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História O que a perda faz com a gente. - Apenas um sonho ruim (ou não)


Escrita por: Anaaxx04

Notas do Autor


Aproveitem a leitura e até as notas finais<3

Capítulo 2 - Apenas um sonho ruim (ou não)


Acordei num susto. Acho que tudo aquilo foi apenas um sonho ruim. Os meninos não vieram para cá e Toby não estava aqui. Eu apenas cheguei do cemitério e dormi.

Repirei aliviada e desci até a cozinha para beber água. Eu literalmente me arrastava como uma morta. Hoseok devia ter saído já que hoje era sábado. Ótimo, significa que eu posso ficar sozinha.

Entrei na cozinha ignorando qualquer sinal de vida presente e fui para a geladeira. Peguei um pouco de água e me virei para pegar um copo.

-Yaaaaa – pulei para trás ao ver todos ali.

Ótimo, aquilo não foi um sonho, foi mais real que eu imaginava. Meus planos de ficar em casa sozinha estavam arruinados.

Pra melhorar a situação de vez, eu havia acabado de molhar a minha blusa. Ainda bem que eu não tinha peito algum, senão estaria fodidamente fodida.

Suspirei pesado e fechei a garrafa de água. Perdi a sede e a vontade de ficar mais um minuto ali. Me virei para sair, mas algo me levou ao chão.

-Yaaaa, pare de me lamber!!! – tentava empurrar Toby para longe, mas ele era bem mais forte que eu. Acho que até uma joaninha é mais forte que eu.

Logo ele é retirado de cima de mim e eu me levanto rapidamente. Taehyung segurava ele e aquele belo silencio estava no ar. Fechei os olhos e contei até dez.

-Vamos sair hoje – olhei Hoseok, que estava sentado na bancada tomando um copo de leite.

-Façam isso!! – quase soltei um grito de alegria.

-Mas você virá conosco – meu mundo caiu.

-De jeito nenhum!! Vou ficar aqui em casa, no meu quarto!! Eu não saio nem sozinha, por que sairia com vocês?!? – cruzei os braços.

-Porque eu sou mais velho. Eu mando aqui e estou mandando você ir com a gente – sorriu daquela forma irritante.

-Já falei que não irei. E não será você Hoseok, que irá me forçar – inclinei meu dedo em sua direção.

-Você vai sim. Ou além de colocar mais espelhos pela casa, contarei para o pai e para a mãe que você não esta se sentindo bem e que é para eles virem buscar você para viver com eles – arregalei os olhos.

Eu queria voar na cara dele agora. Eu não queria sair de jeito nenhum, principalmente com eles. Mas também não queria espelhos por ai e não queria ir viver com meus pais. Odeio admitir, mas tive que me dar por vencida.

-Eu te odeio Hoseok! – desviei de Taehyung que ainda estava em pé ao meu lado e fui para o meu quarto.

Pensei por longos minutos um desculpa qualquer para não ter que ir, mas sabia que nenhuma iria funcionar. Por mais que não nos falássemos direito por três anos, ainda sim ele era meu irmão e tinha vivido a maior parte da vida ao meu lado.

Peguei uma roupa qualquer e fui até o banheiro. Parece que meu irmão já havia notado a bagunça que eu havia feito, pois os cacos não estavam mais ali e tinha um novo espelho no mesmo lugar. Ignorei o objeto o tempo inteiro que estava ali.

Depois de dentes escovados e de ter trocado minha roupa, fui para o meu quarto, joguei as roupas em qualquer canto e desci para a sala.

Sentei no sofá e fechei os olhos, pensando no porque logo isso estar acontecendo comigo. Não que odeie os meninos, mas não quero dividir meu espaço com outras pessoas, já basta meu irmão.

-Vamos Sophia!! – abri os olhos e vi que todos esperavam na porta.

-Me deixe ficar aqui, pelo amor. Não quero sair de casa – o olhei como se pedisse para me matar.

-Vamos Sophia!! – falou serio e eu grunhi.

Me levantei e passei por todos, abrindo a porta e descendo em fúria. Odeio quando Hoseok me manda fazer coisas, mas esse foi o ponto alto de sua personalidade irritante.

Eles logo me ultrapassaram e eu fiquei por ultimo. Eles conversavam animadamente, mas eu não estava prestando atenção.  Eu olhava para o chão e pensava onde estávamos indo. Seria mais fácil perguntar, mas não queria conversar com nenhum deles, pois já era horrível eu estar saindo com eles, enquanto podia estar na minha sala assistindo qualquer programa idiota.

Do nada, eu trombo com as costas de alguém e ergo a cabeça. Jimin me olha, sorri e depois volta sua atenção à casa que estava a nossa frente. Eu não fazia ideia do que estávamos fazendo ali. Eles só encaravam a casa e eu com certeza estava com cara de interrogação.

-Você me tirou de casa para ficar encarando essa casa? – todos me olharam – quer saber, tchau – me virei para ir embora.

-Desculpem o atraso!! – uma voz feminina vinha da casa e eu automaticamente congelei.

Eu conhecia a dona daquela voz. Conhecia até demais.

-Oi Yumi – ouvi algum deles dizer.

Eu não conseguia me mover. Era ela, apesar de não ter visto seu rosto, eu sabia que era ela. Comecei a tremer loucamente.

-Oi meninos. Minha mãe inventou que eu devia lavar a louça do almoço, por isso em atrasei um pouco. Quem é ela? – sabia que estava se referindo a mim.

Eu estava com medo. E se ela não me reconhecesse? Ela poderia simplesmente achar que eu era uma completa estranha.

-Olhe para cá sua idiota – meu irmão me virou pelos ombros.

Ela continuava linda. Aquele cabelo comprido havia sumido e agora estava na altura dos ombros. Uma tatuagem em seu braço e um coração em seu dedo médio eram novidade. Seus olhos verdes continuavam com o mesmo brilho. Ela continuava baixinha, apesar de ser mais velha que eu. Sua roupa, apesar de ser um pouco chamativa, combinava muito com ela e se encaixava em seu corpo estrutural. Machucava ver seu rosto, pois ela me lembrava ele a toda hora. Acho que foi por isso que eu parei de andar com ela.

Ela arregalou os olhos e passou eles por todo o meu ser, como se estivesse chocada ou até mesmo, horrorizada.

-Mas....? – ela também aparentava estar nervosa.

Ela veio em minha direção devagar, como se estivesse com medo de me tocar e eu simplesmente sumir. Eu queria muito me mover, doía olhar pra ela. Doía lembrar de tudo que nós já passamos juntas. Doía saber que ela já foi minha melhor amiga e hoje, parece que eu nem a conheço.

-Sophia? – ela estava perto o suficiente.

-Eu sabia que eu não devia ter vindo – dei passos para trás, me distanciando de todos.

-É você mesma?!? – ela não parecia acreditar.

-N-não – neguei com a cabeça.

-Eu não acredito!! – seus olhos estavam marejados e percebi que suas pernas tremiam.

Ela me abraçou. Eu não raciocinava, ela estava mesmo me abraçando. Depois de tanto tempo sem esse abraço, parecia coisa de outro mundo. Fazia um tempo enorme que eu não deixava ninguém nem ao menos me tocar. Senti minha blusa ficar molhada e seu peito subia e descia freneticamente. Eu não sabia o que fazer, então só fiquei parada, sem retribuir o abraço e nem ao menos fechar os olhos.

-Mas o que aconteceu com você? Digo.. – a interrompi.

-Nada que lhe interessa – todos arregalaram os olhos – posso voltar para a casa? – olhei para Hoseok.

-Qual é o seu problema?!? - ele parecia nervoso e a ponto de explodir – dá pra você ser um pouco mais educada?!?

-Não, não dá! Eu cansei, não devia ter vindo! Foda-se, pode colocar quantos espelhos você quiser e pode ligar a vontade para nossos pais. Ou melhor, me interne logo de uma vez, quem sabe assim eu não tenho paz e morro de qualquer jeito!

-Sophia – Yumi parecia horrorizada.

-Já chega! Tchau! – me virei para ir embora, mas agarram meu braço.

-Eu já disse que você irá ficar conosco – Hoseok trincou os dentes – você cale essa boca e tente se divertir, pelo amor de Deus! – arregalei os olhos e entrei em fúria.

-Cale você a sua – o olhei de cima a baixo – mas qual é ein? Por que me trouxe para me divertir com vocês?

-Sophia... – fiquei confusa, mas logo entendi tudo que estava acontecendo.

-Não acredito! – me afastei e olhei todos – vocês me trouxeram aqui porque acharam que tudo ficaria bem? Me trouxeram aqui para eu ver Yumi e me tocar que o que fiz foi errado e que tudo voltasse ao normal? Qual é, vão me levar para a casa de Mark agora, para eu dar uns pegas nele? – meus olhos se encheram – vocês..  –mordi meu lábios, tentando controlar o choro.

-Sophia, escute – Yoongi começou – vamos fazer um acordo. Hoje você passará o dia inteiro conosco, e se até as – olhou para o relógio em seu pulso – 3h00 da manhã não tirarmos nem um riso dessa sua boca, prometemos que lhe deixaremos em paz e nunca mais terá que olhar em nossa cara. Estamos de acordo? – estendeu sua mão em minha direção.

Olhei em seu rosto e não havia um quesito de nervosismo. Ele parecia bem calmo. Apesar de não querer nem um pouco, uma força sobrenatural fez minha mão apertar a sua em passes de mágica.

-Ótimo, agora vamos – me empurrou para ficar no meio deles e começamos a caminhar.

Sinto que irei me arrepender de aceitar esse acordo. Vamos ver no que isso dará.


Notas Finais


Obrigada por lerem <3

PS: me desculpem qualquer erro


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