Após aquele espelho chegar ao nosso mundo, o pandemônio se instalou e todos correram para sentirem-se limpos e de consciências falsamente frescas novamente, mas nem o melhor sabão limpa aquilo que nossos desejos mais íntimos, incorretos e pecaminosos nos trazem.
Um dia, a verdade na nossa alma não nos acolhe e nesse grande reflexo chamado realidade dos fatos; Sentimos-nos nus de nós mesmos, nossas capas de autoproteção e piedade nos larga a sós com nossas próprias maldades e reféns do constrangimento por não sermos nem de longe aquilo que imaginamos que éramos.
O grande espelho não nos mostra mais diferenças, como os comuns nos mostram, e sim nossas afinidades, nossa sujeira comum. Mostra que somos seres que precisam ser limpos e ignoramos tudo para agradar muito mais um prazer pouco útil.
Nossa alma continua suja, desejar-se limpar é uma necessidade em meio ao chorume que vemos. Os métodos? Não sabemos, mas o odor da carne decrépita contínua em nós e todos estão negros, como petróleo.
No nosso mundo a limpeza não existe e a vida fenecerá, mas na terra existe e tem um nome diferente, nós o ignoramos e tu, farás algo para limpar a alma que vês no espelho?
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