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História O Reencontro - Mudança Repentina


Escrita por: thatpowerxx

Notas do Autor


Hey! :v
Esse capítulo ficou bem dramático, de resto, nada a declarar. Boa leitura!

Capítulo 6 - Mudança Repentina


Fanfic / Fanfiction O Reencontro - Mudança Repentina

Depois de um pouco de dificuldade por estar arrastando o Armin, Alex chegou até nós, feliz como sempre.

-Hey Lizie! -Alex sorriu pra mim e olhou para o Leo. -Oi!

-Esse é o meu irmão mais novo, Leo.

-Prazer... -Armin resmungou, procurando seu PSP na mochila.

-Esse alegre e saltitante é o Alex e o que parece que está morrendo, é o Armin. São irmãos gêmeos. -Disse explicando para o Leo.

-Prazer! -Leo abriu um sorriso.

-Vocês viram o Kentin?

-Eu vi ele entrar na biblioteca. -Rosalya deu de ombros. -Mas não sei se ele ainda está lá.

-Vou procurá-lo, já volto. Enquanto isso, vão conhecendo o meu irmão! -Olhei para o Leo, que estava com um sorriso tímido.

Podia ver Rosalya conversando animadamente com Leo, nunca vi meu irmão assim. Ri, ainda o olhando de longe.

Fui até a biblioteca, que até então não tinha ido antes, era grande e com uma grande variedade da livros. Andei entre as grandes prateleiras carregadas de livros de gêneros diversos, procurando pelo Kentin, até ouvir vozes baixas vindo do corredor ao lado, animada, fui até lá e vi Kentin pegando um livro do alto da prateleira para Violette, ambos conversavam animados, Violette estava vermelha e gaguejava, nunca a vi falar tanto antes. Kentin mostrava seu sorriso gentil ao conversar com ela. De alguma forma, me senti desconfortável ao ver aquela cena. Apenas decidi sair da biblioteca, andava encarando os meus pés, ou melhor, o All Star que eles calçavam.

Distraída, esbarrei em alguém, fazendo o livro que a pessoa carregava cair.

-Desculpa. -Peguei o livro e o entreguei à pessoa.

-Tudo bem. -Nathaniel pegou o livro, mostrando um sorriso gentil. -Tenho que ir, estou meio enrolado com as papeladas.

-Quer que eu te ajude?

-Não precisa, logo a Melody vai chegar, ela costuma me ajudar. -Nathaniel deu um sorriso fraco.

-Ela ainda não chegou, então eu vou te ajudar! -Disse cruzando os braços.

-Okay, okay, então vamos. -Nathaniel parecia mais animado.

Fomos até o grêmio e começamos a conversar sobre coisas aleatórias enquanto arrumávamos as papeladas. Acabei tropeçando em algo que estava no chão, caí de bunda e os papéis se espalharam por todo canto.

-Mas que merda! -Resmunguei.

Ao ver meu estado, Nathaniel se segurou para não rir e me ajudou a levantar.

-Você está bem? -Deu uma risada baixa.

-Estou, e não tem graça nenhuma, para de rir!

Conversamos por um tempo e logo depois fui procurar o meu irmão para mostrar a escola. O que não esperava era que Rosa já havia sido mais rápido, lá estavam os dois, conversando e rindo, Rosa, como sempre, mostrava a escola de forma alegre.

-Ei, Rosa! Se importa se eu roubar o meu irmão um pouquinho? -Disse segurando Leo pelo braço.

-A vontade. -Rosa sorriu e saiu saltitando até o Armin e o Alex.

-O que você quer, praga? -Leo revirou os olhos.

-A única praga aqui é você! Mas enfim, o pai não vai vir pra casa não? Já faz tempo que ele está nessa viagem à trabalho.

-A mãe não te contou?

-Contou o que? -Arqueei uma das sobrancelhas.

-N-não, não é nada! -Leo se virou para ir embora. Claramente estava nervoso.

-Ah, pode voltar aqui e me contar tudo, pirralho! -O segurei pelo braço. Leo suspirou.

-Vamos em um lugar com menos pessoas.

Fomos até o clube de jardinagem, parecia estar vazio. Sentamos na grama.

-O que aconteceu com o pai? Sinto que perdi muita coisa durante esses dois anos de intercâmbio.

-O pai e a mãe vão se separar.

-O quê? Explica isso direito!

-Enquanto você estava fora, o pai começou a mudar, se tornou alguém totalmente diferente. Qualquer coisa era motivo de discussão, chegava tarde todos os dias, não pagava as contas...

-Assim... tão repentino? E tem algum outro motivo além desses?

Leo confirmou com a cabeça e ficou em silêncio por um tempo.

-Leo... me conta... o que está acontecendo?

-O pai traiu a mãe.

-O quê? Traiu?

Leo me contou de algumas discussões, que foram feias, o pai chegou a bater na mãe. Contou das madrugadas que ele chegava em casa, da dificuldade para o fazer pagar a parte dele das contas.

Antes que Leo pudesse dizer mais alguma coisa, o sinal bateu.

-Pode ir na frente, já vou na aula... -Disse desanimada.

Era muita coisa para assimilar. Quando o pai mudou tanto assim? O que aconteceu com ele nesses dois anos? Por que?

Um milhão de perguntas surgiram, me deixando completamente inquieta.

A visão que eu tinha do meu pai, aquele homem alegre, responsável, trabalhador, corajoso, amoroso, que fazia de tudo pela família, simplesmente desabou. Era como se antes, eu vivesse na família dos sonhos, afinal, eu sofria bullyng, mas não era como se eu ligasse, a minha família sempre estava lá pra me ajudar, e se isso que Leo me contou, é a realidade, não sei como lidar.

O que aconteceu para ele chegar nesse ponto? Voltar tarde para casa, não pagar as contas, começar discussões, bater na mãe, traí-la... Esse não é o pai que me lembro.

Como não percebi que a mãe estava estranha? É como se ela fingisse estar feliz para não me preocupar.

-Por que não me contaram antes? -Sussurrei enquanto olhava para um lugar aleatório.

Não estava com a mínima vontade de ir para a aula. Não iria conseguir pensar direito. Senti algumas lágrimas quererem escorrer pelo meu rosto, respirei fundo e me esforcei para não chorar.

Quero tirar essa história a limpo, vou falar com a pai, pessoalmente. Só preciso descobrir onde ele está. Tenho medo de que essa viagem de negócios seja outra coisa...

                     ❄

-Lizie?

Acordo com alguém me cutucando de leve. Abri os olhos, que estavam vermelhos, mesmo que não tenha chorado.

-Oi...

-Hey. Aconteceu algo? Leo não quis me contar nada. -Kentin sentou do meu lado.

Fiquei em silêncio. Não quero tocar no assunto... com ninguém...

-Lizie? Me fala. O que houve? -Kentin entrelaçou seus dedos nos meus, ficando de mãos dadas.

-Não quero falar sobre isso... -Soltei as palavras em um quase sussurro.

-Qualquer coisa que queira me falar, eu estou aqui Lizie... -Senti Kentin apertar minha mão, apertei de volta e encostei a cabeça em seu ombro.

A mão dele segurando a minha, me confortava de certa forma.


Notas Finais


Espero que tenham gostado!


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