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História O Renascer de um amor - Acordado


Escrita por: LeitorVoraz123

Notas do Autor


Oi gente! Foi mal pela demora, mas eu tive uma baita dificuldade em escrever esse capitulo, então, desculpa mesmo. Mas eu tenho uma noticia boa! O próximo capitulo já esta pronto e eu vou postar amanha. Desculpe novamente pela demora e espero que gostem (desculpem se eu deixei passar qualquer erro)

Capítulo 8 - Acordado


Acordei em um quarto estranho. Não conhecia aquele pequeno quarto escuro . Aquele era um lugar desconhecido para mim e por mais que eu tentasse, não conseguia me lembrar como eu havia chegado lá. Sentei na cama confuso, o que estava acontecendo?
-Como ele está Annabeth?- Ouvi uma voz masculina perguntar do lado de fora da porta.
-Não muito bem.- Respondeu uma voz feminina- Mas isso não é de se estranhar depois do que aconteceu. Não acho que ele vá acordar tão cedo.
A porta se abriu e eu pude ver duas pessoas. O quarto estava escuro, mas eu consegui ver que era uma garota mais ou menos da minha idade e um homem de cadeira de rodas. Ouvi a menina soltar um suspiro surpresa quando me viu.
-Ele está acordado. - Falou surpresa
-Annabeth.- Disse o homem calmamente- Você faria a gentileza de ascender a luz para nós?
A garota, Annabeth, obedeceu e foi até o interruptor. A luz machucou meus olhos inicialmente, mas quando me acostumei a claridade pude ver os dois nitidamente. A garota possuía cabelos loiros presos em um rabo de cavalo simples. Ela vestia uma camiseta laranja e shorts jeans, em sua cintura havia uma faca por algum motivo. O homem possuía cabelos castanhos e estava sentado em uma cadeira de rodas, seus gentis olhos castanhos foram o que me fizeram perceber que eu conhecia aquele homem.
-Senhor Brunner?!- Exclamei surpreso, eu realmente não esperava encontrar um professor ali.
O professor de latim me deu um sorriso caloroso.
-Olá Percy.- Disse ainda sorrindo- Fico feliz em vê-lo acordado.
-Senhor, o que esta acontecendo?- Pergunto tentando organizar a bagunça que esta na minha mente, como eu havia acabado nessa situação?- Onde eu estou?
-Você esta no acampamento meio sangue meu garoto, um lugar para pessoas como você.- Ele responde simpático
Abri minha boca para fazer mais perguntas, mas ele me cortou.
- Vamos para a sala.- Disse- Responderei suas perguntas lá.
Ele virou sua cadeira de rodas e esperou. Tentei me levantar, mas acabei perdendo o equilíbrio, só me salvei de cair porque Annabeth me segurou. Minha mente estava tão confusa que acabei me esquecido que ela estava ali.
- Cuidado- Ela disse e me olhou com preocupação. Seus olhos eram de um cinza belo e ameaçador. Tenho certeza que muitos temem aqueles olhos, mas, ainda sim, eles eram muito belos.
-Obrigado.- Digo com um sorriso fraco.
Olho para o Senhor Brunner e vejo certa tristeza em seu olhar, como se ele estivesse se lembrando de algo realmente triste e distante. Quando ele percebe o meu olhar ele sorri.
-Vamos- Diz
Com a ajuda de Annabeth eu caminho por um corredor branco e estreito, nossos passos fazem um leve barulho quando entram em contato com o piso de madeira e esse é o único barulho que eu posso escutar.
No final do corredor há uma sala simples. A sala possuía duas cadeiras simples de couro e um sofá velho também de couro. O chão era coberto por um tapete gasto e na parede a minha frente havia uma lareira de design simples. Era um lugar bem normal.
-Sente-se minha criança. – Disse o senhor Brunner enquanto se posicionava entre as duas cadeiras de couro. Annabeth saiu da sala e eu me sentei no sofá de frente para o meu professor.
- O que esta acontecendo Senhor Brunner?- Perguntei assim que me sentei- Por que estou aqui? Ou melhor, onde estou?
Meu professor de latim me lança um olhar triste.
- Como eu disse antes, você está no acampamento meio sangue, um lugar criado para pessoas como você.
-Você disse isso antes . Mas o que você quer dizer com pessoas como eu? Eu sei que não sou um exemplo de pessoa, já fui expulso de muitas escolas e não sou muito inteligente. Mas isso é motivo para me mandarem para algum lugar de reabilitação? Porque é isso que esse lugar está parecendo para mim.
Ele solta uma breve risada.
- Esse não é esse tipo de lugar Percy.- Diz voltando a sorrir- Esse é um lugar para pessoas especiais, como você.
- “Especiais” é normalmente uma palavra usada para falar de forma sutil que não te querem e por isso você deveria ir para outro lugar. Eu já ouvi essa antes, toda a escola que me expulsou disse que eu deveria procurar um local “melhor para mim” ou que “atenda as minhas necessidades”, ou seja, esses locais “especiais” para pessoas como eu.
- Percy, não foi isso que eu quis dizer.- Respondeu firme- O acampamento Meio Sangue é para pessoas realmente especiais, não é qualquer um que pode entrar aqui, para ser um campista é necessário cumprir requisitos que quase ninguém cumpre.
- E eu cumpro?- Pergunto descrente- Eu não sou especial, sou a pessoa que as pessoas normalmente mantém distancia porque não querem andar com um perdedor.
-Não fale assim de você mesmo.- Diz o Senhor Brunner me repreendendo.- Você é uma pessoa muito boa Percy, não vou aceitar que pense tão mal de si mesmo.
- Mas é a verdade Senhor Brunne.- Digo triste- Não sou especial, você deve ter pego a pessoa errada.
- Eu não peguei a pessoa errada.- Diz firme- Você não tem idéia de quantas pessoas se preocupam com você e gostam de você. Se você falar assim de você mesmo não esta só se rebaixando, mas menosprezando o que essas pessoas sentem por você.
- Além da minha mãe, quem se importa comigo? Ninguém nunca se importou com meu bem estar além da minha mãe, nem mesmo meu pai, se ele realmente esse importasse ele não teria saído para aquela viagem perigosa no mar quando a minha mãe estava grávida.
- Seu pai se importa com você, tenho certeza disso.
- Como você pode estar tão certo disso?
- Percy, você faz ideia de quem é o seu pai?
- Como posso saber algo sobre ele?- Pergunto estupefato.- Ele morreu antes mesmo de eu nascer , não sei absolutamente nada sobre ele.
- Sua mãe não lhe contou nada?
- Não, tudo que ela disse era que ele era de uma família importante e por isso eles não poderiam ficar juntos. Ela também disse que ele fez uma viagem perigosa no mar e acabou desaparecendo. Isso é tudo que eu sei.
-Seu pai é uma pessoa muito importante Percy, é por isso que ele nunca entrou em contato com você, isso poderia colocar em você em perigo. Mas isso não quer dizer que ele não se importa com você, muito pelo contrario, ele sempre esteve te observando.
- Você conhece o meu pai?- Pergunto surpreso, por essa eu não esperava.
- Conheço.- Responde calmamente, como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.- É por isso eu posso garantir a você que ele se importa com você.
- Por que você esta me falando isso agora? Eu estou nesse lugar por causa do meu pai?
- Sim, esse é um lugar para os filhos de pessoas como o seu pai.
- Como o meu pai? O que você quer dizer?
- Bem, seu pai é o que chamamos de deus. Você provavelmente se lembra das minhas aulas de mitologia, nelas eu contava as historias dos heróis e deuses gregos. Bem, seu pai é um desses deuses.
Fiquei um minuto em silencio, eu não sabia o que responder, aquilo era simplesmente loucura!
-Olha Senhor Burnner, acho que você esta enganado, afinal, os deuses gregos nem existem de verdade, eles foram inventados para explicar as coisas que os homens não podiam .
-Minha criança, tenho certeza de que não estou enganado, fui até a sua escola confirmar eu mesmo, então, posso dizer com certeza absoluta, você é o filho de um deus.
-Como isso pode ser verdade? Eu não sou nada demais, tenho dislexia, TDAH e já fui expulso de mais escolas do que se pode contar nos dedos. Se existisse mesmo filhos de deuses, tenho certeza de que eles não seriam como eu.
- Mas são essas coisas que mostra que você é realmente o filho de um deus. Sua dislexia é a prova de que o seu cérebro não está adaptado a nossa língua, ele foi feito para ler grego. Sua TDAH ocorre porque você está sempre alerta, seu corpo sabe que monstros podem se esconder em qualquer lugar e por isso não pode se descuidar. Nunca aconteceu nada de estranho na sua vida, algo que você não pudesse explicar?
Naquele momento, vários acontecimentos me vieram a mente. Memórias confusas começaram a passar diante dos meus olhos, memória que eu havia enterrado no fundo da minha mente e que eu não podia explicar.
Fiquei quieto por um tempo, não sabia o que dizer, será que aquilo era realmente verdade? Será que minha mãe teve um caso com um deus grego e eu fui o resultado disso? Minha mente estava tão cheia de coisas que eu achava que ela ia explodir.
- Se eu sou filho de um deus.- Começo depois de um tempo em silencio- Por que ele nunca se importou comigo ou com a minha mãe? Por que ele nos abandonou? Quem é ele?
-Ele se importa, mas os deuses são proibidos de manter relações com seus filhos, por isso ele não podia se aproximar de você e da sua mãe, mesmo se ele quisesse. Quanto a quem ele é, temo não poder responder essa pergunta, apenas os deuses podem dizer quem são seus filhos. Muitas crianças vem para o acampamento e não sabem quem são seus pais divinos, é cruel, mas é a realidade.
Fico em silencio, é muita informação para processar. Tenho muitas perguntas, mas não consigo fazê-las. Sinto que quanto mais perguntar, mais confuso eu vou ficar. Mas ainda havia uma pergunta que eu precisava fazer.
-Como eu cheguei naquele quarto?- Pergunto depois de um tempo perdido em pensamentos.- Como eu cheguei aqui?
-Acho que você perdeu suas memórias devido ao choque.- Respondeu Senhor Brunner gentilmente- Vamos esperar até amanhã e ver se você as recupera, acho que você já recebeu informações demais par apenas um dia. Já é noite, descanse um pouco, amanhã conversamos mais. Quer comer alguma coisa antes de dormir?
-Não, obrigado, estou bem.
Ele me acompanha até a porta do quarto em que eu havia acordado mais cedo.
-Boa noite Percy- Diz quando entro no quarto.
-Boa noite Senhor Brunner.- Respondo fechando a porta.
-Ah, Percy, mais uma coisa- Diz senhor Brunner quando estou quase terminando de fechar a porta.- Me chame de Quiron, esse é o meu nome verdadeiro, lamento, mas Senhor Brunner era apenas um pseudônimo.
Sorrio fracamente pelo pequeno espaço que ainda está aberto da porta.
-Então, boa noite Quiron.
Fecho a porta e apago a luz antes de me deitar na cama para uma noite cheia de pesadelos.


Notas Finais


Então? O que vocês acharam?! Bom? Ruim? Péssimo? Por favor comentem, comentários sempre me incentivam a continuar!
Obrigado por ler até aqui e até amanhã!
~Leitor Voraz


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