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História O Rapto de Park Jimin - In The Mood For Love


Escrita por: BolinhoDiArroz

Notas do Autor


(ノ◕ヮ◕)ノ*:・゚✧ AEEEEEE 131 FAVORITOOOOOS (ノ◕ヮ◕)ノ*:・゚✧
OBRIGADA GENTE! EU ACHEI QUE MINHA FIC NEM IA TER TANTOS LEITORES ASSIM HEUEHUEH ಥ_ಥ ༽
SINTO ATÉ VONTADE DE CHORAR DE FELICIDADE KKKK T^T
IREI RESPONDER TODOS O COMENTÁRIOS QUE NÃO PUDE HOJE MESMO ≧∇≦
ME SINTO MUITO FELIZ E POR ISSO FIZ ESSE CAPÍTULO BEM AMORZINHO (ღ˘⌣˘ღ)
ESPERO QUE GOSTEM ❤‿❤

Capítulo 12 - In The Mood For Love


Fanfic / Fanfiction O Rapto de Park Jimin - In The Mood For Love

 

 

Seoul, Coréia do Sul

 

Sabe aquele momento em que paramos para pensar sobre a vida e em todos os porquês dela?

 

Pois é, senta aqui do meu lado e vamos compartilhar nossas tristezas e frustrações, colega.

 

Eu especificamente estou me perguntando do motivo da minha vida ter tantos porquês enquanto sentado no banco de uma pracinha em frente ao meu prédio termino minha quinta garrafa de soju olhando para o céu estrelado.

 

Depois que deixei o submundo e cheguei em casa tentei não chorar por ele, me sentia magoado demais pra achar que valia á pena derramar uma lágrima se quer por ele, então a primeira coisa que fiz foi tomar um banho bem gelado, depois comer uma panela sozinho de Ramém enquanto assistia um filme que me fez rir a cada cena (alguns risos eram forçados apenas para eu achar que estava bem). Depois que passei a tarde toda dormindo, acordei e liguei para o hospital descobrindo que a ajumma já havia recebido alta, então tomei outro banho gelado, me vesti (confesso que não muito bem agasalhado. Não é como se eu me importasse se ficaria doente ou não.) e fui até a casa da Ajumma visitá-la. Depois de horas escutando sermões e de fazer promessas à base de puxões de orelha para que não passasse tanto tempo assim sem dar notícias saí de sua casa já ao cair da noite.

 

No caminho pude ver casais, amigos e famílias passarem por mim totalmente felizes e nesse momento minha cabeça começou com as enxurradas de porquês. Por que eu não posso ser feliz? Por que nunca fui adotado? Por que os meninos do orfanato me odiavam? Por que Bryan me traiu? Por que Jeon só me usou? E se existisse um Deus, por que ele não gostava de mim?

 

Então aqui estou eu, sentado no banco logo após ter parado em uma conveniência qualquer no caminho e ter comprado duas sacolas de soju e três pacotes de polvos seco. Detalhe, já estava na minha quinta garrafa e no segundo pacote de polvo seco, eles eram realmente uma ótima combinação para esse clima depressivo ao meu redor.

 

Acho que minha tristeza estava tão visível e palpável que quando as pessoas passavam perto de mim a alegria que moravam em seus rostos e até mesmo os sorrisos eram substituídos por rugas na testa de tristeza, suspiros pesarosos e olhos marejados.

 

Era oficial: Eu estava na merda por causa de um merda.

 

Não fazia muito tempo que eu havia deixado o submundo, mas mesmo assim eu ainda tinha esperanças que ele viesse atrás de mim, sabe? Quando gostamos de uma pessoa, esperamos que independente de quem está certo ou errado, essa pessoa não resista e vá atrás de você após uma discussão.

 

Mas quem eu quero enganar? Isso só acontece em filmes de romance, e todos sabemos que minha vida está mais para um drama cheio de terror e suspense.

 

Notei que com o passar das horas o movimento ia diminuindo e as pessoas iam sumindo das ruas, diziam que meu bairro começava a ficar perigoso há essa hora, mas como eu era o sortudo em pessoa, nem os ladrões vinham até mim pra dar um fim a minha vida.

 

Dramático demais?

 

Perdoem-me, eu já estou deveras bêbado e não consigo raciocinar e falar ao mesmo tempo coerentemente.

 

- Você é bonito... – Escutei alguém falar ao meu lado e virei meu rosto na mesma hora dando de cara com um rapaz dos cabelos loiros e compridos até o ombro. Ele parecia um anjo esculpido pelas próprias mãos de Deus. Só que anjos e Deus não existe, só existiam deuses gregos e seres mágicos que todos julgavam ser apenas histórias de uma civilização maluca.

 

Grunhi rolando os olhos ao me lembrar de Jeon e o estranho me olhou com uma sobrancelha arqueada.

 

- Não mesmo, você que é bonito. – Falei rindo frouxo o fitando atenciosamente.

 

- Eu sei que sou, mas confesso que titio tem um belo gosto. – O loiro sorriu ainda me analisando.

 

- Quem é seu tio? – Indaguei confuso enquanto terminava minha última garrafa. – Acabou... – Choraminguei olhando para a garrafa vazia a balançando levemente como se aquilo fosse fazer o líquido brotar do nada dentro dela enquanto fazia bico escutando uma risada divertida.

 

- Adorável, se fosse meu, jamais o deixaria só. – Ele comentou enquanto eu descartava a garrafa no gramado perto dos meus pés. – Esse mundo é perigoso e você é muito delicado pra ficar por aí sozinho.

 

- Se quiser, pode pegar. – Abrir os braços sorrindo largo o vendo negar com um sorriso meigo no rosto.

 

- Eu amo a minha vida demais para poder cair no erro de tocar em você com segundas intenções. – Ele simplesmente respondeu antes de se curvar para trás e fitar o céu estrelado.

 

- Eu não amo a minha. – Falei imitando seu jeito enquanto mastigava a última tira do polvo. Suspirei sentindo a brisa gelada da noite me abraçar. – Não mesmo.

 

Ficamos por um momento assim, em silêncio apenas desfrutando do momento e da não solidão.

 

- Eu vou no barzinho aqui perto. – Falei enquanto me levantava meio grogue pela bebida, o vi esticar os braços na intenção de me segurar quando troquei os pés. – Quer ir comigo? – Indaguei sorrindo quando consegui achar meu equilíbrio e ele negou triste. – Aconteceu algo? – Perguntei preocupado voltando a me sentar ao seu lado o fitando.

 

- Briguei com o idiota do meu namorado. – Respondeu dando de ombros. – Sinto falta dele.

 

- Por que não vai atrás dele? – Indaguei coçando a cabeça.

 

- Porque ele que tem que vir atrás de mim. Ele que é o errado da história. – O loiro resmungou me fazendo rir.

 

- O que eu não daria para o meu vir atrás de mim? – Indaguei sorrindo triste enquanto olhava para os meus dedos.

 

- Por que diz isso? Você me mandou ir atrás do meu, por que você não vai atrás do seu? – Ele indagou risonho.

 

Tuchê.

 

- Porque eu acho que nem tenho mais um namorado. – Sorri desanimado olhando para o gramado abaixo dos meus pés. – Brigamos também, ele foi bem babaca comigo.

 

 

- Eu acho que ainda tem sim. – Ele falou risonho e eu o olhei confuso voltando a abaixar minha cabeça. – E também acho que ele está caminhando até aqui...

 

Ao escutar aquilo levantei meu rosto rapidamente querendo confirmar se era ele mesmo ou não, mas uma tontura me abateu e meu estômago queimou enjoado. Levei as mãos até a cabeça quando tudo começou a girar e meu corpo balançar, pelos olhos semicerrados vi um homem com um sobretudo negro se aproximar de mim e me capturar antes que eu caísse para trás com tudo no gramado.

 

- O que faz? – Uma voz distorcida soou perto de mim, tentei falar algo, mas aquele estranho havia falado primeiro.

 

- Ouvi de onde estava um coração batendo triste e magoado, como estava da mesma forma quis vir ajudar. – Houve uma pausa e uma troca de palavras que não entendi porque a bile subiu para minha garganta e eu comecei a tossir quando me engasguei com aquele gosto azedo e ácido do vômito. – Você fez merdinha e só apareceu agora?

 

- Cala a boca. – Ouvi o homem falar e me pegar no colo em seguida no estilo noiva.

 

- Aonde vai?

 

- Levar ele pra casa. – O homem falou simplesmente.

 

Depois disso eu apaguei.

 

Quando eu acordei já se passava das 10 horas da manhã, não me lembrava como, mas eu já estava na minha cama entre meus lençóis brancos e roupa trocada. Olhei para os lados, mas não encontrei nada, fiquei um tempo tentando me recordar na noite anterior, mas nada me vinha à mente então tudo o que eu fiz foi me arrumar e ir para a floricultura mesmo já tendo passado do horário.

 

Eu ainda estava no meu dilema de distrair a mente é esquecer Jeon.

 

 

◇◆…◆◇

 

 

Já havia passado da hora do almoço e meu plano até o momento havia dado certo. Enquanto fazia um arranjo de rosas brancas para uma moça que havia encomendado mais cedo pelo telefone para daqui a pouco, escutei o barulhinho do sino sobre a porta soar pela loja me avisando que havia chegado um novo cliente, na mesma hora uma chama de esperança me invadiu, mas quando olhei para a porta, da mesma forma que a chama se acendeu ela apagou. Era um rapaz que já havia vindo algumas vezes na loja dar uma olhada (principalmente em mim) e depois ia embora. Ele era muito bonito, bem exótico e diferente dos coreanos tradicionais.

 

Com calma o vi caminhar em minha direção decididamente. Ele era alto, tinha a pele bronzeada e um sorriso torto nos lábios bem convidativos, não pude evitar de sorrir quando o vi, parecia ter uns 19 anos, diria que até seria um colegial se suas vestes não fossem informais, usava uma calça jeans escura, uma camisa branca com estampas pretas e um casaco daqueles tipos os de jogadores do time de futebol na estampa vermelha, azul e branca.

 

Na certa deveria ser um universitário.

 

- Boa tarde, seja bem vindo. – O recepcionei quando ele chegou perto do balcão ganhando um sorriso seu maior.

 

- Boa tarde. – Ele respondeu com sua voz suave e polida.

 

- Cadê a senhorinha que ficava aqui com você? – Ele perguntou curioso olhando para os lados.

 

- Ela passou e está em casa se recuperando. – Responso meio desanimado.

 

- Hum... – Ele sorriu se inclinando com os cotovelos apoiados sobre o balcão me olhando como se eu fosse uma pintura ou escultura belíssima.

 

- O-o que foi? – Perguntei sentindo minhas bochechas corarem com o olhar dele sobre mim. Dei um passo para trás enquanto passava as mãos no rosto e cabelo na intenção de me livrar seja lá o que for aquilo que chamava tanto a sua atenção.

 

- Você é muito lindo. – Ele comentou dando de ombros me olhando. –

 Sempre quis falar com você, mas nunca tive coragem, aquela senhorinha não é nada discreta, tinha medo dela aprontar algo, sem contar que você é perfeito demais.

 

- A-aah... Eu não sou perfeito – Balancei a cabeça sem graça. – Eu sou normal. – Murmurei. - Mas obrigada pelo elogio. – Abaixei a cabeça sorrindo sendo imitado por ele.

 

Ele era muito bonito.

 

- Meu nome é Jogin, mas pode me chamar de Kai como os meus amigos. – Ele estendeu a mão para mim.

 

- E-eu sou Jimin, Park Jimin. – Respondi nervoso estendendo a mão para ele que a apertou delicadamente me fazendo arrepiar ao sentir o terceiro toque sobre nossas mãos.

 

- E eu sou Jeon Jungkook. – Arregalei os olhos ao ouvir aquela voz dando um pulo para trás quando dei de cara com o outro parado ao lado de Kai. – O namorado dele. – Jeon falou com um sorriso falso no rosto e um olhar ameaçador na direção de Kai, aquela expressão daria medo em qualquer um, mas Kai o encarava de igual para igual com um sorriso cínico no rosto.

 

- Você namora docinho? – Ele perguntou mantendo seu olhar em Jeon.

 

- Eu não sou nenhuma alucinação dessa sua mente retardada.  – Hades resmungou semicerrando os olhos.

 

Engoli em seco pensando no que fazer caso aquilo saísse fora do controle.

 

- Isso é verdade? – Kai me olhou desanimado e eu assenti lentamente. – Que pena. – Ele suspirou e eu pude sentir sinceridade da parte dele. – Eu realmente me interessei por você.

 

- Mas ele não, tchau. – Jeon rosnou furioso para o moreno.

 

- Se algum dia estiver livre de novo... – Jogin retirou um cartão do bolso caseiro de sua calça e o arrastou pelo mármore do balcão em minha direção ignorando totalmente a presença do meu pseudo-namorado. – Me liga.

 

Peguei o cartão de cima do balcão e o assisti sair da loja em seguida me deixando a sós com Jeon, o cartão e as flores.

 

- Você quer ligar pra ele? – Jeon perguntou baixinho me olhando apreensivo.

 

De repente o clima de tenção e pré-briga se tornou melancólico.

 

- Por enquanto não. – Respondi abaixando o rosto enquanto guardava o cartão no bolso traseiro de minha calça.

 

- Por enquanto? – Sua voz saiu trêmula. Pude ver seus ombros abaixarem e seu rosto se tornar abatido. Me senti horrível, eu não gostaria de ouvir isso se fosse eu em seu lugar, por que então eu falei isso pra ele? – Eu sinto muito que as coisas tenham chegado a esse ponto. – Sua voz saiu sem forças, mas logo aquilo não durou muito tempo.

 

Jeon respirou fundo, estufou o peito e levantou a cabeça emoldurando um meio sorriso no seu rosto antes de se virar caminhando em direção a saída da loja. Arregalei os olhos ao notar que ele iria embora e sem pensar em muita coisa pulei o balcão, mas como eu sou um puta sortudo acabei caindo no chão machucando meu braço. Na hora nem senti dor, apenas me senti aliviado ao vê-lo correr até mim me ajudando a levantar.

 

- Você está bem? – Ele perguntou preocupado levando suas mãos grandes e quentes até meu rosto para logo em seguida ao braço que caí por cima.

 

- Não vai. – Pedi fungando. – Me desculpa, eu não deveria ter falado isso, e nem ter fal

 

- Você quer que eu fique?

 

- Eu senti sua falta... – Suspirei abaixando o rosto começando a sentir meu braço latejar. – Você sumiu...

 

- Me perdoa. – Jeon falou e eu levantei o rosto o vendo me olhar sincero. – Eu sei que fui um babaca, é só que eu tenho tanto medo de te perder, e isso acaba me fazendo tomar atitudes erradas.

 

- Por que você acha isso? Poxa eu te amo, o que eu tenho que fazer pra você acreditar em mim? – Falei me afastando dele o olhando indignado.

 

- O problema não é você, sou eu. – Jeon bufou bagunçando seus cabelos que só agora eu notei estarem curtos.

 

- Você cortou seu cabelo? – Indaguei semicerrando os olhos. – Eu não acredito nisso!

 

- Eu não cortei ele, esse é o meu visual na terra. – Ele explicou me fazendo bufar.

 

- Jamais corte seu cabelo. – Cruzei os braços indignado me arrependendo logo em seguida. – Ai merda! – Descruzei os braços levando minha mão até meu cotovelo enquanto me curvava de dor.

 

- Droga Jimin! Você se machucou. – Ele falou se aproximando de mim tentando pegar no meu braço.

 

- Aaah não diga... – Resmunguei irônico o olhando enquanto meu braço todo formigava. Ouvi seu resmungo em resposta.

 

- Me dê seu braço. – Ele pediu sério enquanto estendia suas mãos.

 

Parei por um momento pensando no que ele poderia fazer com o meu braço que já estava fodido. Pior que tá não poderia ficar certo?

 

Meio indeciso e como eu podia estendi meu braço até sua mão esquerda o apoiando ali sentindo sua outra mão pousar por cima do local onde doía. O vi fechar os olhos e começar a pronunciar palavras em latim fazendo toda a dor sumir em poucos segundos, enquanto a dor passava em mim, pude ver uma careta se formar na sua cara.

 

- Caraca! Como pode aguentar isso sem reclamar? – Sua voz soou indignada enquanto ele me olhando dando pulinhos sacudindo os braços, ele parecia aqueles lutadores prestes a entrar no ringue.

 

- Você pegou minha dor pra você? – Indaguei ainda mais indignado que ele.

 

- Peguei. – Ele parou de pular me olhando com um bico nos lábios que me fez rosnar em pura revolta.

 

- Você tem que parar com isso. – Falei batendo o pé.

 

- Por que você tá reclamando? Você nem tá mais sentindo dor. Para de show. – Ele falou aumentando o bico.

 

- Porque eu não quero que você sinta dor. – Franzi o centro da testa cruzando os braços o olhando.

 

- E eu também não quero que você sinta dor. – Ele rebateu me fazendo sorrir.

 

- Seu idiota. – Resmunguei descruzando os braços andando até ele.

 

- Você é mais. – Senti seus braços envolverem minha cintura e automaticamente o abracei pousando minhas mãos nos seus ombros ficando nas pontas dos pés.

 

- Eu amo você, Chim Chim. – Ele respirou fundo me olhando nos olhos como um cachorrinho. Eu simplesmente não pude resistir.

 

- Eu também te amo, Biscoitinho. – Sorri deixando um selinho em seus lábios o fazendo sorrir.

 

- Me desculpa por tudo, eu também sou passível a cometer erros. – Suas mãos pressionaram a minha cintura me puxando mais para si.

 

- Shhh... – Chiei apoiando minha testa na sua fechando os olhos. - Você me magoou? Sim, mas todo casal briga e se magoa, eu só não quero que você aja como um deus babaca quando as coisas não acontecerem como você planeja. – Respondi fracamente. – E se você tiver... – Umedeci os lábios não querendo falar, mas sentindo necessidade de fazer. – Deixado de gostar de mim, sério essas coisas acontecem com todo mundo, eu vou ent

 

Parei de falar quando senti meus lábios serem invadidos por sua língua quente e úmida sentindo seus lábios macios em seguida, era um beijo lento e profundo que me fez ir do céu ao inferno em questão de minutos. Quem eu estava querendo enganar, eu não seria nada se ele não me quisesse mais, eu o amava como um louco e seria capaz de fazer loucuras por ele.

 

Resumindo: Eu sou um trouxa vacilão.

 

- Eu amo você. – Sua voz saiu trêmula entre o beijo. – Você é tudo o que eu tenho, a única pessoa que me ama de verdade, para de querer me afastar de você.

 

- Eu só não quero que fique comigo por achar que eu sou o único que pode te amar, Jungkook. – Suspirei desanimado. – Você é lindo, tem poder e comando de um mundo todo, pode ter a mulher ou o homem que quiser ao seu lado, não precisa de mim, um mortal idiota.

 

- Você me obriga a estragar as surpresas que crio pra você. – Ele resmungou emburrado. – Por isso me chateei tanto ontem de manhã, como os humanos falam por aqui, você fica com esse mimimi pro meu lado, seu não quisesse você eu já teria te tirado da minha vida. Como você mesmo disse, eu sou Hades, deus do Submundo. Eu faço o que eu quero e fico com quem eu quero, e neste momento e por toda a minha vida eu quero você, Park Jimin.

 

Sem dizer mais nenhuma palavra, Jeon se afastou de mim e se ajoelhou na minha frente tirando do bolso de seu casaco uma caixa de veludo preta a estendendo aberta na minha direção. Acompanhei todo o passo a passo com o coração batendo na boca até o momento que vi um par de alianças nem um pouco convencional na minha frente.

 

Elas eram incríveis, não eram de ouro ou prata, muito menos tinha diamante ou qualquer outra pedra ou metal precioso. Elas eram feitas de algo mil vezes mais lindo, ambas as alianças pareciam ter uma galáxia nas tonalidades de lilás, azul e amarelo em toda sua volta, bem no centro do anel, ao invés de ter uma pedra preciosa cintilando, havia algo que brilhava mais, parecia uma estrela - pequena e brilhante - presa ali.

 

- Eu sou apaixonado por você, desde o primeiro dia em que nos vimos na boate, desde o primeiro toque, o primeiro beijo, a primeira noite, o primeiro sorriso. E... – Ele parou pra pensar sorrindo largo me olhando. - Eu te amo desde aquele dia que acordou ao meu lado e ficou afobado porque estava atrasado para trabalhar. – Sua voz soava calma e firme a cada palavra enquanto meus olhos se enchiam de lágrimas. – Eu não tenho dúvidas e nunca vou ter de que é você e sempre será somente você o único grande e verdadeiro amor da minha vida. Eu quero poder acordar ao seu lado todos os dias, quero poder te proteger, te fazer sorrir e te mostrar que o amor existe, que você pode amar e que você pode ser amado. Quero te dar uma família, um mundo cheio de oportunidades e poder estar ao seu lado em cada nova descoberta. – Ele tossiu limpando a garganta me olhando nos olhos. – Eu sou péssimo com palavras, sou péssimo com sentimentos e em expressar meus sentimentos, mas aqui e hoje, te prometo tentar ser a melhor pessoa para você. Eu quero que você me ensine a confiar, me ensine a como amar da maneira correta e que tenha paciência, porque eu não sou perfeito Jimin, eu sou cheio de falhas e erros, mas eu sei que te amo. – Comecei a chorar em silêncio. De repente parecia tudo tão certo e verdadeiro, eu acreditava nele, eu não podia falar que era mentira sua, afinal eu estava ali ouvido tudo e olhando concentrado nos seus lindos olhos calorosos que estavam fixos em mim. – Se você aceitar ser meu não terá mais volta, eu não vou aceitar que me deixe depois, eu preferiria a morte do que uma vida sem você, mas se hoje. Aqui e agora, você disser pra mim que não me quer, eu juro por tudo o que há de mais sagrado para você que eu saio por essa porta e você não vai mais saber de mim. – Funguei balançando a cabeça não aguentando nem em pensar na hipótese. - Em toda a minha vida, quero apenas sete coisas: Primeira: O teu amor, Segunda: Enquanto houver Sol ter você ao meu lado, Terceira: Enquanto brilhar a Lua estar com você, - Ele começou a falar contando nos dedos. - Quarta: Amenizar o frio do Inverno envolvido em seu corpo; Quinta: Ver cair o Outono com você, Sexta: Não ver a Primavera sem você, e a Sétima é: Park Jimin, você aceita se casar comigo?

 

- Ai meu deus! – Exclamei rindo em meio a choro assentindo diversas vezes me lançando contra seus braços o abraçando, tamanho foi a minha afobação e emoção que quando vi, estávamos caídos no chão, eu por cima de seu corpo o enchendo de beijos e de quanto eu o amava, e ele apenas ria dizendo que me amava mais. - Eu aceito. Enquanto houver vida em mim. – Respondi mais calmo o olhando corado. – E mesmo se não houver. – Ri nervoso.

 

O sorriso largo e feliz em seu rosto não poderia ter sido mais lindo, e então num momento trocávamos olhares e sorrisos, no outro nos beijávamos profundamente compartilhando as mesmas sensações selando aquele compromisso.

 

Escutei o barulhinho do sino sobre a porta soar pela loja me avisando que havia chegado um novo cliente, de repente voltei a realidade caiu sobre mim e eu me lembre onde estava. Me separei de Jeon na mesma hora ficando de pé tão rapidamente que não sei como havia conseguido isso. Havia entrado uma bela mocinha na loja, suas bochechas estavam vermelhas e ela tinha os olhos grudados no chão claramente envergonhada.

 

- B-bom dia. – Sorri sentindo meu rosto arder enquanto Jeon se levantava soltando alguns risos.

 

- E-eu v-vim pegar a minha encomenda. – sua voz era baixa e suave.

 

- Ah! A moça das rosas brancas. – Sorri caminhando até o balcão pegando o arranjo das rosas brancas levando para ela em seguida.

 

- Uau... Ficou incrível. – Ela exclamou assim que pegou as flores. – Bem que me disseram que aqui era o melhor lugar da cidade.

 

- Obrigada. – Agradeci sorrindo envergonhado.

 

A vi mexer na bolsa e retirar o dinheiro me pagando em seguida, notei seus olhos parar em Jeon o analisando enquanto buscava seu troco. De repente todo o afeto que senti por ela foi por água abaixo, ela não podia ficar olhando o noivo dos outros assim.

 

Biscate.

 

- Aqui está. – Estendi o dinheiro pra ela com um bico.

 

- Seu namorado é lindo. – Ela sussurrou para mim me fazendo a encarar de boca aberta tamanha audácia sua.

 

- Noivo. – Falei na mesma hora andando até Jeon que me olhou segurando o riso. – ELE acabou de me pedir em casamento. – Falei abraçando-o pela cintura enquanto ele balançou a caixinha no ar provando minhas palavras.

 

“Muito bem mozão” Comemorei internamente.

 

- Eu também sou noiva. – Ela sorriu animada com os olhos brilhando enquanto me mostrava sua mão com uma aliança de noivado com uma pedra enorme de brilhantes. – Me caso amanhã. – Ela riu animada.- Felicidades para vocês...

 

Sorri envergonhado pela forma como agi com a garota e nem pude me desculpar nem nada, pois logo ela foi embora com o arranjo em mãos.

 

- Vejo que não sou o único ciumento aqui hem? – Ele falou soltando risinhos me olhando.

 

- Não enche... – Bufei inflando as bochechas arrancando mais risadas dele.

 

- Me dá sua mão, amor. – Sorri derretido com aquele pedido e lhe estendi minha mão esquerda, e ele negou pedindo a outra com um gesto de cabeça. Sorri envergonhado lhe estendendo minha outra mão o vendo retirar o anel da caixinha o colocando em meu dedo em seguida. Senti-me sem fôlego ao ver como havia ficado perfeito em meu dedo, realmente era uma joia incrível. – Ele é lindo, Jungkook...

 

- Eu mesmo fiz para você hoje. – Revelou me fazendo arregalar os olhos surpreso.

 

- Você que fez? – Indaguei boquiaberto.

 

- Sim, forjei do metal extraído de uma estrela cadente. – Ele explicou sério enquanto me entregava a caixinha para que eu colocasse a dele em seu dedo.

 

- De uma estrela cadente? – Semicerrei os olhos incrédulo.

 

- Sério. – Ele sorriu de minha reação. – Esse ponto que brilha é um pedaço dela que eu botei especialmente na sua para afastar todo o mal de você, dizem que o brilho das estrelas é muito poderoso contra o mal. – Ele deslizou o dedo pelo meu anel. – Eu a fiz a imagem e semelhança da galáxia de onde a estrela veio.

 

- Uau... – Sorri bobo fitando minha aliança. – Obrigada, realmente sinto que estou com um pedaço da galáxia no meu dedo. – Ri junto a ele o abraçando apertado. – Ah! Estou com algo seu aqui. – Falei me afastando de si retirando o cordão dele de meu pescoço vendo seus olhos se arregalarem de surpresa.

 

- Estava com você todo esse tempo? – Perguntou enquanto eu passava a cordinha pela sua cabeça o pousando no centro de seu peito.

 

- Sim, eu achei na minha casa, debaixo do sofá. – Respondi e ele sorriu acariciando a pedra ali.

 

- Ele é muito importante pra mim, foi um presente da minha mãe. – Ele me olhou feliz me deixando no mesmo estado.

 

- Agora minha vez. – Sorri pegando a caixinha de sua mão retirando o anel do mesmo colocando-o no dedo de sua mão estendida para mim. – Perfeito. – Sorri bobo juntando nossas mãos com as alianças que brilharam com a aproximação me fazendo suspirar devido a beleza.

 

- O próximo passo é o casamento. – Ele sorriu animado me agarrando pelas coxas de repente me sentando sobre o mármore do balcão arrancando um grito meu de surpresa.

 

- E depois do casamento? – Perguntei rindo enquanto o puxava para mim o encaixando entre minhas pernas e braços.

 

- A lua de mel... – Ele sussurrou aproximando seu rosto do meu mordiscando meus lábios. – E depois um bebê.

 

Arregalei os olhos me sentando em posição ereta chocado com o que acabava de ouvir.

 

- Duas coisas: - Falei sério. – Primeira: É bom que esse bebê seja comigo. Segunda: Eu sou um homem, que da a bunda, mas eu ainda sou um Jungkookie, não posso engravidar... – Resmunguei fazendo bico.

 

- E eu sou um deus meu amor... – Ele respondeu sorrindo arteiro. – Eu e meu pau fazemos milagre que até Zeus duvidaria.

 

- Jeon! – Exclamei chocado com suas palavras batendo em seu ombro rindo.

 

- Só confie em mim... – Ele disse confiante me fazendo choramingar balançando a cabeça em negação.

 

- Por onde esse bebê sairia? – Indaguei choroso só de imaginar.

 

- Por enquanto vamos nos preocupar primeiro em fazer. – Sua voz saiu rouca. – Vamos tentar muitas vezes, todas as horas, todos os segundos, até que você apareça grávido. – Seu rosto afundou em meu pescoço distribuindo selares por todo ele me arrepiando. – A começar de agora... – Sua voz soou baixa e sensual perto de meu ouvido me fazendo soltar um gemido arrastado quando colocou seu corpo quente no meu.

 

- A-agora não... – Sussurrei o abraçando com minhas pernas ficando na beira do balcão colando meu corpo no seu sentindo sua língua deslizar sofregamente por minha pele do pescoço que era castigada pelos dentes e lábios do moreno. – A-a loja ainda tá aberta... – Sussurrei apertando os olhos tentando não fazer muito barulho.

 

- Não seja por isso. – Ele sorriu afastando seu rosto do meu pescoço me olhando nos olhos. Antes que eu pudesse perguntar o que havia acontecido escutei o estalar de seus dedos, no segundo seguinte as janelas e portas da loja estavam todas tampadas por um tecido negro e mesmo eu sem poder ver, sabia que a plaquinha da porta estava virada para o lado “Fechado”. – O primeiro problema foi resolvido.

 

- Primeiro? – Perguntei confuso.

 

- Sim, o segundo é o nosso filho. – Ele sorriu e logo em seguida atacou meus lábios em um beijo de tirar o fôlego.

 

Eu tô literalmente fodido esses dias...


Notas Finais


Eae meninas o que vocês achariam se o Jimin aparecesse grávido futuramente? ( ͡° ͜ʖ ͡°)
Será que o pau do Jeon realmente faz milagres? ( ͡° ͜ʖ ͡°)( ͡° ͜ʖ ͡°)( ͡° ͜ʖ ͡°)
Chega de cu doce desses dois né? Acho que se eles ficassem de mimimi mais um pouco eu que desceria o cacete neles kkkk
Agora eles terão que se preocupar com a profecia, inimigos e admiradoras de Hades... Coitado do Chim, nada nunca é fácil para ele, será que ele vai aguentar o tranco? ت(. ゚ー゚)१

ENFIM, 130 FAVORITOOOOS \O/
OBRIGADA MESMO MORES E FANTASMINHAS <3


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