História O Que Não Podemos Evitar - Capítulo XVI

Conservatório de música

Caminhando pelos corredores Jaime escutava os acordes de uma de suas canções favoritas, ele pensou tantas coisas nas últimas vinte quatro horas sobre qual seria a melhor decisão a ser tomada, por fim percebeu quem nem sempre a melhor escolha é aquela que você deseja, porém ela precisa ser feita.

Ele parou em frete a sala onde Jeyne estava ensaiando para o concerto que faria junto com a Orquestra de Westeros estava tão plena com seu violoncelo, olhos fechados estava sendo acompanhada por Renly Baratheon em seu piano ambos pareciam estar em outro mundo e por um momento Jaime também se viu sendo carregado para esse mundo, era uma pena ter que se afastar dela, talvez ele devesse seguir o conselho de Tyrion e simplesmente sumir com sua garota, mas ele não tinha esse direito. Então continuou ali olhando Jeyne tocar imaginando como seria sua reação perante a decisão que tomara por ambos.

Ela estava feliz, sempre dizia que a música tinha o poder de fazê-la transcender para outro universo e parece que tinha razão, ele estava ali ha algum tempo e nem ela, nem Renly notaram sua presença, sentiu inveja de ambos neste momento, eles eram como deuses neste exato momento,será que ela iria odiá-lo pelo que estava preste a fazer? Esperou até o fim da música então bateu palmas chamando a atenção da dupla que de forma descontraída fez uma mesura agradecendo os aplausos, Jeyne apoiou o seu instrumento no suporte e foi até ele para cumprimentá-lo, Renly indo logo em seguida.

―Está pronta? Ela respondeu que sim com um sorriso. – Renly você estava fantástico. – Elogiou

―Fica fácil com essa parceira, bom eu também vou indo, se me atrasar para mais um jantar com o Loras ele me mata. – Se despedi do casal e vai embora.

―Para onde vamos? – Jeyne questionou.

―Para sua casa pode ser? – Ela assentiu e o olhou desconfiada. – Como foi o encontro do seu irmão com o pai biológico?

―De um modo geral acho que bem, você parece preocupado aconteceu alguma coisa?

―Sim, mas falaremos quando nós chegarmos a sua casa.

―Tudo bem.

O caminha para o apartamento de Jeyne foi feito no mais completo silêncio, com poucas palavras ditas por Jaime para algumas perguntas que Jeyne lhe fazia, ao chegarem em casa, Jeyne jogou sua bolsa sobre o sofá, se apoiou em um pé cruzando os braços e disparou.

―O que está acontecendo? Qual o motivo dessa cara? – Jaime segurou sua mão e a fez se sentar no sofá.

―Temos que conversar sobre nós e eu espero que você entenda que é o certo a se fazer. – As palavras saiam com dificuldades e ele tentou ser o mais confiante possível por ele e por ela. – Andei pensando sobre nosso relacionamento há algum tempo, quando decidimos levar nossa relação adiante assumimos todos os riscos incluindo que ele poderia chegar ao fim. – Jeyne retira sua mão da de Jaime e se levanta.

―Está terminando comigo? Por quê?

―Por favor, Jey eu preciso que entenda que estou fazendo isso por mim e por você. – ele tentou alcança-la e ela não permitiu.

―Por mim? – Riu com ironia e ele percebeu que seria mais difícil do que ele previu.

―Você ainda sente algo pelo Robb, a história de vocês não acabou. – Ela tentou protestar e ele a impediu. – Por favor, me deixe terminar, eu não quero impedir você de viver nada, mais do que eu já tenho impedido. Você está nesta relação comigo ha tempo demais, eu não quero tirar nada de você. – Jeyne a esta altura já estava andando de um lado par ao outro na sala.

―Eu estou com você por uma escolha minha, eu quero estar com você, Jaime nossa relação não me roubou nada pelos deuses! Nunca houve nada entre mim e o Robb, essa história a que você se refere não existe, nunca existiu. – Jeyne se ajoelha na frente de Jaime e segura seu rosto. – Por favor, não faz isso, estávamos tão bem ontem o que mudou?

―Eu sei que você só está fugindo dos seus sentimentos porque você acredita que esse amor é impossível por serem irmãos, tudo bem que legalmente falando vocês são, foram criados como tal, mas você mesmo disse sobre mim e Cercei, nós não escolhemos quem amamos não é? – Ele segura a mão dela que ainda estava em seu rosto e beijou a sua palma. – Eu vou está sempre com você, porque antes de qualquer coisa somos amigos e você tem sido a pessoa mais importante da minha vida, você me fez uma pessoa melhor Jey. – Ele limpou uma lágrima que rolou pelo rosto da garota ainda ajoelhada a sua frente. – Eu pensei muito e acho que essa é a melhor escolha, não que eu não me sentisse tentado a largar tudo e te levar pra longe como Tyrion me aconselhou. – Ele riu sem nenhum humor.

―Faça isso, vamos embora, por favor, Jaime não faz isso. – Ele a abraçou enquanto ela se segurava em sua camisa. – Eu vou para qualquer lugar que você quiser.

―Você mais do que ninguém sabe que não daria certo. – Jaime se levantou e seguiu em direção a porta. – Não esqueça eu vou está sempre aqui por você não importa a hora e o lugar.

―Jaime não... não me deixe sozinha eu não posso. – Jeyne o abraça forte e Jaime lhe dá um beijo casto em seus lábios.

―Você pode sim, é a mulher mais forte que eu conheço. – Lhe dá um último beijo e sai.

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―O que você está fazendo aqui essa hora? Não devia está na empresa? – Era tudo o que ele não queria lidar com sua irmã, não hoje.

―O que veiou fazer aqui Cercei? – Ele estava sem paciência.

―Perguntei primeiro, mas vou te responder, eu passei na empresa e você não estava, liguei e você não atendia então resolvi aparecer para uma visita, não vai me convidar para entrar?

―Eu realmente não estou para conversas hoje, diga o que quer e vá embora.

―Ainda somos irmãos Jaime, isso deve valer alguma coisa ainda, acho que você devera me contar o que está te deixando tão inquieto.

Jaime olhou para a irmã, a mulher que amou durante sua juventude e buscou resquícios da garota que um dia fora, sua irmã se tornou uma mulher venenosa, para não dizer maldosa ele se sentia um pouco culpado por isso. Com certeza ainda era uma bela mulher, uma das mais lindas de Westeros, mas tudo não passa de uma casca agora. Quando seu pai descobriu sobre eles resolveu mandar a irmã para um internato e ele ficou, Cercei se sentiu a única punida em tudo que aconteceu e tinha razão de certa forma já que ele não perdeu nenhum dos privilégios que tinha ao contrário dela.

Ela vai ficar bem satisfeita em saber que ele e Jeyne não estão mais juntos, ela sempre deixou claro que não gostava de Jeyne e nem aprovava a relação entre eles, ciúmes? Talvez, quando jovens acharam que poderia enfrentar tudo e todos para ficarem juntos e viverem o amor que sentiam um pelo outro,, Cercei odiava saber que ele pode construir laços verdadeiros com Jeyne, algo que ela nunca conseguiu com o Robert.

―Eu e a Jeyne terminamos. – Ele viu a sombra de um sorriso em seu rosto. –Pode rir abertamente Cercei, você sempre torceu por isso tem todo o direito de comemorar.

―Seria hipócrita de minha parte dizer que estou triste com o fim do seu relacionamento, mas você parece triste e não gosto de te ver triste irmão, você pode até não creditar. – Ela tocou seu rosto. – Quer falar sobre isso?

―Na verdade não, o que você precisa saber é que tudo acabou como deveria e foi o certo a ser feito e mesmo não estando mais juntos, ela ainda é uma pessoa muito importante na minha vida.

―Nossa, que coisa linda. – Ela riu debochada. – Foi ela quem terminou? A garotinha cansou de brincar com você?

―Isso não é da sua conta, mas, fui eu quem terminou, para o bem dela e meu também. – Agora Cercei parecia surpresa. – Foi a coisa mais difícil que eu fiz na minha vida. – Passou as mãos pelo rosto jogando-se sobre o sofá. – Ela foi a melhor coisa que me aconteceu.

―Então terminar o seu namoro foi mais difícil do que me deixar? Se ela foi a melhor coisa que te aconteceu porque a deixou ir?

―Não vamos por esse caminha Cercei, hoje não. Agora pode me contar o que veio fazer aqui. – Jaime queria muito ficar sozinho.

―Um convite para um jantar em nossa casa, Robert quer receber alguns amigos para lançar sua candidatura.

―Convite feito, agora eu preciso muito ficar sozinho.

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A garrafa de vinho já estava quase vazia, ela com certeza abriria mais uma, seu namoro de quatro anos acabou, ela estava sozinha e mais confusa do que antes. Nas últimas semanas sua vida tinha virado uma bagunça, ela realmente pensou em desaparecer. Enquanto olhava para a taça de vinho em suas mãos pensou em como ela estava ferrada, abriu um sorriso ao imaginar a reação de seus pais quando souberem que Jaime pôs fim ao namoro deles, seu tio Brandon então soltaria fogos.

Ela foi até a cozinha pegar mais uma garrafa de vinho isso irai ajuda-la a não pensar na sua situação atual, encarando a garrafa ela indagou. – Preciso de uma amnésia alcoólica e você vai me ajudar, não vai lindinha? Vamos para o meu quarto, precisamos de privacidade. – Com passos cambaleantes segue em direção ao seu quarto dando de cara com Jon e Ygritte que olhavam para ela como se ela fosse um dragão de duas cabeças, esse pensamento a fez rir.

―O que houve? Está bebendo?

―Qual foi a dica? A garrafa ou o fato de ela está bêbada? – Ygritte falou.

―Eu ouvir essa cunhadinha, eu não estou bêbada apenas um pouco... – Fez o sinal com a mão. – Um pouco só alta.

―Jura? Nossa daqui pareceu muito que você está de fogo. – Seu irmão falou enquanto tentava arrancar a taça e a garrafa de suas mãos.

―Não eu preciso disso. Eu... Jon você... quer parar de girar eu estou falando com você?

―Chega você vai para cama agora, depois falamos sobre isso. – Apontou para a garrafa, jogando Jeyne sobre seus ombros subindo as escadas com Ygritte logo atrás chegando ao seu quarto Jon colocou a irmã em sua cama e então ela começou a chorar. – O que está acontecendo Jey? Fala comigo, por favor.

―O Jaime terminou comigo, ele disse que não podia continuar e foi embora. – Jon beijou sua testa.

―Dorme um pouco amanhã depois que a ressaca passar vocês podem se entender.

―Ele não vai voltar atrás acabou de verdade tenho que aceitar. – Ela se ergueu para ficar sentada na cama, passando as mãos nos cabelos que pareciam um ninho de uma ave qualquer.

―É eu vi que você aceitou muito bem, porque ele decidiu terminar o namoro? – Jon questionou.

―Porque ele acha que está me impedindo de viver a minha vida, me prendendo em um relacionamento com ele e também por causa do Robb. O que eu faço Jon? Eu não queria isso.

―Talvez ele tenha razão, você precisa parar de fugir e encarar o fato que você tem sim sentimentos... não acredito que vou dizer isso, você tem sentimentos pelo Robb, está claro e você mesma me disse lembra? – Ele tinha razão.

―Acha que nossa família vai aceitar isso? Nosso pai, tios, irmãos, vão aceitar esses sentimentos? Acorda Jon, isso nunca vai acontecer e quer saber? Eu quero ficar sozinha.

―Tudo bem eu vou está aqui bem perto se precisar é só chamar ok?

Jon saiu do quarto encontrando Ygritte  que esperava do lado de fora, tinha uma expressão surpresa. – Posso fazer uma pergunta? Que história é essa de sentimentos pelo Robb?

―Para um segredo acho que tem gente demais sabendo disso. – Jon coçou a barba. – Ela e o Robb têm uma história desde a adolescência ao que parece nunca se envolveram devido a situação de ambos, mas se apaixonaram e parece que continuam apaixonados, então Robb voltou e se declarou e agora está essa confusão que você está vendo.

―Uau! Sua família não vai aceitar isso muito bem, principalmente sua tia Catelyn o que vamos fazer?

―Ficar aqui e dá apoio caso ela precise, vou ligar para o Robb.