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História O quê? Super Poderosas, nós? - A Proibida Porta Branca


Escrita por: Aly_Lyu

Notas do Autor


Olá, pessoal, desculpem a demora, mas voltei!! E com mais um capítulo, espero que gostem, há muito mais por vir.Bem, talvez não liguem muito pra esse cap. ,mas ele é importante pro resto....Não posso falar!! (Se segura, guria! Ou eu corto essa língua fora!!)
~silêncio~

Certo..he...he.. aproveitem!!

Capítulo 21 - A Proibida Porta Branca


Capítulo 21_ A Proibida Porta Branca

 

 

-O que há com vocês? - pergunta ela, com sua voz cansada. A colher de cereal parada em frente a sua boca e os olhos semicerrados – mais por sono do que curiosidade - fitando o estranho movimento que se formava na casa.

 

A ressaca de Buttercup não foi maior que a de sua irmã, mas sim diferente. Enquanto Bubbles desejava um comprimido, ela sentia o cheiro da comida entrando no estômago. Entretanto, os três estavam tão estranhos que a morena não podia deixar de perguntar. Sua irmã loira segurava com ambas as mãos o telefone da casa e o penetrava visualmente, de frente a porta, Butch segurava a maçaneta fortemente e abria a mesma 2 vezes a cada 2 minutos, parecendo aflito, enquanto que seu irmão revezava o olhar entre o chão e a porta do laboratório, sentado quieto no canto mais escondido da sala.

 

-Nada… - respondem em uníssono. A morena nada mais disse, além de alguns elogios para o cereal.

 

Butch sai de perto da porta, finalmente, e vai até a loira. Sussurra para a mesma, carregando sua voz com impaciência:

 

-Ela disse que chegava logo!

-E-Eu sei. - suas mãos ameaçam tremer. - O Brick está junto, vai ficar t-tu-do bem…

 

O barulho da campainha soou como um alarme para eles, que se exaltaram no segundo seguinte. Duas faixas de luz se dirigiram imediatamente para a maçaneta, como um gato corre para a luz vermelha, e já falando em vermelho…

 

-Oi, pessoas! - sorri a ruiva. -Vejam só o q…

-Por que demorou tanto?! - Boomer quase se joga em cima da mesma.

-Tá, bom! Da próxima vez nós não vamos trazer cachorro quente pra vocês. Bando de ingratos! - Brick estende a sacola cheia, mas em vez disso, optaram por puxar Blossom pra dentro de casa.

-Blossom! Tem uma coisa que você precisar ver! - Bubbles a puxava freneticamente.

-Calma, Bubbles, eu tô toda suja. - ela se solta. - Vou tomar um banho primei…

-Não, Blossom!!

 

A loira agarra seu pulso novamente, como se estivesse desesperada. Ao olhar no fundo dos olhos azuis da tal, todo aquele sentimento agoniante de preocupação da qual conseguira fugir durante a manhã veio à tona, fazendo sua boca abrir, trêmula, pois não se lembrava de ter visto a azulada daquele jeito a muito tempo. Na cozinha, Buttercup se surpreendia com a atitude, enquanto Bubbles repetia “Blossom, rápido!! Venha!!” inúmeras vezes.

Logo depois foram os dois desordeiros, a dirigindo da mesma forma para o laboratório. Brick, tendo um mal pressentimento, segurou o ombro de Boomer, exigindo explicações, mas o mesmo apenas afirmara o que disse antes: “Não tenho como explicar!”. Assim que percebeu para onde estava sendo levada, seus olhos arregalaram brutalmente. Nos meios dos gritos e puxões, encolheu-se de imediato para livrar-se dos três, largando suas mãos rudemente.

O silêncio e a tensão predominam na casa, olhares atentos a cada movimento se surpreenderam de tal forma que surgiu então esse reinado silencioso.

 

-Blossom? - pergunta ela, observando a irmã cabisbaixa.

-Por que estão me levando pra lá?

-É que… - Butch começaria a responder, mas então a ruiva caminha em direção àquela porta branca, depositando sua mão delicada por cima da madeira tingida.

-Alguém entrou ali...? - seus dedos vão descendo devagar, até pararem sobre uma pequena placa preta:

“Entrada proibida sem aviso prévio”

 

Ninguém a responde, até mesmo Bubbles, ao perceber o erro que cometeu, encolhe-se ao lado de Boomer.

 

- Alguém. Entrou. No laboratório?!! - virou de súbito para trás, com seu semblante enraivecido.

 

Em sua mente, diversas pistas se ligavam, como uma fita vermelha. Não poderia ser Brick, nem mesmo Buttercup, logo, era óbvio que os três entraram, afinal se querem mostrá-la uma coisa de lá é porque desceram as escadas, mas ela queria ouvir com todas as palavras.

 

-Respondam! - Blossom estava tentando se apoiar na possibilidade de eles não terem descido todos os degraus, apenas terem passado os olhos, mas ela temia que não, o que a fazia surtar. Eles não podiam descer!! Nem se fosse extremamente, universalmente necessário!

-Fui eu. - Boomer deu um passo a frente. - A Bubbles precisava de um remédio e não tinha na cozinha, nem no banheiro…

-Isso não é desculpa! - ela cruza os braços e semicerra os olhos. - Sem nenhuma exceção, não se deve entrar...Espera, você estava procurando um comprimido?

-Sim. - a ruiva separou logo os braços e batia os dentes. - Foi aí que a gente viu um negócio muuuito estranho!! - ele começou a fazer mimica. - Era assustador e… e grande, sei lá!

 

Blossom rapidamente saiu dali, abrindo de forma bruta a porta da tão falada área de pesquisas. No momento que suas íris roséas deram de encontro com tais “objetos”, a mesma travou por completo, tendo amassado o corrimão no qual se apoiava por puro nervosismo.

 

_ “Eu…”_pensou, tendo que segurar sua ira. _ “… perdi… Depois de tanto tempo...Como eles puderam? Como eles… puderam desobedecer as regras?”_as lágrimas ameaçavam.

-Blossom! - chamou Butch, descendo também com os loiros. No segundo seguinte, a ruiva soltou o corrimão.

-Saiam daqui!!! - gritou, os empurrando.

-EI!

-EU MANDEI SAIR!! - explodiu, trancando a porta logo em seguida. - VOCÊS ESTRAGARAM TUDO!!

-Blossom!! O que está acontecendo?!! - gritava a loira, batendo na porta com ambas as mãos. - Você tem que me contar!! Blossom!

 

O som desarmonizado das batidas não se comparava aos berros que dava, mas nem ela mesma sabia ao certo o porquê de seu visível desespero.

 

-BLOSSOM!! ABRA ESSA MALDITA PORTA!!

 

* * *

 

 

O final de semana passou, sem mudança de clima. A rosada não saia mais do laboratório da casa desde aquela vez, preocupando todos ali a ponto de Bubbles bater naquela porta albina toda noite, chamando-a mais uma vez, mas nunca havia resultados positivos, além de um “Estou ocupada, Bubbles.”. Se ela saia para comer, ninguém sabia. Buttercup sabia que aquele comportamento não era normal, e que também Blossom prezava a segurança delas mais do que tudo, além de que valorizava profundamente cada invenção do Professor sendo ela ruim ou boa. Talvez aquela situação fosse compreensível, mas não há quem consiga entender algo que não lhe foi devidamente explicado, pelo menos os complexos.

Estava sempre a dizer para o restante:

 

-Se ela está fazendo isso, é porque deve ter um bom motivo, caso contrário eu já estaria a esgoelando.

 

Porém as testemunhas continuavam não confiando nos depoimentos da morena. Alguma coisa por lá fez todo o corpo tremer como taça de vidro em uma ópera, prestes a explodir em cacos. Mesmo que ambos os desordeiros não tivessem laços fortes com a ruiva, desconfiavam do desconhecido da sala, sendo que eles nunca colocaram os pés por lá, exceto Boomer, quando ainda eram crianças e o mesmo fora sequestrado para que Bubbles assumisse seu lugar, em segredo. Mas fazia-se tanto tempo que era uma experiência descartável.

 

Mas enquanto a rotina seguia lá em cima, uma outra seguia em baixo.

 

-Teste 0086-J…

 

Uma luz forte de tom azul se concentrava entre dois aros verticais que giravam entre si, devidamente medidos para evitar o colapso de suas extremidades. Uma parede de vidro revestido os isolava do resto do laboratório, entretanto intensificava o brilho através do mesmo. Para a proteção das pupilas humanas, era preciso o uso de um óculos próprio, mais escuro que o normal.

 

-Restaurando dados…Conectando Teste 0086-J a Arquivos_Utonium…

 

Os dedos pareciam sambar sobre as teclas de tanta rapidez com que eram tocadas. Diante do óculos protetor, via-se um pouco do reflexo da tela clara do computador, onde havia um rascunho de um DNA devidamente colorido e em 3D. Através deles eram notáveis as olheiras que se formavam e a agitação das íris róseas. Por mais que a ruiva se sentisse cansada, a exaustão ia logo embora quando a “adrenalina científica” chegava.

 

-Iniciando processo de ligamento… - Blossom se levanta da cadeira, bruscamente.

-Não! Cedo demais! - põe-se de frente para o painel de controle, alternando os botões. Diminuía os níveis de carga elétrica e das ondas de radiação por meio de um painel roxo, mas era tarde e não faziam efeito. O brilho azulado criava formas de raios e se moviam freneticamente. Sua última opção fora cancelar toda energia da casa através do disjuntor. - Ah… - suspirou fundo, até que ouviu o toque do celular. Uma mensagem de um aplicativo. - “Teste 0086-J cancelado[Erro].” - leu.

 

Aquela vontade de tacar o celular pelos ares veio à tona, mas como estava tudo escuro seria muito difícil achá-lo depois, então desistiu e subiu as escadas… isso é, depois de ter tropeçado cinco vezes ou esbarado em alguma coisa. Quando chegou no topo, ligou a energia novamente, mas por meio de outra carga, pois o sistema do outro estava deveras aquecido.

 

-Acho que chega por hoje… - tira os óculos especiais e dá uma olhada na bagunça, quer dizer, em tudo. - Melhor não dormir aqui de novo!

 

Mas quando abriu a porta, encontrou certo rapaz encostado na parede, sentado desleixadamente. Assim que seu transe de alguns segundos acabou, soltou uma risadinha e se abaixou até ficar na altura do mesmo.

 

-É a segunda vez que te vejo dormindo. - diz antes de sair e voltar com um cobertor rosa em mãos, o que usava em sua cama. Ela o cobre com cuidado e então senta ao seu lado. - Me desculpa pelo que aconteceu. - sussurra, então apoia a cabeça em seu ombro. - Boa noite, Brick.

_ “Espero que realmente te ajude… ”_pensa, antes de cair em pleno sono.

 

 

* * *

 

-Boomer, pode fazer um favor pra mim? - pergunta Bubbles.

-Sim. - responde, tirando os fones.

-Blossom e Brick estão dormindo no chão da sala, pode trazê-los aqui pra cima, por favor?

-Ah, claro! - ele se levanta e vai até a sala.

 

Bubbles ainda estranhava um pouco a mudança repentina do humor do loiro. Foi, literalmente, da noite pro dia! Tinha medo agora do que acontecera na boate, pois ela não conseguia lembrar de modo algum e o dia inteiro Butch e Brick mandavam indiretas que apenas Boomer entendia, além disso… Cody não respondera mais nenhuma mensagem sua e isso a preocupava.

O rapaz logo surgiu com Brick e Blossom sobre os ombros, depositou a ruiva na cama e jogou o irmão num colchão, que a propósito foi Butch que trouxe – dizendo que dormiriam ali hoje.

 

-Obrigada. - ele a responde com um sorrisinho. - Er… Boomer?

-Fala. - se joga no colchão.

-Bem, o que aconteceu na...naquele dia na-ana boate?

-Na boate? O que aconteceu… - de repente ele espanta a sua implacável lerdeza e cora como tomate. - A-ah, na boate, né? Haha… - riu sem graça. - É uma história bem engraçada.

-Me conta! - diz, determinada.

-Olha… - coça atrás da cabeça. - Quando você ficou bêbada, você subiu em cima de uma mesa.

-Sim, sim.

-E… depois…

-Depois...?

-V-Você me… me…

-Desembucha!!!

-Você me beijou! Pronto! - ele vira o rosto, mas quando percebeu o silêncio no quarto olhou novamente pra loira. Desmaiada. - HÁÁ! Bubbles! Tudo bem?

-Eu… Boomer… beijo… gritos… velha bêbada… - falava, enquanto parecia sonhar.

-Acho que ela tá bem. - olha pros lados. - Eu não fiz naaada… - cantarola em direção a seu cobertor.

 

* * *

 

Em meio as várias coisas estranhas que já viram, aquela não era a pior, mas era surpreendente. Dexter veio visitar Blossom a pedido dela, logo depois da escola, ambos se enfiaram naquele laboratório e não saíram até aquela hora, um fim de tarde. Buttercup e Butch tinham treino de futebol nesse horário – que foi rigidamente prolongado - , Boomer disse que tinha que visitar uma amiga e Bubbles, bem… Ela pensou que tudo fora um sonho e decidiu dar uma volta nas lojas de Tonwsville, na área comercial recém-atacada. O bom era que deixaram-na com um pequeno GPS, caso algo lhe acontecesse era só mandar um sinal.

Brick ficou na casa. Não confiava em Dexter, por mais que tentasse. Mas se era amigo de Blossom, não tinha o direito de expulsá-lo da casa, até porque não era dele. E depois, nem sequer teria como falar “Tá expulso!”, pois nem tocar os pés lá ele podia, mas Dexter sim! Isso também o enfurecia.

 

_ “Deve falar daquela coisa importante.”_pensava, sentado no telhado, tomando uma boa dose de chocolate quente. _ “O que tem naquele lugar, afinal?”

 

-Desculpa, Dexter, ter te trazido aqui só pra uma coisa dessas. - diz Blossom, com a cabeça baixa e brincando com um lápis entre os dedos.

-Eu não me importo. - diz, surpreendendo a ruiva. - E se isso é importante pra você, eu vou te ajudar! - ele ajusta os óculos.

-Obrigada, Dexter!! - exclama, o abraçando. - Obrigada! Obrigada! Obrigada!

-Ok, ok, calma. - falou, suspirando um riso. - Mas ainda acho que não devia guardar segredo delas… - Blossom desfaz o abraço aos poucos e o olha. - São sua família.

-Eu sei, mas… - ela olha em direção àquela parede de vidro isolada. - Da última vez eles quase… - algumas lágrimas ameaçavam cair, enquanto que sua voz já falhava. -...quase que…

-Calma, calma. - ele a abraça de volta. - Vai ficar tudo bem, você vai conseguir, Blossom. - a esse ponto, ela já chorava. - Eu sei que vai!

 

 

* * *

 

-Até mais. - ela disse, fechando então a porta de entrada. Começaria a seguir seu destino novamente, mas paralisou os pés quando veio-lhe uma pergunta.

-Falou da Coisa importante que eu não posso saber? - mesmo descontraída, a voz ainda soava de modo desagradável, e dessa mesma forma, a ruiva desajeitou-se. Apenas assentiu com um som.

-Uhum. - permaneceu parada. O rapaz preparava um sanduíche em cima do balcão, parecendo expert no assunto.

-É, Brick… Será que depois você não poderia…

-Fazer um sanduíche pra você? - pergunta, ainda sem olhá-la. Blossom abriu a boca para falar, mas foi novamente interrompida. - Se quiser, faça o seu! Não sou seu empregado. - falou, amargo.

-Não era isso que eu ia pedir. - seu jeitinho desconcertado se misturou com um pouco da raiva e seriedade. Ele riu soprado.

-Como se eu me importasse com o que você fosse falar ou não! - corta o tomate. As palavras chegaram a chocá-la, sabia que eram bipolares, mas não tanto. Logo agora que ela pensava estar conseguindo uma amizade por parte do ruivo, ele vem com uma grosseria dessas. - O que ainda faz aqui? Não tem mais nada pra fazer? - espalhou o queijo pelo pão. - Ou ainda está pensando na comida? Você só parece pensar sobre isso… - murmurou a última parte, mas que ela acabou ouvindo, quando ele percebeu isso, continuou. - Doces, rocamboles, blá blá blá , sorvete, bolo de morango, cachorro-quente… Dá um tempo!

 

Blossom abaixou a cabeça, deixando a franja cobrir-lhe os olhos. Magoada, seguiu caminho, mas deu uma pausa antes de passar pelo portal de madeira. Olhou mais uma vez para o ruivo, por cima do ombro, seu olhar permaneceu caído, pois havia então confirmado a teoria de que o que passaram naquele dia não foi nada além de uma “felicidadezinha momentânea”. Para que se dessem bem seria preciso mais do que uma manhã divertida, por um momento, ela chegou a pensar que agiam como inimigos de longa data, mas que se suportavam apenas pelos outros.

Porém, não era isso que queria. Nenhum dos dois, pra ser exata.

 

 


Notas Finais


Vejamos, talvez ele tenha ficado curto, mas é o seguinte... Não é q eu o fiz rápido, até porque demorei (desculpa por isso), mas por ele ter um papel importante no resto da história. BEM, EU NÃO POSSO FALAR MUITO!!Ou arrancam minha lingua, e sabem, adoro minha linguinha então prefiro ficar inteira! Realmente, espero que tenho curtido. Calma gente, tenham esperança na Bubbles! Kkkkk!


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