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História O que é que tem? - Capítulo dois


Escrita por: HiraHonseka

Notas do Autor


Outro capítulo!

Capítulo 2 - Capítulo dois


Fanfic / Fanfiction O que é que tem? - Capítulo dois

Laís narrando

Esse domingo seria longo. Comecei cedo, quando acordei precisava ir buscar o presente da Duda que havia mandado fazer. Na verdade era algo que ela havia me pedido ha muito tempo, que a minha tia faz. É uma almofada toda bordada, parece ser clichê e um presente muito simples, mas ela adora e precisava fazer isso por ela.

- Irei buscar o presente da Duda. - falei, terminando de tomar o café.
- Quer que eu vá com você? - mamãe perguntou.
- Pode ser. - sabia que ela gostaria de ir junto, caso contrário, não haveria pedido.

Fomos almoçar fora, meus pais estavam de bom humor. Meu pai principalmente, ele deixava isso bem claro para todos.

- O que aconteceu? - perguntei.
- Como assim? - meu pai perguntou.
- Estão tão felizes hoje. - respondi.
- Seu pai conseguiu um novo sócio para a empresa. - mamãe contou.
- Está explicado. - falei.

Com certeza não poderia ter outra resposta, tudo para meu pai tinha relação ao trabalho. Ele vivia disso, era o seu maior amor.

- Soube que ele tem um filho da sua idade. - papai contou.
- Você deveria conhecê-lo. - mamãe propôs.
- Vocês estão querendo jogá-lo para cima de mim? - perguntei achando graça das atitudes deles.
- Não é isso filha. Vocês podem ser amigos. - meu pai falou tentando disfarçar.

Estava claro que ele gostaria que eu tivesse outras relações com o filho do seu novo sócio.

Passei a tarde toda no meu quarto, finalizando alguns exercícios e escolhendo o que vestir para a festa. Entrar no closet e sentir que não havia nenhuma roupa para usar, é algo da minha rotina. Como a festa seria de noite, e teria música, tudo mais, preferi usar algo curto.

Optei por usar uma blusa preta, com flores em volta. Um shorts jeans, e um casaco bem fino de cor creme por cima. Meu sapato predileto era sempre a minha primeira opção, todo preto, fechado e alto. Preferi deixar a maquiagem mais leve, passando apenas um delineador.

- Já está indo? - meu pai perguntou.
- Sim, por que? - perguntei.
- Você tem como voltar mais cedo? - pediu.
- Não sei, é aniversário da Duda. - respondi.
- Hoje o meu sócio virá jantar aqui com sua família, seria bom se estivesse aqui pelo menos para a sobrimesa. - falou, me encarando com expectativa.
- Vou ver o que posso fazer. - foi a última coisa que falei.

Meu pai sabia que não gostava de misturar trabalho com a minha vida pessoal. Está mais do que óbvio que ele quer que eu conheça o filho do seu sócio, mas para ser bem sincera não estou com a mínima vontade disso.

Quando minha mãe me deixou em frente a casa da Duda, já se podia ouvir o som alto da música lá de fora.

- Cuide-se, caso precise só me ligar. - falou cuidadosa.
- Tudo bem. Amo você. - me despedi.
- Te amo querida. - falou, mandando um aceno logo em seguida.

Lá estava eu, parada em frente a porta da Duda, com uma embalagem de presente que dentro tinha uma almofada. Como ela era um pouco grande, muitas pessoas que estavam chegando, começaram a me encarar.

- LAÍS!!! - gritou Maria Eduarda, animada.
- Parabéns amiga. - falei, dando um beijo e um abraço nela.
- Você trouxe minha almofada. - falou sorridente, abraçando a mesma.
- Não aguentava mais ouvir você pedindo. - brinquei.

Ela me levou para dar uma volta na sua casa, por mais que eu já fosse de casa. A festa em mais proporção estava ocorrendo do lado de fora, atrás, onde havia uma piscina enorme.

Muitas pessoas da escola estavam lá, inclusive um garoto bastante insuportável, que ao notar minha presença, fez questão de demonstrar seu desgosto.

- Amiga o Arthur não para de te olhar. - Duda falou com um olhar malicioso.
- Deve estar tentando me acertar com sua visão de raio lazer. - brinquei.
- Será que ele gosta de você? - perguntou.
- Ele me odeia. Nós não nos aturamos. - expliquei.

Duda como sempre continuava com aquele olhar brincalhão, como se quisesse me dizer alguma coisa, me deixando totalmente sem graça. Muitos meninos chegavam ao nosso lado, querendo alguma coisa, mas não estava afim. Para ser bem sincera, nunca estou.

Estava sentada em uma das banquetas perto do balcão da churrasqueira, com uma garrafa de smirnoff na mão, quando alguém chegou ao meu lado. Era um menino alto e loiro, seus olhos chamavam muita a atenção, mesmo sendo castanhos.

- Sozinha? - perguntou.
- Mais ou menos. - respondi. - A Duda foi conversar com os outros convidados. - expliquei.
- É amiga dela? - perguntou.
- Melhor amiga. - sorri.

Ele passou os olhos pela multidão que estava a nossa volta, procurando por alguém.

- Posso me sentar? - pediu.
- Claro. - concordei.
- Me desculpa, mas nem me apresentei. Sou o Leonardo. - estendeu a mão para mim.
- Laís. - apertei a mesma.

Nós ficamos conversando um pouco sobre assuntos aleatórios, até ele tocar no assunto família.

- Como seus pais são? - perguntou.
- Minha mãe se chama Mônica e tem 43 anos, trabalha com o meu pai na administração da empresa. Já meu pai, se chama Oscar e tem 46 anos e é dono da empresa, mas atua mais na parte financeira e de negócios. - contei resumidamente. - E os seus? - perguntei.
- Minha mãe se chama Maria Helena e apenas participa das reuniões da empresa, tem 44 anos. Meu pai se chama Carlos e tem 47 anos, também é dono de uma empresa, mas ele gosta mais de mandar mesmo. - brincou. - Na verdade era para eu ir em um jantar com eles daqui a pouco, mas não curto muito. - contou.

Que coincidência, ele também precisava estar em um jantar na noite desse domingo. Seus pais eram donos de uma empresa. Estava com vergonha de perguntar mais coisas, então preferi ficar em silêncio.

- Você está namorando? - perguntou, tentado puxar assunto.
- Não gosto muito dessas coisas. E você? - perguntei, apesar de não ver nenhuma aliança de compromisso em seu dedo.
- Não tenho tempo para isso. - respondeu brincalhão.

Leonardo tinha um papo legal, sabia puxar assuntos que fluíam de maneira tranquila. Duda chegou nos abraçando, havia bebido um pouquinho além da conta.

- Quem é esse gato amiga? - foi o que deu para entender, já que ela falava enrolada.
- Sou eu Duda. - o Leonardo falou, segurando o rosto dela, para que a mesma olhasse bem para o seu rosto.
- Léo!!! - ela falou alto, o abraçando.
- Sou eu. - falou bonachão.

A Maria Eduarda jamais havia me falado desse seu amigo, mesmo porque na festa havia muitas pessoas que eu nunca havia ouvido falar.

- Acho que já está na hora dessa festa acabar. - a mãe da Duda falou, chegando ao meu lado.
- É só pararmos a música que todos vão embora. - comentei.

Leonardo fez o trabalho de levar todos os convidados para fora, alguns já tinham ido, então não deu muito trabalho. Precisava ir para casa, já era 1h da manhã.

- Quer uma carona? - Leonardo ofereceu.
- Pode ser, se não for incomodar. - aceitei.
- Capaz, faço a maior questão. - piscou.

Após explicar mais ou menos o caminho da minha casa, fomos conversando o tempo todo e cantando algumas músicas que tocavam no rádio. Claro, eu sempre cantava baixo, enquanto ele fazia um escândalo.

Quando cheguei em casa, todas as luzes estavam apagadas, e um tremendo silêncio pela mesma. Precisava dormir cedo, pois, a semana toda estava por vir e a aula começaria cedo no outro dia.


Notas Finais


Espero que gostem!


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