História O romance de Foxy x Bonnie - Ele vai... Morrer?

Foxy olhou para Puppet, que estava do seu lado, estático e com um olhar assustado. Parecia que a marionete acabara de ver um fantasma em sua frente, estava hipnotizado com o nada. Então o ruivo direcionou seu olhar para o peito do amigo, e havia um líquido familiar sujando sua camiseta, que era preta e não dava para ver direito. Ele já sabia o que era aquilo, então olhou para traz, onde ouviu o barulho, e viu um dos adolescentes ali, parado e tremendo, com uma arma na mão. Seu medo era claro, pois suas mãos tremiam descontroladamente e suas lágrimas caíam sem parar. Foxy então ficou fora de si.

Correu na direção do adolescente com raiva e ódio, com o desejo de vingar o amigo estraçalhando aquele garoto. Golden já estava socorrendo Puppet e ligando para a ambulância. Quando viu o pirata avançando no garoto, gritou para ele parar, e o ruivo felizmente escutou o amigo. Foxy parou na frente do adolescente, e com um olhar de ódio para o mesmo, deu um soco em sua cara, fazendo-o derrubar a arma e cair no chão.

- Você tem ideia do que fez?! – Gritava para o garoto, segurando seu lado selvagem para não avançar nele.

- Desculpe... – Respondeu enquanto soluçava e tremia de medo. – Eu... Estava com medo.

Foxy então conseguiu se acalmar. Fechou os olhos e respirou fundo.

- Te dou dez segundos para sair daqui. – Disse ainda de olhos fechados.

O adolescente saiu correndo sem dizer uma palavra.

Foxy então voltou para onde o amigo estava caído no chão, com Golden segurando sua cabeça. O urso tremia sem parar, com medo de o pior poder acontecer.

- Já chamei a ambulância. – Disse para o ruivo, que respondeu acenando com a cabeça.

- Golden... – Puppet chamou o dourado com sua voz fraca. – Vá chamar o Balloon... Por favor.

Golden foi correndo para chamar o garoto, deixando a marionete e o pirata sozinhos. Foxy se ajoelhou perto do amigo, vendo todo aquele sangue saindo de suas costas e se espalhando no chão.

- Foxy... Eu... – Cochichava para o ruivo. – Eu quero... Falar meus sentimentos para ele...

- Então fale agora. Quando ele chegar, eu vou sair da sala, então você diz tudo o que precisa.

- Mas será que... Ele gosta de mim?

- Ele te ama Puppet. Vamos, crie coragem e diga tudo, mas tudo mesmo.

A marionete sorriu para Foxy, que respondeu do mesmo jeito.

- Puppet! – Ouviu a voz de Balloon gritando seu nome.

Foxy se levantou e se afastou da marionete, enquanto Balloon ajoelhava-se na sua frente, segurando sua mão. Lágrimas começaram a escorrer de seu rosto, e ele entendeu o que estava acontecendo: Puppet estava morrendo. O garoto abaixou sua cabeça e começou a chorar sem parar. Não conseguia olhar para o amigo naquele estado que estava com seu sangue sujando o chão frio da pizzaria. Eles poderiam estar se vendo pela ultima vez, e aquilo não entrava na cabeça do garoto, muito menos na de Puppet. Ele nem havia pedido o menor em namoro, e iria morrer sem trocar um primeiro e único gesto de amor. Ele sentia sangue em sua garganta, muito frio e sono, além de dor. E ver quem ele mais amava ali, sofrendo e chorando por ele, era pior do que levar um tiro. Balloon apertava sua mão forte enquanto chorava descontroladamente. A marionete não aguentava ver aquela cena, e tinha que fazer alguma coisa. Precisava dizer seus sentimentos, e precisava fazer isso sóbrio. Queria descobrir se Balloon o amava do mesmo jeito, e ele precisava descobrir agora, ou morreria sem nunca saber o que o garoto sentia por ele.

- Agora eu sei... – A voz de Puppet quase era impossível de ouvir, mas Balloon entendia perfeitamente. – Como é ver a pessoa que você mais ama chorando.

Então Balloon paralisou. Abriu os olhos e levantou sua cabeça, olhando para a marionete. Seus olhos brilhavam por conta das lágrimas, enquanto os de Puppet estavam escuros. Puppet ficou hipnotizado com seus lindos olhos azuis. Parecia que ele estava olhando para um céu limpo, sem nenhuma nuvem.

- E eu sei o que é ver a pessoa que você mais ama morrendo.

Aquelas palavras deixaram Puppet imóvel. Ele não acreditava no que o menor acabara de falar.

Então o garoto começou a aproximar seu rosto do de Puppet bem devagar, enquanto olhava para seus olhos escuros e misteriosos. Quanto mais se aproximava do rosto da marionete, mais vermelho suas bochechas ficavam.

Então, ele fechou seus olhos, e o beijou.

Puppet ainda estava incrédulo que Balloon tivesse tanta atitude, e também não acreditava que ele o beijou. Aquilo sem dúvidas era o dia mais feliz da vida dele, pois ele descobriu que Balloon o amava. Puppet ficou mais surpreso ainda quando o menor pediu passagem com a língua. Claro que ele cedeu na hora, e o beijo ficou mil vezes melhor. Intensificaram aquele beijo cada vez mais, demonstrando o amor um pelo outro. Depois de um tempo, eles se separaram por falta de ar. Puppet ficou observando Balloon, sorrindo e passando a mão em seu rosto, que agora estava mais vermelho que nunca. O garoto também o olhava fixamente, feliz por conseguir a coragem que precisava para demonstrar seu amor a Puppet.

- Eu... Te amo. – Disse a marionete, segundos antes de desmaiar.

Balloon, quando viu que o namorado não se mexia mais, voltou a chorar, segurando a mão de Puppet.

- Não... – Cochichava chorando. – Não me deixe assim... Por favor...

Golden apareceu na entrada da pizzaria com mais três pessoas o acompanhando.

- Ali esta ele. – Disse o urso, apontando para a marionete e o garoto.

Os homens chegaram perto de Puppet, e Balloon se afastou dele.

- Eles vão salvá-lo... – O dourado segurou o ombro do garoto. – Volte para a cama Balloon.

O garoto não disse uma palavra, só saiu correndo em direção ao seu quarto, chorando desesperadamente. Deitou em sua cama, mas não conseguia dormir, só pensava em Puppet e em seu amor por ele. Daria tudo para ter ele ali do seu lado, deitado e dormindo tranquilamente. Estava inquieto naquela cama que, mesmo sendo para uma pessoa só, parecia grande demais sem a marionete ali. Tentou até abraçar um travesseiro, imaginando de olhos fechados que Puppet estava deitado com ele como todas as noites, mas não adiantou nada. Seus olhos estavam ardendo por causa das lágrimas, e ele ainda soluçava um pouco.

Mas Balloon não era o único que não conseguia ficar em paz sabendo que Puppet estava em risco de morte...

Foxy chegou ao seu quarto abalado. Quando abriu a porta, Bonnie correu em seus braços. Ele estava chorando e tremendo, e aquilo preocupou muito o ruivo.

- O que aconteceu? – Perguntou o pirata, o abraçando forte.

- Eu fiquei com medo... – Respondeu soluçando, ainda grudado no namorado. – De te perder pra sempre...

Então um sentimento preencheu o ruivo, uma felicidade de ter quem ele mais ama ali, o abraçando. Sorriu, afastou um pouco o arroxeado até conseguir ver seu rosto, e o beijou. Pediu passagem com a língua, e é claro que Bonnie cedeu. Foxy pegou na cintura do namorado, enquanto Bonnie estava com os braços em seus ombros. Aquele foi de longe o beijo mais intenso que eles deram há meses. Foi um beijo suave e lento, e os dois aproveitaram cada segundo daquilo. Quando terminaram o beijo e voltaram a se abraçar, Foxy pôde ver Mangle sentada na cama, atrás de Bonnie, com a mão na boca e um pouco assustada.

-Mangle? – O ruivo a chamou, mas ela ficou estática. – Esta tudo bem?

-Eu vou pro meu quarto... – Ela se levantou da cama com o rosto vermelho e saiu do quarto.

- Eu esqueci que ela estava aqui... – Disse o pirata, indo deitar na cama.

- Eu também. – O arroxeado riu, mas viu que Foxy apenas deitou na cama e virou de costas. – O que foi capitão?

- Nada... – O ruivo não podia dizer a verdade para Bonnie, não queria o ver triste. – Só estou cansado...

Bonnie então deitou ao seu lado. Foxy virou e o abraçou forte, feliz de ter ele ali contigo. Os dois acabaram dormindo assim.