– Irmão, você irá se atrasar para escola, desça, o café está na mesa! – Sehun gritou para Jongin, que se levantou preguiçosamente da cama e foi fazer sua higiene matinal.
– HYUNG! DESCE AGORA! – Sehun novamente gritou.
– Já estou indo, cacete. – Jongin respondeu descendo as escadas e parando em frente a seu irmão três meses mais novo, Sehun. –Bom dia, meu caro irmão.
– Bom dia, bebê, então, sinto muito, mas não temos muito o que comer…– Sehun não terminou de dizer, ele abaixou o olhar e Jongin sentiu o coração ser partido, então ele abraçou rapidamente Sehun.
– Está bem, eu sei e a culpa não é sua. Lembra, eu sou o mais velho, mas ainda assim sou o seu bebê, você lembra? – Jongin perguntou acariciando os cabelos do irmão, Jongin podia ser o mais velho, mas era menor comparado ao tamanho de Sehun, e sempre se comportava como um bebê para receber carinho, atenção ou conselhos do mesmo.
– Lembro, sim, agora coma a sua maçã e escove os dentes, antes de sair dê um beijo na mãe. – Sehun disse antes de subir para seu quarto.
Jongin então fez exatamente o que seu irmão lhe mandou, antes de sair ele foi ao quarto de sua mãe que estava ofegante, Jongin então correu e se abaixou ao lado de sua mãe. Ela se pronunciou:
– Jongin meu filho, pode ir para escola, eu estou bem. – falou ela, mas Jongin sabia que não, ela não estava bem.
– Filho?
– Mãe, eu vou arrumar algum emprego para nos sustentar, e para pagar seus remédios, eu lhe prometo.– Jongin falou e sua mãe lhe deu um sorriso brilhante.
– Tudo bem, filho, eu acredito. Agora, vá, senão irá se atrasar. – A mãe de Jongin disse e deu um beijo na bochecha do filho antes de voltar a dormir.
Assim Jongin saiu de casa em direção ao colégio, como o mesmo dizia: “Chegar o mais cedo possível para manter os garotos na linha” e sempre Jongin se encontrava na frente do portão, a fim de mandar os desleixados para casa novamente, apenas esperando um pequeno deslize.
– Olá, Jongin, como está? – Chen, amigo de Jongin, perguntou parado em frente ao portão principal.
– Estou na mesma, eu acho. – Jongin respondeu, respirando profundamente olhando para Chen.
– E sua mãe? Ela está bem? – Chen perguntou.
– Não, ela não está bem. Por mais que ela diga, eu sei que ela sofre. – Jongin disse triste, Chen percebeu isso e abraçou o amigo de lado, tentando passar algum conforto.
– Você ainda está em busca de algum tipo de emprego? – Chen novamente perguntou, querendo mudar de assunto.
– Sim, você achou algum para mim? – Jongin perguntou com esperança.
– Bem, achar eu achei, mas depende se você vai estar disposto a trabalhar. – Chen falou vendo a animação do amigo.
– É claro que eu estou disposto, onde é este trabalho? – Jongin perguntou quase pulando de alegria.
– Então… é em um café. – Chen falou sorrindo.
– Em um café? – Jongin disse com tom de dúvida. – Se é em um café eu quero, mas então por que do “disposto a trabalhar”?
– Porque não é em um café normal, esse café é de fantasias… tipo cosplay e os cosplays são um tanto peculiares para você, eu presumo. – Chen disse.
– Tudo bem ser de cosplay, eu gosto… só ainda não entendi o peculiar em um cosplay.– Jongin falou com a mão no queixo, como se estivesse tentando ligar pontos que ainda ele não sabia.
– Bem, esse cosplay é um cosplay de empregada… por isso é peculiar. – Chen falou olhando Jongin.– Mas depende de você.
Jongin quase arregalou os olhos quando ouviu que se quisesse o emprego teria de se vestir como uma empregada… pensando bem… sua mãe precisava do dinheiro para comprar remédios e também uma comida de cada dia, mas isso era tão vergonhoso, seu corpo não era de uma menina! Pensou que deveria ficar horrível, entretanto, ele não achara outro emprego e não podia passar de uma semana procurando. É, seria isso mesmo.
– Dae…– Jongin chamou seu amigo.
– Sim? – Chen perguntou e esperou uma resposta por parte de Jongin.
– Eu aceito, mas não conte isso para ninguém entendido? – Jongin o olhou, levantando o dedo mindinho.
– Cara, eu sou seu amigo, senão o melhor. Relaxa, não irei contar nada. – Chen prometeu e também levantou o dedo mindinho para entrelaçar com o de Jongin, mas esse momento acabou quando um ser anão passou os braços envolta da cintura de Jongin e deu uma encoxada no mesmo.
– Oi, flor do dia. – O garoto falou ainda passando sua virilha na bunda de Jongin.
– D.O! Sai de mim, cacete! – Jongin falou em um acesso de raiva, tentando ser cavalo e dar um coice em D.O.
– Ui, calma, assim você me machuca, amor.– Kyungsoo apertou uma das nádegas de Jongin, fazendo-o gritar e corar. – Fofo.
– Fofo é minha mão na sua cara! – Jongin gritou sem perceber que vários alunos estavam entrando no colégio e vendo um possível barraco no lado de fora do portão.
– Por que você não põe sua mão em outro lugar? – D.O perguntou malicioso e viu Jongin prestes a dar-lhe um soco, quando Chen o parou.
– Ginnie, não desperdice seu tempo. – Chen falou suspirando. – Você é representante, se contenha.
– Eu me conter? Então mande esse anão dar um chá de sumiço daqui! – Jongin falou agora vermelho de raiva, o que foi que ele fez?! Ele só queria arrastar a cara de D.O no chapisco, na linha de trem, no asfalto, na tampinha de cerveja e depois dar um banho de sal grosso com uma pitada de álcool. E isso ainda não era ruim e nem maldoso na mente de Jongin.
– Nossa, Ginnie, você é maldoso comigo, mas eu sei que você me ama. – D.O falou mandando beijo para Jongin, que realmente estava começando a perder a cabeça. Jongin já ia começar a gritaria novamente, mas D.O simplesmente entrou pra dentro da escola, como se nada tivesse acontecido.
– Argh! Eu odeio aquele gremlin. – Jongin bufou puxando alguns fios de cabelo da cabeça de Chen, que gritou e o empurrou.
– Merda, Jongin! Puxe os seus cabelos, não os meus! – Chen reclamou, massageando sua cabeça.
– Não, obrigado não gosto de sentir dor. – Jongin falou, fechando o portão com a ajuda de Chen quando ouviram o sinal tocar.
– Vamos entrar… isso será um longo dia. – Chen falou puxando Jongin pelo braço e o levando para dentro da escola, Jongin ainda estava reclamando de como D.O era um alien pervertido e de como queria botar fogo no mesmo e acabar com a raça gremlin. Chen estava somente rindo e balançando a cabeça negativamente, mas ele já sabia aonde está história iria dar.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.