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História O que é que tem? - Capítulo um


Escrita por: HiraHonseka

Notas do Autor


Oi, doces! Espero que gostem dessa nova fanfic que eu criei(faz tempo que criei ela, mas nunca a divulguei.)

Capítulo 1 - Capítulo um


Fanfic / Fanfiction O que é que tem? - Capítulo um

Laís narrando

E o dia de sábado já começa com aquele sol lindo que me faz querer passar o resto do dia na praia de Ipanema. Quem dera não tivesse um milhão de trabalhos para resolver.

- Filha? - minha mãe me chamou.
- Sim?
- Nós iremos sair agora, quer alguma coisa para o almoço? - perguntou.
- Pode trazer qualquer coisa. Agora vou fazer um lanche básico para o café. - respondi.

Não demorou muito para que ela e meu pai saíssem de casa. Sabe-se lá onde eles iriam. Me sentei em volta daquela mesa imensa de café da manhã, que ainda estava arrumada.

- Senhorita Laís? Me avise quando terminar o seu café. - pediu Margott, nossa empregada.
- Você sabe que não precisa me chamar de senhorita, só Laís já está bom. - pedi.
- Desculpe-me Laís. - se desculpou, com um olhar um pouco triste.

A senhora Margott trabalha há um bom tempo para a minha família, mas nunca fomos próximas. Na verdade, meus pais nunca tiveram esse objetivo. Ou seja, acabei agindo da mesma forma. Mas alguma coisa me dizia que ela não estava bem hoje.

- Aconteceu alguma coisa? - perguntei.
- Não é nada. - respondeu um pouco sem jeito.
- Esse seu rosto não me engana. - falei, enquanto mordiscava meu pão.
- Tudo bem. - falou, sentando-se ao meu lado. - São os meus filhos. Mesmo com o salário que ganho aqui, que por sinal é muito bom, não estou conseguindo manter a nossa casa que é de aluguel e ter que ficar comprando comida, roupas e pagando as contas. - nesse momento já se enxergava algumas lágrimas descendo de seus olhos e deslizando pelas suas bochechas.

Nunca havia dado nenhum conselho a uma pessoa de mais idade, ainda mais de um assunto tão complicado. Queria fazer alguma coisa a respeito, porém não sabia o que fazer. Primeiro teria que conversar com meus pais.

- Conversarei com meus pais hoje sobre isso. - falei.
- Não precisa, não quero incomodá-la, nem seus pais. - falou chorosa.
- Fique tranquila, irei resolver essa situação, só me dê um tempo, tudo bem? - pedi.
- Muito obrigada Laís, você não sabe o quanto está sendo boa comigo, serei eternamente grata. - agradeceu, me dando um abraço inesperado.

Para ser sincera, fazia tempo que não ganhava um abraço tão forte e aconchegante como aqueles. Meus pais normalmente não estavam em casa e quando estão normalmente falam de trabalho.

Após tomar o meu café da manhã e ajudar Margott com a louça, voltei para o meu quarto, onde passaria o resto do dia.

Meus cadernos e livros estavam espalhados pela minha escrivaninha. Matemática, Física, Biologia, Química, História... Quanto mais olhava para aquelas folhas, mais cansada ficava. Quando me dei conta já era 15h e precisava almoçar.

Meus pais estavam na sala, dessa vez estavam apenas assistindo a televisão, sem tratar de negócios. Quando cheguei na cozinha, um cheiro incrivelmente bom entrou pelas minhas narinas. Lasanha. Um amor incondicional.

- Isso é pra mim? - perguntei, sentando-me na cadeira.
- Já estava indo te acordar. - respondeu.

Como sempre ela fez uma limonada caprichada que eu adoro e esse foi o meu almoço. Já que a Margott iria embora em uma hora, resolvi que iríamos no mercado fazer a compra do mês, já que estava no início do mesmo, para que ela levasse para casa.

Enchemos um carrinho daquele grande de comida, produtos de higiene e mais algumas coisas que ela falou que estava precisando. Fazia questão de gastar o dinheiro da minha mesada com ela, já que a mesma estava precisando mais do que eu.

- Meus filhos irão adorar as coisas que você comprou. - falou sorridente.
- Você não costuma comprar esses produtos? - perguntei.
- Sim, mas de marcas mais baratas e desconhecidas. - respondeu.
- Como os seus filhos se chamam? - perguntei.
- Tem o Arthur que tem 18 anos e irá se formar agora no ensino médio. E também o Heitor que tem 16 e está no segundo. - contou.

De fato ela nunca havia mencionado os filhos antes. Pelo menos tinha um bom gosto para escolher os nomes dos filhos. Quando chegamos em frente da sua casa, ajudei-a retirar as compras do carro.

- É tudo muito simples aqui. - falou, enquanto entravamos na cozinha.

A casa era simples, porém bastante acolhedora. Não havia nada de moderno, mas era limpa e arrumada, o que já era bastante, para mim o necessário.

A casa era apenas de um andar, e quando entramos pela segunda vez na cozinha, havia dois marmanjos sem camisas parados em frente as sacolas, abrindo tudo. Eles estavam de costas e por isso não conseguia ver seus rostos.

- Meninos, olhem os bons modos. - a senhora Margott falou, pegando os dois de supresa.

Quando eles se viraram não acreditei em quem estava vendo. Era o Arthur da minha escola, o garoto mais repugnante desse mundo. Não suportava nem olhar para ele. Sua cara fechou na hora, enquanto a do Heitor continuou com uma fisionomia de surpreso.

- O que você está fazendo aqui? - Arthur perguntou emburrado.
- Não fale assim Arthur. Ela é filha dos donos onde trabalho e fez a gentileza de fazer a nossa compra desse mês. - Margott contou orgulhosa.
- Não precisamos do seu dinheiro. - falou indignado.

Vi o olhar de tristeza que Heitor exibia a cada palavra dita por Arthur. Está certo que nós não nos demos bem, mas ele não precisava me tratar assim. Estava fazendo um favor para sua família e ele não estava sendo educado comigo.

- Quem diria uma patricinha fazendo uma boa ação. - falou ironico.
- Não sou patricinha. - falei com raiva.
- Capaz. - fez careta.
- Margott, já recolhemos tudo do carro. Até segunda-feira. - me despedi.
- Obrigada Laís e desculpa pelo Arthur. - agradeceu.

Já estava quase chegando no portão quando ouvi meu nome ser chamado. Era o Heitor, irmão mais novo do Arthur.

- Esqueci alguma coisa? - perguntei.
- Não. Na verdade vim me desculpar pelo meu irmão. - falou um pouco sem jeito.
- Acredite, já estou acostumada com ele. - confessei.
- Mas é sério, ele não faz por mal. - falou, sorrindo fraco.
- Tudo bem. - falei.
- Obrigada por tudo que comprou, vou fazer um esforço para não comer tudo em uma semana. - brincou.
- Não foi nada, sua mãe está precisando. - falei.

Nós nos despedimos e não demorou muito para que chegasse em casa. Fui o caminho todo pensando na Margott e em seus filhos. A vida difícil que eles levavam e a necessidade que eu tinha para ajudá-los.

- Onde você estava filha? - minha mãe perguntou quando entrei na sala.
- Na casa da Margott, fui fazer as compras do mês com ela. - respondi.

Minha mãe me olhava com um olhar um pouco admirado. Nós ficamos trocando olhares e então vi seus olhos marejarem.

- Você está crescendo tão rápido. - falou chorosa.

Era difícil encontrar minha mãe em momentos assim, normalmente ela não costuma demonstrar sentimentos.

- O que aconteceu com a senhora Margott? - perguntou, parecendo realmente interessada no assunto.
- Ela não está dando conta de pagar a casa, as contas e sustentar os filhos. - contei.
- Como você ficou sabendo disso? - perguntou.
- Ela me contou no café da manhã. - contei.

Depois de conversarmos muito sobre a senhora Margott, fui para o meu quarto. Após tomar um banho, me deitei diretamente. Estava exausta e precisava descansar já que amanhã teria uma festa de aniversário da Maria Eduarda para ir de noite.


Notas Finais


Espero que tenham gostado! Não esqueçam de favoritar e mandar sugestões para eu melhorar.


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