História O romance impossível ( Camren) - Capítulo XV

#Camila#
Eu já estava em minha casa, de longe pude ver alguém em minha porta, tirei Tyler de meus braços e o coloquei no berço, vou chegando perto e vejo minha mãe, suspiro algumas vezes e depois abro a porta, um tempo antes de eu me mudar, eu e ela discutimos, o assunto da discussão era o simples fato de eu querer me mudar, só isso! Ela de modo algum aceitava isso, ela não entendia o quão longe... o quão longe que e-eu.. queria estar dela! Me cupo por isso até hoje.

- Oi filha.. e-eu posso entrar? - ela fala meio sem jeito.

Dou um espaço e ela logo entra.

- Bem não vou embassar... é, eu vim te ver! Ver como você e seu lindo bebê estão! Só quero ajudar! - suspira.

Minha expressão de durona se desmonta após ouvir suas palavras, não consigo, ter ela possa ser uma das únicas coisas boas que possa vir acontecer comigo.

- Tudo bem!- ela me olha surpresa.

- Oi?! - ela abre um sorriso.

- Eu aceito sua ajuda! - suspiro e depois abro um sorriso.

Ela me abraça, bem forte, eu demoro para retribuir mas depois encaixo minha cabeça no seu ombro e sorrio sem mostrar os dentes, fazia tempo que eu não me sentia assim.

...

A tarde todo ela passou conversando e cuidando do bebê, é bom, porque assim aprendo algumas coisas, eu ainda não sei cozinhar, apenas sei fazer miojo e passar manteiga no pão!

- Filha! Preste atenção se quiser aprender a fazer isso! - ela agora me ensinara a fazer arroz, e eu não estava com vontade nenhuma de aprender.

- Ok! - bufei e cruzei os braços.

- Ótimo! Bem, agora é só colocar água, não muito, nem pouco, mais ou menos três ou dois dedos acima e esperar! - ela da um sorriso, como se fosse simples!!- Entendeu?

- Claro! - fingi com um sorriso e depois fiz uma careta de WTF?

- Certeza? - ela desconfia

- Não!!- arregalo meus olhos e sacudo a cabeça.

- Ai meu Deus!!O que escutou esse tempo todo?!

- Quer mesmo que eu fale?- ela deu um sorriso e eu acompanhei.

- Não! Chega de aulas por hoje, depois continuaremos! - ela da uma piscada e vira para o fogão.

Saio de lá e vou em direção ao berço, fiquei olhando aquela coisa fofa da vontade de morder!
Fico boiando uns 3 ou 4 minutos, até que escuto minha mãe me chamar, a comida estava pronta! Dou um beijo no Ty e saio dali, vou para cozinha e me sento em uma das cadeiras, logo minha mãe vem com uma panela em cada mão, ambas saíam fumaça e o cheiro era... maravilhoso!

- O que é? !- estico meu pescoço para frente e ela logo se senta a minha frente.

- Strogonoff !- ai que delícia!

Dei pulinhos na cadeira de alegria e bati palma para ela, ela me serviu e depois se serviu, coloquei a primeira garfada na boca, e quase me desmontei, estava simplesmente divino!

...

Depois de jantarmos e lavar a louça eu e ela nos sentamos no sofá, conversávamos sobre coisas aleatórias, o bebê chora e eu ia me levantar, mas ela saiu do sofá praticamente correndo e aos poucos o choramingos foram cedendo, ela veio até min com ele em seu colo e entregou-o em meus braços.

- Você já deu leite à ele? Assim, leite materno? - me perguntou com uma expressão preocupada.

- Tinha que dá?!

- MAS É CLARO!- gritou um pouco- O que você vem dando à ele todo esse tempo? Filha, não é a toa que produzimos leite.

- Ah! Então é por isso que sai um líquido do meu peito!

Ela colocou sua mão na testa e resmungou algumas coisas em quanto balançava em movimentos de reprovação.

- Eu tenho dado leite normal para ele, não sabia que tinha que da, você nunca me falou nada disso! - cruzei os braços e fiz bico igual criança.

- Achei que minha filha teria um mínimo de noção, isso não se fala pois quando a pessoa tem um mínimo de QI ela sabe!- o que ela quiz dizer com isso?

- Ham?- curvei a cabeça - Ah, mas não tem problema!

- Como as..- a interrompi com meus gestos.

- Filho acorda! - Comecei a balançar ele pra cima e para baixo, minha mãe estava apavorada e em choque com o que via, ele chorou e coloquei meu peito em sua boca.- Pronto! - olhei para ela levantado os ombros, ela estava indignada, eu ria com isso.

- VOCÊ É LOUCA!! - ela colocou suas mãos no seu cabelo- NÃO É POSSÍVEL VOCÊ CAIU DO BERÇO?!

- Não grite! Vai assustar o bebê!

- Rs! - ela ia desmaiar mas por pouco se recompôs e caiu no sofá.

Não entendo esse pavor!