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História O Que Não Podemos Evitar - Capitulo IV


Escrita por: ReisDarcy

Notas do Autor


Olá! Mais um capítulo para vocês!
Boa leitura

Capítulo 5 - Capitulo IV


Fanfic / Fanfiction O Que Não Podemos Evitar - Capitulo IV

Empresa Stark

 

Robb entendia o porquê de seus irmãos decidirem viver em King’s Landing, era uma bela cidade, ele iria gostar de viver aqui. Decidira estudar e morar em Volantis numa tentativa inútil de fugir. Tinha sido um covarde, na maioria do tempo pensava se as coisas teriam sido diferentes, se hoje ele estaria com ela, mas tudo era tão complicado, eles eram tão jovens e havia outras coisas em jogo.

Robb deixou seus pensamentos viajarem para o dia que deixou Winterfell, tinha decidido que era o melhor a se fazer, que se ele estivesse longe aquele fogo em suas veias se apagaria e tudo voltaria ao normal, ele só precisava está longe.

 

Winterfell, 2004

 

Ele estava arrumando suas malas e tentando consolar sua mãe ao mesmo tempo, que estava chorando pela quinta vez, pelo menos era o que ele achava. Seu antigo quarto estava ficando vazio, ele iria sentir saudades de tudo que viveu ali. “Ora Robb, ainda é seu quarto e sempre será você só está indo para a faculdade”, pensou com ele mesmo.

―Não leve tudo, deixe alguma coisa. – Escutou sua mãe, ela soava chorosa, de novo. – Quando você vier nos feriados e nas férias vai precisar dessas coisas vou manter do mesmo jeito que deixar, eu prometo!

―Obrigada mãe. – Ela parecia até um pouco conformada com a escolha do filho mais velho, Jon e Theon iriam para capital, mas Robb estava indo para outro continente. – Conto com você para isso. – Sentiu outra presença no quarto, já sabia quem era sem nem ao menos olhar, ela estava parada na porta com um sorriso que não chegava a seus olhos.

―Vim me despedir. – Sua voz estava tremula. – Eu trouxe um presente.

―Bom vou deixar que a Jeyne te ajude a embalar o resto das coisas enquanto eu faço um lanche para viagem. – Sua mãe fala já saindo do quarto.

―Se prepare para levar uma quantidade de comida capaz de sustentar um exercito. – Ela riu e ele pensou na falta que esse som iria fazer, ela estendeu a mão na sua direção com um pequeno embrulho. – Seu presente.

Quando Robb abriu o embrulho não pode acreditar no que via, ela tinha guardado e ele não sabia o porquê de ter feito tal coisa, era um anel, não na verdade era o anel, o mesmo anel que usaram no casamento falso quando eram apenas crianças.

―Você guardou isso? Mas por quê?

―Não sei na verdade eu pensei que seria uma boa lembrança. – Ela respondeu nervosa. – Uma lembrança engraçada da minha tentativa desesperada de fugir do casamento arranjado com o filho do senhor Karstak. – Eu não pude evitar rir, tio Benjen deixou a garota em pânico com aquela brincadeira, dizendo que meu pai tinha prometido sua mão ao filho do senhor Karstak.

―Eu me pergunto como você pode acreditar naquilo e como conseguiu convencer o Theon, o Jon e a mim a entrar nessa.

―Em minha defesa tinha oito anos, e tem que admitir que minha lógica estava correta, não se pode casar alguém que já é casada. – Ela ria me fazendo sorrir junto com ela.

―Acha mesmo que um casamento entre duas crianças, celebrado por Theon Greyjoy iria valer de alguma coisa? Viramos a piada da família por meses.

―Eu não disse que minha ideia era brilhante, mais uma vez, eu tinha oito anos. – Ela sentou na beirada da cama, do meu lado – Vai querer o presente ou não?

―Claro que vou, sou o marido não é? – Seus olhos se encontraram e por minutos que pareceram uma eternidade ficaram ali, Robb pensou que talvez ele pudesse dizer a ela o que sentia, ele estava partindo mesmo, ela continuava ali olhando para ele como se esperasse algo, talvez o abraço de agradecimento pelo presente, ela era sua irmã, foi criada como tal e há pouco tempo também foi legitimada como tal e ele seria um idiota se por algum momento achasse que ela o veria de outra forma, até porque ela tinha o idiota do Bolton como namorado.

―Vou sentir saudades. – Ela disse por fim. – Você está indo pra tão longe, no fundo eu tinha esperança que você escolhesse a faculdade da capital como Jon e Theon e que em pouco tempo eu pudesse me juntar a vocês.

Robb não resistiu e a abraçou forte, queria que aquele abraço fosse capaz de mudar a situação em que se encontrava, ele estava fodidamente apaixonado por sua irmã adotiva, se seus pais descobrissem seria um desgosto enorme, eles sempre se orgulhavam de como eram unidos não havia espaço para tal coisa na sua família. Ele realmente tinha que ir embora.

 

King’s Landing. 2016

 

―Olha se não é o meu grande amigo e irmão! – Theon Greyjoy cumprimentou o amigo de infância, que agradeceu internamente por ser tirado daquelas lembranças embaraçosas.

―Greyjoy, você parece importante com esse terno. – Theon deu uma volta para se exibir. – Mas só parece.

―Inveja ainda vai matar você parceiro. O que te fez desistir de Volantis? Encontrei o Jon nos corredores e ele me disse algo como você ficar em definitivo, confesso que fiquei surpreso.

―Saudades de casa, da minha família não são motivos suficientes? Por que a surpresa?

―Ok que tal marcarmos uma saidinha, você, eu, Jon, Garlan, Gendry. – Neste momento eles são interrompidos por alguém que entra na sala e se joga nos braços de Robb, era sua irmã Sansa.

―Pode parar por aí Theon, meu irmão acabou de chegar e eu não quero você o influenciando negativamente, nem ele nem ninguém, deixa a Arya e a Ygritte saberem do que eu acabei de ouvir. – Theon engoliu a saliva com dificuldade, não queria enfrentar as duas. – Mas posso fazer vista grossa se você marcar essa saidinha. – Fez sinal de aspas com as mãos. – Para sexta, quero o Garlan bem ocupado na sexta à noite, pois teremos uma noite das garotas e eu preciso que vocês fiquem longe.

―Noite das garotas? Onde? Como? A despedida de solteira não é só um dia antes do casamento? Você só está ficando noiva. – Theon rebateu. – Quer saber, deixa pra lá.

―Você está linda maninha. – Disse Robb que ainda estava com os braços da irmã envolta do seu pescoço. – É bom te ver feliz, o idiota do Garlan te fez bem. – Sansa apenas revira os olhos para a fala do irmão, e Theon rir para a garota provocando.

―Muito bem, nosso pai quer todos na sala de reuniões agora, o que você sabe sobre esse comunicado Theon Greyjoy. – Sansa inqueriu.

―Que seu pai me mata se eu contar, vamos ou ele nos mata por demorar demais.

 

 

###############################

 

―Arya, por favor, quer para com isso? – Bran reclama com a irmã que o estava provocando.

―Só estou entediada maninho, como está a namoradinha? – Falou rindo fazendo Bran bufar de insatisfação.

―Todo mundo já chegou? – Ned fala entrado na sala.

―Falta o Rickon e a Jeyne, atrasados como sempre. – Disse Jon

―Porque gostamos de entradas dramáticas. – Respondeu Jeyne que entrava de mãos dadas com irmão.

―Somos os incompreendidos, é sempre assim. – Rickon balançando a cabeça como se fosse o maior dos injustiçados. – Robb! – Gritou e foi em direção ao irmão mais velho para abraça-lo. – Essa é a surpresa? Você está aqui, estava com saudades irmão.

―Eu também. – Robb bagunçou o cabelo de Rickon. – Você está gigante moleque, o que anda comendo?

―Devia perguntar o que ele não come! – Ela veio por trás e o abraçou, Robb ficou tenso por um segundo e desejou que ela não notasse sua reação. – Se você é a surpresa posso dizer que eu esperava mais. – Disse com um sorriso radiante enquanto ficava em sua frente. – É bom vê-lo novamente e melhor é saber que vai ficar! – Ele continuava olhando para ela, devia esta parecendo um idiota, ela estava linda com os cabelos castanhos presos em um rabo de cavalo e algumas ondas que escaparam caindo sobre o rosto, o vestido azul com detalhes em branco e uma sapatilha preta, ela ainda não usa salto, ele notou.

―É bom te ver também. – Disse finalmente e retribuindo o abraço de sua irmã, pelos deuses ele ainda estava ferrado!

―Bom já que estão todos aqui Cait e eu temos um comunicado a fazer. – Ned se pronunciou chamando a atenção de todos. – Como todos vocês sabem, eu apenas cedi à ideia de expandir os negócios para capital pelo único motivo que meus filhos estavam todos aqui, com exceção de Robb, todos resolveram estudar e viver na capital, mesmo sabendo que é para isso que criamos os filhos, para eles saírem e terem suas próprias vidas é difícil convencer os nossos corações disso. – Ned falava enquanto segurava a mão da esposa. – Mas acho que fizemos nossa parte e... – Arya interrompe.

―Como assim? Eu estou ficando assustada, quer dizer o que está acontecendo? Você ou a mamãe está doente?

―Pai, por favor, fala de uma vez, concordo com a Arya está nos assustando. – Bran disse apreensivo.

―Por favor, não há nada errado, eu estou apenas querendo dizer que eu e Cait voltaremos para o Norte, a filial está consolidada e caminha muito bem, acho que eu e a mãe de vocês podemos nos dá ao luxo de voltar para nossa casa, o Norte é o nosso lugar.  

―Pai eu entendo tudo o que disse, mas quem vai ficar a frente da empresa? – Robb se manifestou. – Não pode largar tudo assim, você mesmo disse a empresa está indo bem, a divisão de tecnologia está crescendo, o melhor trimestre que já tivemos.

―Eu não disse que iria deixar tudo para trás Robb, vocês serão os responsáveis pela filial da Stark aqui na capital, você e o Jon. – Disse apontando para os dois. – Sei que dão conta.

―Pai eu estava fora, acabei de chegar como espera que eu cuide da empresa?

―O Jon conhece a empresa muito bem e tem seus outros irmãos. – Ned falou como se todo mundo estivesse de acordo. – A Stark é uma empresa familiar e sempre vai ser.

―Pai, temos os acionistas, acha que eles não querem opinar sobre quem vai gerir a empresa na sua ausência? – Ponderou Jon. – Não podemos decidir assim.

―Eles não detêm nem 20% da empresa e só estão aqui por questões práticas você mesmo nos convenceu disso, de que precisávamos abrir o capital da empresa para investidores da capital para que pudéssemos ganhar o mercado do Sul, deu certo, parabéns. – Ned disse com orgulho do filho. – Mas é apenas o que eles são, nós é que somos os donos da empresa, e você e Robb vão geri-la a partir do momento em que eu for para o Norte, já está decido, após o casamento de Sansa nós partimos. - Disse sem dá margens a contestação, Robb apenas assentiu e acenou para que Jon fizesse o mesmo. – Enquanto aos outros está mais que na hora de começarem a se envolver nos negócios da família, logo espero que assumam suas responsabilidades aqui.

―Tudo bem pai. – Disse Arya. – Acho que posso ajudar na divisão de tecnologia.

―Eu fico no setor do design. – Sansa se prontificou.

―Posso ficar com o Greyjoy e o Reed é o que posso fazer. – Bran se ofereceu afinal ele estava terminando sua faculdade de direito e seria natural trabalhar com Theon e Reed, os advogados da empresa.

―E eu serei o Office boy? – Disse Rickon arrancando gargalhada de todos.

―E como eu faria isso? – Jeyne contestou. – Eu sou uma violoncelista, não uma executiva, eu não estudei para isso. Com todo respeito eu não sei o que eu poderia fazer para... – Ned levantou a mão para que ela parasse.

―Você é inteligente vai saber como e não precisa deixar seu trabalho no conservatório de música, eu aprecio o que faz e me orgulha, mas soube por Tyrion Lannister que a ideia das reconstruções dos prédios históricos da cidade que o seu namorado está investindo e vem tendo sucesso foi ideia sua. –Ao ouvir o namorado da irmã ser mencionado Robb cerrou os punhos e respirou fundo. – Não me leve a mal, não estou reclamando ou te recriminando por você ter ajudado esse sujeito. – Jeyne olhou feio para o tio. – Desculpe, ajudando o Jaime, melhorou? – Perguntou para sua esposa que estava do seu lado.

―Não é justo, a ideia foi do Jaime, eu apenas o incentivei, sei que não morre de amores por ele, mas eu estou bem com o Jaime, ele me faz bem, não é isso que importa? – Robb se sentiu desconfortável com a declaração de Jeyne.

―Sim e é apenas por isso que eu e sua mãe temos feito o máximo para aceitar esse seu namoro, mas não é disso que estamos falando agora. – Decretou. – É o fato de que você pode fazer parte da empresa.

―Tocando meu violoncelo na recepção como forma de melhorar o desempenho dos funcionários? – Brincou

Robb que estava sentado ao seu lado se inclinou e falou em seu ouvido. – Eu iria adorar quem disse que você não poderia fazer parte da turma? – A garota bateu na cabeça do irmão e riu.

―Posso pelos menos estudar a proposta, ou a imposição. – A segunda parte falou mais para si do que para os presentes.

―Pode, mas seja rápida. – Ned foi até a filha e beijou seus cabelos, Cait fez o mesmo. – E volte a nos chamar de mãe e pai, isso também é uma imposição. – Deixou os filhos na sala de reunião e saiu com a mulher ao seu lado sem esperar pela resposta da garota.

Do lado de fora da sala Catelyn questiona o seu marido. – Acha que eles dão conta? – Falou caminhando ao lado do marido pelo corredor da empresa que era o patrimônio da família.

―Eles dão sim, claro que dão, e nós estamos aqui, daremos suporte a eles e se isso não for o bastante ainda temos o Ben e o Brandon.

―Que seja feita a vontade dos deuses!

―Na verdade será feita a nossa. – Piscou para a esposa que riu de volta.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Beijinhos amores e até!


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