Era o mês de junho, o inverno chegou com tudo. Época de férias. Os alunos estavam empolgados, queriam se ver livre da escola, só queriam férias e mais nada. Os alunos do ultimo ano tinham um projeto final de férias, que incluía viajar para uma cidade antiga e saber sobre sua historia.
Denize mal chegou no portão e já sentiu uma enxurrada de pessoas a empurrarem e abraçarem, suas amigas estavam totalmente ansiosas para discutirem e saberem como seria essa viagem, mas Denize estava preocupada havia combinado com uns amigos uma outra viagem, e teria vergonha de dizer que deixaria de ir a uma cidade chique e ir para um breu. Sabia que seria excluída do seu grupinho, mas valia nota e ela estava precisando. Resolveu mentir, inventar uma doença seria a saida
Denize Marver era uma garota alta, pele clara cabelos morenos que chegavam até seu colo, era muito popular na escola e muito amigável, era inteligente divertida (com quem merecia), enfim uma ótima pessoa para se ter como amiga. Porém além de todas essas vantagens, era uma pessoa arrogante e egoista, muitos ali não a suportavam por ela ser assim.
Depois de trocarem muitos risos e conversas as garotas ouvem o som do sinal que anuncia o fim da aula, logo deixando-os mais próximos do dia da viagem. Denize sai da sala diretamente para o carro de seus pais, queria logo chegar em casa e contar da doença que faria ela não ir viajar com suas amigas. Chegou e forçou a voz para que parecesse o mais doente possível, surpresas com a historia, as amigas lamentaram a sua falta e disseram que ela perderia a oportunidade. Triste, Denize foi arrumar sua mala.
Na mesma noite a garota teve um sonho estranho, com uma guerra, ela não conseguia, veio alguém em sua direção dizendo ser um conhecido e que estava na hora de ela tomar seu reino, ela já estava pronta, porem a garota não entendeu o que estava acontecendo e foi atrás do homem estranho, não reconheceu o lugar, pra ela era indescritível, sentiu como se já estivesse ido la, as pessoas se curvavam quando ela passava, viu mortos e asas sem dono jogadas no chão, sentiu medo, queria correr, foi quando ouviu um barulho alto e acordou. Eram 5 da manhã quase hora de levantar, não sabia como agir depois daquele sonho, parecia tão real pra ela.
Assim que amanheceu, ela foi para a escola, eram um sábado, e somente sua turma viajaria naquele dia, o que lhe chamou atenção foi uma garota, um pouco mais velha que ela, provavelmente a monitora que tomaria conta de sua turma naquele fim de semana, a moça usava jaqueta de couro preta com vários spikes, os cabelos morenos estavam presos em um alto rabo de cavalo, calça, como a garota estava de costas, não viu seu rosto tinha esmalte preto nas unhas. Assim que o diretor apareceu, a garota que lhe tinha chamado atenção virou de costas, ficando de frente para Denize, fazendo com que a mesma tomasse um susto ao reconhecer aquele rosto, lembrou-se de seu sonho, mas como havia sonhado com alguém que nunca tinha visto? Percebeu que a moça a encarava também e desviou o olhar, a duvida ainda permanecia em sua cabeça e resolveu que na viagem iria fazer amizade com a tal monitora.
Todos entraram no ônibus, Denize quis ser a ultima pra quem sabe sentar ao lado da garota. Conseguiu. Sentou-se com ela, mas percebeu que algo estava incomodando-a e quis perguntar. Na primeira tentativa não houve resposta e então tentou outra vez:
- Olha, só quero ajudar, me parece que algo lhe incomoda. É minha presença? Porque se for, eu sinto muito em dizer, mas o ônibus todo está ocupado e não tem lugar para eu sentar.
- Perdoe-me, não foi minha intenção não lhe dar uma resposta, sua fama de arrogante já chegou em mim e eu achei que cortando o assunto seria o mais longe possível que eu ficaria disso, mas vi que sua insistência não vai me deixar quieta, não é mesmo? Então vamos la, eu sou Lilith, me chame de Lili apenas. Sei seu nome, esta no seu colar, e não, nada me incomoda.
Denize se calou a viagem toda, pegou um livro em sua bolsa e se distraiu.
Ao chegarem na cidade. Lili desceu do ônibus e foi levar a turma ate o hotel em que ficariam. Não era um 5 estrelas, mas eram o que tinha.
Mais tarde, 10 minutos antes do primeiro passeio, Denize resolveu ir falar outra vez com Lili e tentar tirar aquela impressão ruim que tinha deixado. Aporta do quarto de Lili estava berta e do corredor dava pra ouvir ela conversando com alguém, mas em uma língua que Denize não conhecia, então não entendeu nada, ao se aproximar mais do quarto, a conversa parou e Lili apareceu na porta.
- Mais uma vez? O que quer?
- Desculpe atrapalhar, mas eu so queria me retratar, eu não sou a garota que pensa que eu sou, eu sei ser amiga e eu só estava sendo amigável. – Tentou olhar dentro do quarto para saber se alguém conhecido estava la, mas não viu ninguém, então deduziu que Lili estava no telefone, talvez com um parente distante.
- Certo, desculpada. Com licença.
Após ter tido sua cara deixada na porta, Denize sentiu um cheiro ruim vindo do quarto de Lili e viu que havia fumaça saindo do vão entre o chão e a porta, mas algo lhe dizia para não incomodar mais, então deixou a ideia de tentar algo amigável de lado.
Na mesma noite sonhou com o mesmo homem, ele lhe dizia para tomar cuidado, muitos queriam destruí-la, mas chamou-a de Cora. Viu Lili em seu sonho mais uma vez chamando o homem que estava com ela para conversar, acabaram discutindo numa língua estranha e então ele disse-lhe que aquela era a enviada dele para protege-la no mundo em que vivia no momento e que logo a traria pra junto dele, só pediu para que esperasse a guerra acabar. Ao menos ela seria salva.
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