História O Que Não Podemos Evitar - Capítulo XLI

Apartamento de Theon.

Jeyne cantarolava uma música que tocava no rádio do carro, ela não prestava a atenção ao caminho que eles percorriam até o local surpresa onde iriam almoçar.

―Tem alguém animada. – Robb interrompe a cantoria de Jeyne.

―Eu gosto dessa música. – Responde e volta a cantar até que ela para de repente. – Porque estamos indo para o nosso antigo apartamento? – Robb nada responde. – Veio pegar alguma coisa? Por favor, não me diga que a surpresa é um almoço com o Greyjoy.

―Por favor, tenha calma mulher. – Ele fala e acaba levando um beliscão de Jeyne. – Ai! Apenas desça comigo, juro que não tem porque se preocupar.

―Robb você está aprontando eu sei! – Ela aponta o dedo para ele. – Eu te conheço Stark e eu juro que se você aprontar alguma coisa pra cima de mim você está fodido! – Ela alerta.

―Ou pode ser o contrário. – Ele rir da cara que ela faz. Ele estaciona o carro e abre a porta para ela. – Vamos? – Ela sai do carro o encarando desconfiada.

―Você não me engana Robb Stark. – Ela para na frente dele e faz um gesto com a mão a frente de seu rosto. – Essa cara de sonso não cola comigo. – Ela fala indo em direção ao elevador.

O caminho do elevador até o apartamento de Theon foi feito em silêncio, Jeyne olhava para Robb e ele estava com aquele sorriso sacana que ela conhecia bem, e porque esse elevador estava tão lento? Pensou. Ao chegar ao andar onde Theon morava agora, no antigo apartamento que ela dividia com Jon ela agradeceu aos deuses, parecia que não chegaria nunca.

Ela é a primeira a entrar notando que Theon não mudou muita coisa no apartamento, tudo parecia muito igual, ela sorrio nostálgica passando a mão pela mesa de jantar e depois olhando a vista da cidade, ela tinha vivido bons momentos aqui, ela adorava morar com Jon.

―Eu não tinha me dado conta que eu sinto falta desse lugar ele é... hey! – Ela se assustou quando sentiu ser agarrada por Robb e imprensada na parede ao lado da escada. – Robb o que... – A frase morreu em sua garganta quando ele atacou seu pescoço e sua mão apertava um dos seus seios sobre o vestido. – Isso é uma armadilha? – Ela diz com a voz alterada.

―Sim. – Ela responde com a voz abafada, pois estava com o rosto acomodado entre seus seios que já estavam entumecidos pelas caricias que ele fazia. – Eu também estava com saudades de vocês. – Fala segurando os seios delas com as mãos e dando um beijo em cada um. – Agora novamente, o quanto você gosta desse vestido? – Ele pergunta com os olhos grudados nos delas.

―Gosto muito, foi presente do meu marido. – Ela responde o vendo segurar o decote do seu vestido com as duas mãos.

―Tenho certeza que ele vai te recompensar depois. – E sem nenhuma cerimônia ele rasga o vestido fazendo o que restou da peça cair até a cintura esguia de Jeyne e com uma rapidez impressionante ele se livra do sutiã tomando um dos seios em sua boca, enquanto Jeyne tentava tirar a camisa social que ele vestia. – Você não tem ideia do inferno que é dormir do seu lado e não tocar você. – Ele desce as mãos até o vestido que agora não passa de apenas trapos caídos à sua cintura. – Eu estou enlouquecendo sabia? – Levando mão até a única peça inteira que ela ainda vestia e com um forte puxão ele também a arranca de seu corpo.

―Vai me recompensar pela calcinha também? – Ela fala provocativa enquanto ele se livra do cinto abaixando suas calças. Ele ergue o corpo de Jeyne a prendendo entre a parede e o corpo dele.

―Eu prometo que a próxima vez eu vou tomar todo o tempo do mundo, mas agora eu preciso muito disso. – Com um único movimento ele estava dentro dela, com a testa apoiada em seu ombro ele fica imóvel queria aproveitar o calor do seu corpo, e ela tenta mais uma vez tirar sua camisa e ele a impede. – Eu preciso que você fique quietinha. – Ele a beija intensamente e começa a se movimentar dentro dela, fazendo suas costas se chocarem com a parede a cada investida que ele fazia.

Ela era tudo o que ele queria, esses dias tinham sido uma verdadeira tortura, cada gemido que ela emita fazia com que seu desejo aumentasse ainda mais era quase animalesco, ele sentiu falta de tudo, das palavras desconexas que ela sempre fala quando eles fazem amor, dos seus beijos, da forma que seu corpo o acolhia, ali, bem ali onde ele estava naquele exato momento era a sua casa o corpo dela era seu lar. Ele continuou com suas investidas cada vez mais fortes, cada vez mais intensas, Jeyne apertava as pernas em volta do seu quadril enquanto pedia por mais e ele obedeceu, quando ele sentiu que ela se entregava ao orgasmo ele aumentou ainda seu aperto envolta da mulher indo mais fundo dentro dela até o seu próprio orgasmo o atingir em cheio e então neste momento ele abafa seu gemido enterrando os dentes em seu ombro.

 Eles ficam parados por alguns minutos tentando recuperar o fôlego até que ele se retira e a coloca no chão a abraçando pela cintura e ela continua agarrada em seus ombros, pois não confiava nas próprias pernas.

―Eu não quero passar por isso nunca mais. – Ele fala enquanto beija o rosto de Jeyne. – Não faz mais isso comigo, por favor. – Ele pede estreitado mais o abraço.

―Você ainda me deve um almoço. – Ela fala com a voz ainda alterada. – E um vestido e uma calcinha também. – Ele rir. – Não ria como eu vou voltar para o trabalho? – Fala divertida. – Você rir porque ainda está com suas roupas intactas!

―Não pense em trabalho agora, eu ainda não terminei com você. – Ela joga a cabeça pra trás sorrindo. – Fique tranquila eu vou te alimentar, vamos assaltar a geladeira do Greyjoy.

―Falando nisso, porque me trouxe pra cá?

―Porque está difícil ficar sozinho com você lá em casa, ainda mais com tudo que aconteceu e a chegada de nossos pais. – Ele a coloca no colo e a leva para o sofá. – Então o Theon me deu as chaves do apartamento e a ideia de te sequestrar no seu horário de almoço.

―Robb eu não acredito que você contou para o Theon que nós estávamos sem fazer sexo há dias! – Ela o repreendeu.

―Não foi culpa minha, foi o Jon que contou. – Ele fecha os olhos ao saber que piorou a situação, ela se levanta do seu colo e fica de pé em frente a ele.

―O Jon também sabe? Quem mais sabe da nossa vida sexual Robb? – Ela o enche de tapas até que ele a segura pelos pulsos e a coloca novamente em seu colo.

―Foi um momento de fraqueza, eu estava com raiva pelo Rickon ter nos atrapalhado pela segunda vez hoje de manhã. – Ela ficou um pouco mais calma. – Desculpe. – Pediu distribuindo beijos em seus ombros.

―Você me mordeu e vai ficar marcado. – Ela acusa. – Porque fez isso? – Questiona passando a mão no local que já se encontrava vermelho.

―Porque você é muito gostosa. – Ele a morde novamente.

―Para com isso! – Ele se afasta sorrindo. – Eu não posso aparecer assim coberta de marcas de mordidas na frente das pessoas.

―Não vejo problemas nisso. – Ele fala displicente. – Assim todos saberão que você é minha! – Ele torna a mordê-la.

―Está marcando território? – Ele assente. – Não estamos mais nos tempos das cavernas sabia? E não banque o possessivo pra cima de mim. – Ela o alerta. – Agora eu quero comer. – Se levanta e segue para a cozinha.

―É pra já senhora Stark. – Ele a segue.

Ela estava sentada sobre o balcão da cozinha e vestia uma camisa que havia pegado no closet de Theon, e comia um macarrão instantâneo.

―Essa é a camisa favorita do Theon. – Ele fala rindo. Estava encostado no lado oposto olhando ela devorar o macarrão.

―Eu sei por isso a escolhi e pretendo não devolver. – Ela coloca o prato de lado. – Temos que ir. – Fala olhando para o relógio em seu pulso.

―Eu disse que não terminei com você. – Ele se aproxima se encaixando entre suas pernas. – Essa camisa fica bem melhor em você. – Ele põe as mãos por baixo da camisa que ela vestia. – Que tal irmos lá pra cima?

―Oh meu amor eu adoraria, mas eu tenho que ir. – Ele faz um beicinho lindo e ela se desmancha. – Eu ainda tenho que passar em casa e trocar de roupas. – Ela aponta para os restos do vestido que estava no chão da sala.

―Tudo bem eu acho que agora eu consigo esperar até a noite. – Ela estreita os olhos questionadores. – O que foi? Foram dezoito dias, isso que fizemos aqui foi só o meu aperitivo. – Ele começa a descer beijos pelo pescoço dela. – Eu ainda tenho muita fome de você Jeyne Stark. – Ela suspira e envolve seus ombros com os braços.

―Ok você venceu acho que temos tempo para mais uma rodada. – Ela fala pulando do balcão e correndo para o quarto. – Se você me alcançar é claro. – Ele corre em sua direção a alcançando no meio das escadas e a joga sobre seus ombros enquanto ela solta gritinhos em meio a sorrisos. Ele adentra o quarto e a joga sobre a cama.

―Não imagina as coisas que eu quero fazer com você. – Ele fala indo em sua direção cobrindo seu corpo com o dele e tomando seus lábios num beijo cheio de paixão.

―Só tire essas roupas sim? – Ela pediu. – Não é justo, eu também quero tocar você. – E com um sorriso ele a obedece e em minutos eles estão perdido novamente no corpo um do outro como se nada pudesse aplacar a saudade causada pela distância dos últimos dias.

Mansão Stark

Já passavam das quatorze horas quando eles chegaram à mansão, Jeyne entra pelos fundo não queria que seus pais a vissem vestida daquele jeito, ao entrar na cozinha encontra Jon e Garlan que conversavam sobre um assunto qualquer.

―Hey estranha? – Garlan saudou a cunhada. – Moramos na mesma casa e quase não nos vemos. – Completou e depois se deu conta dos trajes da garota.

―Porque está vestida assim? – Jon verbalizou a pergunta que Garlan queria fazer e Jeyne se enrola para responder.

―Bem... como eu posso explicar isso? – Ela balbucia e ver Robb chegar à cozinha e também Arya e Sansa que a olha com interesse.

―Qual o motivo dessa roupa? – Arya pergunta.

―Essa camiseta é do Theon? – Sansa indaga e Jeyne olha feio para Robb que apenas arqueia a sobrancelha e rir cínico.

―Nossos pais estão na sala? – Jeyne muda de assunto e Arya nega com a cabeça. – Ótimo! Sobre minha roupa pergunte ao irmão de vocês. – Ela devolve.

―Espera! – Jon grita, mas ela já havia partido as pressas. Ele olha pra Robb e completa. – O tio Brandon e o tio Ben é quem estão na sala. – com os olhos arregalados Robb anuncia.

―É melhor eu sair por aqui mesmo. – Robb beija as irmãs e sai novamente.

―Calminha aí. – Garlan chama a atenção. – Qual o motivo da Jeyne aparecer aqui com aquelas roupas? – Perguntou rindo.

―Houve um acidente. – respondeu de pronto.

―Um acidente? – Sansa insiste.

―Um acidente com o vestido dela. – Ele fala olhando para os lados.

―Deuses, que tipo de acidente. – Jon fala fingindo preocupação e Robb o olha feio.

―Rasgou. É isso, o vestido dela rasgou. – Todos o encaram esperando por mais explicações quando Brandon entra na cozinha.

―Eu gostaria de saber como isso aconteceu. – Brandon se apoia no balcão. – Ela disse que você explicaria melhor. – Merda, merda! Gritou Robb em sua mente, Jeyne estava se vingando pelo vestido.

―Ficou preso na porta do carro, bom eu tenho que voltar para empresa, até mais. – Sai apressado pelo mesmo lugar que chegou.

―Até parece que ele me engana. – Brandon fala rindo.

Depois de um banho e trocar de roupas Jeyne desce dando de cara com os irmãos e os tios na sala.

―Vai querer carona? – Perguntou Jon e ela olha para os lados.

―Onde o Robb está?

―Ele já foi. – Arya respondeu e Jeyne xingou o marido mentalmente, deve ter fugido das perguntas de todos. – Ah muito sábia sua decisão de usar jeans e camiseta, é mais difícil de serem rasgadas. – Jeyne se engasga com a própria saliva.

―O que? – Consegue responder por fim.

―Deixa isso pra lá. – Aconselha Jon. – Vem eu te levo para o trabalho vou me encontrar com o Rhaegar e é caminho.

―Por falar nisso. – Brandon se pronuncia. – Te vejo no conservatório mais tarde, vou passar na empresa antes. – Ela assente e se despedi de todos.

Já no caminho para o trabalho no carro de Jon os irmãos seguem em silêncio até Jon quebra-lo.

―Então você e o Robb... – Fez graça e a irmã empurra seu ombro.

―Nem vem Jon pode parar. – Ela tenta parecer zangada, mas falha miseravelmente.

―O Robb me contou... – Jeyne solta um suspiro pesado. – Calma irmã, eu estou falando do pequeno ataque que você teve ao saber do Rick e da Lya. – Jeyne olha para Jon.

―Ele é meu irmão mais novo certo? Eu me preocupo com ele e tem a Lya que é uma excelente garota eu me importo com os dois. – Ela desabafa. – Acho que eu ainda não me acostumei com o fato de que ele já é um homem.

―Está falando igual a tia Cat. – Ele debocha. – O Rick é um bom garoto e tirando o fato de ter largado o curso de relações internacionais. – Jeyne revira os olhos. – Sim, eu ainda não concordo com essa decisão dele, o fato é que ele sabe o que está fazendo. Você, a tia Cat, a Sansa e Arya precisam para de trata-lo como uma criança. – Ela concorda.

―Você está certo dessa vez. – Ele olha para a irmã fingindo indignação. – Mas então, vai ver o Rhaegar? – Pergunta curiosa.

―Sim, eu tenho que agradecê-lo pelo que fez por você e o Robb no caso do Mindinho. – Ela concorda com ele mais uma vez.

―Leve os meus agradecimentos também, mas eu só queria que o Mindinho estivesse preso. – Diz com pesar.

―Ele vai, acredite. – Ele dá uma olhar malicioso para a irmã e completa. – Aqui entre nós, o jejum entre você e o Robb acabou? – Jeyne rir da brincadeira.

―Acabou sim. – Responde.

―Graças aos deuses! Não aguentava mais o mau humor dele. – Fala erguendo as mãos fazendo Jeyne rir do seu exagero.