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História O que Nos Reservam as Estrelas - Pedidos


Escrita por: KrystallJackye

Notas do Autor


Essa história é puramente ficcional e apresenta um universo criado por minha mente sobre uma continuação que eu adoraria ler deste livro. Desejo a todos uma boa leitura e deculpas por qualquer transtorno ou decepção.
Beijinhos💋 brilho Krystall💎

Capítulo 1 - Pedidos


Fanfic / Fanfiction O que Nos Reservam as Estrelas - Pedidos

  Ela contemplou o céu mais uma vez, se tivesse um coração, com certeza este estaria doendo no peito – o qual ela não tinha também. – Era complicado para a Flor admitir que mesmo que ele, seu pequeno princípe estivesse lá, seria impossível um amor entre os dois.

  Mas ele não se encontrava ali, faziam incontáveis anos – na sua percepção de flor – que ele tinha partido do pequeno mundo e partido seu imaginário coração também.

  Fechou os olhos, e pela milésima vez imaginou como seria caso ele retornasse.

  Aquilo não daria certo.

  Ela não teria braços para abraçá-lo, apenas folhas que de nada serviriam para segurá-lo.

Ela não teria pernas para andar com ele em suas aventuras, apenas raízes fincadas na terra que não se locomoviam de jeito algum.

  Ela não teria um corpo para ser agraciado por elogios, apenas um caule verde com alguns espinhos que só machucariam seu amado.

  E por mais que ele fosse O Pequeno Princípe, ela conseguia ser ainda menor que ele. Fazer oque? Era só uma flor num mundo de gigantes.

  E ainda tinha seu orgulho, que deixou-o partir de uma primeira vez.

 

  A verdade é que a Flor nunca admititria essas coisas ao Príncipe. Não, seu jeito de ser nunca a permitiria, porém ela ousava sonhar como seria dividir o planetinha com ele de novo, ela não precisava de muito espaço mesmo, só sua companhia a faria ver aquele pequeno asteróide como um grande pedaço de terra, com milhas e milhas de distância entre os dois.

  Às vezes na calada da noite quando a fresca noturna vinha acariciar suas pétalas escarlate, a Flor se pegava traindo seus pensamentos enquanto indagava sobre como estaria agora o seu Jovem Príncipe.

  Seus olhos azuis cor do céu sempre atentos e curiosos, lhes olhariam como safiras polidas. Era embaraçoso lembrar como se perdia facilmente neles.

  Ele deveria estar mais alto também... Provavelmente nem olharia para ela, como sempre fazia, e ela não chamaria sua atenção como antes.

  Seus cabelos loiros dançariam com o vento da mesma forma que suas pétalas valsavam pelos ares.

  E seu sorriso... Sim aquele sorriso tão aconchegante quanto a maciez de uma nuvem, seria capaz de lhe derreter assim como a chuva derretia a terra.

  Abriu seus pequenos e delicados olhos mais uma vez e pensou se as estrelas não a espiavam em seus pensamentos tolos.

  A Flor concentrou-se em apenas uma que parecia escutar-lhe.

Ela parecia convidativa, como se quisesse ajudar a realizar seus mais profundos desejos.

Então, a pequena plantinha sussurou quase inaudível:

  – Olá... – Fazia tanto tempo que ela não falava com alguém. – Se você estiver me vendo e puder fazer algo por mim, saiba que eu só possuo um único desejo.

  Havia algo naquele lume que a encorajava a dizer tudo o que ela quisesse.

  A Flor congelou ao se dar conta do que pediria a estrela, talvez fosse melhor esquecer essa loucura e se contentar com a vida solitária que o destino a reservava.

  "Afinal, planta não se apaixona por gente." Seu lado pessimista fez questão de lembrar-lhe.

  "E além do que é só uma estrelinha, não pode fazer nada."

Mas um magnetismo a forçava a olhar para o astro que entre milhões de outros, naquela noite silenciosa, parecia clarear o manto noturno tanto quanto a lua cheia esculpida no céu.

  Cada vez que ousava encarar o ponto luminoso, um resquício da memória lhe mostrava a expressão de seu Príncipe que continha o mesmo brilho jovem.

Dando-se por vencida ao charme hipnótico da estrela, a Flor sibilou por fim:

  – Gostaria que não houvessem barreiras entre o nosso amor... – Apesar da voz tremula e fraca, havia mais determinação nestas palavras do que em qualquer outra que já houvera pronunciado.

  De início, a pequena plantinha murchou ao perceber que nada mudara... Sua palavras tinham sido jogadas ao vento junto com sua última gota de esperança. Mas algo passou a chamar sua atenção...

  A Flor sentia algo esquisito em suas raízes, como se estas ganhassem vida e cavassem sua saída da terra.

  Suas folhas desbotavam aos poucos e as pétalas vermelhas agora estavam amareladas e murchas.

  Sem contar o fato de que a Flor sentia-se agora tão grande quanto uma árvore.

  "O que raios aquela estrela fez comigo?" Era a única coisa que lhe vinha agora. Será que estava morrendo? Não! Não podia morrer sem ver seu amado uma última vez, isso não podia acontecer.

  O pânico a fez  fechar o que chamavava de olhos e esperar que aquele misto de sensações desagradáveis passassem.

  Quando finalmente sentiu confiança em si para abrir as orbes, se assustou com o que viu.

  Ela não tinha mais um caule verde, mais um busto coberto por pele macia, clara e rosada.

  Não possuía mais suas pétalas cor de sangue e sim um cabelo da mesma tonalidade do de seu príncipe, igualmente macio, porém comprido com várias flores penduradas por sua longa extensão.

  As folhas eram braços longos com mãos e dedos! Qual não foi seu fascínio ao movimentá-los!

  Suas raízes haviam sofrido do mesmo processo e agora eram longas pernas que tinham, joelhos, tornozelos, pés e dedos. Maravilhada, a Flor – ou ex-flor – com custo pois-se de pé e por pouco quase andou, mas logo caiu com tudo no chão.

  Esqueceu da ideia e passou a concentrar-se em seu rosto, com as pontas dos dedos ela averigou sua testa, nariz, lábios, deslizou pelo queixo e desceu pela garganta chegando ao peito e lá sentiu algo bater...

  "Um coração, eu tenho um coração!"

  Só agora se dava conta de que era humana! Era uma mocinha, uma linda mocinha, tinha até um vestido que valorizava seu frágil corpo, cujo o tecido era tão macio quanto as pétalas que antes possuía.

  E mal sabia ela que uma aventura, talvez a maior de sua curta vida, estava prestes a começar.


Notas Finais


Espero que tenham gostado!


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