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História O que é que tem? - Capítulo cinco


Escrita por: HiraHonseka

Notas do Autor


Último capítulo do dia, espero que estejam gostando!

Capítulo 5 - Capítulo cinco


Fanfic / Fanfiction O que é que tem? - Capítulo cinco

Laís narrando

Os dois ficaram cochichando coisas um no ouvido do outro e caindo na gargalhada, o que me deixava um pouco irritada, mas tentei não demonstrar.

- Corra apenas de calcinha e sutiã pela rua. - Arthur falou rindo.
- Eu não vou fazer isso. - discordei.
- Sabia que você não teria coragem, como sempre sendo uma medrosa. - Arthur me desafiou, odiava quando ele fazia isso.

É como se algo dentro de mim quisesse fazer apenas para mostrar para ele que eu não sou nenhuma medrosa.

- Eu vou fazer. - falei e os dois me olharam de boca aberta.
- Você tem que correr até a esquina e voltar. - Heitor falou.
- Se a polícia me prender a culpa é de vocês. - falei séria.

Abri o portão da minha casa ainda de roupa. Por sorte estava usando um top, que tampa mais do que um sutiã e uma shorts curto. Os meninos concordaram que poderia ser daquele jeito mesmo.

O tempo estava um pouco frio, ou seja, estava tremendo. Corri o mais rápido que pude até a esquina. Quando vi dois faróis fortes na minha direção, sai correndo em disparada para a minha casa. Encontrei os meninos rindo feito duas crianças, o que me dava cada vez mais raiva.

- Vocês são uns chatos, vou dormir. - falei emburrada.
- Nós não fizemos por mal. - Heitor falou desmanchando o sorriso.
- Não importa. E você, não me provoque mais. - falei apontando para Arthur.

Não estava nenhum pouco afim de conversar com os dois. Quase fui pega na rua por um estranho apenas de roupas intimas. Onde que eu estou me metendo?

Deitada na minha cama, a única coisa que não me dava vontade era de dormir. Pensava em milhares de coisas, pura fantasia, mas não dormia de jeito nenhum. Já havia mostrado o quarto dos meninos para quando eles quisessem dormir, então isso não seria problema.

Quando finalmente estava conseguindo dormir, alguém bateu na porta.

- Pode entrar. - falei.
- Sou eu, o Heitor. - ele falou, entrando.
- Precisa de alguma coisa? - perguntei.
- Só não estou com sono. - respondeu. - Achei que estaria acordada e com raiva de nós dois.
- Achou certo. - confessei.
- Era só uma brincadeira. Na verdade não achei que você iria fazer. - contou.
- O seu irmão me provocou, ele sempre faz isso. - falei. - Odeio que duvidem de mim. - reclamei.
- Arthur sempre foi assim, acho que é a falta de um pai em casa. - Heitor tentou explicar.

De fato a falta de uma figura masculina fazia toda a diferença. Eles não tinham em quem se espelhar. Arthur provavelmente foi quem mais sofreu, pois, sempre foi o mais velho e quem sabe era dele que sua mãe pedia ajuda quando precisava.

- Pode sentar aqui. - falei apontando para o espaço vazio na cama.
- Obrigado. - agradeceu.

Não sei bem que hora era quando dormi, só sei que quando acordei Heitor não estava mais na cama. Provavelmente voltou para o seu quarto depois que dormi, já que ficamos conversando até de madrugada.

Era terça-feira e eu não iria para o colégio, minha perna ainda doía bastante, principalmente na minha canela. Depois de me arrumar tive dificuldade de descer a escada, mas estava morrendo de fome. Ouvia a voz da dona Margott de longe.

- Bom dia. - falei me espreguiçando.
- Olá Laís, como está? - perguntou Margott.
- Bem e a senhora? - perguntei.
- Bem, obrigada. - respondeu. - Os meninos se comportaram? - perguntou.

Arthur e Heitor me olharam com os olhos esbugalhados, como se implorassem para que eu dissesse que eles foram os melhores meninos desse mundo. Por mais que me provocaram, ainda assim foi boa.

- Foram queridos. - falei.
- Ainda bem, esses são os meus meninos. - falou, enquanto apertava as bochechas deles.

Depois de insistirmos muito dona Margott deixou que os meninos faltassem a aula para ficarem na minha casa novamente, me fazendo companhia.

Aos poucos a minha ficha estava caindo... Após dois anos e meio não gostando nenhum pouco da presença do Arthur, finalmente estava me acostumando com a sua companhia. Apesar de que, ainda me olha com aquele olhar de deboche e que suas loucuras ainda continuem persistindo, o ódio que sentia dele vem amenizando com o tempo. Talvez seja pela situação que ele esteja passando no momento ou pelo carinho que tenho por sua mãe e Heitor. Mas na realidade a única coisa que espero é que ele quem sabe mude, talvez possamos ser amigos, não custa nada sonhar.

- No que tanto está pensando? - Arthur me perguntou com aquele sorriso malicioso.
- Nada que seja da sua conta. - pisquei.
- Como sempre um amor de pessoa. - comentou, revirando os olhos logo em seguida.

[...]

Não demorou muito para que meus pais chegassem, na verdade, naquela tarde enquanto estávamos tomando banho de piscina, eles nos encontraram. Os dois pareciam confusos, talvez nem soubessem o que estava acontecendo ou quem eles eram.

- Filha? - meu pai chamou.
- Vocês já chegaram. - falei. - Achei que iriam chegar apenas de noite. - comentei surpresa.
- Felizmente a reunião terminou antes do esperado. - mamãe contou. - Será que pode vir aqui para que possamos conversar um momento? - pediu e eu apenas assenti.

Eles ficaram dentro de casa e eu no gramado, em frente a porta.

- Quem são eles? - papai perguntou.
- Os filhos da Margott. - respondi.
- E quem deixou eles virem para cá? - perguntaram.
- Eu permiti. - respondi. - A Duda não pode vir, não queria ficar sozinha, então pedi para que dormissem aqui. - expliquei.
- Eles dormiram aqui? - papai perguntou um pouco nervoso.
- Sim, algum problema? - falei.

Minha mãe me olhou com aquele olhar de quem já soubesse o que estava prestes a acontecer. Papai saiu furioso andando pela casa, só deu para ouvir o barulho da porta do seu escritório bater forte.

- Você deveria ter nos ligado. - mamãe aconselhou.
- Mas o que tem demais? - perguntei.
- Não se trás qualquer pessoa para a nossa casa. - respondeu séria. - Trate de se despedir dos seus amigos. - pediu, subindo a escada.

O que me revoltava mais era que os meninos não eram qualquer uns, eles eram filhos da Margott, uma mulher de confiança que trabalha em nossa casa a anos. Como iria me despedir dos dois? Só se eu os chamassem para dar uma volta pela cidade.

- O que vocês acham de irmos em algum bar? - os convidei.
- Estou morrendo de fome mesmo. - Arthur concordou.
- Quando é que você não está com fome? - Heitor fez graça, levando um tapa no braço.

Talvez quando eu chegasse em casa meu pai iria querer ter uma conversa séria comigo sobre com quem estou andando. Porém, de nada adiantaria. Eles sabem que comigo não tem essas frescuras de dizer com quem eu ando ou devo andar. Ou quem sabe, isso seja só medo de que eu tenha interesse por outros meninos e acabe deixando o filho do seu sócio de lado. Como não pensei nisso antes? Com certeza era isso. Ele nunca reclamaria de amigo meu, nunca reclamou antes.


Notas Finais


Espero que gostem!


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