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História O que é amor? - Confusão


Escrita por: Lolo_s2

Notas do Autor


Mais um capítulo, lindos <3

Capítulo 6 - Confusão


Fanfic / Fanfiction O que é amor? - Confusão

--- Bom dia, Bela Adormecida!!--- Dimitri abriu a veneziana do meu quarto e os raios de sol atingiram meus olhos causando certo desconforto.

--- Bom dia!--- respondi bocejando e me esforçando para enxergar com aquela claridade matinal.

--- Eu comprei umas rosquinhas na padaria e fiz um pouco de café, está tudo na mesa.--- Meu parceiro havia se tornado mais responsável e zeloso comigo do que quando vivíamos juntos na ME. 

--- Obrigada, já vou descer...--- repliquei ainda sonolenta. Fui até o banheiro, tomei um banho para acordar de uma vez; então segui até o armário e coloquei um vestido. Desci até a cozinha e comi minha deliciosa refeição. Após algum tempo Dimitri apareceu na cozinha.

--- Está pronta? --- perguntou-me enquanto ajeitava a gravata.

--- Claro, eu só preciso pegar minha bolsa. --- fui até minha suíte e apanhei a bolsa, daí resolvi checar meus materiais e encontrei um bilhete com letras de jornal:

"Fique bem à vontade, não é como se isso pudesse durar muito, não concorda?"

Diante daquela ameaça, eu me senti confusa. Quando na ME, sentia-me totalmente segura, e não é que eu não confiasse em Dimitri, mas acontece que aquela nova vida trazia novos perigos e eu sabia disso melhor que ninguém. Eu não estava com medo exatamente, era só uma ansiedade, porque não era só minha vida que estava em jogo. Nunca quis pôr a vida de ninguém em risco, principalmente agora que tinha "amigos". Eu fiquei estática, não sabia o que pensar. Primeiramente pensei em caçar o autor, mas depois refleti e concluí que talvez fosse uma brincadeira de adolescentes. Pouca coisa pode ser considerada brincadeira quando milhões estão em jogo... Nenhum deles sabia muito de mim, certo? Em minha mente analisava todas as possibilidades... Talvez fosse algum aviso da Ambre, ou não... 

---Hey, por que a demora?--- meu parceiro adentrou o quarto e se deparou com minha face pensativa.--- O que houve? Só vejo essa cara em você quando vai matar alguém ou está montando uma estratégia--- ele comentou gargalhando.

--- Talvez ambas as coisas, Dimitry...--- eu só o chamava pelo nome quando as coisas estavam sérias. Resolvi que compartilhar da existência do bilhete era o melhor a se fazer, seria mais seguro para mim se mais alguém soubesse daquilo. Desse modo, entreguei o bilhete a ele que leu de imediato.

--- O que é isso exatamente?--- questionou-me preocupado.

--- Eu não sei, encontrei no meio dos meus materiais, desconfio que seja de uma garota da sala que não foi muito com minha cara, porém nos conhecemos há pouco tempo, então não sei ao certo. Algo me diz que não é dela.--- encarei-o séria.

--- Isso é bem estranho mesmo, fique relaxada. Eu já volto.--- disse-me saindo do quarto.

--- Mas eu estou atrasada... --- gritei ao olhar para meu celular e ver o horário.

--- Alice, não importa agora. --- ele gritou de volta e eu já estava começando a me arrepender de contar sobre o bilhete, talvez não fosse nada. Mas se o Dragão ligasse para o  chefe como eu esperava, aquilo poderia se transformar em uma tempestade num copo d'água. 

Dimitry discutiu com Jones por meia hora no telefone, eles não elevavam a voz em nenhum momento, porém a frieza no tom de ambos chegava a me assustar. Depois de terminada a ligação meu paceiro virou-se e deu início a uma espécie de discurso:

--- Mais do que nunca você precisa tomar cuidado, Raposa. O chefe avisou que uma agência de espiões conseguiu sua localização muito mais rapidamente do que imaginávamos que aconteceria. Portanto nós vamos caçá-los enquanto frequenta a escola. Não pode alterar a sua rotina, porque pareceria muito suspeito, então apenas relaxe e deixe tudo com a ME. Agentes serão colocados em várias áreas da cidade, evite sair desacompanhada ou ainda sem avisar-me. Esse bilhete pode mesmo ter sido enviado por um dos espiões ou não... Não temos certeza ainda, então até segundas ordens não fique sozinha em nenhum momento e esteja mais atenta que nunca.--- ele dizia tudo pausadamente, para que eu tivesse total compreensão da dimensão de perigo que corria.--- Por favor... fique sempre atenta. Vou pedir demissão enquanto não sabemos quem são os suspeitos. 

--- Tudo bem...--- respondi olhando para baixo. Tudo estava perfeito demais para ser verdade...

--- Ei, olha pra mim.--- Dimitry levantou meu queixo e me encarou profundamente.--- Eu vou te proteger, você é importante demais para mim!--- Em seguida me abraçou e beijou minha testa.

--- Cuidado... --- repliquei, pois sabia do risco que ele também corria.

--- Não era bem eu que deveria ter, aliás quando é que não tenho?--- nós dois rimos do seu comentário.

Caminhamos em silêncio até Sweet Amoris, não foi desconfortável afinal estávamos mais concentrados nos becos, ruas e pessoas. Nada poderia passar despercebido. Cheguei à escola em segurança. Dimitri seguiu até seu escritório para fazer o pedido de demissão e eu entrei para meu incrivelmente suspeito segundo dia de aula. Detalhe: meia hora atrasada. Tal atraso me custou uma conversinha com a diretora.

--- Olha só quem resolveu aparecer para o segundo dia--- a senhora parecia bem irritada comigo.

--- Sinto muito, diretora.--- inclinei-me e comecei a disfarçar algumas lágrimas.--- Acontece... que meu primo passou muito mal, eu não conseguiria sair de casa até que ele falasse que estava se sentindo um pouco melhor...--- foi então que olhei diretamente para ela.

--- Acalme-se, senhorita. Não é para tanto. Por hoje tudo bem, mas é melhor se programar da próxima vez.--- a idosa respondeu.

--- Muito obrigada!!--- repliquei fingindo uma leve animação.

Fui até meu armário, li que a primeira aula (já quase terminada) era de ciências e subi até o laboratório. Então me deparei com uma discussão imensa entre professor e alunos.

--- Não se atreva a tocar nesses coelhos!--- Era Alexy quem gritava desesperadamente.

--- Devolvam os coelhos agora, senhores, ou estarão sujeitos a uma advertência coletiva!!!--- O professor, que parecia um sujeito orgulhoso e irritado, gritava ainda mais alto em resposta.

--- Bom dia...--- falei com um tom mais elevado para que fosse possível minha voz ser escutada.--- Eu sou a aluna nova.

--- Claro, querida, já falo com você...--- o professor me deu pouca atenção.

--- Não deixe que ele toque nos coelhos, Jeny.--- Armin gritou.

--- O que?--- não entendi nada daquela situação estranha. Não entendi nada daquele dia estranho.

--- Ele quer dissecar os pobres coelhos!!!--- Alexy comentou e olhei para o mestre da sala em busca de respostas. A sua face de não culpado era sincera, o que me fez perceber que havia um mal entendido ali.

--- O QUE ESTÁ HAVENDO AQUI???--- quem chegou foi a diretora e bem irritada.

--- Esses imbecis estão querendo roubar os coelhos da aula de ciências!!!--- os olhos do professor estavam em chamas.

--- Nuca pegará os coelhinhos, senhor!--- Kim gritou em resposta.

--- Ah, não....--- a idosa parecia lisonjeada de ter alunos corajosos para defender a vida das criaturinhas, mas também decepcionada com a impressão causava neles. Francamente nenhuma escola mataria coelhos em uma aula de ciências... Pelo menos não naquele século.--- Foi um engano, alunos, esses coelhos fariam parte de uma exposição acadêmica e não da aula de ciências. Os senhores iriam apenas aprender como tratá-los pois seriam responsáveis pelos animais no período de uma semana. Estou decepcionada e orgulhosa diante dessa atitude revolucionária. Não punirei nenhum de vocês, portanto peço que essa situação não se repita.

Os alunos riram nervosamente da situação. Quem diria que os coelhos não seriam mortos? O professor diria, se não fosse orgulhoso. Eu também diria, se tivesse mais tempo encarando aquele cenário de revolta.

--- Devolvam os animais, por favor, queridos alunos.--- A senhora pediu educadamente e ao mesmo tempo com firmeza.

Os coelhos foram colocados de volta na caixa em que se encontravam inicialmente e levados até a mesa do professor, agora mais calmo. A aula passou rapidamente e no fim o homem entregou um coelho a mim, Iris e Kim, pedindo que cuidássemos dos bichinhos. Segundo ele, nos apresentamos como as mais calmas e responsáveis da classe, e portanto as mais propensas a guardá-los. Nunca tive um mascote, por isso ter aquele coelho me parecia algo inédito. Quando o peguei no colo, comecei a segurá-lo como um bebê e depois acariciá-lo. O pequenino coelho começou a dormir em meus braços.

--- Você tem um jeito especial com os animais, eu diria...--- Alexy falou me observando.

--- Ele é meu primeiro bichinho.--- disse baixo para não acordar o coelhinho.

--- Tem certeza?--- Dessa vez que comentou foi Lysandre, cuja presença eu não tinha notado até então.--- De qualquer modo ele parece ter gostado de você...

--- Espero que sim. --- repliquei encarando seus olhos bicolores e sorrindo em seguida.

--- JENIFER!!!--- Iris e Kim chegaram gritando e acabaram acordando meu animalzinho.

--- Pois não? --- respondi prontamente mediante o desespero de ambas e ao mesmo tempo balancei meu coelho para que voltasse a descansar.

--- Nossos coelhos... nós meio que deixamos eles para comer grama no jardim e acabaram sumindo...--- elas se entreolharam preocupadas.

--- Ah meu Deus, vocês o que? --- eu estava rindo da situação por dentro, mas me mostrava perplexa por fora.--- Ajudo a procurar.

--- Mil obrigadaaaaas!!!--- Iris dizia, enquanto Kim resmungava algo sobre ter avisado que era uma péssima ideia deixá-los no jardim.

Descemos as escadas e seguimos em direção ao jardim, foi então que eu o vi.... Jade. E então fiquei petrificada por milésimos de segundos antes de continuar a me mover. O mais curioso era que ele segurava os dois coelhos, um em cada mão.

--- Procurando por esses carinhas?--- aquele sorriso, era meu Jade.

--- Exatamente...-- respondeu Iris corada. Corada? Oi?

--- Onde os encontrou?--- foi Kim quem interrogou-o.

--- Eles estavam fuçando as flores que eu trouxe. Aliás, prazer, senhoritas, sou estudante de intercâmbio. Era pra eu chegar ano que vem, mas acabaram adiantando as coisas para mim.--- ele falava tudo tão naturalmente.--- Sou Pietro.

--- Seja bem vindo,Pietro...--- Iris falou vagamente. 

--- Isso, bem vindo--- Kim completou.

--- Fico feliz que eu não seja a única novata por aqui, Pietro. Sou Jenifer.--- falei estendendo minha mão.

--- Sinto que seremos bons amigos, Jenifer.--- ele respondeu apertando minha mão.

--- Também sinto...---respondi de imediato.

As garotas se retiraram com os coelhos a fim de limpar a terra de seus pelos. Eu fiquei com meu mascote nos braços e aguardei até que eu e Jade ficássemos sozinhos. Quando tudo se acalmou, já que os alunos voltavam às classes do intervalo, eu abracei meu colega o mais forte que pude. 

--- O que vocês está fazendo aqui?--- fui bem direta pois, ao mesmo tempo que eu estava feliz com a presença dele, estava confusa.

--- Ficou sabendo da agência, certo?

--- Ah sim.--- respondei desanimadamente.

--- Pois é... Jones me mandou como reforço na escola, afinal aqui você ainda estava desprotegida.

--- Então vai estudar comigo?

--- Não exatamente, apenas vou cuidar do jardim da escola e participarei de algumas aulas de ciências. Isso é tudo.--- ele respondeu meio triste.

--- Nada me impede de vir te ver sempre que puder, não é?--- perguntei sorrindo.

--- Ficaria ofendido se não aparecesse. ---Jade fez um bico muito engraçado.

--- Tenho que ir agora, tipo correndo, estou atrasada.

--- Corre, garota.--- sorrimos um para o outro antes de eu sair em disparada pelo corredor até a sala de aula. Mas antes passei no laboratório para devolver meu bichinho.

Cheguei a tempo na classe, sentei e logo fui incomodada por Castiel.

--- Oi, Jeny!--- o ruivo me olhou com malícia.

--- O que você quer?--- comecei a ficar na defensiva.

--- Nada demais, eu só gostaria de saber desde quando conhece o jardineiro da escola?--- ele sorriu sarcástico.

--- Desde hoje, alguns minutos atrás.--- respondi secamente.--- Aliás eu não acho que ele seja jardineiro, pelo que conversamos Pietro é estudante de intercâmbio.

--- Pietro, que porcaria de nome é esse?--- ele riu com desdém e me incomodou bastante.

--- Não sei se o nome define muito bem uma pessoa. Afinal olha só para o seu... Castiel, sempre lembra um anjo. Mas ambos sabemos que você não tem nada de angelical.--- repliquei arqueando a sobrancelha.

--- Nossa, Jeny. Por que ficou agressiva tão de repente?

--- Nada demais, só um mosquito irritante.

--- Vou te deixar em paz com seu amiguinho jardineiro.--- revirei os olhos com seu comentário e então o professor adentrou a classe.

A aula passou bem ligeira e quando chegou o intervalo fui até o laboratório e depois diretamente até Jade.

--- Olá, olá!! --- cumprimentei meu melhor amigo.

--- Alice, se controle por aqui. Supostamente não nos conhecemos tão bem...--- ele tinha razão. Eu tinha que controlar a felicidade em tê-lo ali ou estragaria tudo. 

--- Okay, desculpe.

--- Achei que não te veria tão cedo.--- meu companheiro me encarou carinhosamente.

--- Nem eu. Mas fico feliz que esteja aqui.--- respondi com o mesmo carinho.

--- Parece que gostou mesmo do coelho....--- ele disse apontando para meu colo, onde o pequeno coelho dormia novamente.

--- Eu não sei o porquê... mas ele me traz paz.--- afaguei a cabeça do animal.

--- Com a maioria dos bichinhos de estimação é assim.--- Jade comentou enquanto podava alguns arbustos.

--- Você já teve um?--- questionei.

--- Um cachorro... Jack.--- o garoto parou de mexer com a tesoura e sorriu ao aparentemente lembrar-se do cão.--- Ele fazia o treinamento comigo quando eu era bem pequeno, antes de você chegar à ME.

--- O que aconteceu?--- fiquei curiosa.

--- Ele mudou de divisão. Pelo visto animais atrapalhavam nossos desempenho. Nunca mais soube o que ocorreu com ele.--- Jade parecia meio triste.

--- Sinto muito.--- consolei-o.

--- Está tudo bem.--- ele veio até mim e pegou o coelhinho.--- Agora é minha chance, certo amiguinho?--- segurou o mascote nos braços. O animalzinho urinou na camisa do menino que se enfureceu mas acabou rindo. Eu não aguentei e gargalhei.

--- Com certeza é a sua chance...--- comentei enquanto recuperava o fôlego.

--- Engraçadinha.

--- Onde você vai ficar, Pietro?--- procurei manter a personagem para não levantar suspeitas.

--- Vou ficar alojado com um outro "guardião".

--- Entendi.... Podemos nos visitar?

--- Não sei...

O sinal tocou. Jade foi trocar de camisa no vestiário, enquanto eu fui devolver novamente o coelho ao laboratório e voltei à sala para o restante das aulas. Quando procurei meu amigo jardineiro no jardim durante a saída não o encontrei. Então fiquei apreciando as flores , em especial as hortênsias, enquanto tomava um "banho de sol". Escutei um barulho na entrada e me virei. Era Lysandre que logo começou a falar.

--- Você parecia tão tranquila, eu não queria assustá-la.--- desculpou-se.

--- Está tudo bem...

--- Hortênsias são bem curiosas...

--- São minhas favoritas.

--- Imagino o porquê...

--- Elas trocam de cor de acordo com o potencial hidrogeniônico (pH) do solo. Quando é ácido, elas são azuladas; quando é neutro, elas são alaranjadas. Inconstantes, portanto belas...

--- Que peculiar. Eu que tenho uma banda e você que parece ser uma poeta nata.--- ri com o comentário do platinado.

--- Eu não sou poeta.--- respondi sorrindo.

--- Deveria tentar.--- ele disse deixando de me encarar e erguendo o olhar para o céu.--- "As coisas tangíveis, tornam-se insensíveis, à palma da mão. Mas as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão."

--- Carlos Drummond de Andrade.

--- Tem certeza de que não é poeta?

--- Apenas aprecio uma boa leitura.

--- Faz todo o sentido.--- Lysandre refletiu em voz alta.

Olhei para o céu e percebi que já passava das 13h. Dimitry acabaria preocupado, principalmente com tudo que estava ocorrendo.

--- Preciso ir...Até amanhã.

--- Até, pequena hortênsia.--- ri com o apelido que ele tinha me dado.

Cheguei ao apartamento totalmente cansada daquele dia agitado. Fui até a cozinha e percebi que Dimitry não fora me receber como de costume, então chamei por seu nome. Mas não havia resposta, fiquei preocupada e me armei com uma faca de cozinha. De repente um gemido e uma meia frase:

--- Não venha até....--- era a voz do meu companheiro.

Fui correndo até seu quarto segurando a faca com força, pronta para eliminar qualquer um que aparecesse. Então encontrei Dimitry largado na cama com o ombro cortado.

--- DIMITRY!!--- gritei preocupada e joguei a faca longe .

--- Se eu soubesse... que você reagiria assim... quando me visse machucado... talvez.... eu fosse querer ...me machucar .... sempre.--- Ele falou pausadamente.

--- Idiota, o que aconteceu?--- Acalmei-me ao perceber que ele estava bem.

--- Achei um cara que.... sabia sobre.... aquela agência...--- meu amigo respirava com dificuldade.--- Ele foi um bom adversário!.... Desculpa não consegui... muitas... muitas... informações.

--- Fica quieto, eu já volto.

Fui até meu quarto e peguei o kit de primeiros socorros. No banheiro encontrei algumas pomadas milagrosas da ME que trouxe comigo na bagagem. Voltei até o cômodo em que Dimitry se encontrava e dei dois comprimidos de analgésico para ele com um pouco de água. Cortei as faixas e com uma toalha molhada com medicamentos comecei a esfregar o local, o que fez com que meu parceiro cerrasse os dentes.

--- Como foi isso?--- perguntei curiosa.

--- Sabe teve um diálogo, ele se recusou a cooperar... facada.

--- Você não leva nada a sério né?

--- Eu levo você a sério.--- ele disse me encarando, apenas desviei meu olhar para o ferimento.

--- Pare de falar bobagens, Dimitry. Deve ser o analgésico fazendo efeito. Faz sentido afinal ele é bem forte... --- ele riu com meu comentário e permaneceu me encarando pelo resto do procedimento.

--- Eu não estou falando bobagens. Eu sempre gostei de você, Raposa. Eu já disse, você é minha favorita. Sempre vai ser... É por isso que eu levei essa facada, é por isso que eu estou tão preocupado com o que pode acontecer.--- ele foi se aproximando mais e mais.

--- Fica quieto, por favor, preciso cuidar de você!--- exclamei enraivecida com seu comportamento. Fiz o último curativo e então olhei para o seu rosto. Tirei alguns fios de cabelo que caíam nos seus olhos castanho escuros.

--- Não pode fazer isso comigo... está me provocando...

--- Eu não...--- quando abri a boca para protestar Dimitry selou seus lábios nos meus e deu início a um beijo rápido, fechei os olhos e me deixei levar. Até que acordei daquele transe e interrompi o momento.--- Boa noite.--- falei e me retirei daquele ambiente que estava me deixando cada vez mais confusa.

--- Boa... noite...--- meu parceiro falou como que apagando, e talvez o analgésico estivesse forçando-o a dormir. Eu não tive muito no que pensar, apenas saí e fui a passos rápidos até meu quarto. 

--- Meu... primeiro... beijo?--- eu pensava comigo, meio triste, meio alegre, meio confusa. Parecia que havia algo no meu estômago... já vi isso em algum lugar... uma expressão que definia isso: "borboletas no estômago".--- Então é isso?--- Mas Dimitry estava sob efeito de medicamentos. Ele não fez aquilo por querer... fez? 

Tomei um banho a fim de me resolver mentalmente, mas não deu muito certo; então apenas deitei na esperança de que aquilo tudo fizesse ao menos algum sentido... Tudo era... uma confusão.

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado, bebês <3


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