História O Que Não Podemos Evitar - Capítulo X

Manhã de Domingo

Mansão Stark

―Olha só quem acabou de chegar? – Tio Brandon chamou a atenção dos outros que se encontravam na piscina ao falar. – Onde está sua irmã?

―Dormindo. – Apenas disse.

―Tá sei, mas o que aconteceu com o apartamento deles? – Perguntou curioso.

―Que apartamento? – Robb não estava realmente ouvindo o que o tio estava falando.

―Jon falou para todos que a Jeyne recebeu um telefonema sobre algum problema com o apartamento deles e que você foi junto e resolveram dormir por lá. – Esclareceu.

―Ah esse apartamento. Bom não era nada foi um engano, vou subir e voltar a dormir. – Levantou-se e seguiu rumo a casa.

De todas as maneiras que ele pensou em contar para Jeyne sobre o que sentia, não era bem dessa forma que ele planejava, ele não sabia o que tinha acontecido, mas estava aliviado de ter feito, só não esperava que ela sentisse o mesmo por ele, ou sentia. Droga ele precisa descobrir se ela ainda sente algo, ele só tem que pensar em como.

―Sinto muito Jeyne, mas eu não vou parar agora. – Pensou alto quando Theon entrou no quarto sem nem ao menos bater.

―O que você fez? – Perguntou

―Não sei do que você está falando.

―Ah sabe sim, Jon me disse assim que eu coloquei meus pés aqui. Sério Robb eu deixou você por uma noite e você se declara para sua irmã no jantar de noivado de sua outra irmã? E pior seu irmão, aquele poço de bom humor e amabilidade, me acusou de saber de tudo e te encobrir. – Robb estava olhando para Theon tentando não socar o amigo. – O que você diz em sua defesa?

―Por que você e o Jon não vão para o inferno? Eu não estou a fim de conversar eu tenho que pensar.

―É um alívio saber que você pensa parceiro, mas porque não pensou ontem antes de beijar a Jeyne? Como ela reagiu? Eu diria que muito mal tendo em vista que ela fugiu no estilo Velozes e Furiosos. – Falou já não conseguindo segurar o riso, mas vendo que o amigo continuava de cara feia parou. – Nossa você está um porre, minha piada foi ótima, você tem que admitir.

―Ela disse que senti, melhor, sentia o mesmo que eu, só que está no passado e que nunca tivemos a menor chance, que ela está bem com o Jaime Lannister.

―Uau! Por essa eu não esperava, o que você pretende fazer? Já disse uma vez, esquece isso irmão, a Jeyne pode ter razão vocês nunca tiveram chances de fazer essa coisa que eu não sei o que é acontecer. – Theon tentava convencer o amigo a desistir, mas como ele poderia desistir? Ele sentiu no beijo que trocaram que existe sim uma chance.

―Eu nunca te escutei Greyjoy e não vai ser agora que eu vou começar.

―Que maravilha os dois estão juntos. – Jon entrou com cara de poucos amigos. – não vai me dizer o que aconteceu? Onde está a Jey?

―Se você veio aqui para me julgar ou me dá lição de moral eu estou dispensando. – Com o dedo em riste na direção de Jon ele continuou. – Eu sei que eu escolhi o pior momento para contar tudo, mas eu queria muito que pelo menos meu irmão ficasse do meu lado. – Soltou um suspiro de cansaço. – Eu vou precisar de você, porque agora que ela sabe, eu não vou desistir.

―Percebe a loucura que está dizendo? Em algum momento dessa história épica e romântica que criou você considerou como nosso pai vai reagir? E a sua mãe? Levou em consideração os sentimentos da Jey? Você é o irmão dela caramba!

―Ela sente o mesmo por mim! – Gritou – Ela mesma disse. – Jon se surpreendeu com a revelação.

―Tecnicamente ela disse que sentia que estava tudo no passado. – Theon falou devagar recebendo de Robb um olhar assassino. – Eu só queria deixar as coisas mais claras, qual é cara, por favor, tem certeza que quer entrar nessa briga?

―Eu tentei os deuses sabem que eu tentei, eu mudei de continente, me afastei da minha família, mas não deu, eu só quero ter a chance de tentar!

―Eu sinto muito por isso irmão. – Jon parecia mais sereno ao falar. – Mas você sabe que as coisas não são simples. Você tem a intensão de contar para o nosso pai e para tia Cat? – Robb deixou-se cair sobre a cama. – Foi o que eu pensei.

―Eu a amo Jon, me diz como faço para acabar com isso então? – Era uma suplica

―Certo, como seu irmão eu não vou te dá às costas, mas como irmão da Jey eu acabo com a tua raça se você a ferir.

―Ah que lindo! Os irmãos estão se entendo, escuta Jon é mais provável que o Lannister faça isso primeiro. – Theon fala fazendo Jon dá um sorriso de desafio em direção a Robb.

―Detesto admitir, mas o Greyjoy pode ter razão.

Manhã de domingo

Apartamento de Jaime

Jeyne esta sentada no sofá esperando o almoço que Jaime havia pedido no seu restaurante favorito de comida dornesa, enquanto isso o seu namorado estava ao telefone com ninguém mais, ninguém menos que a toda poderosa Briene de Tarth. Quando por fim terminou, ele veio até ela sentando-se ao seu lado a abraçando.

―Desculpe eu prometo que agora eu serei todo seu. – Começou a beijar seu pescoço quando a campainha tocou. – Acho que é nosso almoço. – Foi atender a porta.

Jeyne pensou mais uma vez nas palavras de Robb, sobre não haver amor entre ela e Jaime, isso a deixava com raiva e confusa. – Você está estranha, vai me contar o que está te incomodando? – Ela virou a cabeça para olhar para ele, que estava atrás dela.

―Nada, acho que ainda estou cansada da festa de ontem. – Ela se levantou e foi até ele o abraçando pela cintura. – A gente pode comer agora? Ou você precisa fazer mais uma ligação para a Briene? – Disse fazendo uma careta.

―Está com ciúmes da Briene?

―Sim estou, como se você não tivesse notado o quanto ela é linda e inteligente. – respondeu.

―Sim, na verdade eu notei. – Falou rindo

―Jaime Lannister! Perdeu a noção do perigo só pode. – Para a surpresa de Jaime ela pula em seu colo e envolve sua cintura com as pernas. – Posso fazer uma pergunta? Na verdade outra, já que eu acabei de fazer uma. – Ele riu, tirando um das mãos que sustentava a garota e colocando em seu rosto e dando sinal para ela continuar. – Existe amor entre a gente não é? – Jaime a olhou surpreso.

―Isso é por causa da Briene? Jeyne sabe que não precisa se sentir assim!

―Não é por causa da Briene, é só que... Deixa pra lá. – Ela se preparou para descer do colo de Jaime, mas ele a impediu prendendo o corpo de Jeyne entre ele e a parede.

―Existe, é claro que existe. – Jaime tomou os lábios de Jeyne com um acerta urgência ele forçou sua língua entre os lábios da garota que aceitou, Jeyne se segurava nos ombros largos de Jaime enquanto ele explorava seu corpo com as mãos. – Ainda quer almoçar? – Jeyne fez que não com um gesto de cabeça fazendo com que surgisse um sorriso no rosto de Jaime.

Com Jeyne em seu colo Jaime a levou até mesa de jantar e a fez se sentar ficando entre suas pernas. – Acho que paramos exatamente aqui da outra vez. – Jeyne riu com a lembrança, Jaime desceu os lábios pelo pescoço dela desbravando o caminho até seus seios que estava convidativos no decote daquele vestido, Jaime agradeceu aos sete por ela não está usando sutiã, começou descer as alças finas do vestido expondo os seios, Jeyne fechou os olhos em antecipação ao que ele faria. – Linda, uma perfeição. – Suspirou Jaime tomando na boca um dos seios enquanto Jeyne enfiava as mãos em seus cabelos.

Jaime queria mais, muito mais, quando Jeyne enfiou as mãos dentro da sua camisa raspando as unhas em seu abdômen, Jaime não pode resistir e a aproximou o máximo que pode do seu corpo para fazê-la sentir a intensidade do desejo que ela despertara nele, Jeyne gemeu e colou a boca na de Jaime, quando sentiu que Jaime a carregava para seu quarto, ao chegar a deitou na cama enorme e a cobriu com seu corpo.

―Estava com saudade da sua pele, seu cheiro. – Disse enquanto beijava entre os seios de Jeyne a fazendo soltar um gemido. – Senti falta desse som também. – Jaime a olhou nos olhos, ele sabia que algo estava errado com ela e ele só queria que Jeyne se sentisse bem novamente ele faria tudo para que isso acontecesse.

―Então me ame Jaime, me faça esquecer tudo o que existe fora desse quarto. – O prendendo com suas pernas, Jaime volta a beijá-la enquanto se livrava das roupas que formavam uma barreira entre seus corpos. – Preciso de você. – Jeyne sentiu Jaime penetrá-la e não conseguiu evitar um gemido ao senti-lo tão forte e fundo em seu interior. Jaime se movimentava entrando e saindo do corpo quente de Jeyne enquanto ela o marcava nas costas com suas unhas bem feitas. Quando não mais aguentaram segurar o êxtase que teimava em chegar, deixaram-se levar pela onda de prazer que os atingiu, Jaime rolou para o lado levando Jeyne com ele apoiando a cabeça da garota em seu peito, ficaram em silêncio por um tempo que pareceu uma eternidade para Jeyne, ela fechou os olhos e aproveitou o momento, quando Jaime chamou sua atenção.

―Você pode me contar agora o que está te incomodando, prometo que vou ouvir tudo sem questionar. – Jeyne ergueu a cabeça para olhar para Jaime. – Pode começar. Estou esperando.

―Por que acha que eu tenho algo para contar?

―Jeyne, há quanto tempo nos conhecemos? Eu sei que você está estranha e que tem algo provocando essa ruguinha bem aqui. – Disse tocando na testa de Jeyne. – Desde aquela ligação de madrugada sei que tem algo errado, quer que eu ajude? Então comesse a falar.

―Eu não saberia como começar.

―Que tal pelo começo?

―Essa frase é tão obvia! – Jeyne riu, porém achou que talvez fosse melhor contar. – Tudo bem, eu conto. – Jeyne contou toda sua história com o Robb, a adolescência os sentimentos confusos e a certeza de que ele jamais a corresponderia, depois contou sobre o jantar, mas achou por bem não contar a conversa que teve com o Robb no apartamento dela, Jaime escutou tudo calado, sem dizer uma única palavra. – É isso, não vai dizer nada? – Jaime se levantou da cama e esse gesto deixou Jeyne apreensiva. – Jaime, fale alguma coisa?

―O que exatamente você ainda sente pelo seu irmão? Quero dizer o Robb. – Tentou corrigir.

―O que eu sinto... Como assim o que eu sinto? Você me ouviu contar a história inteira, está no passado, foi algo muito errado que eu não quero mais pra mim!

―Mas o Robb pensa o contrário. – Jaime passou as mãos nos cabelos e riu. – Sabe o que é mais engraçado disse tudo?

―Pela fé dos sete, do que você está rindo!

―De que tudo faz sentido, o porquê de todo o ódio que ele sente por mim, sei que sua família me detesta, mas o Robb... É puro ciúmes.

―Está chateado comigo, por eu ter escondido essa parte da minha vida de você? Você compartilhou todo o seu passado comigo, mas não fiz o mesmo.

―Quando nos conhecemos você disse que existia alguém, era ele? – Jaime queria saber e ele tinha todo o direito, afinal como ela mesmo disse, ele contou todo seu passado para ela, logo seria o mínimo que ela poderia fazer. – Jeyne Stark eu te fiz uma pergunta. – A forma como ele se referiu a ela não era nada boa.

―Sim, era ele sim. – Então ela se apressou em dizer. – Mas Jaime, isso foi há muito tempo, eu era jovem e... – Ela suspirou. – Eu era jovem tá legal? Imatura e estava confusa, ele é meu irmão pelos deuses isso é tão errado, nossos pais ficariam decepcionados e eu não queria mais sentir aquilo!  - Ela desabafou e uma lágrima teimosa rolou por seu rosto. Jaime por fim tornou a se aproximar e a tomou em seus braços.

―Aquilo que você se refere é amor? – Jeyne ficou em silêncio. – Agora sei por que você foi tão compreensiva quando soube sobre Cercei e eu, você acha que você e Robb são a mesma coisa. – Ele afagava seus cabelos. – Não são Jey, ele não é seu irmão, sei que foram criados juntos como uma família, talvez tanto o Robb quanto você apenas devessem ter exposto o que sentia um pelo outro e assim resolverem tudo. – Ele ergueu se rosto para que pudesse olhar em seus olhos. – Você ainda sente algo por ele?

―O que eu sentia ficou no passado, você é meu presente. – Jeyne queria de verdade que Jaime acreditasse nela. – Você é meu presente. – Repetiu e Jaime a abraçou, no fundo ele sabia que estava chegando a hora de deixa-la partir.

―Vai ficar tudo bem, não acredito que aquele moleque beijou você, acho que terei de ter uma conversinha com ele. – Falou deixando Jeyne surpresa. – Estou brincando eu não bato em crianças. – Jeyne soltou um riso e afundou o rosto em seu peito. É ele sabia que essa hora chegaria, mas ele não iria facilitar para o garoto Stark.