História O quarto ao lado | Rafael Lange - Juntos!

Domingo, 18:00 PM

Ele passou a tarde mostrando seus vídeos, ou melhor, eu os escolhendo e rindo com todos eles. Ele sempre me observava rir, sentado na ponta da cama com o travesseiro a esconder o rosto de vergonha.

- Eu... gostei muito! - Falei, retirando os headsets dos ouvidos, e girando a cadeira giratória, com um sorriso gigante estampado no rosto.

- Ahn... Obrigado. - Ele responde, ainda um pouco confuso me encarando, ele retirou o travesseiro do rosto para sorrir, então pude ver suas bochechas coradas.

Sorri mais ainda, e me encolhi de felicidade, olhei para o relógio do computador e me espantei com o horário, levantei-me da cadeira, e rapidamente, disse:

- Eu t-tenho que ir, está tarde, e-e... Eu tenho que... - Gaguejei desesperada.

- Calma, Alice! - Ele segurou meus ombros levemente e parou em minha frente, lhe encarei séria e consegui observar seus grandes e maravilhosos olhos azuis, continuei a olhar seus olhos como o oceano, e o silêncio dominou o ambiente. Eu só conseguia ver seus olhos e ouvir minha respiração funda. - Por que... Por que você está vermelha?

- Oque? - Perguntei rápida, com uma voz fina.

- Por que você está corada? - Pergunta ele, novamente.

- É... Nada. - Escondi meu rosto com as mãos, tirando os mesmos do rosto logo depois. - Eu tenho que ir.

- Tudo bem. - Ele retirou suas mãos do meu ombro, indo até a porta do seu quarto e abrindo-a, dando passagem para eu passar, passando logo depois. Ele me acompanhou até meu quarto, apesar de ser ao lado do seu, abri a porta do mesmo e lhe olhei. - É... - Ele coçou a nuca. - Boa noite, obrigado por hoje!

- Para você também. - Respondi e lhe abracei como despedida, deixando nossas mãos dadas ao soltá-lo, percebi a merda que eu estava fazendo e soltei sua mão, e adentrei ao meu quarto. Me encostei na porta, e escorreguei devagar até o chão, sentando nele. - Ah, meu Deus! Por que eu fiz isso? Eu sou tão idiota! - Julguei a mim mesma, colocando os dedos entre os fios de cabelo.

Levantei-me do chão, e me joguei na minha cama, afinal, não tinha nada pra fazer, fui até o banheiro, tomando um banho frio. Quando terminei, fui mexer eu meu computador, para conversar com minha mãe, por vídeo chamada. Ela perguntou o de sempre, se eu estava bem, havia arranjado um namorado, estava doente ou algo do tipo.