenha coragem de encarar a própria filha e dizer a ela que não poderá comparecer no final de semana para a prestigiar, prestigiar algo, que para a pequena, é uma grande coisa.  

Não sei o que aquele troglodita, que conheço tão pouco, fez para que ela se esforçasse dessa forma. Sarada as vezes esquecia de comer o seu lanche para terminar o lindo quadro que tinha feito para seu pai.  

Eu não entendo. Se há alguém lá em cima, ele não sabe governar esse reino muito bem. Dá a pessoas coisas que elas não querem, ou não demonstram interesse, enquanto outras que desejam aquilo de joelhos não conseguem alcançar. Não por falta de vontade ou tentativa, mas sim por ser realmente impossível.  

Respirei fundo e tentei pensar em alguma maneira de contar a menina sobre o pequeno incidente, só não achava que teria que ser tão rápido, já que amanhã já é sábado.  

Então chegou a hora do intervalo das crianças e pude avistar Sarada em um cantinho junto com Mitsuki, parecia que eles estavam trocando cartinhas de algum joguinho. Fechei os olhos e pedi ajuda e coragem os céus, fui até os dois, que pareciam não perceber a minha chegada, e disse: 

-Sarada, posso falar com você por um minuto? - A menina me olhou com aqueles grandes olhos negros, iguais aos do pai, porém estes eram alegres e carregavam uma grande quantidade de sentimentos e inocência. Balançou a cabeça positivamente e correu para segurar em minha mão.  

A levei para a salinha que estava vazia e pedi para que ela se sentasse. Respirei fundo e comecei. 

-Sarada, você sabe como funciona o mundo dos adultos? - Perguntei olhando dentro de seus olhos. 

-Não. - Falou com a voz fraca, enquanto se distraia com a cor de meus cabelos. 

-Bem, as vezes ficamos muito ocupados, tendo muita coisa para fazer, e isso acaba fazendo com que a gente perca momentos muito importantes na vida de quem amamos. Isso pode acontecer com qualquer um, eu só peço que não fique triste caso aconteça com você, tente... 

-Ele não vem, n-não é? - Perguntou gaguejando e eu já pude ver os pequenos sinais de lágrimas em seus olhos.  

-Sarada, não é porque ele quer faltar amanhã, ele só não pode vir. Você pode chamar sua mamãe. - tentei amenizar as coisas com ela.  

-A mamãe s-sempre e-está lá comigo. - Falou sorrindo um pouquinho, porém parou repentinamente e me olhou com os olhos tristes. - Naru... O p-papai não gosta d-de mim? - Perguntou já começando a chorar.  

Não aguentei ver essa cena e peguei a menininha em meu colo e a abracei fortemente. 

-Sarada, não é assim. Seu pai te ama muito, ele só vai estar muito ocupado amanhã. Quando você crescer e virar uma linda adulta, talvez possa entender o lado do seu papai. Só não fique triste por isso. - Acariciei seus fios de cabelo enquanto ela chorava e se agarrava em minha blusa como se fosse um verdadeiro imã. - Vamos fazer o seguinte? - Chamei a atenção da menor, fazendo com que ela me olhasse nos olhos. 

-O-Oque? - Fungou e tentou limpas as lágrimas com as costas das mãos. 

-Depois que você apresentar o seu trabalho você pode levar para casa e mostrar para ele o lindo desenho que fez!- Disse alegre. - Ele irá amar igualmente, sendo visto aqui ou lá na sua casa.  

O rosto da menina parecia ter um brilho diferente com essa minha ideia. Ela se pendurou em meu pescoço e me abraçou fortemente. Pelo menos as coisas estavam bem agora. 

 

P.O.V Sasuke 

 

- Você não vai amanhã? - Perguntou Sakura gritando comigo. - Você não vai amanhã ver o trabalho que a sua filha fez para você?  

-Sakura, eu já falei que eu estarei ocupado amanhã, assim como estou agora. Pode por favor me deixar trabalhar?- Eu falava com calma, tentando não perder a paciência. 

-Você sabe como ela vai ficar triste quando saber disso? - Perguntou agora falando baixo e deixando cair seu olhar para o chão. 

-Não se preocupe, pedi para o professor dela explicar para Sarada que não poderei ir. - Falei. 

-Covarde! Não consegue nem falar com a própria filha! - Falou indignada.  

Tirei meus óculos e passei minhas mãos por meu rosto, ela está me tirando do sério. Tudo que eu mais quero é poder não precisar olhar para a cara dessa mulher nunca mais. Porém, não é exatamente assim que as coisas funcionam. Eu não posso simplesmente pedir divórcio para ela, se não eu terei que dar uma parte de minhas ações para ela, sem contar que eu não poderia ver a Sarada, só se ela deixasse ou permitisse ao assinar o contrato. E se bem que, divórcio nunca é uma coisa fácil e pacífica. 

Mesmo eu não tendo dado devida atenção a minha filha, eu não posso simplesmente abandonar minha criança. Vou tentar ser um pai melhor, eu quero ser um pai melhor, só não sei por onde começar. Parece que tudo que eu faço, ou tento é errado. Eu queria poder ir ver a apresentação dela, mas infelizmente eu não poderia. 

 

 

-Filha, o papai não vai poder assistir a sua apresentação amanhã. - Eu disse enquanto punha minha filha para dormir. Algo em mim aqueceu quando viu o sorriso quase banguela da menina a minha frente, sem querer acabei me lembrando do loiro de olhos claros que vem me atormentado a algum tempo. Tentei não pensar nisso agora e então sorri de volta para ela. 

-Não se preocupa, p-papai. O tio Naru f-falou que eu vou poder trazer o d-desenho para você ver depois, disse que você iria gostar do mesmo jeito. S-Sabe o que ele me falou também? - Disse agarrando seu bichinho de pelúcia com força enquanto me olhava contente. 

-O que ele disse?- Perguntei alisando seus fios negros. 

-Que o senhor não me odeia. - Falou dando um gritinho fino no final. 

Sarada por ter 3 anos, pode não saber o peso das palavras então fala tudo o que vier em sua mente, sem nem mesmo saber o que isso causaria nas outras pessoas. Então ela acha que eu a odeio? Que tipo de pai eu me tornei? 

-Sarada eu nunca te odiei! Porque pensou nisso? - Perguntei já ficando entristecido. 

-B-Bem...-Ficou tímida do nada. 

-Pode falar para o papai... - Falie.- Não vou brigar. 

Depois de alguns tempos pensando se deveria falar ou não, a menina cobriu o rosto com o cobertor e disse abafando o som. 

-Porque você não gosta de ficar perto de mim. - Falou com a voz chorosa. 

-Filha... - Sussurrei assim que terminei de ouvir o que minha própria menina, sangue do meu sangue, havia falado para mim. - O papai nunca vai te odiar. -Falei puxando o cobertor, com calma, de seu rosto. Ela tinha os olhinhos tristes e assustados para cima de mim e tudo que eu pude fazer nesse momento foi a abraçar. - Eu te amo muito, Sarada. 

-Também te amo, papai. - Falou me abraçando de volta. - Ah! Eu tenho um pedido muito importante para te fazer. - Falou sorrindo como se seu humor pudesse mudar instantaneamente. - Vamos na casa do tio Itachi domingo? 

Se eu negasse ela realmente acharia que eu não gosto dela, seu eu falasse que eu teria algo para fazer, ela também acharia que eu não gosto dela. Me sentindo encurralado em um beco sem saída, eu apenas respirei fundo e disse: 

-Tudo bem, vamos visitar o seu tio Itachi.



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