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História O Romance de Kristiel - Projeto de Biologia


Escrita por: Ice1307

Notas do Autor


Mais um capítulo...
E boa leitura. ❤️

Capítulo 7 - Projeto de Biologia


Continuamos com o intenso beijo até pararmos por falta de ar. 
—E-eu... —começo tentando falar, solto o cabelo dele e fico vermelha. Ele continua muito próximo a mim. 
—Não fala nada. —ele diz baixinho e me beija, me soltando logo depois. 
O sinal toca. 
Meu Deus, eu não queria ter saído dos braços do Castiel. 
—Acho que temos uma aula pra ir. —ele sorri torto. 
Que sorriso provocante! 
—Uhum. —fico perdida em meus pensamentos. 
Ele levanta do sofá. 
—Vem logo, você vai se atrasar. 
—Já estou indo. —levanto e o sigo. 
Chegamos juntos à sala de aula e ele sussurra algo no meu ouvido. 
—Senta comigo? 
—O quê? —fico surpresa, só sentamos juntos nas aulas de biologia. 
—Sim ou não? 
—Sim. —digo sem parar pra pensar.
Sentamos juntos e vejo Rosa e Alexy me olharem com total empolgação e curiosidade. 
Desvio o olhar, depois eu falo com eles. Vejo a Ambre me fuzilar com os olhos. 
—Kristy? —Castiel me olha. 
—Hum?
—Temos um trabalho pra fazermos juntos. —ele fala baixinho pra só nós escutarmos. 
—É verdade, o de biologia, nem conversamos sobre isso. 
—Podemos fazer isso amanhã ou domingo se você preferir.
—Amanhã tá bom. A gente pode ir em alguns lugares na cidade pra comprar uns objetos para fazermos a Membrana Plasmática. 
—Poderíamos fazer na minha casa, o projeto. —ele sorrir de lado. 
—Se você preferir. —falo. 
—Tá bom, então. Converso contigo depois sobre isso. 
—Okay. —sorrio e ele também. 
Isso quer dizer que passaremos mais tempos juntos, e mais, na casa dele, minha cabeça começa a girar só de pensar. Irei passar um tempo com o Castiel e nem será na escola. 
A hora se passa e não converso tanto com o Castiel. Eu nem sei o que está acontecendo direito entre ele e eu. 
Talvez iremos resolver isso amanhã. 
Vou à encontro da Rosa e do Alexy. 
Falo um pouco o que aconteceu entre eu e o Castiel pra Alexy e Rosa e eles parecem que vão surtar de tanta alegria. 
—Eu nunca pensei que o Castiel fosse tomar umas atitudes como essas. Acho que ele gosta realmente de você. —Rosa fala. 
—Ah, com certeza. Você vê o jeito como ele a olha? —Alexy diz. 
—Parem com isso, vão me deixar vermelha! 
—Mas é verdade. —Alexy rir. 
—Bem eu tenho que encontrar o Nathaniel, eu tinha combinado com ele uma coisa. 
—Ah, tudo bem. —Rosa fala. —Só não abandone a gente muitas vezes. 
—É verdade, Kris. —Alexy concorda. 
—Não se preocupem. —sorrio, dou um beijo em suas bochechas e me afasto deles. 
Onde será que está o Nathaniel? 
Procuro por alguns corredores e não o vejo, talvez ele esteja no grêmio, já que ele é representante de turma e vive lá. 
Em um dos corredores acabo esbarrando com o Lysandre.
—Ah, desculpe. —Lysandre fala. —Estava distraído. 
—Não se preocupe. —sorrio pra ele. —Já pensou como vai fazer o trabalho, Lysandre? —tento puxar assunto, é sempre bom ouvir ele falar.
—Ah... Ainda não. —ele fala pensando em algo.
—Você não esqueceu, não é? —rio.
Ele sorrir como se concordasse. 
—Você e o Castiel parecem próximos. —ele fala distraído.
—Ele me irrita bastante. —digo rindo. 
—Ele tem o dom de irritar as pessoas que gosta.
—É, talvez. —sorrio gentilmente.
—É... 
—Isso te incomoda, Lys? 
—N-não, claro que não, fico feliz por ele se dar bem com você, além de mim. 
—Obrigada. —sorrio e ele sorrir pra mim de volta. —Você por acaso viu o Nathaniel? 
—Nathaniel? Ah, não. 
—Bem, tenho que procura-lo. Até segunda então, Lys. —Dou um beijo na bochecha dele e saio rapidamente. 
Vou ao grêmio e minha intuição estava certa, Nathaniel estava lá. 
Entro devagar. 
—Nathaniel? —o chamo. Ele estava em pé, guardando uns papéis em um armário próximo a porta. 
—Ah, oi, Kris. —ele abre um sorriso que só ele tem e vem até mim. 
—Bem, como prometido, estou aqui. Muito curiosa, aliás. —dou um sorriso. 
—Bem... —ele mexe nos cabelos. —Acho que você irá gostar do que tenho pra te mostrar. 
—E então? 
—Vem, não está aqui. —ele murmura algo que não entendo e depois sai do grêmio. 
—Onde iremos? —pergunto curiosa. 
—Ao jardim, mais precisamente na estufa, acho que a Viollete está lá. 
—A Viollete? 
—Ela foi a única que descobriu o que tinha lá. 
—Vamos logo, Nathaniel, estou cada vez mais curiosa. —saio o puxando pelo braço e ele fica atrás de mim rindo. 
Chegamos lá na estufa e Viollete estava realmente lá, ela estava no fim da pequena estufa com algo nos braços, como ela estava de costas não pude  ver o que era. 
Soltei o braço do Nathaniel e o perguntei o que era que ele tinha pra me mostrar. 
—É um gatinho. —ele fala um pouco tímido. 
—Um gatinho? —pergunto toda contente. 
Viollete nos ouve e se vira, mostrando um pequenino gatinho branco em seus braços, nos aproximamos dela. 
—Oi, Viollete. —falo e sorrio. 
—Oi, Kris. —ela me retribui o sorriso e eu olho pro Nath. 
—Bem, esse danadinho entrou aqui ontem pela manhã e eu o encontrei aqui na estufa, ele deve ter se perdido e ter vindo parar aqui. 
—Ele é tão pequeno. —Falo, fazendo carinho em sua cabeça. 
—Não é? —Viollete fala olhando pra pequena criaturinha. 
—Eu comprei um pouco de ração ontem pra dar pra ele e enchi um pote pequeno de água, não tinha leite aqui. 
—Oh, ele não pode ficar aqui. —falo. 
—Não, mesmo, se a diretora o ver, vai ficar uma fera. —Nathaniel diz o olhando. 
—Eu amo gatinhos. —digo olhando para os olhos verdes do gato. 
—Você foi a primeira pessoa que veio na minha mente quando o encontrei. 
—Por quê? —pergunto, mas Viollete acaba falando. 
—Gente, eu preciso ir. —ela diz tímida, colocando o gatinho em uma caixa que havia alí no chão.  —Eu queria levá-lo pra casa, mas acho que meu cachorrinho não iria gostar muito da ideia. —ela fala olhando para o gato e depois pra nós. 
—Nossa, tadinho. —falo pensando do estado do gatinho se algum cachorro o visse. 
—Pois é. Até segunda, vocês dois. —diz ela olhando pra gente e logo vai embora. 
—Tchau, Viollete. —falamos ao mesmo tempo e rimos. 
—Ele é tão fofinho. —digo e me abaixo para fazer carinho nele. 
—Eu também gostaria de levá-lo pra casa, mas a Ambre é alérgica como já te contei uma vez. —ele se abaixa pra falar comigo. —Como você disse que gosta de animais de estimação, eu pensei... 
—Que eu poderia salvar a vida dele levando pra casa? —faço uma cara feia. 
—É... —ele fala sem jeito. 
—Seu bobo, é claro que eu vou amar cuidar de um gatinho, me fará companhia, já que moro só, e também, não vou me mudar tão cedo. —eu sorrio e ele também sorrir aliviado. 
—Sério? Você vai me salvar e salvar o gatinho. Se a diretora o encontrasse aqui eu teria sérios problemas. 
—Ah, agora não precisa se preocupar, Nath. —sorrio e pego o gatinho nos braços. —Pensando bem, quem deve se preocupar sou eu, tenho que ir a um veterinário, ao pet shopping, comprar ração, leite... 
—Calma. —ele rir com a minha preocupação. —eu posso te ajudar nisso. 
—Sério? 
—Sim, tem um pet shopping perto daqui e com certeza alguém vai te ajudar com o gatinho, podemos ir lá, se você quiser.
—Ah, claro, mas tenho que ir em casa primeiro. 
—Vamos fazer assim, nós vamos até sua casa primeiros, logo depois vamos ao pet shopping, lá com certeza deve ter algum veterinário. 
—Ótima ideia. —sorrio. 
Saímos da escola e não vejo mais nenhum colega por perto, nem me despedi do Castiel, enfim... 
Eu estava com a pequena caixa na mão com o gatinho dentro, estou feliz por ter agora um bichinho de estimação. 
Qual nome dou a ele? 
—Onde é a sua casa? —Nathaniel me pergunta, tirando-me dos meus pensamentos. 
—É próximo daqui, não se preocupe. —sorrio
—Já pensou em algum nome pra ele —ele diz, referindo-se ao gatinho na caixa. 
—Eu estava justamente pensando nisso. Hmm... Blond, eu acho que combina com ele. 
—Blond é um bom nome. —ele sorri. 
Logo chegamos em meu apartamento e ele resolve me esperar na frente do apartamento com Blond. 
Subo rapidamente e pego algum dinheiro.
Volto ao Nathaniel e o vejo brincar com o pequenino Blond. 
—Já podemos ir. —anuncio me aproximando dele. 
—Seu apartamento fica apenas uma rua do pet shopping, é logo atrás daqui. —ele sorrir. 
—Que bom. —sorrio com ele. 
—Seus pais não se preocupam de você vir morar sozinha? 
—Bem, sim, um pouco, mas minha madrinha vem aqui algumas vezes e tem um dos porteiros, que toma conta do meu apartamento e dos apartamentos vizinhos, meu pai tem contato com ele e ele sempre fica de olho em mim. —dou uma risadinha, enquanto vamos em direção ao pet shopping. 
—Ah, sim. 
Quando chegamos ao pet shopping, me informo com um gentil rapaz, chamado Jade, sobre o que devo fazer para tomar conta de um gatinho, ele deu logo uma vacina no Blond e fez uma ficha de vacinação, me aconselhou qual ração devo comprar e quais cuidados tenho que tomar com ele, já que ele era novinho. 
Comprei vários acessórios pra ele de brinquedos, pra dormir, pra fazer necessidades e ração.
Tenho logo que contar aos meu pais sobre meu novo companheiro, são mais custos. 
—Você pode vir aqui sempre que ele estiver doentinho ou precisar de alguma dica. —Jade fala à mim.
Ele tem cabelos castanhos com as pontas pintadas de verdes, ele é bonito.
—Ah, claro, obrigada. —digo e sorrio e ele sorrir de volta pra mim.
Nathaniel olha pra ele de uma forma estranha.
—Obrigado, Jade. —ele dá um sorriso forçado e logo fomos embora. 
Nathaniel me ajudou com algumas sacolas, enquanto eu também carregava uma sacola e o Blond.
—Você vai ter trabalho. —ele diz, assim que chegamos em frente ao meu apartamento.
—Vai ser legal. —eu rio e ele sorrir.
—Senhorita Aclinsck? — ouço a voz do Edgar atrás de mim. O porteiro/espião do meu pai. 
—Ah, Edgar, já disse pra não me chamar assim, sou apenas Kris. —me viro pra ele. 
—Desculpe-me, senhorita Kris. — reviro os olhos por causa do "senhorita", Edgar é tão formal, eu estranho isso, ele é apenas um porteiro. —Você precisa de ajuda com as sacolas? —Tenho quase certeza que o meu pai mandou ele se meter quando eu estiver falando com algum garoto.
—Ah, sim, obrigada. Pode pegar as sacolas do Nathaniel, por favor? A propósito este é meu amigo Nathaniel e este é o porteiro dos apartamentos como te falei, bem o que é o meu segurança particular. —falo e rio apresentando-os, e eles se cumprimentam. 
—Eu vou indo então, Kris. —Nathaniel sorrir e coloca a mão cabelos.
—Muito obrigada, Nath, por me ajudar com o Blond, e claro, por ter me apresentado a ele também. —sorrio e ele me retribui. 
—Não foi nada. Até semana que vem, então?
—Claro. —ele vem até mim, coloca a mão em minha cintura e me dá um beijo na bochecha.
—Até mais, Blond. —ele fala para a coisinha que tem dentro da caixa em minhas mãos e em seguida vai embora. 
Preciso entrar e preparar as coisinhas do Blond.
Edgar se despediu de mim quando deixou minhas coisas dentro do apartamento. 
Arrumei o lugar do Blond, uma cestinha na cozinha e outra no meu quarto, pra ele dormir, o lugarzinho das necessidades no quintal e a comida e água perto da cestinha na cozinha, há também leite. 
Brinquei um pouco com ele e liguei pra minha mãe pra contar a novidade e ela adorou a ideia, falei com papai também, ouvir a voz deles me faz muito bem.
Quando desligo a ligação, vejo que tem algumas mensagens e respondo, há uma do Castiel.
Castiel: *Amanhã tá certo pra gente fazer o trabalho?*
Poxa, havia esquecido desse detalhe, como vou passar uma tarde fora com um gatinho novinho pra criar?
Kris: *Ao invés da sua casa pode ser na minha?*
Castiel: *Sem problemas.
Que horas você acha melhor?*
Kris: *À tarde, quero dormir a manhã toda.*
Castiel: *É uma escolha sábia.
Uma hora, está bom? Ainda temos que ir à cidade.*
Kris: *Ah, claro. Não havia pensado nisso.*
Passaram-se uns dois minutos antes da sua resposta. 
Castiel: *O que fez com o Nathaniel?*
Kris: *O quê?*
Castiel: *Vi vocês juntos, indo pra estufa...*
Kris: *Ah, ele foi me mostrar ao Blond.*
Castiel: *Blond? Quem é Blond?*
Kris: *É o meu novo gatinho, amanhã eu te explico melhor.*
Castiel: *Hm...*
Kris: *A Viollete também estava lá, se quer saber*
Passaram-se alguns minutos até ele responder.
Castiel: *Bom...
Eu espero que tenha comida na sua casa, garotinha.*
Ele manda essa mensagem, pra mudar de assunto, eu acho.
Kris: *Terá sim, seu chato.
Ainda me chamando de garotinha?*
Castiel: *Vou te chamar assim, sempre.*
Kris: *CHATO!*
Castiel: *GAROTINHA!*
Kris: *IDIOTA!*
Castiel: *TÁBUA!*
Tábua??? O quê???
Kris: *COMO É?*
Castiel: *Kkkkkkkkk*
Kris: *Engraçadinho...
Eu vou dormir.*
Castiel: *Tá bom.
Você me passa o endereço da sua casa?*
Passo o endereço a ele e depois ele só fala "beleza".
Acabo dormindo rapidamente.
Acordo umas dez horas da manhã, como alguma besteira, vejo o Blond bagunçando na sua caminha e fico rindo, ele é tão fofinho, tão branquinho, coloco mais leite pra ele e vou fazer o almoço.
Assim que apronto , tenho apenas uma hora pra tomar um banho e esperar o Castiel.
Tomo banho, visto uma blusa preta e um short jeans, resolvo fazer um coque no cabelo, normalmente ele tá solto ou preso em um rabo de cavalo 
O melhor a fazer é ligar para meu pai pra avisar que um amigo vem aqui, antes que ele descubra pelo Edgar e tenha um chilique. 
—Papai? —digo assim que ele atende.
*Oi, filha. Tá tudo bem?* Ele fala com a voz amorosa de sempre.
—Claro, tá tudo bem, e com o senhor? 
*Tudo indo bem, filha.*
—É que um amigo vem pra cá hoje pra fazermos um trabalho, vamos a cidade primeiro e queria avisa-lo pra você não ficar preocupado e mandar o Edgar me vigiar.
Ele fica calado por um tempinho e fala. 
*Vigiar?*
—Não se faça de bobo, papai, eu sei muito bem que você faz isso. —sorrio. 
*Jamais faria isso com minha filha de 16 anos.* Ele fala e eu gargalho.
—Pai! —ouço-o rir e ele para. 
*Mas quem é esse garoto? Ele tem quantos anos? É de confiança?*
—O Castiel, ele é da minha turma e iremos fazer um projeto de biologia, ele tem 17 anos e sim, ele é de confiança. 
*Filha, tome cuidado, você ainda sabe karatê, não é?* 
Eu rio com o seu comentário. 
—Pai, não se preocupe. —ele suspira.
*Tá bom, filha.*
—Vou desligar, até mais, papai, diga a mamãe que depois ligo pra ela. 
*Certo, filha.*
—Te amo!!! 
*Também amo você, pequena Kris.* Ele ri e desligo o celular. 
É sempre bom conversar com ele.
Vejo que no meu celular havia uma mensagem do Castiel há dez minutos. 
*Estou indo.*
Meu Deus, uma mensagem dessas faz meu coração acelerar, ele já deve estar chegando. 
Tomo água, faço um pouco de carinho no Blond e ouço a campainha. 
Meu coração acelera rapidamente e vou atender à porta. 
—Castiel... 
Vejo Castiel todo de preto, blusa, calça e uma bota, ele está maravilhoso como sempre. 
—Não babe muito. —ele diz divertindo-se. 
—O-quê? Até parece. —reviro os olhos. —Quer entrar? 
—Não agora, é melhor irmos logo comprar o que precisamos. —ele me olha de um jeito estranho. 
—O que foi? 
—Você fica bonita assim. —ele olha para o meu coque e morde os lábios. 
—Hm... Obrigada. —fico um pouco envergonhada, ele não faz muito elogios. —Vou pegar uma coisa lá em cima, já volto. —Digo e me viro. —Pode entrar se quiser. —falo alto,  enquanto subo as escadas. 
Pego minha bolsa preta no meu quarto e volto para o Castiel. 
Assim que desço, vejo Castiel encostado da porta, ele fechou e me esperava de braços cruzados. 
—Seu apartamento parece um pouco com o meu. —ele fala quando me aproximo dele. 
—Isso é um elogio? 
—Talvez. —ele sorrir e reviro os olhos. —Espero que terminemos esse trabalho logo, tenho outras coisas pra fazer. 
—Outras coisas? 
—Sim, com você. —ele me olha e arqueia uma das sobrancelhas rapidamente.
—O quê? —pergunto um pouco nervosa. 
—Nada demais. —ele abre a porta e me deixa passar. —Vamos. 
—Vamos.
Descemos as escadas e ele vai em direção a uma moto preta que estava em frente à o apartamento. 
—É sua? —pergunto surpresa e ele sorrir. 
—Por quê? Tem medo de motos? 
—Óbvio que não, Castiel. 
—Toma. —ele me entrega um capacete preto e também coloca um. 
Coloco-o, enquanto ele sobe em cima da moto. 
—Sua casa é longe daqui? 
—Ãm? Não... Só não estava com vontade de andar muito. 
—Entendi. —ele liga a moto. 
—Vem, sobe logo. 
Subo e deixo minhas mãos sobre minhas pernas. Castiel pega cada uma delas e coloca sobre seu corpo, fazendo com que eu fique abraçada a ele. Fico surpresa mas não tiro-as. 
—Assim está melhor, não quero ter problemas se você cair, garotinha. —vejo ele sorrir pelo retrovisor da moto. 
—Não sou uma garotinha! —ele rir ainda mais e dá partida. 
Como é bom a sensação de estar com ele na moto, me dá um frio na barriga e uma empolgação enorme, ainda mais estando agarrada a ele. Sorrio algumas vezes e vejo-o sorrindo algumas vezes também. 
Castiel para próximo a uma livraria. Descemos, fomos nessa livraria e para mais uma loja um pouco mais longe, compramos o necessário para o projeto e saímos da loja. 
—Você já tem tudo planejado, em? —ele ri. 
—Mas é claro. —sorrio. 
—Então? Vai me contar? —ele pronuncia de repente. 
—Contar o quê? 
—Você é lenta, não é? —ele revira os olhos. 
—Deixa de ser implicante e me explique. 
—Um tal de Representante de turma. —ele faz uma cara emburrada. 
—Ah, isso. —rio, mas ele não. —Bem, uma gatinho meio que invadiu a Sweet Amoris e se escondeu na estufa, Nathaniel pensou que eu poderia ficar com ele, já que gosto de animais de estimação, principalmente de gatos e cachorros. 
—E ele sabe isso tudo? —ele pergunta ainda emburrado. 
—Eu converso com ele. 
—Você passa tempo demais com ele. 
—Não tanto quanto passo com você. 
—Ainda assim... 
—Está com ciúmes? —sorrio pensando na hipótese. 
Ele fica um pouco vermelho e fico chocada, nunca tinha o visto vermelho! O que está acontecendo? 
—Não fale besteiras. —ele olha pra mim e desvia o olhar. —Continue a história. 
—Bem, eu decidi ficar com o gatinho e o Nathaniel me... —paro por um momento a frase, acho que ele não irá gostar do que vem depois. 
—O que foi? —ele me para e me olha atentamente. —Ele o quê? 
—Ele me levou até o pet shopping e me trouxe em casa depois... —digo olhando pra baixo. 
Ele suspira. 
—Não me deixe assim tão tenso, eu pensei que ele tivesse... Esquece. —ele fala e começa a andar de novo. 
—Por que você tá bravo? 
—Não estou bravo, só odeio aquele idiota do Nathaniel e ele gosta do que eu quero pra mim. 
—O quê? —pergunto chocada. 
Eu ouvi bem? 
—Nada... De qualquer forma... Você colocou o nome do gato de Blond? —ele tenta aliviar o assunto. 
Só consigo pensar em sua frase anterior. 
—É... S-sim. Você tem algum animal? 
—Sim, Dragon, meu cachorro, qualquer dia você o ver. 
—Você ainda continua sério. 
Ele não fala mais nada e subimos na moto, coloco meus braços em volta de sua cintura e vejo-o rindo finalmente. 
Chegamos a frente de meu apartamento e subimos, tínhamos algumas sacolas nas mãos e coloquei tudo no sofá. 
—Você prefere fazer o trabalho aqui na sala ou na cozinha? —pergunto-o. 
—Onde tiver comida. —eu rio.
—Bem, eu posso trazer a comida pra cá. 
Ele sorrir e diz: 
-Aqui, então. 
É tão bom vê-lo sorrir novamente. 
—Se sinta a vontade. 
—Com certeza me sentirei. —ele diz, se senta no outro sofá que não tem as sacolas e joga a cabeça pra trás. 
Reviro os olhos e vou a cozinha. 
Pego alguns salgadinhos, biscoitos e suco de laranja que havia feito e levo para a sala, deixo tudo em cima da mesinha de centro que tem entre a Tv e os sofás. 
—Podemos fazer o projeto alí no tapete. —digo. 
O tapete fica perto dos sofás, mas no canto da parede, com algumas almofadas em cima. 
—Vamos pra lá, então. —ele pega as sacolas, um salgadinho e se senta lá, pegando uma almofada. —Olha só quem eu acabo de conhecer. 
Castiel fala olhando para Blond que estava embaixo da almofada que ele havia pego. 
Blond mia. E Castiel pega ele. 
—Cuidado, ele é novinho. —digo, pegando um biscoito e me juntando ao Castiel. 
—Não vou mata-lo. —ele diz. —Não ainda. 
—Como é??? 
—Ei, estou brincando. —ele faz carinho no Blond e ele se aconchega perto do Castiel. 
Começamos à tirar as coisas da sacola e começar o trabalho, Castiel tirou o Blond dos seus braços e focou nas coisas que tínhamos pra fazer. Informei o que deveríamos fazer e pareceu que ele estava entendendo. 
Começamos o trabalho finalmente, Blond atrapalhava de vez em quando a gente, mas nada demais, ele é tão fofo. 
—Você tem Netflix? —ele perguntou quando eu estava cortando algumas coisas. 
—Sim, por quê? 
—Podemos assistir algum filme depois que terminarmos, pra descansar, esse trabalho está demorando, fala ele mastigando um salgadinho. 
—Castiel, já está quase terminando. —sorrio. —E por mim, não tem problema, podemos assistir alguma coisa. 
—Claro, assistir... —ele sorrir de lado e me olha. Ele falou "assistir" de um modo estranho. 
Corei na mesma hora, quando percebi o que ele queria dizer. 
Continuamos o trabalho e me divertir muito com o Castiel, ele comia mais que fazia o trabalho, mas eu achava isso ainda mais divertido... 
Finalmente terminamos o trabalho. 
Levanto e pego algumas coisas para colocar no lixo. 
—Finalmente, terminamos. —ele fala e pega o projeto da Membrana Plasmática. —Melhor tirar do chão, antes que seu gato faça um estilhaço dele. 
Eu rio.
—Ele não seria tão mal.
Vou até a cozinha e jogo os papéis, Castiel me segue e coloca nosso trabalho em cima da mesa.
—Vou fazer uns sanduíches, são 16:30. 
—Agora estou animado! —ele rir. 
—Você só come. 
—Você não viu nada. 
Faço sanduíches, pego alguns biscoitos e refrigerantes e comemos no pequeno balcão da cozinha. 
—Isso tá até bom. —ele olha pra mim e fala de boca cheia, comendo o quarto sanduíche. 
—Dá pra parar de comer? —rio e término meu segundo sanduíche. 
—Por isso você é uma tábua. 
—Cala a boca. 
Terminamos e ele coloca os copos de refrigerante na pia enquanto guardo às outras coisas. 
—Podemos assistir ao filme agora. —digo olhando pra ele, finalmente. 
Ele está encostado na pia, me olhando de uma forma tão... Dá vontade de agarra-lo. 
Okay, se controla, Kristy. 
—De terror, eu espero, quero ver o tamanho da sua coragem. —ele rir, como se eu não tivesse nenhuma.
—Eu estou aqui com você, acho que minha coragem é enorme. —rio pra ele e vou até a sala.
Ele me puxa até ficarmos colados, ele fica atrás de mim. 
—Nesse caso, você tem razão. —ele sussurra no meu ouvido e me solta. 
Respirar? Nem sei o que é isso. Meu corpo todo arrepiou.
—Vem, vamos assistir ao filme. —ele me puxa pra sala, pegando na minha mão.
Sento-me no sofá e conecto a Tv na Netflix, ele senta-se ao meu lado, me deixando um pouco desconfortável por sua proximidade. Não que esse "desconfortável" seja ruim... 
—Deixe-me escolher. —ele pega o controle da minha mão e aperta em alguns botões.
—Ei! —protesto. 
—Deixe um profissional trabalhar! —ele sorrir.
—Coloque um filme de terror de verdade. —faço biquinho.
—Como você me pede filme de terror com essa voz fofa, garota? —ele ri. —Ops, garotinha, eu devo dizer. 
Eu reviro os olhos, cruzo os braços e digo:
—Só faltam mais dois dias para o mês acabar, não aguento mais ser chamada de garotinha.
—E quem disse que vou parar? —ele olha pra mim com aquele sorriso sarcástico. 
—Grr... Chato! —ele sorri e me puxa junto a ele, me fazendo ficar com minha cabeça sobre o peito dele. Fico um pouco perplexa com sua atitude. Ficar tão perto dele me deixa tão extasiada, é um lugar tão confortável de se estar, seu cheiro me deixa embriagada, é um cheiro tão bom, só de estar colada com o corpo dele me deixa com frio na barriga. 
Eu não deveria me apaixonar tão depressa por ele, desde o primeiro dia sinto algo por ele, mas sempre tentei negar, mas aqui estou, toda boba assistindo filme, juntinho dele. Eu não vou mais negar, estou apaixonada por ele.
Ele coloca o braço em volta de mim, me fazendo ficar ainda mais confortável, ele escolhe um filme que me parece terror e coloca.
—Você já assistiu esse, Cass? —pergunto desconfiada, olhando pra ele, levantando um pouco, a cabeça.
—Óbvio que não. —ele responde sem olhar pra mim e dá uma risadinha.
—Cass! Você já assistiu, não vale. —tento protestar. 
—Shiiii. —ele olha pra mim, coloca um dedo na minha boca pra mim fazer silêncio. Tento falar mas logo desisto quando observo seu olhar em mim. Me acômodo novamente junto a ele e me concentro na Tv.
—Você é um chato. —ouço seu riso e não deixo de sorrir. 
Começou o filme e em algumas partes de terror que assistíamos, eu apertava ele um pouco e ele sempre ria e me apertava junto a ele, me deixava estranhamente confortável. Era bom sentir o toque dele.
—Ué, pensei que você não tinha medo. —ele ri e olha pra mim, o olho também, por um breve momento me perco no cinza de seus olhos.
—Não tenho. —digo, por fim.
—Ah não? —ele pergunta com diversão.
Nesse momento passa uma cena romântica no filme e fico um pouco desconfortável. Romântica? O que eu disse?
Eles dois tão se pegando!
Não! 
Eles tão tirando a roupa!! 
Não quero assistir à isso com o Castiel ao meu lado.
—Olha isso, ela tem bem mais coisas que você. —ele diz olhando pra tela e se divertindo.
—Castiel!! —o bato de leve.
—O que foi? —ele me olha fingindo perplexidade. 
—Como você diz uma coisa dessas? —olho-o tentando parecer com raiva. 
—Não vejo problema nenhum. —ele argumenta, rindo. —Até porque, é verdade, você não tem nada para se apertar.
Ele fala isso e eu fico vermelha igual a um tomate.
—Não seja idiota, além do mais você nunca me viu assim. —falo timidamente, referindo-me à mulher do filme, que só estava de calcinha e sutiã. 
Ficamos alguma segundos em silêncio mas ele rapidamente quebra. 
—Ainda não. —ele sussurra no meu ouvido me causando arrepios.
—Ne-em vai ver, seu pervertido. —falo e me afasto um pouco dele.
Mas ele me puxa ainda mais, pela cintura, pra perto dele, colando nossos corpos ainda mais do que antes, tento me afastar mas ele pega meu pulso e olha pra mim. 
—Não? —ele diz com uma voz provocante e muito próximo aos meus lábios. 
Minha respiração aumenta gradativamente. 
—N-não... —tento falar, mas minha voz sai tão baixa que quase não ouço. 
—Eu não teria tanta certeza. —sussurra ele novamente. 
E segundos depois ele cola seus lábios nos meus...
Nos beijamos, um beijo doce e calmo, sinto o gosto da sua boca, um leve aroma de hortelã, salgadinho e suco de laranja, incrivelmente é um gosto maravilhoso. Sua língua invade minha boca e me uno com ela. Ele solta meu pulso e sua mão vai ao meu rosto, a outra continua na minha cintura, me apertando junto a ele.
Uma das minha mãos fica em seu pescoço e puxo-o pra mim, devagar.
Ele me aperta ainda mais e aprofunda o beijo, seu beijo é tão bom que não quero parar, mas precisamos de ar e paramos por um instante. Nos olhamos nos olhos e voltamos rapidamente ao beijo, dessa vez com mais desejo, ele coloca sua mãos em minha cintura e de repente fico em cima dele. 
Não quero pensar em mais nada, só no Castiel. 
Enrolo meus braços em seu pescoço, puxo levemente seu cabelo e ouço um baixo gemido, o que me deixa feliz, sorrio entre o beijo e ele morde meu lábio inferior. 
Ele pega meus cabelos, desfazendo o coque devagar, ele está me deixando cada vez mais alucinada. 
Suas mãos vão para debaixo da minha blusa e me aperta. Como estou sentada em seu colo, consigo sentir seu membro bem embaixo da minha intimidade, ele está bem...  Duro... Fico excitada, sentindo-o.
—Quero ver se você tem algo pra se apertar. —ele diz baixinho entre o beijo. 
Ele coloca uma de sua mãos na minha nuca, entre meus cabelos, agora soltos, e a outra vai parar em minha bunda, ele a aperta devagar e beija meu pescoço deixando arrepios em toda aquela área. 
—Hmm... —é tudo que consigo pronunciar. 
—É você tem, e como tem. 
—C-Castiel... Eu... 
Ele volta me beijar e para. 
—O que foi? —a voz dele é tão sexy. 
—E-eu acho que estamos indo rápidos demais.
Eu não acredito que vou estragar o momento, mas é o que minha mente diz, bem... Uma parte dela. 
—Eu sei... —ele diz dando um selinho em mim. 
—Eu nunca cheguei tão longe. —digo timidamente. 
—Você nunca teve um namorado? —ele pergunta, colocando os braços em volta de mim. 
—Hmm... Nada tão sério, apenas um namorico na minha outra escola. 
Ele fica me olhando e depois acaricia meu rosto. 
—Você é tão... Não se preocupe, pequena, não vou fazer nada com você agora. 
—Agora? 
—Bem... Sim... —ele desvia o olhar.
—O que nós temos, Castiel? —pergunto com meu braços em volta do seu pescoço. 
—Eu ainda não sei... —ele diz, acariciando uma das minhas coxas. —Você me deixa louco, Kris. 
—Você não sabe o que faz comigo. —digo e coro. 
—Eu te acho linda envergonhada, sabia? Sua inocência é tão... excitante. 
Ele se remexe e consigo sentir algo vivo embaixo de mim. 
Sem pensar o beijo e ele me puxa pra perto dele. 
Depois de um tempo ele fala entre o beijo. 
—É melhor eu ir antes que eu acabe fazendo uma besteira. 
—Talvez eu quisesse. —o provoco. 
Quem sou eu? 
—Não faça isso. Não assim, eu gosto muito de você e quero que se sinta especial. 
Nem acredito que ele está falando essas coisas. O beijo e saio devagar de cima dele. 
—Hmm... Estava bom você aqui em cima. 
—Também acho. —sorrio e ele sorrir junto. 
—Eu quero te ter pra mim. —ele se aproxima e me dá um selinho. —Melhor eu ir, garotinha. —ele sorrir de lado. 
—Tudo bem.
Ele levanta e me levanto para levá-lo até a porta. 
Eu ainda não consigo pensar direito. 
—Quando chegar em casa converso com você. —ele diz e abre a porta. 
—Toma cuidado, Cass. —digo olhando pra ele. Eu não queria que ele fosse embora. 
—Não seja boba. —revira os olhos e me dá um beijo de despedida. 
Ele logo vai embora e me sento no chão, ao pé da porta. Eu nem consigo acreditar no que acabou de acontecer. 
Estou tão desnorteada, empolgada e apaixonada, que não consigo tirar o lindo garoto de cabelos negros bagunçado e de olhos intensamente cinzas da cabeça. 
Rio e me deixo pensar nos momentos que tivemos hoje.


Notas Finais


Desculpem-me se houver algum erro ortográfico.
Obrigada por lerem até aqui. ❤️
E claro, me falem o que estão achando, por favor, alguma opinião, adoro saber o que pensam.
Thank you.


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