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História O que é que tem? - Capítulo quatro


Escrita por: HiraHonseka

Notas do Autor


Heeye, não esqueçam de favoritar!

Capítulo 4 - Capítulo quatro


Fanfic / Fanfiction O que é que tem? - Capítulo quatro

Laís narrando

Por incrível que pareça, naquele dia, quando fui sair da enfermaria do colégio, Arthur estava me esperando sentado no banco que ficava do lado de fora.

- Até que enfim. - exclamou.
- O que está fazendo aqui? - perguntei estressada.
- Esperando você. - falou.
- E por que? - minha canela estava doendo e não estava afim de incomodação naquele momento.
- Preciso te levar até o seu carro que está esperando na saída. - respondeu sem muita vontade.
- Não preciso da sua ajuda. - resmunguei.
- Que bom, então tchau. - falou e começou a andar.

Comecei a pular com um pé só e arrastar a perna. De fato estava doendo demais para que eu andasse até a parte da saída. Faltava passar por mais dois corredores até chegar na mesma. Não queria ceder. Assim como Arthur não gostava da minha presença, também não gostava da dele.

- Arthur!!! - gritei.

Ele se virou rapidamente, me olhando com um olhar sacana. Estava adorando o fato de ser útil naquele momento e provavelmente rindo da minha cara.

- Você não falou que não quer minha ajuda? - perguntou debochado.
- Está doendo muito. - apontei para a minha perna.

Naquele momento seu olhar não foi zombeteiro ou sacana e sim de quem estava compreendendo o que eu estava sentindo. A dor não era fácil e precisava me movimentar para chegar até a saída. Arthur me fez subir em sua costas. As pessoas nos olhavam como se não acreditassem no que estavam vendo, principalmente Duda que me olhou com os olhos esbugalhados, logo em seguida soltando uma enorme risada.

- Está bem aí em cima? - perguntou risonha.
- Bem legal. - fiz careta.
- Devo concordar que estar colada no meu corpo deve ser bom para você. - Arthur se achou.
- Menos por favor. - pedi.

Ele fez questão de me colocar sentada dentro do carro, no banco da frente que teria mais espaço para esticar a perna. Aproveitei e ofereci uma carona para o mesmo e para Heitor que também estudava lá.

- Como você está? - perguntou Heitor, como sempre sendo um amor de pessoa comigo.
- Tirando a dor na perna, estou bem e você? - perguntei.
- Bem e gordo, depois daquela compra que fez para nós. - começou a rir e Arthur fez cara feia na hora.

Após deixá-los em casa e chegar na minha. O senhor Antônio me pegou no colo, o que foi um pouco estranho, mas com a dor que estava sentindo não iria abrir a boca para reclamar. Ele me deixou no sofá da sala. Minha canela estava bastante inchada, então provavelmente não iria para a escola no outro dia.

- Filha, o que aconteceu? - mamãe perguntou preocupada.
- Levei um chute na canela. - respondi.
- E quem fez isso com você querida? - perguntou tocando o meu machucado, fazendo-me suspirar.
- A Nataly, na hora que estávamos jogando futsal. - contei.
- Já conversamos sobre esses esportes filha. - falou sendo chata.

Minha mãe não gostava nada em saber que gostava de futsal e que praticava o mesmo. Muito menos quando chegava em casa com algum machucado por conta disso. A única coisa de ruim é que, precisava ficar ouvindo ela reclamar sempre, porém, nunca parava de jogar.

- Você não vai para o colégio amanhã. - anunciou.
- Não mesmo. - concordei.
- Filha quer chamar a Duda para ficar com você? - perguntou.
- Por que mãe? Nem é final de semana. - perguntei confusa.
- Eu e seu pai vamos viajar. - contou.
- Está explicado. - falei. - Pode ser, depois ligo para ela.

Meus pais foram viajar logo depois do almoço. A casa era toda minha, porém estava com a perna machucada. Liguei para Duda, mas ela tinha compromisso neste dia e não poderia vir ficar comigo. Estava aborrecida deitada no sofá da sala, enrolada em uma coberta.

- Laís, acabou de dar o meu horário, vai precisar de alguma coisa? - perguntou Margott.
- Não quero ficar sozinha. - falei, parecendo uma criança mimada.
- Se você quiser peço para os meninos virem te fazer companhia. - falou animada.
- Você faria isso por mim? - pedi sorrindo.

Sabia que Heitor aceitaria o convite caso não tivesse nada para fazer, mas duvidava bastante que Arthur iria vir. Deixei que Margott fosse com o motorista buscar seus filhos em casa. A nossa casa tinha dois quartos de hóspedes que daria para ela e seus filhos ficarem.

Havia passado uma hora desde que Margott saiu para ir em casa buscar seus filhos. Estava ficando preocupada, a casa deles não ficava tão longe da nossa e por isso milhares de coisas passavam pela minha cabeça. Quando ouvi o barulho do carro entrando na garagem, meu corpo deixou de ficar tenso e fiquei aliviada.

Dava para ouvir algumas vozes vindas do lado de fora da casa e logo a porta foi aberta. Heitor entrou segurando duas caixas de pizzas gigantes. Só de olhar minha barriga já fez barulho. Logo em seguida, Arthur apareceu com duas sacolas nas mãos, dava para ver duas coca cola, e mais algumas coisas. Assim que entrou fechou a porta.

- Cade a mãe de vocês? - perguntei.
- Ela precisou ir na casa da nossa tia. - Heitor respondeu.
- E você veio de bom grado? - perguntei me referindo ao Arthur.
- Só vim para comer. - falou soltando as bolsas na pequena mesa da sala.
- Onde é a cozinha? - Heitor perguntou.
- Ali. - apontei e logo os dois foram até a mesma.

Eles demoraram cerca de dois minutos para voltar. Em suas mãos havia pratos, talheres, copos, guardanapos...

Me arrastei até o chão para ficar sentada em volta da pequena mesa da sala. Os meninos tiraram as tampas das caixas e o cheiro de pizza ficou ainda maior e mais gostoso.

- Que saudade de comer pizza. - comentei.
- Faz tempo que não come pizza? - Heitor perguntou.
- Uns três meses. - respondi, pegando uma fatia da pizza de calabresa.

Arthur se apoderou do controle da minha televisão e procurou canais de filmes. Ele deixou no filme Corrida Mortal.

Enquanto comíamos as pizzas que por sinal estavam deliciosas, Arthur não falou nada, quer dizer "uhum, aham, hm" não conta.

- Vocês poderiam faltar a aula amanhã. - comentei.
- Seria uma boa. - Arthur abriu a boca pela primeira vez.
- Só temos jogos mesmo. - Heitor falou.

Um milagre estava acontecendo. Eu e o Arthur estávamos no mesmo ambiente, perto um do outro e não estávamos brigando. A Duda se surpreenderia quando lhe contasse que não tivemos nenhuma briga, pelo menos não até agora.

- Achei que você era mais patricinha, mas até come pizza com a mão. - Arthur falou debochado.
- Não tem graça comer com faca e garfo. - falei, tentando não lembrar da parte que ele me chamou de patricinha.
- Vamos fazer alguns jogos? - Heitor falou, olhando com um sorriso malicioso para Arthur.

Já havia visto Arthur sorrir daquela maneira, mas Heitor estava aprendendo com o irmão mais velho.

- Que tipo de jogo? - perguntei curiosa.
- Tipo verdade ou consequência, mas só consequência, sem perguntas. - explicou Heitor.
- Pode ser. - concordei com medo do que eles pudessem propor.
- Vamos pensar em algo muito interessante, duvido que irá fazer. - Arthur falou sorridente, com o mesmo sorriso de quando lhe encontrei hoje no vestiário masculino lá na escola.

Estava um pouco nervosa, não sabia muito bem como esse jogo funcionava e não queria que eles pedissem algo tão exagerado. O Heitor até poderia pedir algo mais fácil, mas Arthur era mais sacana e poderia apelar para algo pior.


Notas Finais


Espero que gostem!


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